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Leia a crônica a seguir, de Paulo Mendes Campos, que ilustra a variedade temática desse gênero e a liberdade do cronista na composição do texto.
Os diferentes estilos
Parodiando Raymond Queneau, que toma um livro inteiro para descrever de todos os modos possíveis um episódio corriqueiro, acontecido em um ônibus de Paris, narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato comum da vida carioca, a saber: o corpo de um homem de quarenta anos presumíveis é encontrado de madrugada pelo vigia de uma construção, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, não existindo sinais de morte violenta.
Estilo interjetivo
Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!
Estilo colorido
Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis.
Estilo antimunicipalista
Quando mais um dia de sofrimentos e desmandos nasceu para esta cidade tão mal governada, nas margens imundas, esburacadas e fétidas da Lagoa Rodrigo de Freitas, e em cujos arredores falta água há vários meses, sem falar nas frequentes mortandades de peixes já famosas, o vigia de uma construção (já permitiram, por baixo do pano, a ignominiosa elevação de gabarito em Ipanema) encontrou o cadáver de um desgraçado morador desta cidade sem policiamento. Como não podia deixar de ser, o corpo ficou ali entregue às moscas que pululam naquele foco de epidemias. Até quando?
Estilo reacionário
Os moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas tiveram nesta manhã de hoje o profundo desagrado de deparar com o cadáver de um vagabundo que foi logo escolher para morrer (de bêbado) um dos bairros mais elegantes desta cidade, como se já não bastasse para enfear aquele local uma sórdida favela que nos envergonha aos olhos dos americanos que nos visitam ou que nos dão a honra de residir no Rio.
Estilo então
Então o vigia de uma construção em Ipanema, não tendo sono, saiu então para passeio de madrugada. Encontrou então o cadáver de um homem. Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e tomou então as providências necessárias. Aí então eu resolvi te contar isso.
Estilo áulico
À sobremesa, alguém falou ao Presidente que na manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas. O Presidente exigiu imediatamente que um de seus auxiliares telegrafasse em seu nome à família enlutada. Como lhe informassem que a vítima ainda não fora identificada, S. Ex., com o seu estimulante bom humor, alegrou os presentes com uma das suas apreciadas blagues.
Estilo schmidtiano
Coisa terrível é o encontro com um cadáver desconhecido à margem de um lago triste à luz fria da aurora! Trajava-se com alguma humildade mas seus olhos eram azuis, olhos para a festa alegre colorida deste mundo. Era trágico vê-lo morto. Mas ele não estava ali, ingressara para sempre no reino inviolável e escuro da morte, este rio um pouco profundo caluniado de morte.
Estilo Complexo de Édipo
Onde estará a mãezinha do homem encontrado morto na Lagoa Rodrigo de Freitas? Ela que o amamentou, ela que o embalou em seus braços carinhosos?
Estilo preciosista
No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua a Estrela-d’Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atra e lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que vivifica.
Estilo Nelson Rodrigues
Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!
Estilo sem jeito
Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimentos são capazes de expressar esse sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever.
Estilo feminino
Imagina você, Tutsi, que ontem eu fui ao Sacha’s, legalíssimo, e dormi tarde. Com o Tony. Pois logo hoje, minha filha, que eu estava exausta e tinha hora marcada no cabeleireiro, e estava também querendo dar uma passada na costureira, acho mesmo que vou fazer aquele plissadinho, como a Teresa, o Roberto resolveu me telefonar quando eu estava no melhor do sono. Mas o que era mesmo que eu queria te contar? Ah, menina, quando eu olhei da janela, vi uma coisa horrível, um homem morto lá na beira da Lagoa. Estou tão nervosa! Logo eu que tenho horror a gente morta!
Estilo lúdico ou infantil
Na madrugada de hoje por cima, o corpo de um homem por baixo foi encontrado por cima pelo vigia de uma construção por baixo. A vítima por baixo não trazia identificação por cima. Tinha aparentemente por cima a idade de quarenta anos por baixo.
Estilo concretista
Dead dead man man mexe mexe mexe Mensch Mensch MENSCHEIT
Estilo didático
Podemos encarar a morte do desconhecido encontrado morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial; b) humano; c) teológico. Policial: o homem em sociedade; humano: o homem em si mesmo; teológico: o homem em Deus. Polícia e homem: fenômeno; alma e Deus: epifenômeno. Muito simples, como os senhores veem.
CAMPOS, Paulo Mendes. Os diferentes estilos. In: ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Crônicas. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002. v. 4. (Para gostar de ler)
Glossário Raymond Queneau: escritor francês (1903-1976), autor do livro Exercícios de estilo, publicado em 1947. Ignominiosa: desonrosa, desrespeitosa. Gabarito: limite de altura das edificações determinado pela legislação. Áulico: relativo à Corte (pessoas da nobreza). Blague: dito espirituoso que diverte e faz rir. Schmidtiano: relativo a Augusto Frederico Schmidt (1906-1965), poeta brasileiro que tinha a morte como um dos temas mais presentes em suas composições poéticas. Preciosista: relativo ao preciosismo, estilo de escrita que se preocupa excessivamente com a forma. Fulgia: realçava, abrilhantava. Atalaia: vigia, sentinela. Atro: sombrio; terrível. Lúrido: pálido, sem cor; sinistro. Ignoto: desconhecido Hausto: respiração; energia. Nelson Rodrigues: dramaturgo, escritor e jornalista brasileiro (1912-1980), cuja obra é marcada pela visão realista, pelo retrato sem retoques do indivíduo e da sociedade. Estro: imaginação criadora, inspiração; talento. Lúdico: relativo à linguagem lúdica, ao uso da língua com fim recreativo, como a “língua do pê”, por exemplo. Concretista: modalidade de poema em que as palavras se desmancham, se refazem, em favor da expressividade de sua nova forma. Epifenômeno: acontecimento excepcional ou acidental que se verifica durante uma doença ou um surto.
A crônica anterior brinca sobre como noticiar, em diferentes estilos, um mesmo fato. Crie um novo estilo para noticiar esse mesmo fato, infelizmente corriqueiro: foi encontrado de madrugada, pelo vigia de uma construção, o corpo de um homem de cerca de 40 anos, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, sem sinais de morte violenta. Use uma linguagem adequada ao estilo escolhido. Ao terminar o texto, compartilhe-o com os colegas de classe.
Leia o texto a seguir.
Aconselhamento genético
Considerando que cerca de 80% das DR [doenças raras] são de origem genética, o aconselhamento genético (AG) é fundamental na atenção às famílias e pessoas com essas doenças. Segundo o Committee on Genetic Counseling of the American Society of Human Genetics [Comitê de Aconselhamento Genético da Sociedade Americana de Genética Humana] (1974), o AG é um processo de comunicação que lida com os problemas humanos associados à ocorrência ou ao risco de ocorrência de uma doença genética em uma família. Este processo envolve a participação de pessoas capacitadas apropriadamente, com o objetivo de ajudar o indivíduo ou a família a compreender os aspectos envolvidos, incluindo o diagnóstico, o curso provável da doença e o manejo disponível. O AG ainda tem o papel de avaliar como a hereditariedade contribui para a doença e o risco de recorrência nos familiares, bem como compreender as opções para lidar com o risco de recorrência. O AG também fornece subsídio para escolha do curso de ação que pareça apropriado à família, em função dos seus riscos e objetivos; a agir de acordo com sua decisão e a adaptar-se à doença da melhor maneira possível, considerando-se tanto um membro da família afetado quanto o risco de recorrência daquela doença.
MINISTÉRIO da Saúde. Aconselhamento genético. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2019.
Com base no que você estudou, converse com o professor e os colegas sobre a importância do aconselhamento genético na detecção das síndromes estudadas. Como a hereditariedade contribui para a ocorrência dessas doenças?
Professor, o aconselhamento genético é importante para auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento de pessoas com doenças genéticas, além de ajudar planejamento familiar. Comente também sobre a importância dos exames pré-natal na detecção de algumas alterações durante a gravidez. Relembre os alunos de que alterações cromossômicas na formação dos gametas estão envolvidas com algumas síndromes estudadas neste módulo.
É comum ouvirmos a expressão “é genético” quando algumas pessoas se referem a determinadas características físicas. Como os genes influenciam essas características dos indivíduos?
As características físicas de um indivíduo resultam da expressão dos alelos, oriundos dos gametas de cada um dos pais.
A posição de um objeto está representada no gráfico abaixo.
Considerando que o seu movimento é uniformemente variado, pede-se:
a) a equação horária da posição;
b) a equação horária da velocidade;
c) o instante em que inverte o sentido do movimento.
a) O gráfico de posição inicia em 20 m; logo, s0 = 20 m. Em seguida, a equação horária da posição é utilizada para obter os valores da velocidade inicial e da aceleração, necessárias para apresentar a equação solicitada:
Escolhe-se um par ordenado no gráfico para substituir na equação. Para s = 120 m, tem-se t = 2 s, portanto:
Novamente, busca-se no gráfico outro par ordenado e repete-se o processo. Para s = 180 m, tem-se t = 8 s:
A partir das duas equações anteriores, pode-se montar o sistema a seguir:
Subtraindo as equações, obtém-se:
-3 . a = 30 ∴ a = -10 m/s
É possível obter a velocidade inicial a partir de uma das equações do sistema:
vo + a = 50 vo - 10 = 50 vo = 60 m/s
Finalmente, é possível representar a equação horária da posição do objeto:
b) Para a equação horária da velocidade, basta substituir os valores já encontrados na equação horária da posição:
v = v0 + a . t v = 60 - 10 . t
c) Para o objeto mudar de sentido, ele precisa parar (v = 0). Portanto, pela equação horária da velocidade encontrada, tem-se:
v = 60 - 10 . t 0 = 60 - 10 . t ∴ t = 6 s
Observe a foto do Tribuna l do Santo Ofício de Lima, criado em 1584, e leia o texto abaixo. Em seguida, responda às questões.
O modelo concebido para o inquisidor se inspira-nos do pai e do sacerdote. Cabe a ele, além de punir, consolar e animar os réus, fazendo admoestações “com boas palavras” para que confessem e peçam perdão por suas culpas (SANTO OFÍCIO, 1552, cap. 26). Recomenda-se aos inquisidores que percorram os cárceres ao menos de quinze em quinze dias e sempre que necessário, para ouvirem os presos acerca de suas necessidades e provê-las, procurando saber se sofrem algum mal tratamento (id., cap. 30). Há também recomendações explícitas para que não “escandalizem com suas palavras aos presos nem a outras pessoas que requeiram sua justiça” (id., cap. 32). Devem representar não a justiça implacável, que na prática caracterizava a ação do tribunal, mas uma justiça misericordiosa, que se condói da sorte do réu e lamenta ter que puni-lo para sua própria salvação.
LIMA, Lana Lage da Gama. O Tribunal do Santo Ofício da Inquisição: o suspeito é o culpado. Revista de Sociologia e Política, n. 13, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttextepid=S0104-44781999000200002. Acesso em: 4 maio 2020.
a) Destaque duas características do papel da Igreja católica no processo de colonização da América espanhola.
b) Sobre o Santo Ofício de Lima, quais recomendações aos inquisidores eram constantes no Regimento do Tribunal?
a) Educação dos filhos de colonos, catequese dos indígenas através das missões e controle social pelos Tribunais do Santo Ofício.
b) As recomendações eram: “percorram os cárceres ao menos de quinze em quinze dias”, “ouvirem os presos acerca de suas necessidades e provê-las” e não escandalizar “com suas palavras aos presos nem a outras pessoas que requeiram sua justiça”
A função fática aparece, em especial, na oralidade, já que, na interação dialógica, costumamos verificar se a pessoa com quem falamos está de fato conectada ao que estamos falando. Não se trata, portanto, de tentar mobilizar o interlocutor como faz a função apelativa, mas de averiguar se o canal entre emissor e receptor está mantido. O texto abaixo exemplifica essa tendência de conservação do canal na espontaneidade do discurso oral.
eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu um acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho... tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava... com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... né... e meu... e minha família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e ela foi parar na rua do meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete anos de casados...
CUNHA, M. A. F. (org.). Corpus discurso e gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EDUFRN, 1998.
Visto que o Enem valoriza não apenas a expressão escrita, mas também a oral, aproveitamos para trazer a questão proposta na edição de 2014. Veja:
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição é um(a)
índice de baixa escolaridade do falante.
estratégia típica de manutenção da interação oral.
marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
manifestação característica da fala regional nordestina.
recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.
A repetição do né é uma estratégia típica da língua oral e pode ser chamado de marcador conversacional, por ser um elemento típico da fala que não integra o conteúdo do texto, apresentando apenas valor interacional.
Dois irmãos possuem um alvo cada, nos quais cada região já tem uma regra de pontuação. Eles combinaram que cada um lançaria 7 dardos e que o ganhador seria o que tivesse a maior pontuação. Os resultados foram os seguintes:
Nessas condições, é correto afirmar que o número de pontos que o vencedor ficou à frente do perdedor é:
0
1
2
3
4
Pontuação de Diego: 5 + 5 + 2 - 3 - 3 - 3 - 6 = -3
Pontuação de Joyce: 10 + 2 + 2 - 3 - 3 - 6 - 6 = -4
Diferença: (-3) - (-4) = 1
(Unioeste-PR)
A filosofia da História – o primeiro tema da filosofia de Auguste Comte – foi sistematizada pelo próprio Comte na célebre “Lei dos Três Estados” e tinha o objetivo de mostrar por que o pensamento positivista deve imperar entre os homens. Sobre a “Lei do Três Estados” formulada por Comte, é correto afirmar que
Auguste Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-se na seguinte ordem em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a teológica e a metafísica.
na “Lei dos Três Estados” a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado teológico. O estado teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo.
o estado positivista apresenta-se na “Lei dos Três Estados” como o momento em que a observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos fenômenos observáveis.
para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o estado metafísico procura soluções absolutas e universais para os problemas do homem.
(FGV-SP)
Com base na charge, assinale a opção que caracteriza corretamente a relação entre conhecimento sociológico e senso comum.
A Sociologia é uma ciência que desmistifica o mundo, provando a veracidade das leis que regem a vida social.
A Sociologia combate o senso comum, medindo e comprovando os mecanismos de funcionamento das instituições sociais.
A Sociologia elabora marcos teóricos e conceitos analíticos para esclarecer as pessoas, liberando-as de suas superstições.
A Sociologia é um campo de conhecimento que modifica a percepção rotineira, alterando a visão sobre a vida e o mundo ao redor.
A Sociologia é um saber que estuda hábitos, costumes e tradições sociais, derivando-as do senso comum.
(IFPE) Leia o texto.
Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil
Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo:
TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica.
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro- -Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.
Adaptado. SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil. Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/. Acesso: 19 mar. 2017.
Em relação ao gênero textual, é CORRETO afirmar que o texto é
artigo de opinião, pois os autores se utilizam de um tema, a escravidão no Brasil contemporâneo, para defender o ponto de vista que têm acerca dessa problemática.
uma notícia, por expor um fato importante, a existência de escravidão no Brasil contemporâneo, indicando seus responsáveis, bem como outras informações necessárias, a exemplo de local, momento e modo como este ocorreu.
uma reportagem, por oferecer ao leitor informações sobre um tema, a escravidão contemporânea no Brasil, com extensão e profundidade que caracterizam esse gênero.
um texto instrucional, por apresentar as maneiras através das quais é possível evitar que pessoas se submetam ao trabalho escravo no Brasil.
um relato feito por pessoas que já vivenciaram uma situação de escravidão e narram a sequência desse acontecimento.
O texto traz uma série de informações sobre novas formas de escravização no Brasil, discutindo o tema com profundidade. Caracteriza-se, assim, como uma reportagem.
Por que podemos considerar a Sociologia uma aventura?
A Sociologia, enquanto conhecimento que parte do questionamento das certezas, associa-se à ideia de uma grande aventura. A formação do pensamento sociológico desestabiliza o que é considerado normal e coloca em xeque verdades "absolutas", problematizando o que é tido como óbvio. Desta forma, pensar sociologicamente abre caminho para uma autodescoberta e automodificação.
Esta pergunta é importante para a coerência de todos os temas tratados no módulo, pois trata-se de uma pergunta mobilizadora. Estabelecer uma comparação entre uma aventura e o desenvolvimento de um pensamento (imaginação) sociológico(a) significa possibilitar ao aluno a compreensão deste novo conhecimento como um processo de descoberta de si e do mundo que o cerca. Para tanto, é necessário que ele problematize as verdades a priori, os valores, as crenças e certezas, não com o objetivo estrito de negá-los, mas de compreendê- -los como consequência de uma construção de origem social.
Mark the best option to complete the sentences.
a) Japanese TV shows are not something new. In the 70’s, kids _________ National Kid, a funny superhero who had a secret identity as a schoolteacher.
( ) used to watch ( ) was watching ( ) watch ( ) did watched ( ) usually watch
b) In 2002, when Brazil _________ the World Cup, my friends and I _____________ until the next morning
( ) used to win – would celebrate ( ) would win – used to celebrate ( ) won – celebrated ( ) won – used to celebrate ( ) won – would celebrate
c) My father _________ a cassette tape with songs that he repeated over and over in the car. I _________ him to play something else, but he _________ they were “classics”. It was very annoying.
( ) have – used to ask – didn’t use to say ( ) would have – asked – used to say ( ) did he have – did ask – would say ( ) used to have – would ask – said ( ) did he use to have – ask – used to say
d) Who _________ your favorite character in How I Met Your Mother?
( ) were ( ) used to be ( ) would they be ( ) didn’t it use to be ( ) did you use to be
a) used to watch
b) won – celebrated
c) used to have – would ask – said
d) used to be
(UFPA) Em 1953, Watson e Crick decifraram que a estrutura da molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico) é uma dupla hélice, responsável pelas características dos organismos. Com os conhecimentos atuais, julgue as afirmativas sobre a molécula de DNA:
I. Na autoduplicação da molécula de DNA, cada filamento original serve de molde para a síntese de um novo filamento (duplicação semiconservativa).
II. A base nitrogenada adenina emparelha-se com a citosina, enquanto a timina emparelha-se com a guanina.
III. As bases nitrogenadas dos dois filamentos estão unidas por ligações denominadas pontes de hidrogênio.
Está ou estão corretas as afirmativas:
I somente.
II somente.
I e II.
I e III.
II e III.
Alternativa d.
O pareamento indicado no item II está errado; a adenina faz ligações de hidrogênio com a timina, e a citosina, com a guanina.
ENEN
A tira, definida como um segmento de história em quadrinhos, pode transmitir uma mensagem com efeito de humor. A presença desse efeito no diálogo entre Jon e Garfield acontece porque
Jon pensa que sua ex-namorada é maluca e que Garfield não sabia disso.
Jodell é a única namorada maluca que Jon teve, e Garfield acha isso estranho.
Garfield tem certeza de que a ex-namorada de Jon é sensata, o maluco é o amigo.
Garfield conhece as ex-namoradas de Jon e considera mais de uma como maluca.
Jon caracteriza a ex-namorada como maluca e não entende a cara de Garfield.
(UEA-AM)
A Igreja, em torno de 1030, proclamou que, segundo o plano divino, os homens dividiam-se em três categorias: os que rezam, os que combatem, os que trabalham, e que a concórdia reside na troca de auxílios entre eles. Os trabalhadores mantêm, com sua atividade, os guerreiros, que os defendem, e os homens da Igreja, que os conduzem à salvação. Assim a Igreja defendia, de maneira lúcida, o sistema político baseado na senhoria.
DUBY, Georges. Arte e sociedade na Idade Média, 1997. Adaptado.
Segundo essa definição do universo social, feita pela Igreja cristã da Idade Média, a sociedade medieval era considerada:
injusta e imperfeita, na medida em que as atividades dos servos os protegiam dos riscos a que estavam submetidos os demais grupos sociais.
perfeita, porque era sustentada pelas atividades econômicas da agricultura, do comércio e da indústria.
sagrada, contendo três grupos sociais que deveriam contribuir para o congraçamento dos homens.
dinâmica e mutável, na medida em que estava dividida entre três estamentos sociais distintos e rivais.
guerreira, cabendo à Igreja e aos trabalhadores rurais a participação direta nas lutas e empreitadas militares dos cavaleiros.
Somente a alternativa c está correta. Na Europa medieval, prevaleceu o poder da Igreja católica, que organizou toda a vida social, econômica e cultural. A cultura era profundamente cristã, ancorada na ideia de teocentrismo. A sociedade era hierarquizada, estamental, com baixa mobilidade social. Havia três grupos sociais com funções bem definidas: o clero, oratores, tinha a função de cuidar da vida espiritual; a nobreza, belatores, fazia a defesa militar da sociedade; e os servos, laboratores, mantinham a sociedade com seu trabalho e o pagamento de pesados impostos. Dessa forma, a sociedade era concebida de maneira “trina” e sagrada. As demais alternativas estão incorretas.
Releia estes dois trechos da crônica de Paulo Mendes Campos, “O amor acaba”.
I. [...] como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado [...]
II. [...] e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos [...]
Marque a opção em que há a correta classificação dos elementos que unem as orações nas duas sentenças.
Conjunção integrante e conjunção explicativa, respectivamente.
Pronome relativo e conjunção integrante, respectivamente.
Conjunção explicativa e pronome relativo, respectivamente.
Conjunção integrante e pronome relativo, respectivamente.
Pronome relativo e conjunção integrante, respectivamente.
A questão 1 concentra-se em analisar a capacidade de o aluno identificar/diferenciar conjunção integrante e pronome relativo.
Calcule a média aritmética, a mediana e a moda dos dados abaixo.
a) 5, 5, 7, 8, 9, 10
b) 4, 5, 6, 7, 8, 8
c) 4, 5, 6, 7, 8, 9
d) 5, 5, 7, 7, 9
Os termos homozigoto e heterozigoto fazem parte da nomenclatura básica em Genética. Explique o que eles significam.
Homozigoto é o termo utilizado para designar indivíduos que têm o mesmo alelo nos dois cromossomos do par de homólogos; heterozigoto é o indivíduo que tem alelos diferentes.
ENEM - Alunos de um curso de engenharia desenvolveram um robô “anfíbio” que executa saltos somente nas direções norte, sul, leste e oeste. Um dos alunos representou a posição inicial desse robô, no plano cartesiano, pela letra P, na ilustração.
A direção norte-sul é a mesma do eixo y sendo que o sentido norte é o sentido de crescimento de y, e a direção leste-oeste é a mesma do eixo x, sendo que o sentido leste é o sentido de crescimento de x.
Em seguida, esse aluno deu os seguintes comandos de movimentação para o robô: 4 norte, 2 leste e 3 sul, nos quais os coeficientes numéricos representam o número de saltos do robô nas direções correspondentes, e cada salto corresponde a uma unidade do plano cartesiano.
Depois de realizar os comandos dados pelo aluno, a posição do robô, no plano cartesiano, será
(0, 2)
(0, 3)
(1, 2)
(1, 4)
(2, 1)
O robô inicialmente está na posição (21, 1).
Ele andou 4 unidades para o norte, 2 para o leste e 3 para o sul. Na posição horizontal, ele se deslocou 2 unidades para a direita (leste), logo sua posição horizontal foi -1 + 2 = 1.
Na posição vertical, ele subiu 4 unidades e desceu 3 unidades, logo se deslocou 1 unidade positiva na vertical, e sua posição vertical foi 1 + 1 = 2.
Nova posição (1, 2)
(Uece – Adaptada)
[...] Anna é então interrogada – a 1º de janeiro de 1582 – pelo Santo Ofício. Inicialmente, ela se esquiva das perguntas do inquisidor; depois, admite que “muitas e muitas pessoas” lhe têm perguntado se ela viu os seus parentes falecidos, mas ela costuma mandá-los embora rudemente. É uma defesa fraca; pressionada, Anna “nesciebat quid dicere” (não sabia o que dizer). Foi mandada para casa, e no dia seguinte o interrogatório recomeçou [...].
GINZBURG, C. Os andarilhos do bem: feitiçaria e cultos agrários nos séculos XVI e XVII. Trad. Jônatas Batista Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Sobre o Santo Ofício, é correto afirmar que:
foi um colégio permanente de cardeais e clérigos submetidos diretamente ao papa que respondiam sobre questões da fé católica.
foi uma instituição paraeclesiástica cuja função era interrogar e punir doutrinas contrárias à ortodoxia católica.
foi um movimento da Igreja católica na primeira metade do século XVI com o objetivo de reformar alguns setores da instituição.
foi um grupo militarizado, com fins religiosos, políticos e culturais, criado no século XVI para proteger o papa em Roma.
promoveu a tolerância religiosa na Europa, pois aceitava as críticas feitas pelos reformadores.
Somente a proposição a está correta. A questão remete ao Tribunal do Santo Ofício, surgido na Baixa Idade Média. Essa poderosa instituição foi criada no contexto em que o sistema feudal entrou em declínio e a Igreja começou a sofrer inúmeras críticas. A Santa Inquisição julgava e condenava todos aqueles que eram contra os dogmas defendidos pelo catolicismo. Essas pessoas eram consideradas hereges, por praticar atos considerados bruxaria. Os judeus e as mulheres foram as principais vítimas dessa instituição, que passou a ter tanto poder que assustava até soberanos e nobres. No século XVI, no contexto da Contrarreforma, a Inquisição atuou com muita intensidade, sobretudo na península Ibérica. Ao longo da Idade Moderna, a Santa Inquisição também puniu muitas pessoas, como Giordano Bruno, que foi para a fogueira em 1600, e Galileu, que ficou em prisão domiciliar.
A carta abaixo foi enviada por Henrique VIII à Ana Bolena, provavelmente entre 1527 e 1529. Na época, o rei da Inglaterra era casado com Catarina de Aragão, mas, ao romper com a Igreja católica, não somente criou a Igreja anglicana, como anulou o seu casamento com a rainha espanhola, casando com Ana Bolena em 1533. Com relação a esse contexto histórico, responda às questões a seguir.
a) O que foi o Primeiro Ato de Supremacia?
b) Quais eram os interesses políticos e econômicos de Henrique VIII com o Ato de Supremacia?
a) O Primeiro Ato de Supremacia foi criado pelo rei Henrique VIII no contexto do rompimento com o catolicismo. Nele, é concedida real supremacia à autoridade legal do monarca do Reino Unido. Leis civis sobre as leis da Igreja na Inglaterra.
b) Confiscar os bens do clero e centralizar o poder político/religioso em suas mãos.
(UEL-PR) Sejam os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {2, 8, 9} e a relação R, de A em B, definida por
R = {(x, y) ∈ A X B | x é divisor de y}. Nestas condições, R é o conjunto.
{(0,2), (0,8), (0,9), (1,2), (1,8), (1,9), (2,2), (2,8), (3,9), (4,8)}
{(1,2), (1,8), (1,9), (2,2), (2,8), (3,9), (4,8)}
{(2,1), (2,2), (8,1), (8,2), (8,4), (9,1), (9,3)}
{(0,2), (0,8), (0,9), (2,2)}
{(2,0), (2,2), (2,4)}
Considerando a relação “x é divisor de y”: 0 não é divisor de nenhum número natural; 1 é divisor de todos os números naturais, logo temos os pares ordenados (1, 2), (1, 8) e (1, 9); 2 é divisor de todos os números naturais pares, logo temos os pares ordenados (2, 2) e (2, 8); 3 é divisor do 9, logo par ordenado (3, 9); 4 é divisor do 8, logo par ordenado (4, 8).
Analise a charge abaixo e depois faça o que se pede.
A partir da teoria materialista histórica e do conceito de alienação, analise criticamente a charge.
Espera-se que o aluno aborde a concepção materialista histórica a partir da dimensão material da vida como definidora dos sujeitos. No contexto econômico e social do capitalismo,se o indivíduo é o dono dos meios de produção, ele ocupa a posição social de burguês. Por outro lado, se ele só possui a força de trabalho, inevitavelmente ocupa a posição social de proletário. No entanto, Marx identifica que a relação entre burguesia e proletariado consiste em uma relação de exploração, a qual, por meio da alienação, a burguesia domina e oprime a classe trabalhadora.
Karl Marx considera a luta de classes o embate entre duas classes sociais antagônicas, burguesia e proletariado.
(Fac. Albert Einstein-SP)
Violência à saúde
Mauro Gomes Aranha de Lima Jornal do Cremesp, agosto de 2016
O aumento da violência contra médicos e enfermeiros finalmente passou a ser encarado como questão de Estado. Graças às denúncias do Cremesp [Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo] e do Coren-SP [Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo], a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mantém agora um grupo de trabalho que se debruça na busca de soluções para o problema.
Em recente reunião, o secretário adjunto da SSP-SP, Sérgio Sobrane, comprometeu-se a tomar providências. A Secretaria de Saúde (SES-SP) também participou dos debates que culminaram com proposta do Cremesp e do Coren de um protocolo para orientar profissionais da Saúde a lidar com situações em que o usuário/familiar se mostre agressivo ou ameaçador.
Simultaneamente, a SSP-SP preparará um piloto de intervenção baseado em registros de ameaças ou de truculência na Capital. Se bem sucedido, será multiplicado ao restante do Estado.
São medidas oportunas e as levaremos em frente. Contudo, tal empenho não será o bastante. A violência emerge de raízes profundas: governos negligenciam a saúde dos cidadãos, motivo pelo qual a rede pública padece de graves problemas no acesso ou continuidade da atenção; hospitais sucateados e sob o contingenciamento de leitos e serviços; postos de saúde e Estratégia Saúde da Família com equipes incompletas para a efetivação de metas integrativas biopsicossociais.
O brasileiro é contribuinte assíduo e pontual, arca com uma das mais altas tributações do mundo, e, em demandas por saúde, o que recebe é o caos e a indiferença.
Resignam-se, muitos. Todavia, há os que não suportam a indignidade. Sentem-se humilhados. Reagem, exaltam-se. Eis que chegamos ao extremo. Em pesquisa encomendada pelo Cremesp, em 2015, com amostra de 617 médicos, 64% tomaram conhecimento ou foram vítimas de violência. Ouvimos também os pacientes: 41% dos entrevistados atribuíram a razão das agressões a problemas como demora para serem atendidos, estresse, muitos pacientes para poucos médicos, consultas rápidas e superficiais.
Ser médico é condição e escolha. Escolhemos a compreensão científica do mecanismo humano, revertida em benefício do ser que sofre. Vocação, chamado, desafio, e o apelo da dor em outrem, a nos exigirem fôlego, serenidade e dedicação. Estamos todos, médicos e pacientes, em situação. Há que se cultivar entre nós uma cultura de paz. E um compromisso mútuo de tarefas mínimas.
Aos pacientes, cabe-lhes o cultivo de uma percepção mais refletida de que, em meio à precariedade posta por governos cínicos, o Estado não é o médico. Este é apenas o servidor visível, por detrás do qual está aquele que se omite.
Aos médicos, a compreensão de que os pacientes, além de suas enfermidades, sofrem injustiças e agravos sociais.
A tolerância não é exatamente um dom, uma graça, ou natural pendor. É esforço deliberado, marco estrutural do processo civilizador.
Tarefas e esforços compartilhados: a solução da violência está mais dentro do que fora de nós.
In: Jornal do Cremesp. Órgão Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Nº 339, agosto 2016. Adaptado.
Como texto argumentativo que é, o editorial “Violência à saúde” tem como tese
narrar sobre os contribuintes brasileiros como aqueles que não têm o retorno devido em demandas por saúde.
divulgar dados de pesquisa realizada pelo Cremesp sobre a violência.
defender ponto de vista sobre a tolerância a ser compartilhada por médicos e pacientes.
descrever que ser médico é escolher a compreensão científica do mecanismo humano.
No texto, podemos observar toda uma estruturação em torno da ideia de que médicos e pacientes devem ter maior tolerância, para que a violência não tome conta das relações. No antepenúltimo parágrafo, a atitude que os médicos devem ter é enfatizada e, no anterior, a esperada dos pacientes. Ambas vão na linha de que é preciso cultivar a tolerância para uma sociedade mais respeitosa.
(IFCE) Os números reais x, y e z são tais que = =. Sabendo que xyz = 480, o valor de 2x2 + y - z é
42.
36.
30.
26.
ENEM
Viva la Vida
I used to rule the world Seas would rise when I gave the word Now in the morning and I sleep alone Sweep the streets I used to own I used to roll the dice Feel the fear in my enemy’s eyes Listen as the crowd would sing “Now the old king is dead! Long live the king!” One minute I held the key Next the walls were closed on me And I discovered that my castles stand Upon pillars of salt and pillars of sand […]
MARTIN, C. Viva la vida, Coldplay. In: Viva la vida or Death and all his friends. Parlophone, 2008.
Letras de músicas abordam temas que, de certa forma, podem ser reforçados pela repetição de trechos ou palavras. O fragmento da canção Viva la vida, por exemplo, permite conhecer o relato de alguém que
costumava ter o mundo aos seus pés e, de repente, se viu sem nada.
almeja o título de rei e, por ele, tem enfrentado inúmeros inimigos.
causa pouco temor a seus inimigos, embora tenha muito poder.
limpava as ruas e, com seu esforço, tornou-se rei de seu povo.
tinha a chave para todos os castelos nos quais desejava morar.
Há a expressão used to (indicando o que já foi e não é mais) em oposição a now. A canção é visivelmente sobre alguém que descobriu que seus “castelos estavam sobre pilares de sal e de areia”, ou seja, houve um efêmero período em que ela/ele se achava “rainha/ rei”, mas atualmente isso não existe mais.
Quando o Enem se aventura a usar textos poéticos (na maioria das vezes são letras de canções de sucesso), o texto deve ser interpretado com base no que o candidato tem à sua disposição, ou seja, as palavras. É praticamente como ler prosa, pois interpretações mais profundas costumam gerar polêmica por invadirem uma área subjetiva. Uma pessoa pode identificar em uma obra poética um sentimento ou uma mensagem que outro leitor não vê, e isso pode ser motivo para a anulação da questão. Por isso, as interpretações no Enem costumam ser tão objetivas quanto possível, embora isso possa parecer paradoxal.
Leia o trecho da notícia a seguir.
Por que sequenciar o genoma do novo coronavírus é importante
[...] O material genético do SARS-cov-2, mais especificamente, é formado por RNA – uma fita simples que contém a sequência de bases nitrogenadas que regulam suas atividades. Sequenciar o seu genoma, então, é literalmente descobrir a ordem em que cada base aparece nessa fita. São mais ou menos 29 mil bases no novo coronavírus.
O sequenciamento do vírus em um dos primeiros pacientes de Wuhan, epicentro do surto na China, foi o primeiro a ser completado, ainda no começo de janeiro de 2020. E os resultados permitiram concluir que o novo patógeno é bastante parecido com um outro coronavírus, responsável por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Desde então, diversos outros sequenciamentos foram feitos – e mostraram algumas diferenças em relação ao modelo de Wuhan. E essas discrepâncias são essenciais para entendermos o caminho do vírus.
Sequenciamentos diferentes indicam que o SARS-cov-2 vem sofrendo mutações, formando “sub-grupos” do mesmo vírus. Segundo estimativas, isso vem acontecendo a uma frequência de uma mutação por mês, mais ou menos. Mas essas mudanças revelam também quais vírus são mais próximos uns dos outros e quais são mais distantes – permitindo que se construa uma “árvore genealógica” deles. E, cruzando isso com informações geográficas, é possível saber qual surto deu origem a qual. [...]
O sequenciamento brasileiro, por exemplo, revelou que o vírus que chegou aqui tem três mutações que o diferem do vírus de Wuhan. Ao mesmo tempo, seu código genético é muito próximo do encontrado no coronavírus da Alemanha – o que confirma a origem europeia do caso brasileiro. Usando essas informações, é possível mapear o espalhamento do vírus com muito mais eficácia do que tentando identificar qual pessoa passou a doença para outra. Além disso, acompanhar as mutações do vírus é importante para estudar possíveis vacinas ou métodos de diagnóstico. Isso porque mutações no código genético podem se traduzir em mudanças na atividade do vírus, como na sua estrutura ou na forma que infecta humanos (isso ainda não se verificou o caso do SARS-cov-2; as mutações até agora não tiveram consequências significativas). É o que acontece com a gripe, por exemplo – todos os anos, as vacinas têm que ser atualizadas porque o antígeno muda com muita frequência.
O inverso também funciona: voltando na linha do tempo e procurando pelos vírus com menos mutações entre si, é possível identificar com mais certeza o surgimento da doença em humanos – apesar de se saber que ela surgiu em Wuhan, ainda não está certo se houve um paciente 1 que passou a doença para outras pessoas e quando isso teria acontecido.
CARBINATTO, Bruno. Por que sequenciar o genoma do novo coronavírus é importante. Superinteressante, 25 mar. 2020. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/por-que-sequenciar-o-genomado-novo-coronavirus-e-importante/. Acesso em: 18 abr. 2020.
Ao final do ano de 2019, assistimos ao surgimento do novo coronavírus, o SARS-CoV-2, causador de uma síndrome respiratória. No mundo todo, pesquisadores iniciaram uma corrida científica para conhecer as características desse organismo, visando à compreensão da disseminação da doença, a busca de medicamentos adequados e de uma vacina.
O sequenciamento do genoma do vírus em tempo recorde mostra a vitalidade da Ciência brasileira. Com os conhecimentos desenvolvidos com o estudo deste módulo, podemos entender o que é gene e como sua expressão está relacionada às características do ser vivo.
Encontre no texto um erro sobre um dos principais conceitos estudados neste módulo. Como o texto pode ser corrigido para remover o erro?
Por que sequenciar o genoma do novo coronavírus é importante
[...] O material genético do SARS-cov-2, mais especificamente, é formado por RNA – uma fita simples que contém a sequência de bases nitrogenadas que regulam suas atividades. Sequenciar o seu genoma, então, é literalmente descobrir a ordem em que cada base aparece nessa fita. São mais ou menos 29 mil bases no novo coronavírus.
O sequenciamento do vírus em um dos primeiros pacientes de Wuhan, epicentro do surto na China, foi o primeiro a ser completado, ainda no começo de janeiro de 2020. E os resultados permitiram concluir que o novo patógeno é bastante parecido com um outro coronavírus, responsável por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Desde então, diversos outros sequenciamentos foram feitos – e mostraram algumas diferenças em relação ao modelo de Wuhan. E essas discrepâncias são essenciais para entendermos o caminho do vírus.
Sequenciamentos diferentes indicam que o SARS-cov-2 vem sofrendo mutações, formando “sub-grupos” do mesmo vírus. Segundo estimativas, isso vem acontecendo a uma frequência de uma mutação por mês, mais ou menos. Mas essas mudanças revelam também quais vírus são mais próximos uns dos outros e quais são mais distantes – permitindo que se construa uma “árvore genealógica” deles. E, cruzando isso com informações geográficas, é possível saber qual surto deu origem a qual. [...]
O sequenciamento brasileiro, por exemplo, revelou que o vírus que chegou aqui tem três mutações que o diferem do vírus de Wuhan. Ao mesmo tempo, seu código genético é muito próximo do encontrado no coronavírus da Alemanha – o que confirma a origem europeia do caso brasileiro. Usando essas informações, é possível mapear o espalhamento do vírus com muito mais eficácia do que tentando identificar qual pessoa passou a doença para outra. Além disso, acompanhar as mutações do vírus é importante para estudar possíveis vacinas ou métodos de diagnóstico. Isso porque mutações no código genético podem se traduzir em mudanças na atividade do vírus, como na sua estrutura ou na forma que infecta humanos (isso ainda não se verificou o caso do SARS-cov-2; as mutações até agora não tiveram consequências significativas). É o que acontece com a gripe, por exemplo – todos os anos, as vacinas têm que ser atualizadas porque o antígeno muda com muita frequência.
O inverso também funciona: voltando na linha do tempo e procurando pelos vírus com menos mutações entre si, é possível identificar com mais certeza o surgimento da doença em humanos – apesar de se saber que ela surgiu em Wuhan, ainda não está certo se houve um paciente 1 que passou a doença para outras pessoas e quando isso teria acontecido.
CARBINATTO, Bruno. Por que sequenciar o genoma do novo coronavírus é importante. Superinteressante, 25 mar. 2020. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/por-que-sequenciar-o-genomado-novo-coronavirus-e-importante/. Acesso em: 18 abr. 2020.
Professor, os trechos sublinhados contêm erro conceitual, pois confundem o código genético com o genoma do vírus. No primeiro trecho, o correto seria: “Ao mesmo tempo, seu genoma é muito próximo do encontrado no coronavírus da Alemanha”. No segundo trecho, “Isso porque mutações no genoma do vírus podem se traduzir em mudanças na atividade do vírus”. O código genético é universal e degenerado, portanto não há mutações nesse código, mas sim mudanças no genoma viral que podem alterar suas características biológicas.
Sugerimos que a atividade seja desenvolvida em casa, se não houver tempo disponível para sua realização em sala de aula.
(Unirio-RJ) Algumas pessoas, após constatarem que o feijão que prepararam ficou muito salgado, colocam pedaços de batatas para torná-lo menos salgado. Durante este procedimento, ocorre o seguinte processo no caldo do feijão:
O sal passa para a batata por osmose, diminuindo o gosto salgado.
O amido da batata, pela fervura, é transformado em glicose, “adoçando” o feijão.
O sal passa, por transporte ativo, para a batata, diminuindo o gosto salgado.
O amido da batata se dissolve, diminuindo o gosto salgado.
O sal se difunde pela batata, diminuindo sua concentração.
Alternativa e.
Como a intenção é retirar o sal do feijão e transferi-lo para os tecidos da batata, o processo que ocorre é difusão, e não osmose, que se refere unicamente à movimentação da água.
Leia o trecho da notícia a seguir.
Doenças lisossômicas
Os lisossomos, descritos por De Duve e Wattiaux em 1966, são organelas citoplasmáticas delimitadas por membranas próprias, que não contêm DNA ou ribossomos e se encontram presentes em todas as células eucarióticas. [...]
Os lisossomos possuem mais de 50 hidrolases ácidas, enzimas com atividade proteica particular, envolvidas na degradação de macromoléculas das células, incluindo proteínas, carboidratos, ácidos nucleicos e lipídios. [...]
Tais enzimas são sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso, transportadas para o complexo de Golgi, onde recebem marcadores que permitem o direcionamento das mesmas até o lisossomo. Algumas enzimas lisossômicas podem ser secretadas e endocitadas por outras células, fenômeno que é a base para algumas estratégias de tratamento deste grupo de doenças como a terapia de reposição enzimática e o transplante de medula óssea. [...]
BOY, Raquel; SCHWART, Ida. As doenças lisossômicas e tratamento das mucopolissacaridoses. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, v. 10, supl. 2, p. 61-72, ago. 2011. Disponível em: http://revista.hupe.uerj.br/ detalhe_artigo.asp?id=107. Acesso em: 16 abr. 2020.
Você saberia agora dizer que problemas podem ser advindos da falta de uma enzima do lisossomo? Como essa organela é responsável por processos de digestão, a falta de um único tipo de enzima pode ocasionar a formação de lisossomos cheios de inclusões não digeridas, que se acumulam
Na doença de Gaucher, por exemplo, há deficiência da enzima beta-glicocerebrosidase, que compromete o metabolismo lipídico, resultando em acúmulo de glicocerebrosídio nos macrófagos. Com isso, essas importantes células envolvidas com processos de defesa e de limpeza de células mortas e defeituosas não funcionam direito. A doença acarreta problemas no fígado e no baço e redução do número de plaquetas.
Segundo o texto, existem mais de 50 enzimas envolvidas na digestão intracelular nos lisossomos. Considerando a função dessas organelas, discuta com seus colegas quais as possíveis consequências que a ausência ou a produção de uma enzima lisossômica defeituosa poderiam provocar no organismo. Reflita, ainda, sobre por que a reposição de enzimas e o transplante de medula podem ser tratamentos para essas doenças.
Professor, os alunos devem relacionar que, como os lisossomos são responsáveis por processos de digestão, a falta de um único tipo de enzima pode fazer com que a digestão de determinada substância não ocorra, implicando o acúmulo de lisossomos cheios de inclusões não digeridas no interior das células, além do efeito cascata, que poderia prejudicar todo o organismo.
Seja o conjunto A = {2, {3}, {2, 3}}. Assinale a alternativa correta.
{2} ∈ A
{3} ∉ A
2 ∈ A
A ∈ {2, 3}
{2, 3} ∉ A
Alternativa c.
Todas as alternativas trazem uma relação de pertinência entre elemento e o conjunto A. Os únicos elementos que pertencem ao conjunto A são 2, {3} e {2, 3}. Qualquer representação diferente dessas não é um elemento de A.
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