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Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram norteados por cinco aspectos fundamentais: as pessoas, o planeta, a paz, a prosperidade e as parcerias. Todos eles dialogam, de alguma forma, com a ciência. Pesquise um ODS para cada aspecto fundamental mencionado e relate quais os propósitos e metas desse ODS. Em sua resposta, relacione tais propósitos com aspectos da ciência estudados neste curso ou nos cursos da Formação Geral Básica.
Exemplo:
Objetivo 1 (Erradicação da pobreza). Meta: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Aspecto fundamental: pessoas. Aspecto da ciência: a ciência pode contribuir com tecnologia para ajudar, por exemplo, a reduzir a exposição e vulnerabilidade de pobres e outras pessoas em vulnerabilidade a eventos extremos relacionados com o clima e outros problemas econômicos, sociais e ambientais.
Aspecto fundamental: pessoas.
Resposta pessoal. Poderiam ser escolhidos os ODS 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 12.
Assinale a alternativa correta para a pintura Mona Lisa, de Leonardo da Vinci:
A paisagem ao fundo da figura humana demonstra como, embora Da Vinci seja um dos mais representativos nomes do Renascimento, o artista desconhece as técnicas de perspectiva, pois não há diferença entre o que está nos primeiros planos e o que está nos últimos quanto à técnica pictórica.
A paisagem ao fundo da figura humana demonstra como, sendo Da Vinci um dos mais representativos nomes do Renascimento, domina a técnica da perspectiva, pois quanto mais distante do observador, mais esfumada fica a paisagem.
Embora a Mona Lisa seja o quadro mais conhecido do Renascimento, a maneira de representar a paisagem ainda se prende aos valores medievais como se nota pela ambientação religiosa.
Embora a Mona Lisa seja o quadro mais conhecido do Renascimento, ela deve ser considerada uma obra pré-renascentista, na medida em que a composição (sobretudo a posição da figura humana) remeta a uma ideia de religiosidade da Baixa Idade Média.
Embora Leonardo da Vinci demonstre em outras obras o pleno domínio da perspectiva linear, na Mona Lisa o artista não faz uso de nenhuma técnica próxima, de modo que não se nota, por exemplo, profundidade na obra.
Texto para a questão.
Quem tem fé
[...] Ô senhor, como entender um planeta Cheio de comas, entre seres tão treta Valor pra mim não é ser mon blanc, a caneta Mas ideia e conteúdo pra mandar numa letra Brigar por cor, nem tá pra mim
Tô na zona neutra Neto de vó branca e outra bem preta As duas exerciam o caminho da fé Só que a preta falava amém, a branca dizia axé A preta portava um rosário de caroço rosa Benzia com arruda e com palavra poderosa A branca fumava um charuto e gostava de prosa E tinha uma guia azulzinha de cor luminosa As duas tinha algo em comum: ser idosa O cheiro do tempero de comida gostosa Os neto no quintal de forma bem carinhosa Dizendo que a fé lhe fez mulher corajosa E as duas de maneira harmoniosa me ensinou Que antes de dormir vou falar com o Senhor Antes de dormir vou falar pra iluminar E abençoar a mente e os corações E tirai as confusões da mente, da gente
Ôoo-ôoo Hare krishna-krishna-krishna krishna-hare-hare Nam-myoho-rengue-kyo Saravá, axé, amém As-Salamu Alaikum
FELICIANO, Israel; TAKARA, Daniel Sanches. Quem tem fé. Intérprete: Rael. In: RAEL. Coisas do meu imaginário. São Paulo: Laboratório Fantasma, 2016.
A canção interpretada por Rael considera a importância dos elementos familiares na construção da personalidade. Qual é o caráter peculiar da contribuição dada pelas avós na formação religiosa do enunciador?
Cada uma das avós do enunciador é ligada a uma religião de matriz diferente (o que não representa exatamente algo peculiar). A peculiaridade reside no fato de que a avó preta representa a religiosidade de matriz europeia, cristã, e a avó branca manifesta características relacionadas às religiões de matriz africana. As avós, portanto, contrariam certos estereótipos que associam devoção religiosa a características raciais.
Utilize as informações a seguir para responder à questão.
As equipes que estiveram envolvidas de alguma forma na descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA apresentam exemplos de diferentes perfis de pesquisadores (teorizadores, empiristas e intermediários). Esses cientistas eram Francis Crick e James Watson, no Laboratório Cavendish, em Cambridge, nos Estados Unidos; Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, do King’s College, em Londres, no Reino Unido; e Fred Griffith, do Laboratório de Patologia do Ministério da Saúde, em Londres, no Reino Unido. Analise os excertos do texto do historiador da ciência estadunidense George F. Kneller e classifique cada um dos cientistas segundo seu perfil de pesquisador, justificando sua escolha com características e habilidades que são importantes de serem desenvolvidas por cientistas.
[...] Crick, estudante de novas ideias, gostava de as desenvolver em discussões. Tal como muitos homens brilhantes, Crick era capaz de perturbar as pessoas assinalando as implicações de suas ideias antes que elas o fizessem. Irritou o seu diretor Sir Lawrence Bragg, ao duvidar abertamente de suas ideias, e, em consequência disso, ele e Watson tiveram que dar prosseguimento ao seu programa de pesquisas a despeito da desaprovação de Bragg. [...]
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar; São Paulo: Edusp, 1980. p. 158-9.
Crick era um teorizador. O excerto mostra como ele era brilhante, criativo e contestador de ideias, a ponto de o diretor do seu laboratório desaprovar suas pesquisas e, mesmo assim, ele prosseguir com elas, junto de Watson.
O texto é uma redação nota 1000 do Enem 2018, cujo tema foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. Leia-o com atenção para responder à questão.
A utilização dos meios de comunicação para manipular comportamentos não é recente no Brasil: ainda em 1937, Getúlio Vargas apropriou-se da divulgação de uma falsa ameaça comunista para legitimar a implantação de um governo ditatorial. Entretanto, os atuais mecanismos de controle de dados, proporcionados pela internet, revolucionaram de maneira negativa essa prática, uma vez que conferiram aos usuários uma sensação ilusória de acesso à informação, prejudicando a construção da autonomia intelectual e, por isso, demandam intervenções. Ademais, é imperioso ressaltar os principais impactos da manipulação, com destaque à influência nos hábitos de consumo e nas convicções pessoais dos usuários.
Nesse contexto, as plataformas digitais, associadas aos algoritmos de filtragem de dados, proporcionaram um terreno fértil para a evolução dos anúncios publicitários. Isso ocorre porque, ao selecionar os interesses de consumo do internauta, baseado em publicações feitas por este, o sistema reorganiza as informações que chegam até ele, de modo a priorizar os anúncios complacentes ao gosto do usuário. Nesse viés, há uma pretensa sensação de liberdade de escolha, teorizada pela Escola de Frankfurt, já que todos os dados adquiridos estão sujeitos à coerção econômica. Dessa forma, há um bombardeio de propagandas que influenciam os hábitos de consumo de quem é atingido, visto que, na maioria das vezes, resultam na aquisição do produto anunciado.
Somado a isso, tendo em vista a capacidade dos algoritmos de selecionar o que vai ou não ser visto, esses podem ser usados para moldar interesses pessoais dos leitores, a fim de alcançar objetivos políticos e/ou econômicos. Nesse cenário, a divulgação de notícias falsas é utilizada como artifício para dispersar ideologias, contaminando o espaço de autonomia previsto pelo sociólogo Manuel Castells, o qual caracteriza a internet como ambiente importante para a amplitude da democracia, devido ao seu caráter informativo e deliberativo. Desse modo, o controle de dados torna-se nocivo ao desenvolvimento da consciência estética dos usuários, bem como à possibilidade de uso da internet como instrumento de politização.
Evidencia-se, portanto, que a manipulação advinda do controle de dados na internet é um obstáculo para a consolidação de uma educação libertadora. Por conseguinte, cabe ao Ministério da Educação investir em educação digital nas escolas, por meio da inclusão de disciplinas facultativas, as quais orientarão os alunos sobre as informações pessoais publicadas na internet, a fim de mitigar a influência exercida pelos algoritmos e, consequentemente, fomentar o uso mais consciente das plataformas digitais. Além disso, é necessário que o Ministério da Justiça, em parceria com empresas de tecnologia, crie canais de denúncia de fake news, mediante a implementação de indicadores de confiabilidade nas notícias veiculadas – como o projeto “The Trust Project” nos Estados Unidos – com o intuito de minimizar o compartilhamento de informações falsas e o impacto destas na sociedade. Feito isso, a sociedade brasileira poderá se proteger contra a manipulação e a desinformação.
SILVA, Natália Cristina Patrício. [Redação Enem 2018]. In: BRASIL. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). A redação do Enem 2019: cartilha do participante. Brasília: INEP/MEC, 2019. p. 39. Disponível em: https:// download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2019/redacao_enem2019_cartilha_participante.pdf. Acesso em: 12 fev. 2021.
Na introdução do texto, embora não utilize citação, a autora contextualiza o tema por meio do uso de repertório produtivo. Aponte-o e indique de que tipo ele é.
A autora faz referência à Era Vargas. Trata-se de um repertório do tipo “Referência histórica”.
Leia a seguir um texto crítico em que se analisam as posições da literatura de informação do século XVI.
Os juízos de valor expressos por Gândavo sobre os índios são sempre severos, ao contrário dos de Caminha, cujas apreciações são brandas e procuram contrastar costumes e valores de indígenas e portugueses, evitando julgamentos mais depreciativos e reconhecendo, a partir do que observa, possibilidades de cristianização dos primeiros. Gândavo combina observações documentais preciosas sobre os indígenas e seus costumes – que serão posteriormente relidas e apoiarão outras representações do indígena – com juízos decorrentes de uma posição muito rígida e fixa, a qual jamais abandona, seja para comparar-se com o outro, como faz Montaigne, seja para observá-lo em seus valores, grandezas ou possibilidades, como faz Caminha, e muito menos para colocar-se no lugar do outro e observar a si mesmo, como só farão alguns românticos e os modernistas, principalmente Mário de Andrade, no Macunaíma.
RONCARI, Luiz. Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. São Paulo: Edusp, 2002. p. 60.
Embora o crítico descreva diferenças entre os textos de Gândavo e de Caminha, é possível encontrar similaridades nas intenções dos autores. Com base nas habilidades desenvolvidas neste módulo e outros conhecimentos que julgar pertinentes, explique a proximidade de objetivos desses cronistas do século XVI.
Gândavo não se coloca no lugar dos indígenas, ao passo que os românticos e os modernistas, sim. Embora haja diferenças entre os textos de Gândavo e de Caminha, em ambos os casos, as obras terminam por legitimar o processo colonial de dominação. Se Gândavo justifica a dominação direta em função da “violência” dos indígenas, Caminha indicará possibilidades de cristianização, o que também resulta em uma forma de dominação.
Observe os cartazes de propaganda comunista produzidos durante a Guerra Civil Russa.
a) Entre os aspectos formais que nos ajudam a identificá-los como peças de propaganda associadas à ideologia comunista, destacam-se:
• o uso marcante da cor vermelha, tradicionalmente associada ao movimento comunista;
• os dizeres em russo associados ao contexto da Revolução nesse país;
• as referências à luta revolucionária no cartaz de Dmitry Moor e a figura do soldado armado em frente às fábricas, e, na obra de Lissitsky, o triângulo em forma de cunha pontiaguda a “esmagar” os brancos.
b) Entre as hipóteses de interpretações possíveis, destacam-se, a partir do título, a referência aos comunistas representados pelo triangulo pontiagudo vermelho que avança ou “esmaga” os brancos ou contrarrevolucionários.
São encorajadas outras interpretações por parte dos estudantes, bem como o desenvolvimento das capacidades descritiva e associativa sobre os aspectos formais da obra e seu contexto a partir de referências culturais, simbólicas e em outras formas de arte e linguagem.
Utilize as mesmas informações sobre a proposta 1 de redação da prova da Unicamp-SP (2020), apresentadas na seção Aprimorando habilidades, para responder à questão.
Em função do gênero textual proposto, um roteiro escrito para um comentário veiculado em podcast, ou seja, um texto predominantemente dissertativo (o que se evidencia especialmente no item c: “argumentar de modo a convencer seus ouvintes”) e cujo tema seja a biodiversidade e o caráter multiétnico e multicultural do Brasil, voltado para um público de ambientalistas, quais aspectos poderiam ser utilizados do:
Texto 1?
Pode-se citar os dados do texto 1 como evidências da biodiversidade e do caráter multiétnico e multicultural do Brasil; enfatizar a importância ambiental e econômica da biodiversidade, que pode se relacionar tanto à necessidade de preservação quanto ao desenvolvimento de novos produtos no país.
Observe a imagem e leia o trecho a seguir para responder à questão.
“Campo” e “cidade” são palavras muito poderosas, e isso não é de estranhar, se aquilatarmos o quanto elas representam na vivência das comunidades humanas. [...] Na longa história das comunidades humanas, sempre esteve bem evidente essa ligação entre a terra da qual todos nós, direta ou indiretamente, extraímos nossa subsistência, e as realizações da sociedade humana. [...] Em torno das comunidades existentes, historicamente bastante variadas, cristalizaram-se e generalizaram-se atitudes emocionais poderosas. O campo passou a ser associado a uma forma natural de vida – de paz, inocência e virtudes simples. À cidade associou-se a ideia de centro de realizações – de saber, comunicações, luz. Também constelaram-se poderosas associações negativas: a cidade como lugar de barulho, mundanidade e ambição; o campo como lugar de atraso, ignorância e limitação. O contraste entre campo e cidade, enquanto formas de vida fundamentais, remonta à Antiguidade clássica. A realidade histórica, porém, é surpreendentemente variada. A “forma de vida campestre” engloba as mais diversas práticas – de caçadores, pastores, fazendeiros e empresários agroindustriais –, e sua organização varia da tribo ao feudo, do camponês e pequeno arrendatário à comuna rural, dos latifúndios e plantations às grandes empresas agroindustriais capitalistas e fazendas estatais.
WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade: na história e na literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 11.
De que maneira o trecho apresentado aborda “atitudes emocionais” nas visões sobre campo e cidade?
O trecho descreve visões positivas sobre a vida no campo, associadas a uma vida mais natural, de inocência e valores simples. Nas visões positivas sobre a cidade, ela aparece associada como um centro de efervescência cultural. Já nas visões negativas, a cidade é o espaço do barulho e ambições sem fim, enquanto o campo surge como o lugar do atraso e da ignorância.
De todas as cidades é provavelmente a polis, Cidade-Estado grega, a que mais claramente expressa a dimensão política do urbano. Do ponto de vista territorial uma polis se divide em duas partes: a acrópole, colina fortificada e centro religioso, e a cidade baixa, que se desenvolve em torno da ágora, grande local aberto de reunião. No entanto, se perguntássemos a um grego da época clássica o que era polis, provavelmente esta não seria sua definição: para ele a polis não designava um lugar geográfico, mas uma prática política exercida pela comunidade de seus cidadãos.
ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1992. p. 10.
De acordo com o trecho apresentado, a definição de pólis para um grego antigo designava:
um espaço marcado pela separação entre o sagrado e o mundano.
um lugar definido pela presença de um centro religioso e político.
uma cidade marcada pela dimensão política da acrópole.
a prática política da cidadania em um ambiente comunitário.
os afazeres políticos dos cidadãos no espaço urbano.
Alternativa d. O lugar geográfico da pólis era marcado pela divisão entre ágora e acrópole, mas, na perspectiva de um cidadão grego, a cidade era definida como o espaço da prática política, das discussões e do convívio social.
Leia o trecho a seguir sobre a Guerra do Peloponeso, entre as cidades gregas na Antiguidade.
Insatisfeitos com o desempenho dos almirantes na proteção dos marinheiros, os populares mandaram chamar de volta e executaram os comandantes atenienses. [...] Com a linha de abastecimento em grãos novamente cortada, Lisandro impôs um bloqueio naval a Atenas, enquanto o rei espartano Pausânias cercava a cidade por terra. Após seis meses de sítio, esfomeada, Atenas rendeu-se, tendo suas muralhas destruídas e seu império dissolvido
FUNARI, Pedro Paulo. Guerra do Peloponeso. In: MAGNOLI, Demétrio. História das guerras. São Paulo: Contexto, 2015.
O trecho citado destaca o seguinte papel para a muralha de Atenas:
Proteção para o abastecimento de grãos.
Garantir um bloqueio naval.
Oposição ao modelo espartano.
Defesa militar.
Controle de revoltas populares.
Alternativa d. O trecho destaca que a destruição das muralhas de Atenas foi o símbolo de sua derrota na Guerra do Peloponeso.
Leia o trecho a seguir.
A partir de 1850, o trem, fazendo a sociedade ocidental aceder a uma mobilidade de massa sem precedentes, tornou-se o mais potente fator de densificação das cidades. Ao fim do século, secundado pelo bonde e pelo metrô, ele serviu igualmente à sua expansão.
CHOAY, Françoise. Destinos da cidade europeia: séculos XIX e XX. Revista de Urbanismo e Arquitetura, São Paulo, v. 4, p. 11, 1996.
O trecho acima estabelece relações entre:
urbanização industrial e mobilidade social.
industrialização ocidental e êxodo urbano.
concentração populacional e meios de transporte.
massificação das cidades e expansão dos automóveis.
expansão dos metrôs e malhas ferroviárias.
Alternativa c. Segundo o trecho, o trem favorecia uma mobilidade humana que teria sido o grande responsável pela concentração da população nas cidades.
Utilize o texto abaixo para responder à questão.
Experimentos realizados por biólogos brasileiros e mexicanos indicam que formigas podem atuar como polinizadoras importantes de um tipo de planta do Cerrado. Trabalhos de campo realizados no sul de Minas Gerais sinalizam que esses insetos terrestres [...] podem prestar um serviço vital para a reprodução de uma espécie de sempre-viva típica desse bioma. Formigas da espécie Camponotus crassus, popularmente conhecidas como sarassarás, foram as principais visitantes das flores de Paepalanthus lundii, superando abelhas-sem-ferrão e moscas que também polinizaram a sempre-viva [...]. Os resultados sugerem que a formiga é o polinizador mais eficaz, mas não exclusivo, dessa planta na área de Cerrado [...].
Observações periódicas realizadas ao longo de um mês e meio [...] registraram que 43% das visitas às flores de 35 exemplares de sempre-vivas foram feitas pelas sarassarás. Em seguida, figuraram as abelhas do gênero Melipona, responsáveis por pouco mais de 10% das passagens pelas flores, e moscas [...] [da família] Muscidae, com 9,5%. As demais visitas foram feitas por moscas, abelhas e formigas de outros gêneros, além de percevejos, besouros e escaravelhos. [...].
[...] uma mesma formiga podia escalar mais de uma inflorescência de uma mesma sempre-viva ou até de plantas diferentes em menos de 30 minutos. Esse comportamento fazia com que os grãos de pólen ficassem aderidos à sua cabeça, tórax ventral e antenas, processo fundamental para que a polinização ocorresse. [...] As sempre-vivas estudadas são baixas, com inflorescências próximas ao nível do solo e brotam em grupos. A frutificação ocorre em um período curto, algumas semanas depois das visitas dos polinizadores. [...]
No estudo de campo, foram contemplados quatro cenários. No primeiro, o do grupo controle, exemplares de sempre-vivas ficaram totalmente expostas para serem polinizadas por formigas, que vêm pelo solo e sobem no vegetal, ou por abelhas, que vão atrás do néctar pelo ar. [...]
GERAQUE, E. Formigas polinizadoras. Revista Fapesp 288: 48-51, 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/formigas-polinizadoras/. Acesso em: 16 abr. 2021.
O estudo de campo feito em uma estação ecológica de Uberlândia (MG), pelos pesquisadores de Kleber Del-Claro, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), principal autor do trabalho, e Dulce Rodrigues-Morales, professora da Universidad Veracruzana, do México, contemplou quatro cenários. Um deles, o do grupo controle, tem seu desenho experimental descrito no texto.
Os outros cenários foram:
• 2º: impediu-se a chegada de formigas ou qualquer outro polinizador às plantas;
• 3º: impediu-se a chegada de polinizadores voadores, mas foi permitida a chegada de formigas às plantas;
• 4º: impediu-se a chegada de formigas, mas foi permitida a chegada de polinizadores voadores às plantas.
a) Resposta pessoal. No experimento original, o segundo experimento foi feito com as semprevivas revestidas por um saco que bloqueava os acessos terrestre (das formigas) e aéreo (das abelhas e moscas).
b) Resposta pessoal. No experimento original, o terceiro experimento foi feito com as plantas cobertas com uma espécie de véu/cabana, de modo a impedir que visitantes aéreos, como as abelhas e moscas, pudessem se aproximar das plantas, no entanto sem impedir a chegada de formigas pelo solo, pois o véu não encostava no solo.
c) Resposta pessoal. No experimento original, o quarto experimento foi feito com um plástico em formato circular instalado no solo em volta das plantas, até uma altura de 10 centímetros, de modo que a via aérea estava livre para o eventual acesso de abelhas e moscas, mas o acesso pelo solo pelas formigas estava impedido, pois estas não conseguiam escalar essa barreira.
Uma loja on-line de camisetas personalizadas está recebendo muitas reclamações de seus clientes. Para identificar as causas mais frequentes dessas reclamações, a gerente da loja elaborou o seguinte diagrama de Pareto, com base em uma pesquisa em que se considerou um único item de insatisfação de cada cliente.
Com base na leitura desse gráfico, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) para as conclusões obtidas pela gerente da loja.
( ) Mais de 90% das reclamações dos clientes são decorrentes de produtos com defeitos. ( ) Quase 80% das reclamações são decorrentes de produtos defeituosos ou atrasos na entrega. ( ) As reclamações decorrentes de preço errado correspondem a das reclamações por atraso na entrega. ( ) Aproximadamente 95% das reclamações são causadas por quatro dos problemas listados. ( ) Resolver a questão da venda de produtos defeituosos fará com que as reclamações dos clientes diminuam a mais da metade.
F - V - V - V - F
Resgate os dados registrados em tabelas ao longo do experimento do Módulo 7 e monte um gráfico com seus resultados. Escolha qual gráfico pode melhor representar os dados obtidos em função do que você aprendeu no Módulo 5.
Resposta pessoal. Exemplo:
O gráfico que melhor representa os dados levantados é um gráfico de linha, no qual a variável independente estará representada no eixo x, indicando um fenômeno contínuo (dias), e a variável dependente, no eixo y, indicando o nível da medida de concentração de poluentes em tecido branco.
Faça uma pesquisa sobre alguns museus de arte localizados em outros países que possibilitam visita virtual. Escolha uma das instituições em função de suas preferências.
a) Resposta pessoal.
b) Resposta pessoal.
Sobre a ciência empírica, responda:
a) A ciência empírica pode ser definida como a formação de um conhecimento por meio de observações, de experiências, de experimentos, de coleta de dados de forma organizada.
b) Na ciência empírica, como o conhecimento científico se origina da observação da natureza, da coleta de dados e da experimentação, esse conhecimento seria externo aos cientistas, cabendo a eles descobri-lo na natureza.
A redação a seguir foi produzida no vestibular da Fuvest 2006. Ela versa sobre o tema trabalho. Nela, vamos analisar como o conhecimento histórico e de atualidades foi empregado. Leia-a com atenção.
Trabalho constante
É relativamente comum a ideia de que o trabalho é uma invenção histórica e, sendo assim, ela, porventura, pode desaparecer no futuro. Trata-se de uma concepção que certamente integra o conjunto de utopias humanas. É possível que o trabalho não seja uma característica inerente ao ser humano, contudo ele jamais se extinguirá enquanto o homem se organizar em sociedade. É inegável que ele, como qualquer outra estrutura, modifica-se com o passar dos séculos. Todavia, como ele corresponde à função que o indivíduo desempenha em relação ao grupo, ele constitui a base de cada sociedade e, desse modo, seu desaparecimento é indubitavelmente improvável.
Todos os sistemas sociais conhecidos dependeram das relações de trabalho entre as camadas sociais para se concretizarem. Na realidade, o que difere um sistema do outro é justamente o trabalho que cada grupo desempenhava. Basta comparar, por exemplo, o feudalismo com o capitalismo. No primeiro, prevalecia a servidão ao passo que no segundo, o pagamento por meio do salário. Nem mesmo o admirável desenvolvimento tecnológico acabou por extinguir o trabalho. No início da Revolução Industrial, imaginava-se que as máquinas efetuariam todas as funções necessárias à manutenção da sociedade capitalista. Não é o que se verifica no mundo contemporâneo, caracterizado pelo ápice do progresso técnico. Atualmente, o desemprego é uma das piores desgraças da humanidade, o que demonstra que o trabalho valorizou-se intensamente. Essa curiosa situação pode ser explicada ao se considerar a característica primordial do capitalismo: a exploração do trabalho humano. Somente adquirem recursos financeiros aqueles que desempenham alguma função na sociedade, isto é, aqueles que apresentam um trabalho. Daí a constatação de que essa atividade é a base da sociedade.
Não se pode esquecer que o trabalho também constitui uma forma de enobrecer o próprio homem. As obras de arte ilustram perfeitamente essa afirmação, uma vez que demonstram a criatividade, o poder de criação e a genialidade humana, características que somente podem ser expressas através do trabalho. Este, por conseguinte, possibilita ao homem transmitir ao mundo exterior suas grandiosas ideias. Mesmo em pleno ócio, os artistas conseguem utilizar sua capacidade de criação para realizar trabalhos artísticos magníficos. Desse modo, observa-se que é uma característica humana a tentativa de se glorificar por meio da arte. O ócio, portanto, seria uma condição para que a criatividade humana se expressasse por meio do trabalho.
Em vista das características apresentadas pelo homem e pelas organizações sociais, conclui-se que o trabalho sempre estará presente na vida humana, seja porque ele corresponde à utilidade do indivíduo frente ao coletivo, seja porque ele é uma maneira de enobrecer o ser humano. O homem nunca conseguiria viver sem efetuar alguma espécie de trabalho, uma vez que isso seria impedir seu poder de criação. Ademais, para a sociedade também é imprescindível que a genialidade humana se expresse por meio do trabalho, visto que é através dele que os problemas sociais serão sanados.
TRABALHO constante [Redação Fuvest 2006]. Disponível em: https://deaaz.com.br/provas/FUVEST/2006/FUVEST_2006_Redacao_Exemplos.pdf. Acesso em: 12 abr. 2021.
inerente: que, por natureza, é essencial, inseparável de algo. indubitavelmente improvável: aqui o candidato ou a candidata (não sabemos) produziu uma incoerência. Falar em probabilidade ou improbabilidade produz efeito de incerteza, enquanto o advérbio indubitavelmente produz o efeito contrário, de certeza. Em vez de improvável, ele ou ela poderia ter usado impossível, adjetivo que, a propósito, poderia dispensar o uso do advérbio. problemas sociais: chamamos a atenção, aqui, para um dado que não foi desenvolvido ao longo da dissertação. Esse tipo de inserção não é recomendável em uma conclusão desse tipo, em que se apresenta uma síntese do que foi discutido.
Destaquemos, do primeiro parágrafo, duas sentenças:
. É relativamente comum a ideia de que o trabalho é uma invenção histórica e, sendo assim, ela, porventura, pode desaparecer no futuro.
. É possível que o trabalho não seja uma característica inerente ao ser humano, contudo ele jamais se extinguirá enquanto o homem se organizar em sociedade.
Vemos que o enunciador, nessa redação, apresenta duas definições de trabalho: é invenção histórica; e não é uma característica inerente ao ser humano.
Pode-se dizer que essas duas visões sobre o trabalho são contraditórias? Justifique sua resposta.
Não. Como se trata de uma construção histórica, a ideia de trabalho pode desaparecer. Caso fosse inerente ao humano, não passaria por transformações, por exemplo, e tampouco poderia deixar de existir.
Pode ser que os alunos precisem de ajuda com essa questão. Para muitos, essa discussão, sobre se um fenômeno é histórico ou inerente, pode ser inédita. Trata-se de uma oportunidade de abordagem desses dois princípios de análise dos fenômenos humanos, ainda que de maneira mais simplificada do que o assunto merece.
O texto a seguir é um artigo do historiador e escritor Luiz Antonio Simas, publicado originalmente no jornal O Globo, em 2018. Leia-o com atenção.
A cidade detesta a criança
De todas as batalhas que travamos na aldeia, a mais urgente parece ser a que envolve a rua: ela é lugar de encontro ou lugar de passagem?
A Praça Xavier de Brito, na Tijuca, conhecida pelos cariocas como “praça dos cavalinhos”, estava passando por uma reforma na área destinada às brincadeiras da criançada há alguns anos. Indo lá com meu filho, perguntei a algumas crianças se elas tinham sido consultadas sobre a reforma. As respostas foram unânimes: não. Simplesmente não ocorreu a ninguém perguntar aos maiores interessados na reforma o que eles achavam que deveria ser feito. Nós ignoramos um fato básico: cidades são também lugares em que as crianças vivem.
É evidente que não estou pedindo que entreguemos um projeto arquitetônico a uma criança de 7 anos. Tentar entender, todavia, qual é a expectativa da criança em relação ao espaço que ela vai ocupar é o mínimo que pode ser feito. Em certa feita, bati um papo, por conta de uma roda de conversas em Sepetiba, com um garoto indignado porque a rua em que ele morava foi asfaltada – o que é obviamente bom –, mas isso matou a possibilidade de os meninos jogarem bola de gude, o que é obviamente ruim.
De todas as batalhas que travamos na aldeia, a mais urgente me parece ser a que envolve a disputa pela rua: ela é lugar de encontro ou é apenas um lugar de passagem? A supremacia da visão do espaço público como lugar de passagem, a violência e a sensação da violência urbana, o triunfo dos carros, a especulação do solo urbano, a escassez de tempo para o encontro, repercutem na formação da criançada: sem a rua para brincar, a tendência é que as crianças construam amizades circunscritas ao ambiente das famílias, creches e escolas.
As amizades restritas à escola padecem de, pelo menos, um risco. Os alunos de uma mesma turma são – na maioria dos colégios – submetidos ao mesmo padrão de aprendizagem. A escola fundamentada no ensino seriado e na fragmentação de conteúdos é normativa sempre e corre o risco de padronizar comportamentos até quando adota linhas alternativas. O alternativo aí, afinal, vira padrão para o grupo.
Se a escola normatiza, a cultura da rua foi capaz de permitir o convívio entre os diferentes. Quando era moleque, brinquei muito na rua. Tenho a impressão de que cada menina e menino traziam um embornal de experiências distintas, trocadas na rua de forma lúdica, a partir do ato mais importante para a educação de uma criança: brincar.
Para brincar, há que se ter disponibilidade de tempo e espaço e a escassez que permite invenção. As crianças de hoje estão atoladas em múltiplas atividades, abandonadas ou superprotegidas, reféns do consumo do objeto vendido pronto, e confinadas entre muros concretos e imaginários; erguidos de cimentos e medos.
A cidade que deveria proporcionar a circulação de saberes é cada vez mais a cidade que proporciona só a circulação de mercadorias e monstros sobre rodas. Nela, a rua como espaço de interação social entre crianças está morrendo.
Escrevi em certa ocasião que a cidade em que a criança não brinca é o sanatório dos adultos. A cidade em que os adultos só trabalham é um presídio de crianças. Poucos parecem considerar essa questão como urgente. É bom fazer isso, antes que às crianças restem, como terapia amansadora das angústias e amenizadoras das culpas dos que permitimos isso, aplicativos de última geração que joguem bolas de gude virtuais e empinem pipas que não voam.
SIMAS, Luiz Antonio. A cidade detesta a criança. O Globo, 28 ago. 2018. Disponível em: https://oglobo.globo.com/ rio/a-cidade-detesta-crianca-23016732#ixzz6k7JrO8iv. Acesso em: 12 fev. 2021.
Sepetiba: bairro da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Normativo: que estabelece a norma, a regra, o ideal de alguma coisa. Embornal: tipo de bolsa pequena, que se usa na transversal.
O autor escreveu esse texto com o propósito de defender uma tese, um posicionamento. Que posicionamento é esse?
O posicionamento do autor é que as pessoas que estão no poder nas cidades, tomando decisões urbanísticas, precisam considerar que as crianças também são habitantes e têm o direito de opinar sobre os espaços que ocupam.
Utilize os textos abaixo para responder à questão.
Texto I
[...] Em seu laboratório, ele [o cientista] não consome muito do seu tempo pensando em leis científicas. Ele está atarefado com outras coisas, tentando fazer com que algum aparelho funcione, procurando um meio de medir mais exatamente alguma coisa ou realizando uma dissecação que mostre mais claramente as partes de um animal ou planta. Podemos desconfiar que ele mal sabe que lei está tentando provar. Ele está continuamente observando, mas o seu trabalho é, por assim dizer, um tatear no escuro. Quando pressionado para dizer que está fazendo, talvez apresente um quadro de incerteza ou dúvida, até a verdadeira confusão.
YOUNG, J. Z. Doubt and certainty in Science: a biologist’s reflections on the brain. In: KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São Paulo: Edusp, 1980. p. 98.
Texto II
Quase toda a pesquisa científica não leva a lugar nenhum – ou, se leva a alguma parte, não é na direção em que ela é iniciada. [...] Calculo que, apesar de inteiramente consagrado à Ciência, cerca de quatro minutos do meu tempo foram desperdiçados, e creio que isso geralmente acontece com todos os pesquisadores que não se contentam em seguir a liderança de outrem.
MEDAWAR, P. B. Induction and Intuition in Scientific Thought. In: KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São Paulo: Edusp, 1980. p. 99.
O texto I, do zoólogo inglês John Zachary Young (1907-1997), mostra o trabalho do cientista no contexto do seu cotidiano. Em sua opinião, é possível identificar a utilização de um método científico nessa descrição? Justifique.
Resposta pessoal. Uma das argumentações possíveis é que o texto está mais centrado no cotidiano do cientista no laboratório, durantes as fases em que está se preparando para obter dados por meio de experimentos, e ressalta as dificuldades metodológicas a que muitas vezes o cientista está submetido. Portanto, o método científico em si não está sendo descrito; está sendo feita alusão às dificuldades metodológicas.
Observe a seguir duas obras com a mesma temática para responder ao que se pede.
a) Embora as duas obras tenham como temática uma divindade mitológica, o Saturno de Rubens é pintado com base em uma imitação da realidade: a anatomia das figuras imita a anatomia humana. Já o Saturno de Goya se distancia de uma figura humana, restando-lhe, apenas, características que sugerem um ser humano, como mãos, olhos, boca, tronco, etc. Quanto aos traços, os de Rubens são precisos, marcam os limites exatos entre figuras e paisagem, enquanto os de Goya tendem a uma figuração em que os limites de massas e volumes são diluídos pelo uso de pinceladas rápidas e pelas linhas imprecisas, quase inexistentes.
b) Ao passo que Rubens segue modelos convencionais de representação artística (particularmente ligados ao Barroco), Goya rompe com os modelos vigentes e produz uma obra que traz a sua interpretação da cena, o que pode ser visto pela tendência ao pesadelo, pela inexatidão dos traços e pela monstruosidade da figura.
c) Resposta pessoal. Uma das hipóteses é que o deus Saturno é interpretado por Goya à luz do mundo moderno, em que o tempo, monstruoso, passa por cima de todas as coisas e, metaforicamente, engole todos.
d) Resposta pessoal.
Observe a imagem e leia o trecho para responder à questão.
O escritor estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849) descreveu o panorama londrino de meados do século XIX em sua obra O homem da multidão (1840). No conto, o narrador observa um homem vagando pela cidade em meio à paisagem urbana da era industrial.
[...] Essa era uma das artérias principais da cidade e regurgitara de gente durante o dia todo. Mas, ao aproximar-se o anoitecer, a multidão engrossou, e, quando as lâmpadas se acenderam, duas densas e contínuas ondas de passantes desfilavam pela porta. [...] Muitos dos passantes tinham um aspecto prazerosamente comercial e pareciam pensar apenas em abrir caminho através da turba. [...] Outros, formando numerosa classe, eram irrequietos nos movimentos; tinham o rosto enrubescido e resmungavam e gesticulavam consigo mesmos, como se se sentissem solitários em razão da própria densidade da multidão que os rodeava. [...] Nada mais havia de distintivo sobre essas duas classes além do que já observei. Seus trajes pertenciam àquela espécie adequadamente rotulada de decente. Eram, sem dúvida, nobres, comerciantes, procuradores, negociantes, agiotas [...]. Usavam os atavios desprezados pelas classes altas – e isso, acredito, define-os perfeitamente. A subdivisão dos funcionários categorizados de firmas respeitáveis era inconfundível. Fazia-se logo reconhecer pelas casacas e calças pretas ou castanhas, confortáveis e práticas, pelas gravatas brancas, pelos coletes, pelos sapatos sólidos, pelas meias grossas e pelas polainas. [...] Havia muitos indivíduos de aparência ousada, característica da raça dos batedores de carteiras, que infesta todas as grandes cidades. Eu os olhava com muita curiosidade e achava difícil imaginar que pudessem ser tomados por cavalheiros pelos cavalheiros propriamente ditos. [...] Descendo na escala do que se chama distinção, encontrei temas para especulações mais profundas e mais sombrias. Encontrei [...] mocinhas modestas voltando para seus lares taciturnos após um longo e exaustivo dia de trabalho [...], carregadores de anúncios, moços de frete, varredores, tocadores de realejo, domadores de macacos ensinados, cantores de rua, ambulantes, artesãos esfarrapados e trabalhadores exaustos, das mais variadas espécies [...].
POE, Edgar A. O homem da multidão. Porto Alegre: Paraula, 1993. p. 29-31.
Transcreva dois trechos do conto apresentado em que aparecem descrições da paisagem de uma cidade da época industrial.
“Seus trajes pertenciam àquela espécie adequadamente rotulada de decente. Eram, sem dúvida, nobres, comerciantes, procuradores, negociantes, agiotas [...]”
“Encontrei [...] mocinhas modestas voltando para seus lares taciturnos após um longo e exaustivo dia de trabalho [...], carregadores de anúncios, moços de frete, varredores, tocadores de realejo, domadores de macacos ensinados, cantores de rua, ambulantes, artesãos esfarrapados e trabalhadores exaustos, das mais variadas espécies [...].”
A proposta 1 de redação do vestibular da Unicamp-SP de 2020 foi a seguinte:
Você trabalha como colunista em uma revista eletrônica brasileira, bastante acessada por ambientalistas de diferentes países. Esse público demanda, constantemente, matérias sobre a biodiversidade e sobre o caráter multiétnico e multicultural do Brasil. O editor da revista encomendou a você um podcast que aborde a inter-relação entre esses dois temas e sua importância para a sustentabilidade.
Para se preparar para o seu podcast, você escreve o texto que lerá no dia da gravação. Nele você deve:
a) relacionar biodiversidade e sociodiversidade; b) tratar da importância da preservação do patrimônio cultural e ambiental para o crescimento sustentável do Brasil; e c) argumentar de modo a convencer seus ouvintes.
Podcasts são arquivos digitais de áudio publicados na internet e que podem ser ouvidos, até mesmo em celulares, a qualquer momento, por qualquer pessoa. São considerados “textos para ouvir”.
Para redigir seu texto, leve em conta os excertos apresentados a seguir.
A)
O patrimônio genético nacional e os conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade brasileira contribuem para o desenvolvimento de novos produtos, muitos deles patenteados para ser comercializados. Isso porque o Brasil é um dos poucos países que reúnem as principais características para ter um sistema de acesso ao patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais a ele associados, de modo a promover o desenvolvimento sustentável. A primeira característica é a biodiversidade: são mais de 200 mil espécies já registradas em seus biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa) e na Zona Costeira e Marinha. Este número pode chegar a mais de 1 milhão e oitocentas mil espécies. A segunda característica é a sociodiversidade: são mais de 305 etnias indígenas, com cerca de 270 diferentes línguas, além de diversas comunidades tradicionais e locais (quilombolas, caiçaras, seringueiros, etc.) e agricultores familiares, que detêm importantes conhecimentos associados à biodiversidade.
Adaptado de Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais Associados. Disponível em: https://www.gov.br/mma/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/quem-e-quem-1/colegiados/ patrimonio-genetico-e-conhecimentos-tradicionais-associados. Acesso em: 23 jul. 2020.
B)
o cerrado é milagre, como toda a vida (é também pedaço do planeta que desaparece) abraço meu irmão pequizeiro [...] os jatobás sorriem as perobas não dizem nada, apenas sentem [...] agora prepare seu coração: correntão vai passar e levar tudo ninho de passarinho rasteiro também depois do correntão, brotou o que tinha que brotar mas já era tarde – faca fina do arado cortou a raiz pela raiz e aí não brotou mais nada. Aliás, brotou coisa melhor: soja, verdinha, verdinha que beleza, diziam [...] antes de terminar pergunto: quem vai pagar o preço de tamanha destruição? “daqui a cem anos estaremos todos mortos”, disse alguém. certo. estaremos todos mortos mas nossos netos, não o cerrado é milagre, minha gente
Nicolas Behr, O cerrado é milagre, em Primeira Pessoa. Brasília: LGE Editora, 2005, p. 109.
C)
O Cerrado é o lugar onde a sabedoria popular se materializa em planta. Lá as aparências, de fato, enganam. Onde se veem arbustos de galhos retorcidos há o mais importante sistema de captação e reserva de água do Brasil fora da Amazônia. Um sistema baseado em vegetação e que garante nove das principais bacias hidrográficas do país. Ameaçado pela expansão do agronegócio, reduzido a cerca da metade de seu tamanho original, ele agora caminha para a maior extinção de plantas já registrada no mundo, com consequências para a oferta de água e a regulação do clima do centro-sul do país. Falamos de perda de biodiversidade, de segurança hídrica e climática. Um hectare desmatado de Cerrado tem mais impacto hoje do que um hectare desmatado na Amazônia. Não se trata de impedir a produção agrícola. Ao contrário, ela tem condições de aumentar sem precisar desmatar mais – frisa Bernardo Strassburg, diretor do Instituto Internacional para a Sustentabilidade.
Adaptado de Ana Lucia Azevedo, Desmatamento do Cerrado pode levar à extinção de 1.140 espécies de plantas. Disponível em: O Globo, 14/10/2018. Acesso em: 2 ago. 2019.
D)
O último relatório da ONU que alerta sobre a velocidade com que as espécies estão se extinguindo (uma de cada oito está ameaçada) assinala que essa destruição da natureza é mais lenta nas terras onde vivem os povos indígenas do que no resto do planeta. Mas também destaca a crescente ameaça que ronda essas comunidades na forma de expansão da agricultura, urbanização, mineração, novas infraestruturas. O Brasil, que abriga a maior parte da Amazônia e o ecossistema mais rico do mundo, é um dos países onde essa ameaça é mais evidente. Segundo Nurit Bensusan, da ONG Instituto Socioambiental (ISA), o papel dos indígenas ganha uma dimensão importante: “Por conhecerem tão intimamente as florestas, eles têm uma percepção muito antecipada das mudanças ambientais. Sabem como lidar com isso. Por exemplo, param de caçar em uma área durante um tempo e assim aliviam o impacto antes que quaisquer outros.” Os indígenas são parte essencial dos alertas rápidos e da prevenção.
Adaptado de Naiara Galarraga Gortázar, Por que os indígenas são a chave para proteger a biodiversidade planetária: a ONU destaca que nas terras habitadas pelos povos originários o desaparecimento de espécies é mais lento que no resto do mundo. Disponível em: El País, 08/05/2019. Acesso em: 4 ago. 2019.
Responda às questões a seguir; elas vão ajudá-lo(a) a produzir material reflexivo para a construção da redação solicitada.
a) O texto apresenta uma matéria sobre patrimônio genético no site do Ministério do Meio Ambiente e acentua a importância do patrimônio genético nacional para o desenvolvimento de novos produtos, o que estaria relacionado ainda à biodiversidade e à sociodiversidade do país.
b) O texto trata do Cerrado e da importância da sua preservação para as gerações atuais e as futuras.
c) O texto reforça características que tornam o Cerrado especialmente importante na discussão sobre biodiversidade.
d) O texto aponta a relação entre a preservação de biodiversidade e o caráter multiétnico da população brasileira, no sentido de que locais onde vivem populações indígenas seriam mais protegidos.
Observe a imagem e leia o trecho a seguir para responder à questão.
Isto mesmo, a cidade é antes de mais nada um ímã, antes mesmo de se tornar local permanente de trabalho e moradia. Assim foram os primeiros embriões de cidade de que temos notícia, os zigurates, templos que apareceram nas planícies da Mesopotâmia em torno do terceiro milênio antes da era cristã. A construção do local cerimonial corresponde a uma transformação na maneira de os homens ocuparem o espaço. Plantar o alimento, ao invés de coletá-lo ou caçá-lo, implica definir o espaço vital de forma mais permanente. A garantia de domínio sobre este espaço está na apropriação material e ritual do território. E assim, os templos se somam a canteiros e obras de irrigação para constituir as primeiras marcas do desejo humano de modelar a natureza. [...] O templo era o ímã que reunia o grupo. Sua edificação consolidava a forma de aliança celebrada no cerimonial periódico ali realizado.
ROLNIK. Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1992. p. 10.
De que maneira a construção dos templos está relacionada com a economia na Mesopotâmia?
A sedentarização e a concentração populacional estavam relacionadas às necessidades de ampliar as áreas cultiváveis por meio de obras de irrigação. Nesses espaços urbanos, a religiosidade, vinculada às necessidades econômicas, possibilitava a construção de templos em honra aos deuses, e que também funcionavam como depósito de alimentos.
Observe a imagem e leia o trecho para responder à questão.
A muralha é uma presença fundamental na cidade antiga, desde que a experiência urbanística começou em nossa civilização. Ela não só simboliza a cidade, como é anterior à própria cidade. A cidade só existe se houver a muralha dentro da qual ela se torna possível. A cidade é o fenômeno de uma civilização que se sedentariza, ela é a própria marca da sedentarização. Portanto, essa civilização já assinala, por isso mesmo, um contraste com as civilizações nômades ou pastoris. Nesse sentido, a sedentarização só pode existir ao custo do isolamento de um terreno, que não poderá mais ser alvo dos ataques dos diversos povos nômades. Ela então tem que se tornar uma cidade defensiva. Nesse caso, os muros dão a possibilidade de existência da cidade, esta só aparece por causa das muralhas. Tanto, que, normalmente, elas são o aspecto mais notável da cidade. Lembremos o caso de Babilônia, a referência urbana por excelência para o mundo oriental, assim como Roma o é para o ocidental. Babilônia era conhecida por ser “a cidade das sete muralhas”. O que nos lembra, pelo fato do número ser sete, que se trata não só de uma questão de segurança militar, mas também de uma segurança mítica ou mística. O número sete é um número místico. E a ideia de se formar uma cidade com sete muralhas tinha o propósito de que ela fosse também uma defesa em relação aos demônios e deuses exteriores, de outras comunidades, outras civilizações. Neste sentido, a muralha define um espaço privilegiado, um espaço de eleição, um espaço muito singular.
SEVCENKO, Nicolau. As muralhas invisíveis da Babilônia moderna. Óculum, n. 1, Campinas, 1985.
Qual é a relação entre a existência de muralhas e o processo de sedentarização dos grupos humanos?
A muralha caracteriza-se como marco de sedentarização. Sua existência teria dado as condições necessárias para a formação de grandes assentamentos humanos. Seu significado defensivo, em diversos aspectos, é que fomentava o agrupamento populacional e a formação das cidades.
Observe a imagem e leia o trecho a seguir para responder à questão.
Entre 1820 e 1900, a destruição e desordem, dentro das grandes cidades, é semelhante àquela de um campo de batalha, proporcional à própria extensão de seu equipamento e ao poder das forças empregadas. Nas novas províncias da construção de cidades, deve-se agora ficar de olho nos banqueiros, industriais e inventores mecânicos. Foram eles responsáveis pela maior parte do que era bom e por quase tudo o que era mau. [...] O industrialismo, a principal força criadora do século XIX, produziu o mais degradado ambiente urbano que o mundo jamais vira; na verdade, até mesmo os bairros das classes dominantes eram imundos e congestionados.
A base política daquele novo tipo de agregação urbana apoiava-se em três colunas principais: a abolição das guildas, com a criação de um estado de insegurança permanente para as classes trabalhadoras; a implantação do mercado de trabalho aberto e competitivo, bem como da venda igualmente competitiva de mercadorias; e a manutenção de dependências estrangeiras como fonte de matérias-primas, necessárias às novas indústrias, e como mercado aberto para absorver os excedentes da indústria mecanizada. Suas bases econômicas eram a exploração de mina de carvão, a produção imensamente aumentada de ferro e o emprego de uma fonte contínua confiável – ainda que altamente ineficiente – de energia mecânica: a máquina a vapor.
MUMFORD, Lewis. A cidade na História. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 484.
Guildas: associações de pessoas qualificadas para trabalhar numa determinada função, que se uniam em torno de seu ofício.
Aponte elementos da cidade industrial que justificariam a comparação do espaço urbano com um campo de batalha.
Entre os elementos, pode-se mencionar a degradação ambiental, como a do ar e dos rios, e as condições de moradia dos operários em cortiços e mesmo dos setores habitados pelas elites.
Considerando o ciclo de vida das borboletas, a cada estágio (ovo, larva/lagarta, pupa e adulto) ocorre uma especialização para alimentação e crescimento. Após a metamorfose da pupa para a forma adulta, elas podem dispersar e reproduzir. Esse ciclo de vida confere a esses insetos a vantagem adaptativa de:
diminuir a competição intraespecífica.
aumentar o número de indivíduos adultos.
reduzir a taxa de mortalidade de jovens.
permitir maior interação entre predador e presa.
O texto a seguir é uma redação nota 1000 do Enem 2019, cujo tema foi “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”. Leia-o com atenção para responder às questões.
Em sua obra Cidadãos de papel, o célebre escritor Gilberto Dimenstein disserta acerca da inefetividade dos direitos constitucionais, sobretudo, no que se refere à desigualdade de acesso aos benefícios normativos. Diante disso, a conjuntura dessa análise configura-se no Brasil atual, haja vista que o acesso ao cinema, no país, ainda não é democrático. Essa realidade se deve, essencialmente, à falta de subsídios para infraestrutura nas regiões periféricas e à urbanização desordenada das urbes.
Sob esse viés, é importante ressaltar que a logística de instalação de salas de cinemas, nas cidades pequenas, é precária. Nesse sentido, segundo o Contrato Social – o proposto pelo contratualista John Locke –, cabe ao Estado fornecer medidas que garantam o bem-estar coletivo. Contudo, a infraestrutura das cidades pequenas e médias é, muitas vezes, pouco dotada de incentivos para a construção de salas de exibição de filmes, como centros de lazer – dotados de praça de alimentação, por exemplo. Com isso, uma parcela expressiva da população é excluída dessa atividade cultural, o que, além de evidenciar o contexto discutido por Gilberto Dimenstein, vai de encontro ao Contrato Social. Desse modo, políticas públicas eficazes tornariam possível maior acesso ao direito de cultura, garantido pela Magna Carta de 1988, por meio do cinema.
Além disso, o crescimento urbano desordenado gerou a concentração de cinemas em determinadas áreas da cidade, o que excluiu, principalmente, os locais pouco evidenciados pelo mercado imobiliário. Nessa linha de raciocínio, o geógrafo Milton Santos atribuiu ao inchaço urbano desenfreado o surgimento de processos como a Gentrificação, a qual “expulsa” a parcela de indivíduos de baixa renda da sua moradia. Devido a isso, a distribuição de salas de cinema ocorreu de maneira desigual, privilegiando áreas nobres. Por conseguinte, as favelas – localidades sem aparatos sociais – possuem pouco ou nenhum acesso à arte cinematográfica, o que evidencia um exército de “cidadãos de papel”. Assim, o cinema pode ampliar o seu alcance mediante a ação de setores sociais que forneça infraestrutura de filmes.
Portanto, para a efetiva democratização do acesso ao cinema no Brasil, é importante que o Governo Federal, por intermédio de subsídios tributários estaduais, forneça a descentralização das salas cinematográficas no território, a partir da instalação de unidades de cinema nas regiões que não possuem – com aparato qualificado, variedade de exibições e praça de alimentação –, a fim de proporcionar a cultura do cinema para a parcela de cidadãos excluída. Ao mesmo tempo a isso, cabe ao Ministério da Cultura – principal órgão intermediador de políticas culturais no país – propor um vale-cinema para aqueles que não possuem renda suficiente para a compra, com direito a pelo menos duas oportunidades mensais, para que o direito aos filmes não seja restrito por critérios censitários. Dessa forma, poder-se-ia atenuar a desigualdade discutida por Dimenstein.
OLIVEIRA, Vitória Castro Ferreira. [Redação Enem 2019] apud FRANCO, Giullya. Enem 2019: veja redações nota 1000 e as dicas dos estudantes. Brasil Escola, 17 mar. 2020. Disponível em: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/enem-2019-estudantes-nota-1000-dao-dicas-pararedacao/347658.html. Acesso em: 12 fev. 2021.
Na introdução, a candidata contextualiza o tema por meio de citação de uma obra de Gilberto Dimenstein.
a) A obra O cidadão de papel não trata especificamente do tema da dissertação. Ela é bastante genérica, pois fala de direitos que são assegurados pela Constituição, mas não são praticados. Tal citação poderia ser usada, teoricamente, para qualquer problema relacionado a direitos não cumpridos efetivamente pelo Estado.
b) Ao citar Dimenstein, a candidata inicia o texto falando – de modo amplo – sobre falta de direitos constitucionais, que não são cumpridos de maneira efetiva. Porém, logo em seguida, ela especifica o problema, relacionando-o à questão do acesso ao cinema. O trecho “Diante disso, a conjuntura dessa análise configura-se no Brasil atual, haja vista que o acesso ao cinema, no país, ainda não é democrático.” demonstra essa clara intenção de relacionar a obra ao tema proposto.
Qual é o papel do silicato para as diatomáceas?
O silicato é utilizado na construção de suas paredes celulares.
O Pimp my carroça (termo em inglês que significa “incremente minha carroça”) é um movimento que atua desde 2012 para tirar os catadores de materiais recicláveis da invisibilidade e aumentar sua renda por meio da arte, da sensibilização, da tecnologia e da participação coletiva. Observe o resultado de uma intervenção realizada pelos artistas do movimento em uma carroça.
a) O suporte utilizado foi a própria carroça usada para coleta de material reciclável, e o material utilizado provavelmente foi tinta spray.
b) Espera-se que os estudantes identifiquem que o uso da carroça como suporte da arte nos faz refletir sobre a importância da reciclagem, a visibilidade dos catadores e a necessidade de ajudar, valorizar e respeitar esses trabalhadores. Quanto ao material, a tinta spray é tradicionalmente associada a manifestações artísticas urbanas e atuais e ao público jovem.
Ao percorrer as ruas dos centros urbanos com suas carroças pintadas, os catadores tornam-se capazes de divulgar as mensagens a um grande público, transformando seus meios de trabalho em meios de comunicação e obras de arte.
c) Entre as possibilidades de resposta, destacam-se roupas, paredes, calçadas, ruas e espaços públicos em geral, em especial aqueles associados a atividades de reciclagem, como as cooperativas de catadores.
d) Resposta pessoal. Deve-se incentivar a criatividade e a inovação dentro do tema apresentado: reciclagem, respeito aos trabalhadores, espaço urbano, etc.
Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas