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Texto para a questão.
Capítulo VI
O fim
Não há relatar o que houve a 3 e a 4**.
A luta, que viera perdendo dia a dia o caráter militar, degenerou, ao cabo*, inteiramente. Foram-se os últimos traços de um formalismo inútil: deliberações de comando, movimentos combinados, distribuições de forças, os mesmos toques de cornetas, e por fim a própria hierarquia, já materialmente extinta num exército sem distintivos e sem fardas.
Sabia-se de uma coisa única: os jagunços não poderiam resistir por muitas horas. Alguns soldados se haviam abeirado do último reduto e colhido de um lance a situação dos adversários. Era incrível: numa cava quadrangular, de pouco mais de metro de fundo, ao lado da igreja nova, uns vinte lutadores, esfomeados e rotos, medonhos de ver-se, predispunham-se a um suicídio formidável*. Chamou-se aquilo o “hospital de sangue” dos jagunços. Era um túmulo. De feito*, lá estavam, em maior número, os mortos, alguns de muitos dias já, enfileirados ao longo das quatro bordas da escavação e formando o quadrado assombroso dentro do qual uma dúzia de moribundos, vidas concentradas na última contração dos dedos nos gatilhos das espingardas, combatiam contra um exército.
E lutavam com relativa vantagem ainda.
Pelo menos fizeram parar os adversários. Destes os que mais se aproximaram lá ficaram, aumentando a trincheira sinistra de corpos esmigalhados e sangrentos. Viam-se, salpintando o acervo de cadáveres andrajosos dos jagunços, listras vermelhas de fardas e entre elas as divisas do sargento ajudante do 39º que lá entrara, baqueando logo. Outros tiveram igual destino. Tinham a ilusão do último recontro* feliz e fácil: romperem pelos últimos casebres envolventes, caindo de chofre sobre os titãs combalidos*, fulminando-os, esmagando-os...
Mas eram terríveis lances, obscuros para todo o sempre. Raro tornavam os que os faziam. Aprumavam-se sobre o fosso e sopeava-lhes* o arrojo o horror de um quadro onde a realidade tangível* de uma trincheira de mortos, argamassada de sangue e esvurmando* pus, vencia todos os exageros da idealização mais ousada. E salteava-os a atonia* do assombro...
Canudos não se rendeu
Fechemos este livro.
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado* palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
Forremo-nos* à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo. Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la vacilante e sem brilhos.
Vimos como quem vinga* uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem...
Ademais, não desafiaria a incredulidade do futuro a narrativa de pormenores em que se amostrassem mulheres precipitando-se nas fogueiras dos próprios lares, abraçadas aos filhos pequeninos?...
E de que modo comentaríamos, com a só fragilidade da palavra humana, o fato singular de não aparecerem mais, desde a manhã de 3, os prisioneiros válidos* colhidos na véspera, e entre eles aquele Antônio Beatinho que se nos entregara, confiante – e a quem devemos preciosos esclarecimentos sobre esta fase obscura da nossa história?
Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5.200 cuidadosamente contadas.
**as datas referem-se ao mês de outubro de 1897
Euclides da Cunha, Os sertões.
*Glossário “ao cabo”: no fim “formidável”: impressionante “De feito”: De fato “recontro”: combate “combalidos”: enfraquecidos “sopeava-lhes”: continha-lhes “tangível”: concreta “esvurmando”: espremendo “atonia”: apatia “Expugnado”: conquistado “Forremo-nos”: livremo-nos “vinga”: galga, sobe “válidos”: sadios
Considerando-se, no contexto da obra, o trecho “Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem...”, verifica-se que a “vertigem”, a que se refere o autor, está associada, sobretudo,
às vertiginosas perspectivas visuais do arraial, que descortinara ao escalar o altíssimo Morro da Favela, ponto culminante do relevo de Canudos.
ao fato de que suas teorias, crenças e expectativas entraram em crise, diante da realidade que testemunhava.
à momentânea perda dos sentidos que o acometera, quando, finalmente, se vira confrontado com as proporções que tomara o massacre da população sertaneja.
ao impulso de precipitar-se no abismo, que o possuíra, ao inteirarse do horror da situação.
ao sentimento trágico de que a completa eliminação dos sertanejos era, finalmente, um mal necessário.
O trecho final de Os Sertões, de Euclides da Cunha, retrata o trágico desenlace da Guerra de Canudos sob a perspectiva de um autor aliado às teorias científico-filosóficas da segunda metade do século XIX. Euclides atribuía a força do sertanejo às suas origens, corroborando o ponto de vista do determinismo que defendia. Além disso, o autor – engenheiro militar – sempre fora defensor de ideias positivistas, segundo as quais valorizava-se, por exemplo, a estrutura formal do exército. Ao presenciar a destruição completa do arraial e a morte de toda a população da forma como a descreve no fragmento, o autor coloca em xeque as crenças e expectativas decorrentes de toda sua formação teórica, o que lhe provoca uma espécie de “vertigem”.
When does the brain work best? The peak times and ages for learning
What's your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn't as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body's natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at non-peak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people's emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s's or 70's.
Still, while working according to your body's natural clock may sound helpful, it's important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what's not broken.
According to the second paragraph, the 2011 study showed that
both analytical and novel thinking were better accomplished before midday.
most people feel a midday fatigue.
alertness quickly decreases after the brain peaks.
most of the 428 students felt tired early in the morning.
novel thinking was better when the brain was at non-peak times.
De acordo com o segundo parágrafo, o estudo de 2011 revelou que:
(E) o pensamento inovador funcionava melhor fora dos horários de pico de cérebro.
Lê-se no final do segundo parágrafo:
“Results showed that their performance on the second type was best at non-peak times (...)”.
Em uma máquina fotográfica, a abertura na lente, pela qual passa a luz, é indicada pela letra f. Admita que a fórmula que fornece a medida da luz (S) que passa pela abertura, em função do valor de f, para uma câmera de lente 35 mm, seja dada por S = log2 f2 .
A imagem indica uma lente 35 mm de abertura máxima igual a 1,4. Adotando log 2 = 0,301 e log 7 = 0,845, o valor de S para a abertura máxima dessa lente é, aproximadamente,
0,91.
0,93.
0,95.
0,97.
0,99.
Com m e n reais, os gráficos representam uma função logarítmica, e seu intersecto com o eixo x, e uma função afim, e seu intersecto com o eixo y.
Se , então mn é igual a
4
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Do gráfico, temos:
• o ponto pertence ao gráfico de f, ou seja,
Assim,
m = –log10–2
m = 2
Logo,
Resposta: A
No que diz respeito às grandezas físicas inerentes aos fenômenos térmicos, assinale a alternativa correta.
O calor latente é uma propriedade de cada corpo e varia com o estado físico do corpo.
A capacidade térmica é uma propriedade de cada substância ou material e independe do estado físico da substância ou material.
O calor específico é uma propriedade de cada substância ou material e varia com o estado físico da substância ou material.
A capacidade térmica e o calor latente são propriedades de cada substância e dependem do estado físico em que se encontra a substância.
A capacidade térmica e o calor específico são propriedades de cada corpo e independem do estado físico em que se encontra o corpo.
Estamos passando por uma fase de grande evolução tecnológica. O aperfeiçoamento das máquinas e motores é evidente e, dentro em breve, o motor térmico será considerado peça de museu. Considere, no entanto, um motor térmico que realiza um ciclo representado qualitativamente pelo gráfico da pressão (p) versus volume (V) da figura, em que sua frequência de giro é f.
Com esses dados, a potência efetiva desse motor será dada por
Pote = f.[(V2 -V1)+(V3 -V2)].(p2 -p1)
Pote = f.[(V2 -V1)+(V3 -V2)].(p2 -p1)/2
Pote = 2.f.[(V2 -V1)+(V3 -V2)].(p2 -p1)
Pote = [(V2 -V1)+(V3 -V2)].(p2 -p1 )/f
Pote = 2.[(V2 -V1)+(V3 -V2)].(p2 -p1)/f
Alguns tipos de dessalinizadores usam o processo de osmose reversa para obtenção de água potável a partir da água salgada. Nesse método, utiliza-se um recipiente contendo dois compartimentos separados por uma membrana semipermeável: em um deles coloca-se água salgada e no outro recolhe-se a água potável. A aplicação de pressão mecânica no sistema faz a água fluir de um compartimento para o outro. O movimento das moléculas de água através da membrana é controlado pela pressão osmótica e pela pressão mecânica aplicada.
Para que ocorra esse processo é necessário que as resultantes das pressões osmótica e mecânica apresentem
mesmo sentido e mesma intensidade.
sentidos opostos e mesma intensidade.
sentidos opostos e maior intensidade da pressão osmótica.
mesmo sentido e maior intensidade da pressão osmótica.
sentidos opostos e maior intensidade da pressão mecânica.
A osmose é a passagem de água de um meio mais diluído (hipotônico) para um mais concentrado (hipertônico) por meio de uma membrana semipermeável.
Para que ocorra a osmose reversa, a pressão mecânica a ser aplicada no sistema deve ser maior que a pressão osmótica.
Por exemplo:
Se Pmec>Posmótica, a água flui do meio hipertônico para o hipotônico (osmose reversa).
O espectrômetro de massa de tempo de voo é um dispositivo utilizado para medir a massa de ions. Nele, um íon de carga elétrica q è lançado em uma região de campo magnético constante , descrevendo uma trajetória helicoidal, conforme a figura. Essa trajetória é formada pela composição de um movimento circular uniforme no plano yz e uma translação ao longo do eixo x. A vantagem desse dispositivo é que a velocidade angular do movimento helicoidal do íon é independente de sua velocidade inicial. O dispositivo então mede o tempo ide voo para N voltas do íon. Logo, com base nos valores q, B, N e t, pode-se determinar a massa do ion.
A massa do íon medida por esse dispositivo será
O período do movimento é dado por:
A partícula realiza N voltas durante um intervalo de tempo igual a t. Dessa forma,
Instituições acadêmicas e de pesquisa no mundo estão inserindo genes em genomas de plantas que possam codificar produtos de interesse farmacológico. No Brasil, está sendo desenvolvida uma variedade de soja com um viricida ou microbicida capaz de prevenir a contaminação pelo vírus causador da aids. Essa leguminosa está sendo induzida a produzir a enzima cianovirina-N, que tem eficiência comprovada contra o vírus.
OLIVEIRA, M. Remédio na planta. Pesquisa Fapesp, n. 206, abr. 2013.
A técnica para gerar essa leguminosa é um exemplo de
hibridismo.
transgenia.
conjugação.
terapia gênica.
melhoramento genético.
A leguminosa em questão teve, segundo o texto do enunciado, genes inseridos no seu genoma. Por essa razão, a técnica exemplificada é a transgenia.
Encontrando base em argumentos supostamente científicos, o mito do sexo frágil contribuiu historicamente para controlar as práticas corporais desempenhadas pelas mulheres. Na história do Brasil, exatamente na transição entre os séculos XIX e XX, destacam-se os esforços para impedir a participação da mulher no campo das práticas esportivas. As desconfianças em relação à presença da mulher no esporte estiveram culturalmente associadas ao medo de masculinizar o corpo feminino pelo esforço físico intenso. Em relação ao futebol feminino, o mito do sexo frágil atuou como obstáculo ao consolidar a crença de que o esforço físico seria inapropriado para proteger a feminilidade da mulher “normal”. Tal mito sustentou um forte movimento contrário à aceitação do futebol como prática esportiva feminina. Leis e propagandas buscaram desacreditar o futebol, considerando-o inadequado à delicadeza. Na verdade, as mulheres eram consideradas incapazes de se adequar às múltiplas dificuldades do “esporte-rei”.
TEIXEIRA. F. L. S.; CAMINHA. I. O. Preconceito no futebol feminino: uma revisão sistemática. Movimento. Porto Alegre, n. 1. 2013 (adaptado).
No contexto apresentado, a relação entre a prática do futebol e as mulheres é caracterizada por um
argumento biológico para justificar desigualdades históricas e sociais.
discurso midiático que atua historicamente na desconstrução do mito do sexo frágil.
apelo para a preservação do futebol como uma modalidade praticada apenas pelos homens.
olhar feminista que qualifica o futebol como uma atividade masculinizante para as mulheres.
receio de que sua inserção subverta o "esporte-rei" ao demonstrarem suas capacidades de jogo.
A discriminação contra a mulher permeia a história do esporte mundial. O texto descreve que, baseado em argumentos supostamente científicos, as exigências físicas para a prática das modalidades seriam inapropriadas para proteger a feminilidade da mulher normal. A questão biológica, portanto, seria o argumento que justificaria as desigualdades históricas e sociais.
Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma distância insignificante — em termos cósmicos — da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas de TNT, ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas de hidrogênio, conforme calcularam os computadores operados pelos astrônomos do programa de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos que devastariam imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.
Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010.
Qual estratégia caracteriza o texto como uma notícia alarmante?
A descrição da velocidade do asteroide.
A recorrência de formulações hipotéticas.
A referência à opinião dos astrônomos.
A utilização da locução adverbial “no mínimo”.
A comparação com a distância da Lua à Terra.
Segundo o dicionário “Caudas Aulete”, “sensacionalismo” significa “interesse em buscar ou explorar assuntos sobre fatos ou pessoas, que possam provocar escândalo, impacto e chocar a opinião pública.”. No texto, isso é observável em todas as formulações hipotéticas, pois são construídas por expressões muito exageradas. Por exemplo, “se desabasse no oceano, provocaria maremotos que devastariam imensas regiões costeiras.”. Não bastasse isso, todas elas foram encerradas pela expressão: “Enfim, uma visão do Apocalipse.”.
O projeto DataViva consiste na oferta de dados oficiais sobre exportações, atividades econômicas, localidades e ocupações profissionais de todo o Brasil. Num primeiro momento, o DataViva construiu uma ferramenta que permitia a análise da economia mineira embasada por essa perspectiva metodológica complexa e diversa. No entanto, diante das possibilidades oferecidas pelas bases de dados trabalhadas, a plataforma evoluiu para um sistema mais completo. De maneira interativa e didática, o usuário é guiado por meio das diversas formas de navegação dos aplicativos. Além de informações sobre os produtos exportados, bem como acerca do volume das exportações em cada um dos estados e municípios do País, em poucos cliques, o interessado pode conhecer melhor o perfil da população, o tipo de atividade desenvolvida, as ocupações formais e a média salarial por categoria.
MANTOVANI, C. A. Guardião de informações. Minas faz Ciência, n. 58, jun.-jul.-ago. 2014 (adaptado).
Entre as novas possibilidades promovidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias, o texto destaca a
auditoria das ações de governo.
publicidade das entidades públicas.
obtenção de informações estratégicas.
disponibilidade de ambientes coletivos.
comunicação entre órgãos administrativos.
O texto destaca a obtenção de informações estratégicas, como "o perfil da população, o tipo de atividade desenvolvida, as ocupações formais e a média salarial por categoria".
Qual a influência da comunicação nos fluxos migratórios?
Denise Cogo, doutora em comunicação, discute a relação entre as tecnologias digitais e as migrações no mundo.
Para a especialista, grande parte das representações e das experiências que conhecemos dos imigrantes chega pela mídia. “A mídia é mediadora das relações”, explica.
O imigrante não é só um sujeito econômico, mas, explica Cogo, um sujeito sociocultural. Portanto, a comunicação integra a trajetória das migrações dentro de um processo histórico. “Desde o planejamento e o estudo das políticas migratórias para o país de destino até o contato com amigos e familiares, o encontro dos fluxos migratórios com as tecnologias digitais traz novas perspectivas para os sujeitos. Também se abre a possibilidade para que, com um celular na mão, os próprios imigrantes possam narrar suas histórias, construindo novos caminhos”, analisa.
Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).
Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas histórias, o texto apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s)
economia na formação cultural dos sujeitos.
manifestações isoladas nos processos de migração.
narrações oficiais sobre os novos fluxos migratórios.
abordagens midiáticas no tratamento das informações.
tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.
Ao chamar a atenção para o fato de que as tecnologias digitais são úteis aos migrantes e lhes abrem novas perspectivas, o texto traz uma visão positiva sobre as tecnologias digitais na construção da realidade contemporânea, marcada pela presença de diversos e intensos fluxos migratórios.
Depois de uma parte de concerto, que foi como descanso reparador, seguiu-se a oferta do busto. Teve a palavra o Professor Venâncio.
(...)
O orador acumulou paciente todos os epítetos de engrandecimento, desde o raro metal da sinceridade até o cobre dúctil, cantante das adulações. Fundiu a mistura numa fogueira de calorosas ênfases, e sobre a massa bateu como um ciclope, longamente, até acentuar a imagem monumental do diretor.
Aristarco depois do primeiro receio esquecia-se na delícia de uma metamorfose. Venâncio era o seu escultor.
A estátua não era mais uma aspiração: batiam-na ali. Ele sentia metalizar-se a carne à medida que o Venâncio falava. Compreendia inversamente o prazer de transmutação da matéria bruta que a alma artística penetra e anima: congelava-lhe os membros uma frialdade de ferro; à epiderme, nas mãos, na face, via, adivinhava reflexos desconhecidos de polimento. Consolidavam-se as dobras das roupas em modelagem resistente e fixa. Sentia-se estranhamente maciço por dentro, como se houvera bebido gesso. Parava-lhe o sangue nas artérias comprimidas. Perdia a sensação da roupa; empedernia-se, mineralizava-se todo. Não era um ser humano: era um corpo inorgânico, rochedo inerte, bloco metálico, escória de fundição, forma de bronze, vivendo a vida exterior das esculturas, sem consciência, sem individualidade, morto sobre a cadeira, oh, glória! Mas feito estátua.
“Coroemo-lo!” bradou de súbito Venâncio.
Raul Pompeia, O Ateneu.
No excerto, diz o narrador que Aristarco “mineralizava-se todo”, via-se mudado, de ser vivo, em elemento mineral. Processos de mineralização são também centrais na caracterização da principal personagem feminina do romance
Senhora, de José de Alencar.
Quincas Borba, de Machado de Assis.
O cortiço, de Aluísio Azevedo.
Macunaíma, de Mário de Andrade.
São Bernardo, de Graciliano Ramos.
A personagem Aurélia Camargo, protagonista do romance Senhora, nasceu pobre e foi preterida em seu amor por um jovem leviano chamado Fernando Seixas. Por um incrível lance do destino, Aurélia viu-se herdeira de grande fortuna e passou a desprezar os vários pretendentes que vinham admirar tanto a sua beleza quanto o seu dinheiro. Ela agia com frieza altaneira, e, por meio de um claro processo de mineralização, foi comparada diversas vezes a uma estátua. Isso se pode notar, por exemplo, no seguinte trecho: “Os olhares ardentes e cúpidos dessa multidão de pretendentes, os sorrisos contrafeitos dos tímidos, os gestos fátuos e as palavras insinuantes dos mais afoitos quebravam-se na fria impassibilidade de Aurélia. Não era a moça que ali estava à janela; mas uma estátua, ou, com mais propriedade, a figura de cera do mostrador de um cabeleireiro da moda.”.
Resposta: A
Passaram-se assim algumas semanas: Leonardo, depois de acabadas todas as cerimônias, foi declarado agregado à casa de Tomás da Sé, e aí continuou convenientemente arranjado. Ninguém se admire da facilidade com que se faziam semelhantes coisas; no tempo em que se passavam os fatos que vamos narrando nada havia mais comum do que ter cada casa um, dois e às vezes mais agregados.
Em certas casas os agregados eram muito úteis, porque a família tirava grande proveito de seus serviços, e já tivemos ocasião de dar exemplo disso quando contamos a história do finado padrinho de Leonardo; outras vezes porém, e estas eram em maior número, o agregado, refinado vadio, era uma verdadeira parasita que se prendia à árvore familiar, que lhe participava da seiva sem ajudá-la a dar os frutos, e o que é mais ainda, chegava mesmo a dar cabo dela. E o caso é que, apesar de tudo, se na primeira hipótese o esmagavam com o peso de mil exigências, se lhe batiam a cada passo com os favores na cara, se o filho mais velho da casa, por exemplo, o tomava por seu divertimento, e à menor e mais justa queixa saltavam-lhe os pais em cima tomando o partido de seu filho, no segundo aturavam quanto desconcerto havia com paciência de mártir, o agregado tornava-se quase rei em casa, punha, dispunha, castigava os escravos, ralhava com os filhos, intervinha enfim nos mais particulares negócios.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
A numerosa presença de pessoas vivendo na condição de agregados, referida pelo narrador, na sociedade representada no romance, deve-se, de modo mais geral,
ao desestímulo ao trabalho, induzido pelo assistencialismo do Estado em relação aos mais pobres.
à vadiagem característica dos descendentes de degredados portugueses vivendo no Brasil.
ao caráter rarefeito do mercado de trabalho livre, na economia escravista.
à aversão ao trabalho braçal, que caracterizava os mestiços e negros alforriados.
à disseminação do exemplo dado pelas elites locais, composta majoritariamente de rentistas ociosos.
A condição de agregado definia o indivíduo que vivia com uma família com a qual não mantinha laços de parentesco. Essa situação caracteriza um contexto em que a inserção do homem livre no universo do trabalho se dá de forma problemática, em função da ordem social escravocrata.
Um fio condutor cilíndrico, feito de um único material, tem uma parte A de comprimento L e seção transversal de raio a e outra, B, de comprimento 2L e raio 2a. As razões , respectivamente, entre as correntes e as tensões nas partes A e B do fio são:
RI = 1; RV = 2.
RI = 1; RV = 1.
RI = 2; RV = 1.
RI = 2; RV = 2.
RI = 1; RV = 4.
Obtendo as resistências elétricas dos dois trechos a partir da segunda Lei de Ohm:
Como é um único fio que tem duas partes, tais partes estão em série, portanto:
As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelas chamas no mês de setembro de 2018, são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes raros. O museu abrigava, entre mais de 20 milhões de peças, os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda não haviam sido respondidas — ou sequer feitas — por pesquisadores brasileiros. E o incêndio pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas ancestrais, de línguas que não existem maís no mundo.
Oacervo do local continha gravações de conversas, cantos e rituais de dezenas de sociedades indígenas, muitas feitas durante a década de 1960 com antigos gravadores de rolo e que ainda não haviam sido digitalizadas. Alguns dos registros abordavam línguas já extintas, sem falantes originais ainda vivos. “A esperança é que outras instituições tenham registros dessas línguas , diz a linguista Marílía Facó Soares. A pesquisadora, que trabalha com os índios Tikuna, o maior grupo da Amazônia brasileira, crê ter perdido parte de seu material. “Terei que fazer novas viagens de campo para recompor meus arquivos. Mas obviamente não dá para recuperar a fala de nativos já falecidos, geralmente os mais idosos", lamenta.
Disponível em: https//brasil.elpais.com. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado)
A perda dos registros linguísticos no incêndio do Museu Nacional tem impacto potencializado, uma vez que
exige a retomada das pesquisas por especialistas de diferentes áreas.
O representa danos irreparáveis á memória e á identidade nacionais.
impossibilita o surgimento de novas pesquisas na área.
resulta na extinção da cultura de povos originários.
inviabiliza o estudo da língua do povo Tikuna.
Ainda que seja possível se fazerem novos registros de parte das línguas dos povos originários, outra parte desapareceu irremediavelmente, por não haver mais falantes delas. Portanto, uma perda à memória e à identidade nacionais, das quais a cultura dos povos originários faz parte.
Os pontos P e Q estão em uma semicircunferência de centro C e diâmetro , formando com A o triângulo APQ, conforme indica a figura.
Sabendo-se que é paralelo a , e que AB = 3PQ = 6 cm, então, sen α é igual a
Como AB = 6 cm, temos que o raio mede 3 cm.
Utilizando o teorema dos senos no triângulo PAQ, temos:
Resposta: B
As linhas de metrô são construídas tanto sob o solo quanto sobre este. Pensando nas variações de temperatura máxima no verão e mínima no inverno, ambas na parte de cima do solo, os projetistas devem deixar folgas de dilatação entre os trilhos, feitos de aço de coeficiente de dilatação linear 1,5 · 10–5 o C–1. Em determinada cidade britânica, a temperatura máxima costuma ser de 104 °F e a mínima de –4 °F. Se cada trilho mede 50,0 m nos dias mais frios, quando é feita sua instalação, a folga mínima que se deve deixar entre dois trilhos consecutivos, para que eles não se sobreponham nos dias mais quentes, deve ser, em centímetros, de
1,5.
2,0.
3,0.
4,5.
6,0.
O comprimento da folga entre dois trilhos consecutivos corresponde à variação do comprimento de cada trilho (Δℓ). Para realizar esse cálculo, deve-se converter a escala da variação de temperatura de Fahrenheit para Celsius por meio da relação:
Cálculo da variação do comprimento:
Δℓ = α ⋅ ℓ0 ⋅ Δθ = 1,5 ⋅ 10–5 ⋅ 50 ⋅ 60 ∴ Δℓ = 4,5cm
Resposta: D
Sabe-se que a luz branca do Sol, após refratar em um prisma de acrílico ou de vidro, dispersa-se em um leque de cores, formando o que se chama de espectro. Na figura, representa- -se o prisma por P; a tela em que se vê o espectro, por T; e o meio de onde a luz branca veio, por M.
Se M for
uma lâmpada de gás hidrogênio aquecido e pouco denso, o espectro apresentará linhas coloridas claras de emissão.
a atmosfera terrestre, considerada fria, o espectro apresentará linhas escuras de absorção.
um gás fortemente comprimido e muito denso, o espectro tanto poderá ser contínuo como apresentar linhas escuras de emissão.
a atmosfera saturniana, considerada fria, o espectro tanto poderá ser contínuo como apresentar linhas claras de absorção.
um líquido aquecido, o espectro apresentará linhas contínuas e escuras de emissão.
As figuras a seguir representam uma foto e um esquema em que F1 e F2 são fontes de frentes de ondas mecânicas planas, coerentes e em fase, oscilando com a frequência de 4,0 Hz. As ondas produzidas propagam-se a uma velocidade de 2,0 m/s. Sabe-se que D> 2,8 m e que P é um ponto vibrante de máxima amplitude.
Nessas condições, o menor valor de D deve ser
2,9 m.
3,0 m.
3,1 m.
3,2 m
3,3 m.
Em uma das etapas do processo de produção de iogurte, esquematizado na figura, ocorre a mudança da consistência característica do leite, de líquido para gel.
Em qual etapa ocorre essa mudança de consistência?
1
2
3
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A mudança de consistência de líquido para gel ocorre durante a fermentação do leite. Durante esse processo, o ácido láctico é produzido como produto principal.
O ácido láctico, resultante da fermentação, altera o pH, o que contribui para a desestabilização da micela de caseína (proteína encontrada no leite fresco), provocando sua coagulação e conduzindo à formação de um gel, o iogurte.
A biorremediação designa tratamentos que usam organismos para reduzir a quantidade de substâncias tóxicas no ambiente ou degradá-las em substâncias não tóxicas ou de menor toxicidade. Uma planta aquática, o aguapé, tem sido utilizada para a biorremediação de ambientes contaminados por metais tóxicos. Sabe-se que esses poluentes serão captados para dentro do corpo do vegetal.
Dentro do corpo do vegetal, esses contaminantes serão
digeridos por enzimas.
acumulados nos tecidos.
eliminados pelos estômatos.
metabolizados por glândulas.
utilizados como fonte energética.
Algumas plantas, como o aguapé, são capazes de absorver contaminantes ambientais, como metais pesados, e acumulá-los em seus tecidos. Essa capacidade reduz a concentração do contaminante no ambiente, o que configura um caso de biorremediação.
Em uma aula prática de bioquímica, para medir a atividade catalítica da enzima catalase, foram realizados seis ensaios independentes, nas mesmas condições, variando-se apenas a temperatura. A catalase decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2), produzindo água e oxigênio. Os resultados dos ensaios estão apresentados no quadro.
Os diferentes resultados dos ensaios justificam-se pelo(a)
variação do pH do meio.
aumento da energia de ativação.
consumo da enzima durante o ensaio.
diminuição da concentração do substrato.
modificação da estrutura tridimensional da enzima.
Quando a temperatura varia de 10 a 15°C, há aumento da velocidade de decomposição da água oxigenada. Contudo, para aumentos maiores da temperatura, há redução da velocidade de decomposição da água oxigenada, o que se deve à desnaturação da enzima, ou seja, à modificação da sua estrutura tridimensional.
Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O cartaz tem como finalidade
alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos.
conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar a violência doméstica.
instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão.
despertar nas criecidade de reconhecer atos de violência doméstica.
exigir das autoridades ações preventivas contra a violência doméstica.
O texto que serve de base à questão é a reprodução de um cartaz de uma campanha sobre a violência contra a mulher e suas colateralidades. Por não ter um enunciador ideal específico, ela tem como destino a sociedade, toda a população.
Mas seu olhar verde, inconfundível, impressionante, iluminava com sua luz misteriosa as sombrias arcadas superciliares, que pareciam queimadas por ela, dizia logo a sua origem cruzada e decantada através das misérias e dos orgulhos de homens de aventura, contadores de histórias fantásticas, e de mulheres caladas e sofredoras, que acompanhavam os maridos e amantes através das matas intermináveis, expostas às febres, às feras, às cobras do sertão indecifrável, ameaçador e sem fim, que elas percorriam com a ambição única de um “pouso” onde pudessem viver, por alguns dias, a vida ilusória de família e de lar, sempre no encalço dos homens, enfebrados pela procura do ouro e do diamante.
PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.
Ao descrever os olhos de Maria Santa, o narrador estabelece correlações que refletem a
caracterização da personagem como mestiça.
construção do enredo de conquistas da família.
relação conflituosa das mulheres e seus maridos.
nostalgia do desejo de viver como os antepassados.
marca de antigos sofrimentos no fluxo de consciência.
Gabarito Anglo: A
O narrador do texto de Cornélio Penna encontra no olhar da personagem “a sua origem cruzada e decantada através das misérias”, o que sugere uma clara caracterização da personagem como tendo origem em diferentes etnias, ou seja, como mestiça.
O Curso Anglo, respeitosamente, diverge do gabarito oficial.
Gabarito oficial: E
A descrição dos olhos da personagem alude de fato a "marcas de antigos sofrimentos", como diz a alternativa, por meio da menção a riscos, perigos e dificuldades enfrentadas pelos homens e pelas mulheres em questão: "febres", "feras", "cobras", a "procura do ouro e do diamante", o ambiente "ameaçador e sem fim". A marcação dessa alternativa, porém, exige que se entenda "fluxo de consciência" num sentido amplo. Tecnicamente, esse recurso literário seria uma intensificação do monólogo interior, o que implica primeira pessoa (e excluiria a terceira, predominante no excerto). A banca parece ter considerado "fluxo de consciência" como uma representação do pensamento em geral, aqui escrita em "fluxo" por vir num único período, bastante longo, como a imitar os processos mentais. Nesse caso, seria possível marcar a alternativa E.
Viajo Curitiba das conferências positivistas, elas são onze em Curitiba, há treze no mundo inteiro; do tocador de realejo que não roda a manivela desde que o macaquinho morreu; dos bravos soldados do fogo que passam chispando no carro vermelho atrás do incêndio que ninguém não viu, esta Curitiba e a do cachorro-quente com chope duplo no Buraco do Tatu eu viajo.
Curitiba, aquela do Burro Brabo, um cidadão misterioso morreu nos braços da Rosicler, quem foi? quem não foi? foi o reizinho do Sião; da Ponte Preta da estação, a única ponte da cidade, sem rio por baixo, esta Curitiba viajo.
Curitiba sem pinheiro ou céu azul, pelo que vosmecê é — província, cárcere, lar —, esta Curitiba, e não a outra para inglês ver, com amor eu viajo, viajo, viajo.
TREVISAN, D. Em busca de Curitiba perdida. Rio de Janeiro: Record, 1992.
A tematização de Curitiba é frequente na obra de Dalton Trevisan. No fragmento, a relação do narrador com o espaço urbano é caracterizada por um olhar
destituído de afetividade, que ironiza os costumes e as tradições da sociedade curitibana.
marcado pela negatividade, que busca desconstruir perspectivas habituais de representação da cidade.
carregado de melancolia, que constata a falta de identidade cultural diante dos impactos da urbanização.
embevecido pela simplicidade do cenário, indiferente à descrição de elementos de reconhecido valor histórico.
distanciado dos elementos narrados, que recorre ao ponto de vista do viajante como expressão de estranhamento.
O narrador figura uma viagem pela cidade de Curitiba, vista de uma perspectiva negativa, no sentido de colocar em destaque o que falta ou o não se comporta da maneira esperada: “o tocador de realejo que não roda a manivela”, o “incêndio que ninguém não viu”, a identidade desconhecida do cidadão que morreu em um local suspeito, a ponte “sem rio por baixo”. A última negativa do texto ocorre quando o autor se recusa a viajar por “outra” Curitiba, aquela feita “para inglês ver”, o que evidencia o esforço de desconstrução de paisagens convencionalmente associadas à cidade.
O sangue humano costuma ser classificado em diversos grupos, sendo os sistemas ABO e Rh os métodos mais comuns de classificação. A primeira tabela abaixo fornece o percentual da população brasileira com cada combinação de tipo sanguíneo e fator Rh. Já a segunda tabela indica o tipo de aglutinina e de aglutinogênio presentes em cada grupo sanguíneo.
Em um teste sanguíneo realizado no Brasil, detectou-se, no sangue de um indivíduo, a presença de aglutinogênio A. Nesse caso, a probabilidade de que o indivíduo tenha sangue A+ é de cerca de
76%.
34%.
81%.
39%.
Dado que se detectou a presença de aglutinogênio A, esse indivíduo deve ter sangue tipo A ou tipo AB. Assim, a probabilidade de esse indivíduo ter sangue A+ é de .
Texto para a questão
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia — algumas vezes gemendo —, mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um “Ai, nhonhô!”, ao que eu retorquia: “Cala a boca, besta!”. Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
A frase do texto em que o segundo verbo exprime ideia de anterioridade em relação ao primeiro é:
“Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de ‘menino diabo’; e verdadeiramente não era outra coisa”.
“à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos”.
“punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos”.
“que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração”.
“um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco”.
Em “um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco”, o uso do pretérito mais-que-perfeito (negara) indica que a ação de “negar” ocorreu antes da ação de “quebrar”, que está no pretérito perfeito (quebrei). Vale recordar que “negara” equivale a “tinha negado” – substituição que torna mais evidente ainda o traço de anterioridade do mais-que-perfeito: “um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me tinha negado uma colher do doce de coco.
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