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Proposta de Redação - Redação - pH 15

Você já conhece as características das crônicas, então essa tarefa será fácil: escreva uma crônica sobre um carro que estava muito triste por estar com problemas mecânicos. Como você sabe, os carros são objetos inanimados, mas, nos textos literários, é possível utilizar as figuras de linguagem para dar vida às coisas.

Prosopopeia, metáfora, metonímia, hipérbole e muitas outras figuras de linguagem podem ser usadas no seu texto para deixá-lo do jeitinho que você quer. Aproveite todos os recursos que estão à sua disposição e não se esqueça de que as crônicas tratam de assuntos cotidianos. Bom trabalho!

Proposta de Redação - Redação - pH 17

Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2018.

Como essa peça publicitária afirma, uma boa propaganda é fundamental para que um negócio faça sucesso. "A propaganda é a alma do negócio", como diz um ditado.

Imagine que você é responsável por divulgar e vender a sua série favorita para um canal de TV aberta. Então, produza um texto publicitário de até 20 linhas para explicar ao possível comprador quais as vantagens de adquirir os direitos sobre a transmissão da série.

Leve em consideração os seus objetivos e o interlocutor previsto. Além disso, não se esqueça de empregar a função apelativa da linguagem para ser mais convincente.

Bom trabalho!

Proposta de Redação - Redação - pH 01

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema A Permanência do Desmatamento da Amazônia. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

(..) A sinalização, agora, é de que as portas estão abertas para a destruição. Além do enfraquecimento das medidas de comando e controle, em 2012, alinhado aos interesses da bancada ruralista, foi aprovado no Congresso e sancionado pela Presidência um novo Código Florestal, que anistiou aqueles que desmataram ilegalmente até 2008. Até hoje, motivados por este processo, muitos ainda desmatam na expectativa de que uma nova anistia seja aprovada. O prazo para a inscrição no Cadastro Ambiental Rural já foi adiado por duas vezes, e nada garante que não ocorrerá novamente, mais um benefício para quem não cumpre a lei.

Nos últimos anos, a criação de novas Unidades de Conservação e Terras Indígenas – instrumentos eficazes no combate ao desmatamento – praticamente parou. Em 2014, foi eleito o Congresso mais conservador e ruralista que já tivemos, que conduz uma agenda para minar mecanismos de proteção das florestas e seus povos. No ano seguinte, o Governo Federal anunciou dentro das contribuições nacionais para a redução de emissões de GEE o vergonhoso compromisso de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 – o que significa, na prática, tolerar a ilegalidade por mais 14 anos e não ter prazo para cessar a destruição em outros ecossistemas naturais do Brasil – ignorando exemplos de sucesso e a necessidade urgente de zerar o desmatamento, seja legal ou ilegal.

Além disso, está sendo discutido no Congresso Nacional um projeto autorizando a venda de terras para estrangeiros, fato que já está estimulando a especulação fundiária e a grilagem. A crise econômica e política em que o país mergulhou também não contribui para a defesa das florestas.

(Disponível em: .)

Texto II:​

Estudo aponta ligação entre o desmatamento da Amazônia e a seca em São Paulo​

Antonio Donato Nobre, pesquisador do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), alerta que, se o desmatamento da Amazônia continuar, há grandes chances de boa parte da América do Sul tornar-se uma região de deserto. Isso inclui a maior cidade da América Latina, São Paulo. A maior parte da água que chega às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil vem da Amazônia. O movimento se dá através dos chamados “rios voadores”, que são grandes massas de nuvens carregadas com água que cruzam a América do Sul.

Embora pouco citada no estudo de Antonio, a pecuária é uma das principais causas do desmatamento na Amazônia e, consequentemente, forte colaboradora da seca que vivemos. Para criar gado e atender à demanda que, em sua maior parte, vem justamente das regiões que hoje sofrem com a falta de água, pecuaristas derrubam a floresta e fazem pastos. No processo, queimadas gigantescas são produzidas para limpar as áreas onde ficarão os bois. Todo esse desmatamento colaborou para que, em 40 anos, a Região Amazônica perdesse área em floresta equivalente a duas Alemanhas.

A equação é muito simples: menos floresta é igual a menos umidade que é igual a menos chuva. Com a falta de chuvas, além de problemas para a população, indústrias de todos os setores quebrarão levando ao desemprego e ao caos.

Mesmo quando a carne não é produzida na Amazônia, seu processo demanda uma grande quantidade de água potável. Desde o cultivo de grãos destinados para a ração dos animais até a limpeza dos frigoríficos, muita água é desperdiçada. Estima-se que mais de 15 mil litros de água sejam gastos para a produção de apenas um quilo de carne.

(Disponível em: . Adaptado.)

Proposta de Redação - Redação - pH 16

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Possibilidades de ação da atual juventude para a transformação do mundo em um lugar melhor, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A estranha geração dos adultos mimados

Tudo começou com uma colega minha de estágio, há mais de 10 anos, que pediu demissão por acreditar que “não foi criada para ficar carregando papel”. Sim, carregar papel fazia parte das nossas tarefas, enquanto ajudávamos o juiz e os demais servidores públicos com os processos do Tribunal. Acompanhávamos audiências, ajudávamos com os despachos e, sim, carregávamos papéis entre o segundo e o quarto andar do edifício.

Os pais da menina convenceram-na de que ela era boa demais para aquilo. Não importava que nós fôssemos meninas de 19 anos, no segundo ano da faculdade, sem qualquer experiência, buscando aprender alguma coisa e ganhar uns poucos reais para comer hamburguer nos finais de semana. Ela, que tinha a certeza de ser uma joia rara, foi embora, deixando sua vaga vazia no meio do semestre e sobrecarregando todos os demais, inclusive eu, sem nem se constranger com isso.

O tempo passou e, quando eu já era advogada, tive um estagiário de vinte e poucos anos que, três meses depois de ser contratado, solicitou dois meses de férias. Eu nem sequer entendi o pedido. Perguntei se ele estava doente ou se havia algum outro problema grave. Ele me respondeu que não, que simplesmente tinha decidido ir para a Califórnia passar dezembro e janeiro, pois a irmã estava morando lá e ele tinha casa de graça. Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Deixei ele ir e pedi que não voltasse mais.

Alguns anos depois, ouvi um grande amigo me dizer que iria divorciar-se. Ele havia casado fazia menos de um ano, com direito a uma imensa festa, custeada pelos pais dos noivos. Mais uma vez perguntei se algo de grave tinha ocorrido. Ele me respondeu que “não estava dando certo”, discorrendo sobre problemas como “brigamos por causa da louça na pia”, “não tenho mais tempo para sair com meus amigos” e “acho que ainda tenho muito para curtir”. Me segurei para não dar um safanão na cabeça dele. Aos 34 anos ele falava como um garoto mimado de 16. Tentava explicar isso para ele, mas era como conversar com a parede.

Agora foi a vez de uma amiga minha, com seus quase 30 anos, que me disse que iria pedir demissão pois fora muito desrespeitada no trabalho. Como sou advogada trabalhista, logo me assustei, imaginando uma situação de assédio moral ou sexual. Foi quando ela explicou: meu chefe fez um comentário extremamente grosseiro no meu facebook. Suspirei e perguntei o que era, exatamente. Ela disse que postou uma foto na praia, num fim de tarde de quarta-feira, depois do expediente, e o chefe comentou “Espero que não esqueça que tem um prazo para me entregar amanhã cedo”. E isso foi suficiente para ela se sentir mal a ponto de querer pedir demissão de um bom emprego.

Eu não sei bem o que acontece com a minha geração. O fato de termos sido criados com cuidado e afeto pelos nossos pais começou a confundir-se com uma espécie de sensação de que todos devem nos tratar como eles nos trataram. O chefe, o colega, o marido, a mulher, os amigos, ninguém pode nos tratar de igual para igual e muito menos numa hierarquia descendente. Se não for tratado a pão de ló, este jovem adulto surta, se julga injustiçado e vai embora.

Acho que o mundo evoluiu e as situações nas quais se tratava alguém com desrespeito são cada vez menos toleráveis, o que é ótimo. Também é ótimo o fato de sermos uma geração que busca felicidade e não apenas estabilidade financeira. É bom termos a coragem de mudar de carreira, de recomeçar, de priorizar as viagens e não a casa própria.

Mas nada disso justifica que a minha geração tenha comportamentos tão egoístas, agindo como verdadeiras crianças mimadas. E o grande perigo é que essas crianças mimadas têm belos diplomas e começam a ocupar cargos importantes nas empresas e no setor público. Vamos nos tornar um perigoso jardim de infância, no qual quem manda não pode ser contrariado e quem obedece também não. Isso não será uma tarefa fácil.

Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2017.

 

Texto II

A geração smartphone não está preparada para a vida adulta

A chamada "geração smartphone", daqueles que nasceram após 1995, vem amadurecendo mais lentamente que as anteriores.

Eles são menos propensos a dirigir, trabalhar e sair, de acordo com Jean Twenge, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.

Suas conclusões estão no recém-publicado livro iGen: Why Today's Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy - and Completely Unprepared for Adulthood (iGen: Por que as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes - e completamente despreparadas para a vida adulta, em tradução livre), com os resultados de uma investigação baseada em pesquisas com 11 milhões de jovens americanos e entrevistas em profundidade.

Em entrevista à BBC Mundo, o serviço da BBC em espanhol, Twenge explicou que esses jovens cresceram em um ambiente mais seguro e se expõem menos a situações de risco.

Mas, por outro lado, chegam à universidade e ao mundo do trabalho com menos experiências, mais dependentes e com dificuldade de tomar decisões.

"Os de 18 anos agem como se tivessem 15 em gerações anteriores", comenta Twenge.

Ela diz que isto tem relação com a superconectividade típica desta geração, que passa em média seis horas por dia conectado à internet, enviando mensagens e jogando jogos online.

Por conta disto, acabam passando menos tempo com amigos, o que pode afetar o desenvolvimento de suas habilidades sociais.

O estudo mostrou ainda que quanto mais tempo o jovem passa na frente do computador, maiores os níveis de infelicidade.

"O que me impressionou na pesquisa foi que os adolescentes estavam bastante cientes dos efeitos negativos dos celulares", comentou a pesquisadora.

"E um estudo com 200 universitários que fizemos mostrou que quase todos prefeririam ver seus amigos pessoalmente", continua.

Essa consciência, no entanto, não se traduz em prática.

A Geração Smartphone, segundo a pesquisa com base no universo americano, sofre com altos níveis de ansiedade, depressão e solidão.

A taxa de suicídio, por exemplo, triplicou na última década entre meninas de 12 a 14 anos.

Mas, ao mesmo tempo, trata-se de uma geração mais realista com o mercado de trabalho e mais disposta a trabalhar duro, o que Twenge vê como "boa notícia para empresas".

"Eles não têm grandes expectativas como as que tinham os millennials (a geração anterior, dos nascidos após 1980)", compara. "Eles estão mais preocupados em estar física e emocionalmente seguros. Bebem menos e não gostam de riscos."

Segundo o livro, por terem uma infância mais protegida, têm um crescimento mais lento. Para Twenge, "não gostam de fazer coisas nas quais não se sintam seguras, o que fazem é adiar os prazeres e as responsabilidades".

Mas embora as principais conclusões pareçam acenar para um sinal de alerta, a pesquisadora comenta que a geração smartphone é tolerante com pessoas diferentes e ativa na defesa de direitos LGBT e da população.

"E mais ainda que as gerações anteriores, eles acreditam que as pessoas devem ser o que são", completa.

Disponível em . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 02

Texto I:

(Disponível em: https://banjomanbold.wordpress.com/2016/04/17/o-escaravelho-do-diabo/)​

Texto II:

Capítulo I

O MENSAGEIRO DA MORTE

Hugo, um pacote para você! gritou Alberto, recebendo um pequeno embrulho das mãos do carteiro. Assinou o nome do irmão no papelzinho e foi levar-lhe a encomenda.

Hugo, que acabara de fazer a barba, mirava-se no espelho, ensaiando olhares longos e fatais para lançar às garotas na primeira oportunidade. O cristal refletia um rosto sardento de dezoito anos, extremamente simpático e sadio, aureolado por cabelos tão vermelhos que o moço era conhecido por "Foguinho".

 — Deve ser presente de alguma admiradora, disse ele, alegremente, examinando o endereço escrito à máquina.

O barbante foi desatado, o embrulho desfeito e apareceu uma pequena caixa de forma retangular.

— Oba! Que é isso? Que coisa esquisita! Um bicho… gritou "Foguinho", tirando de dentro um grande besouro negro com uma espécie de chifre na testa.

A carapaça do inseto tinha reflexos azulados e seu corpo media cerca de quatro centímetros. Um comprido alfinete entomológico fixava-o a um pedaço de rolha, o que provava ter ele sido retirado de alguma coleção.

 Os dois rapazes aproximaram-se da janela aberta a fim de melhor examinarem o estranho besouro.

— Veja se isto é cara que se apresente em público! disse Hugo, um tanto desapontado. Queria saber qual foi o camarada que me pregou essa peça…

— Jogue fora o estuporzinho logo, de uma vez! aconselhou Alberto.

 Hugo examinou o inseto ainda por algum tempo e depois disse pensativamente:

 —Nada disso. Estou desconfiado de que foi Carlos o autor da brincadeira. Ele gosta muito de pregar peças nos outros. Vou averiguar a coisa e, conforme for, mandarei o escaravelho de volta para ele, dentro da mesma caixa e embrulhado no mesmo papel.

Assim dizendo, "Foguinho" colocou o besouro em cima de uma estante de livros e procurou não pensar mais no caso.

— Como é, vamos ao baile hoje?

— Claro. Vai ser uma curtição.

— Quero ser o primeiro a chegar e o último a sair.

— Então você fica e eu volto. O exame é depois de amanhã e ainda quero repassar uns pontos. Essa tal de anatomopatologia é um caso sério!

 — Ai, ai, disse Hugo, irônico. Eu só quero ver o doutorzinho de anel com pedra verde no dedo…

— Ainda faltam dois anos para isso, seu bobo!

— Dois anos! Que chateação! repetiu Alberto, aproximando-se da folhinha dependurada na parede e arrancando a folha que marcava o dia da véspera.

— Que bom! Só falta uma semana para os "velhos" chegarem da América! exclamou Hugo. Pedi a papai que desse uns beijinhos por mim na Brooke Shields. Puxa! Aquilo é que é mulher!

— Fan-tás-ti-ca! tornou Alberto pronunciando demoradamente cada sílaba.

 Os dois irmãos conversaram ainda algum tempo e depois cada qual tomou seu rumo.

* * *

— Dez horas e Seu Hugo ainda não se levantou, disse a arrumadeira. A gente desde cedo no batente e o mocinho no bem-bom… Isso até é desaforo.

— Deixe o rapaz dormir, falou o jardineiro. Com certeza chegou tarde esta noite.

— Não chegou não. O baile foi antes de ontem. Você protege o menino um bocado, hem? tornou a moça passando a enceradeira elétrica no chão da sala.

— Quem sabe se está doente?

— Ele que se arrume!…

 Pouco depois do meio-dia Alberto chegou da Faculdade de Medicina e foi diretamente para o quarto do irmão a fim de comentar com ele a prova que acabara de fazer. Estranhando encontrar a porta fechada por dentro, deu nela duas pancadas e chamou:

 — Hugo! Hugo! insistiu ele, vagamente inquieto.

— Hugo! Hugo! Abra, sou eu, Alberto. Ninguém respondeu.

[…]

 

(ALMEIDA, Lúcia Machado de. O escaravelho do diabo. 12. ed.São Paulo: Ática, 1985.)

 

Você acabou de ler um trecho do primeiro capítulo do romance de mistério O escaravelho do diabo. Sua tarefa é escrever um final para esse capítulo, continuando a história. Lembre-se de que cada capítulo de um romance, geralmente, termina deixando o leitor curioso para começar a ler o próximo. Escreva seu texto em prosa, contendo entre 15 e 20 linhas.

Proposta de Redação - Redação - pH 02

Texto I

A última crônica (Fernando Sabino)

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

Texto extraído do livro "A Companheira de Viagem", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.

Texto II

(Disponível em https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/141666306779/tirinha-original)

A leitura do crônica nos faz refletir sobre a grandeza da humildade e sobre o quanto ela pode nos inspirar a reconhecer beleza nas situações mais simples da vida.

Sua tarefa será produzir uma crônica de caráter reflexivo a partir da tirinha, texto II. Ela pode ser narrativa, ou apenas dissertativa, mas precisa considerar a importância da postura de humildade e os benefícios que ela carrega para a vida.

-Seu texto deve ter entre 7 e 25 linhas;

-Atente para as características da crônica reflexiva (se tiver dúvida, consulte a apostila);

-O enredo deve apresentar como complicação algum evento inusitado que esteja relacionado com a tirinha lida;

-Seja criativo!

-Dê um título instigante ao seu texto.

Proposta de Redação - Redação - pH 04

PH 04 – Redação – EF6

(Disponível em: http://www.fotografiainspiradora.com/portfolio/we-walk-into-an-unknown-future/ )

A névoa, a estrada vazia, o pássaro e uma mulher descalça com uma mala na mão são elementos que chamam atenção na imagem e criam um ambiente intrigante. Sua tarefa será criar uma narrativa de mistério que apresente os elementos da imagem, valorizando bastante o espaço físico. Ao escrever sua história, procure envolver o seu leitor com muito suspense. Lembre-se de atribuir um título criativo a seu texto, que deve ter entre 15 e 20 linhas.

Proposta de Redação - Redação - pH 05

Leia a notícia sobre a possibilidade de descoberta de vida alienígena.

Vida alienígena será descoberta em 2100, diz astrônoma da NASA

O físico teórico Michio Kaku acredita que a humanidade ouvirá comunicações entre civilizações alienígenas ainda neste século, e as previsões de Jill Tarter, astrônoma da NASA, casam com essa ideia. Ela acredita que a humanidade confirmará a existência de vida extraterrestre por volta de 2100. Tarter é conhecida por seu trabalho no SETI ("Search for Extraterrestrial Intelligence”, ou “Busca por Inteligência Extraterrestre” em tradução livre), projeto que reúne dados coletados por radiotelescópios de todo o mundo a fim de detectar sinais que não são emitidos naturalmente no espaço, indicando que seriam, portanto, criados por alguma civilização alienígena tecnologicamente evoluída.

Disponível em: . Acesso em: 31 mar 2018

Agora, imagine que a previsão da astrônoma da NASA, Jill Tarter, realmente se realize e, em 2100, seja descoberto que existe vida alienígena. Como você acha que será essa descoberta? Como será a reação das pessoas que habitam a Terra? E a dos alienígenas? Eles serão parecidos conosco e já saberão da nossa existência? Pensando nisso, escreva uma narrativa de ficção científica, de 20 a 25 linhas, contando como será o encontro entre extraterrestes e terrestres. Seja criativo e não se esqueça de escolher um título interessante para o seu texto.

Proposta de Redação - Redação - pH 08

 

O passado reserva tristes memórias para Marlin nos recifes de coral, onde perdeu sua esposa e toda a ninhada. Agora, ele cria seu único filho, Nemo, com todo o cuidado do mundo, mas o pequeno e simpático peixe-palhaço, depois de exagerar durante uma simples discussão, acaba sendo capturado por um mergulhador. Agora, o pai superprotetor precisa entrar em ação e parte numa busca incansável pelo mar aberto, na esperança de encontrar seu amado filhote. No meio do caminho, ele acaba conhecendo Dory e, juntos, eles vão viver uma incrível aventura. Enquanto isso, Nemo também vive uma intensa experiência ao lado de seus novos amigos habitantes de um aquário, pois eles precisam ajudá-lo a escapar do destino que lhe foi reservado: ir parar nas mãos da terrível Darla, sobrinha do dentista que o capturou.

Disponível em: . Acesso em 8 maio 2018. Adaptado.

Dory conseguiu se destacar em “Procurando Nemo” com sua falta de memória recente e repetições inúmeras, sem esquecer o seu baleiês (língua das baleias), que foi um dos maiores destaques do filme.

Disponível em: . Acesso em: 8 maio 2018.

Sua tarefa agora será criar um pequeno texto de humor, de 15 a 20 linhas, em que sua personagem principal seja a pequena peixe azul Dory. Faça uso de suas características engraçadas, como a falta de memória e o baleiês.

Não se esqueça de elaborar um título bem criativo e de utilizar os recursos de efeito de humor estudados por você.

Proposta de Redação - Redação - pH 09

Você aprendeu que uma narrativa pode ser construída de diversas maneiras e que há vários elementos fundamentais para que o texto fique coeso e interessante.

Sua tarefa, neste pH, é produzir uma narrativa com enredo não linear. Use a imagem abaixo, a qual ilustra uma cena de grande tensão, como ponto de partida para sua narrativa.

Estaria essa pessoa roubando alguém? Ajudando alguém? Buscando provas contra alguém? Implantando provas na casa de alguém? São muitas as possibilidades de interpretação.

Lembre-se: seu texto deve receber título e deve ter entre 15 e 20 linhas.

Proposta de Redação - Redação - pH 12

Texto I

Prefácio

Este livro [A rosa do povo], publicado em 1945, embora recebesse boa acolhida do público e da crítica, não teve mais nenhuma edição autônoma. Só veio a sair, depois, incorporado a volumes de poesias completas do autor. Quis a Record fazê-lo voltar à situação primitiva, como obra que, de certa maneira, reflete um "tempo", não só individual, mas coletivo no país e no mundo. Escrito durante os anos cruciais da II Guerra Mundial, as preocupações então reinantes são identificadas em muitos de seus poemas, através da consciência e do modo pessoal de ser de quem os escreveu. Algumas ilusões feneceram, mas o sentimento moral é o mesmo — e está dito o necessário.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Prefácio. In: ______. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2000. Adaptado.

Texto II

O medo

Em verdade temos medo.

Nascemos escuro.

As existências são poucas:

Carteiro, ditador, soldado.

Nosso destino, incompleto.

 

E fomos educados para o medo.

Cheiramos flores de medo.

Vestimos panos de medo.

De medo, vermelhos rio»

vadeamos.

 

Somos apenas uns homens

e a natureza traiu-nos.

Há as árvores, as fábricas,

doenças galopantes, fomes.

 

Refugiamo-nos no amor,

este célebre sentimento,

e o amor faltou: chovia,

ventava, fazia frio em São Paulo,

 

Fazia frio em São Paulo...

Nevava.

O medo, com sua capa,

nos dissimula e nos berça.

 

Fiquei com medo de ti,

meu companheiro moreno.

De nós, de vós; e de tudo.

Estou com medo da honra.

 

Assim nos criam burgueses.

Nosso caminho: traçado.

Por que morrer em conjunto?

E se todos nós vivêssemos?

 

Vem, harmonia do medo,

vem, ó terror das estradas,

susto na noite, receio

de águas poluídas. Muletas

 

do homem só. Ajudai-nos,

lentos poderes do láudano.

Até a canção medrosa

te parte, se transe e cala-se.

 

Faremos casas de medo,

duros tijolos de medo,

medrosos caules, repuxos,

ruas só de medo e calma.

 

E com asas de prudência,

com resplendores covardes,

atingiremos o cimo

de nossa cauta subida.

 

O medo, com sua física,

tanto produz: carcereiros,

edifícios, escritores,

este poema; outras vidas.

 

Tenhamos o maior pavor.

Os mais velhos compreendem.

O medo cristalizou-os.

Estátuas sábias, adeus.

 

Adeus: vamos para a frente,

recuando de olhos acesos.

Nossos filhos tão felizes...

Fiéis herdeiros do medo,

 

eles povoam a cidade.

Depois da cidade, o mundo.

Depois do mundo, as estrelas,

dançando o baile do medo.

ANDRADE, Carlos Drummond de. O medo. In: ______. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2000.

Apoiando-se no prefácio de Drummond para seu livro A rosa do povo, analise, em 15 a 20 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, o poema “O medo”: de que forma elementos poéticos tais como metro e ritmo constituem esse poema?, de que forma o eu lírico se expressa em relação ao seu tempo?, de que forma esse poema contradiz um senso comum acerca da poesia?

Proposta de Redação - Redação - pH 02

Proposta de Redação:

Texto I:

Os 10 maiores vilões da literatura de terror

De todos os vilões apresentados e descritos nesta galeria, creio que Pennywise – também conhecido por “A Coisa” ou “Parcimonioso – seja o pior deles porque se alimenta do medo das pessoas, além de mudar de forma com freqüência. O livro “A Coisa” do mestre do terror Stephen King é assustador, talvez, um dos livros mais assustadores que já li. Em resumo é a história de sete adultos que, quando crianças enfrentaram o palhaço assassino Pennywise, e agora, decorridos 30 anos, eles se reúnem novamente para o confronto final com a Coisa, que aparece na pacata cidade de Derry, matando várias crianças.

Depois de ler o livro de King e assistir ao filme “It – Uma Obra do medo”, baseado no romance, fiquei imaginando se, por acaso, a função do palhaço não fosse fazer rir, mas assustar as pessoas. Imagine alguém com o rosto pintado de maneira espalhafatosa, usando roupas e sapatos estranhos e ainda por cima com um sorriso homicida no rosto. Brrrrrrrrrr! Isso não é nem metade do que Pennywise representa. Ele é a verdadeira essência do mal. Além de palhaço, ele tem a capacidade de se transformar no pior dos pesadelos dos sete amigos que tentam derrotá-lo.

Pennywise conseguiu me tirar várias horas de sono. Um dos piores vilões que conheci.

 (Disponível em http://www.livroseopiniao.com.br/2011/04/os-10-maiores-viloes-da-literatura-de.html) 

Texto II:

(“Review: It”, disponível em https://arapahoenews.com/10220/entertainment/review-it-2017/)

Ao decorrer de nossas aulas, temos estudado os personagens das narrativas de terror. Para tanto, foi fundamental perceber que a construção desses requer do autor do texto bastante detalhamento do caráter psicológico e emocional desses. O palhaço, figura recorrente em narrativas de terror, é apresentado como um dissimulado que, a rigor, deveria ser alguém confiável, mas não é bem assim.  O seu trabalho nesta proposta de redação será construir uma história que envolva o palhaço, todavia de forma um pouco diferente. Você deverá escrever uma narrativa de terror, entre 15 a 25 linhas, na qual o palhaço seja visto como um antiherói, isto é, apesar de seu estereótipo despertar medo nas pessoas, você o fará, de alguma maneira, ganhar a atenção e o olhar delas. Elabore uma história em que esse personagem tenha algum comportamento inusitado, e não exatamente assustador. Dê um título ao seu texto e não se esqueça de usar sua criatividade para dar um desfecho surpreendente. 

Proposta de Redação - Redação - pH 09

Leia o infográfico a seguir, sobre o uso das redes sociais pelas empresas brasileiras:

Disponível em: . Acesso em: 12 maio 2018.

A partir dos dados expostos no infográfico, escreva um parágrafo argumentativo sobre “O uso das mídias sociais feito pelas empresas brasileiras: vantagens e desvantagens”.

Proposta de Redação - Redação - pH 17

A língua de Eulália

— Poder ser — diz Irene. — Mas mesmo deixando de lado os índios e os imigrantes, nem por isso a gente pode dizer que no Brasil só se fala uma única língua. Talvez vocês se surpreendam com o que vou dizer agora, mas não existe nenhuma língua que seja uma só.

— Como assim, Irene? — pergunta Emília, espantada. — Que quer dizer isso?

— Isso quer dizer que aquilo que a gente chama, por comodidade, de português não é um bloco compacto, sólido e firme, mas sim um conjunto de “coisas” aparentadas entre si, mas com algumas diferenças. Essas “coisas” são chamadas variedades. Toda língua varia.

— Puxa vida, estou entendendo cada vez menos — queixa-se Sílvia.

— Vamos bem devagar para as coisas ficarem claras — propõe Irene. — Você certamente já ouviu um português falar, não é?

— Já — responde Sílvia.

— Já percebeu as muitas diferenças que existem entre o modo de falar do português e o modo de falar nosso, brasileiro. De que tipo são essas diferenças? Vamos ver algumas delas:

• diferenças fonéticas (no modo de pronunciar os sons da língua): o brasileiro diz eu sei, o português diz eu sâi;

— Tudo bem até agora? — pergunta Irene.

— Tudo bem — responde Sílvia.

— Essas e outras diferenças — prossegue Irene — também existem, em grau menor, entre o português falado no Norte-Nordeste do Brasil e o falado no Centro-Sul, por exemplo. Dentro do Centro-Sul existem diferenças entre o falar, digamos, do carioca e o falar do paulistano. E assim por diante.

Irene faz uma pequena pausa. Toma um gole de chá e continua:

— Até agora, falamos das variedades geográficas: a variedade portuguesa, a variedade brasileira, a variedade brasileira do Nordeste, a variedade brasileira do Sul, a variedade carioca, a variedade paulistana... Mas a coisa não para por aí. A língua também fica diferente quando é falada por um homem ou por uma mulher, por uma criança ou por um adulto, por uma pessoa alfabetizada ou por uma não alfabetizada, por uma pessoa de classe alta ou por uma pessoa de classe média ou baixa, por um morador da cidade e por um morador do campo e assim por diante. Temos, então, ao lado das variedades geográficas, outros tipos de variedades: de gênero, socioeconômica, etária, de nível de instrução, urbana, rurais etc.

BAGNO, Marcos. A língua de Eulália. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2018. Adaptado.

Observamos um diálogo entre duas mulheres nesse fragmento. Elas falam sobre mudanças da língua, de acordo com diferentes contextos. Escolha um tipo de variação -- por exemplo, a diafásica -- e faça uma crônica de 15 a 20 linhas com diálogos que abordem aspectos dessa variação.

Proposta de Redação - Redação - pH 19

Requerimento (este deve ser o título)

Local e data

Vocativo

Texto do requerimento

Saudação

Nome do signatário

Endereço do remetente

 

Sua turma terá de fazer uma excursão no próximo mês para um evento de ciências e vocês precisam de um transporte. Você é o chefe da turma. A partir da estrutura acima, escreva uma carta argumentativa à sua escola, solicitando o transporte gratuito. Lembre-se de usar linguagem formal.

Proposta de Redação - Redação - Módulo 8 - Produção compartilhada em sala - Exercícios

Proposta textual

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A violência urbana e a falência do sistema público de segurança”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto II:

 

     Polícia apreende toneladas de explosivos que seriam usados em ataques no Ceará

     Ceará vive onda de ataque com mais de 195 ações criminosas. Em alguns casos, bandidos usaram explosivos em pontes, viadutos, concessionárias e prédio públicos e privados.

     A Polícia Civil do Ceará apreendeu neste sábado (12) toneladas de explosivos que seriam utilizados em ataques criminosos no estado. Seis suspeitos, que segundo os investigadores seriam membros de uma facção criminosa com atuação em todo o Brasil, foram capturados no local onde o material foi achado, no Bairro Jangurussu, na periferia de Fortaleza.

    Segundo a Polícia Civil, policiais cumpriam na manhã deste sábado mandados de prisão contra suspeitos de homicídio e de ataques ao patrimônio público. No bairro, a equipe de segurança obteve informações de que o bando escondia o material explosivo, obtido em um roubo em 21 de dezembro do ano passado.

     A estimativa inicial é de que o depósito dos criminosos contém cerca de cinco toneladas de material utilizado para fazer dinamites, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. O material estava contido em embalagens com o símbolo de “explosivo” e o alerta de “perigo” em três idiomas. Um caminhão do Exército recolheu a carga.

     Os policiais apreenderam também munição e um carregador de pistola.

     Ainda conforme policiais civis, parte da carga já havia sido utilizada nos ataques que ocorrem há 11 dias no Ceará. Em alguns dos crimes, bandidos usaram explosivos em pontes, viadutos, delegacias, numa torre de telefonia e em uma torre de distribuição de energia elétrica.

(https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/01/12/policia-apreendetoneladas-de-material-explosivo-que-seria-usado-em-ataques-no-ceara.ghtml)

Texto III:

Facilitação da posse de arma de fogo é ‘apenas primeiro passo’, diz Bolsonaro

Presidente baixou decreto nesta terça com medida que simplificará burocracia para obtenção de licença da Polícia Federal. No Congresso, 187 projetos que alteram o Estatuto do Desarmamento estão tramitando.

     O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse pelo Twitter, na tarde desta terça-feira, 15, que a mudança promovida para facilitação da posse de arma de fogo é “apenas o primeiro passo”. Decreto assinado pelo presidente simplificou o caminho para o cidadão obter autorização da Polícia Federal para a posse da arma, licença que prevê que o equipamento poderá ser mantido dentro da residência ou no local de trabalho.

     “Por muito tempo, coube ao Estado determinar quem tinha ou não direito de defender a si mesmo, à sua família e à sua propriedade. Hoje, respeitando a vontade popular manifestada no referendo de 2005, devolvemos aos cidadãos brasileiros a liberdade de decidir”, escreveu o presidente.

     Em outra mensagem, ressaltou que o decreto também prevê o aumento do prazo de renovação da arma, de três para dez anos, além de ter acabado “com a subjetividade para a compra, que sempre foi dificultada ou impossibilitada”. O presidente já indicou que, além do decreto, deverá dialogar com o Congresso para realizar outras mudanças no Estatuto do Desarmamento.

     Reportagem do Estado desta terça mostra que ele encontrará ambiente fértil no parlamento: de 2003 ao ano passado, 362 propostas de lei foram apresentadas com intenção de alterar o estatuto; 187 seguem em tramitação.

     Os dados são de levantamento do Instituto Sou da Paz. A maior parte das propostas vem da Câmara, onde foram apresentados 324 dos 362 projetos, e onde ainda tramitam 180 deles. O foco dos legisladores tem sido atacar restrições à concessão de porte de arma de fogo, a autorização para se andar armado na rua, visando a facilitar a permissão para várias categorias profissionais, de pilotos de aeronaves comerciais a caminhoneiros.

     Os projetos envolvem ainda ideias como a criação de um porte rural de arma de fogo, o aumento de penas para quem for flagrado cometendo crimes com uso de armas e até mesmo a revogação de competência da Polícia Federal no assunto, devolvendo as atribuições às polícias estaduais, como era antes de 2003. A proposta considerada mais avançada é o PL 3722/2012, do deputado Rogério Peninha (MDB-SC), que tramitou em comissão especial, mas não foi votada em plenário.

     Quando tratar o assunto no Congresso, Bolsonaro estará entre amigos. Aliados próximos, e ele mesmo, figuram entre os que mais propuseram projetos sobre o tema. O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) está no topo, com 17 projetos, entre eles o que quer conceder porte de arma a deputados e senadores. Completam a lista, o agora ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, além do senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) e o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

(https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,facilitacao-da-posse-de-armade-fogo-e-apenas-primeiro-passo-diz-bolsonaro,70002680600)

Proposta de Redação - Redação - pH 02

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um parágrafo de introdução argumentativa, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Como combater o abandono de animais no Brasil? Seu texto deve ter em torno de 5 linhas, mas deve oferecer uma contextualização, apresentar uma tese e sugerir os argumentos que poderiam ser potencialmente desenvolvidos.

Texto I:

Abandono de cães cresce nas festas e férias; saiba como denunciar o crime

Abandonar animais é crime. A prática, porém, é recorrente no país e aumenta nas épocas de festas de fim de ano e de férias escolares.

São cães e gatos que tinham água, comida e uma casa, mas de uma hora para outra acabaram sozinhos nas ruas, enquanto as famílias aproveitam a folga. Alguns são recolhidos por protetores, mas muitos passam fome e até morrem doentes ou atropelados.

Embora atualmente existam opções para hospedar o animal, o abandono ainda é frequente. Segundo Rosângela Ribeiro, gerente de campanhas veterinárias da Proteção Animal Mundial, o problema não ocorre só no Brasil. É comum também em outros países, especialmente na Espanha e em Portugal.

Muitos abrem as portas dos carros e deixam os pets em ruas e estradas. “Infelizmente isso acontece porque as pessoas acham que os animais se viram. As pessoas irresponsáveis não procuram uma solução para deixar seu animal. Elas querem viajar e simplesmente abandonam porque não podem levar os animais para os locais aonde estão indo”, afirma Rosângela.

Não há números oficiais sobre abandonos, mas, segundo ela, ONGs relatam aumento de até 200% no número de cães e gatos recolhidos das ruas no fim do ano.

Em novembro, um filhotinho de cachorro foi encontrado no lixo, em Belo Horizonte. Foi resgatado em um dia chuvoso por um homem que não tinha condições de ficar com ele. Acabou acolhido e medicado pela família da Pérola Carolline, cadela famosa nas redes sociais.

“Infelizmente o espírito natalino de algumas pessoas se resume a uma mesa farta e nenhuma caridade. Não é possível ter um feliz Natal enquanto alguns agonizam no abandono”, diz Neila Caputo, que tem se empenhado na recuperação do cãozinho, o arteiro Leopoldo.

Denúncia e provas

Quem abandona animais pode ser punido. Mas, para isso, precisa ser denunciado.

Para Letícia Filpi, vice-presidente da Abraa (Associação Brasileira de Advogadas e Advogados Animalistas), é importante que o denunciante consiga o máximo de informações possíveis para que a polícia chegue ao agressor, ou seja, se o denunciante viu um motorista jogando o animal na rua, deve filmar ou tirar fotos do carro e da placa. Se o animal estiver abandonado em uma residência ou flagrar uma agressão, deve, além de registrar em foto ou vídeo, chamar a polícia.

Segundo Letícia, se o protetor conseguir resgatar o animal vítima de maus-tratos, deve levá-lo imediatamente a um veterinário para fazer o laudo como prova e, em seguida, fazer o registro na delegacia. Deve pedir o termo de fiel depositário, para ficar responsável pelo animal até que, se houver processo, a Justiça determine o destino do animal.

Ela afirma que o protetor pode salvar uma vida, mas sempre deve acionar a polícia para registrar o caso, e nunca fazer justiça com as próprias mãos.

Para a vice-presidente da Abraa, a proibição do comércio de pets ajudaria a reduzir o abandono. “Quando você coloca o animal em uma prateleira, como se fosse um objeto à venda, a pessoa já vai comprar com essa ideia de que é um objeto. Por mais que ela veja o animal se mexendo, abanando o rabinho, fazendo suas necessidades, ela já está com aquela ideia subentendida, no inconsciente, de que é um brinquedo. E ela vai abandonar sem dó nem piedade.”

Já a gerente de campanhas veterinárias da Proteção Animal Mundial defende campanhas para educar e conscientizar a população de que animais são seres vivos, sencientes e necessitam amor e carinho. “É responsabilidade muito grande ter animal em casa.”

Punição

A punição para quem comete maus-tratos contra animais é considerada branda. Pela Lei de Crimes Ambientais, a pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa – pode ser aumentada de um sexto a um terço se ocorrer a morte do animal.

No caso de crimes de menor potencial ofensivo (penas de até 2 anos), pode não ocorrer a abertura da ação penal, e a punição normalmente é convertida em prestação de serviço.

Segundo Letícia, a possibilidade de prisão para o responsável pelos maus-tratos ocorre se houver uma soma de penas. “Nos crimes de maus-tratos, cada crime é uma conduta. Se a pessoa abandona dois animais, são dois crimes, e as penas se somam. Se maltrata três vezes o mesmo cachorro, cada conduta é um crime. As penas se somam e a pessoa pode ser presa.”

Após a morte da cadela Manchinha, em Osasco, dois projetos que endurecem as punições para crimes de maus-tratos contra animais foram aprovados na Câmara e no Senado. Eles ainda serão analisados pelas duas Casas.

(Lívia Marra. Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2018. Adaptado para fins educativos.)

Texto II:

(Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2018.)

Proposta de Redação - Redação - pH 24

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema CRIAR LEIS É A MELHOR FORMA DE GERAR UM BRASIL MAIS JUSTO PARA TODOS? apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

"Fazer uma lei e não a mandar executar é autorizar a coisa que se quer proibir". A frase é de Armand-Jean du Plessis, mais conhecido como cardeal de Richelieu (1585-1642), que de mandar entendia alguma coisa. Foi ele quem, agindo em nome do rei Luís 13, introduziu o absolutismo na França.

Receio, porém, que a situação possa ser ainda pior do que sugere o cardeal. A edição de uma norma que não é seguida pelo menos de uma tentativa honesta de implementá-la não só acaba funcionando como uma autorização mas também contribui para o difuso descrédito da lei, isto é, da capacidade do poder público de impor regras à sociedade. Reside aí uma das razões para as famosas "leis que não pegam".

Nesse contexto, não me parece especialmente feliz a decisão do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) de baixar a resolução 706/2017 que regulamenta os artigos 254 e 255 do Código de Trânsito e prevê multas para pedestres e ciclistas que infrinjam certas normas de trânsito. A crer no pessoal do Denatran, as cobranças começam dentro de seis meses.

Não discuto que pedestres e ciclistas cometam barbeiragens. Também me parece claro que o trânsito se tornaria mais seguro e fluido se eles estivessem, como os motoristas de carros, sujeitos a sanções. O problema é que agentes de trânsito não têm poder de polícia, o que significa que o cidadão não é obrigado a identificar-se para eles, tornando a autuação quase impossível (seria necessário colocar um PM ao lado de cada marronzinho, o que parece algo difícil de justificar).

Sem tomar os cuidados para que a cobrança seja efetiva —exigindo que bicicletas tenham placa, por exemplo, ou concedendo poder de polícia aos agentes de trânsito, medidas que nada têm de trivial—, o Denatran faz só um teatrinho. Ele seria apenas inócuo se não contribuísse para a desmoralização das leis.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2017/11/1933630-leis-descoladas.shtml. Acesso em 8 de novembro de 2017.

Texto II

Em maio, a Câmara Municipal de Belo Horizonte arquivou um projeto de lei que previa a proibição de alimentar pombos nas praças públicas da cidade. Junto com ela, por requerimentos do vereador Mateus Simões (Novo-MG), foram arquivadas outras 400 propostas, como a que criaria o dia do Papai Noel beneficente e a que proibiria a venda de água de coco no próprio coco.

Na capital mineira, 60% dos 300 projetos de autoria dos vereadores aprovados de 2013 a 2016 dão nome a espaços públicos, instituem datas comemorativas ou declaram algo como utilidade pública. Desde 1988, o Brasil criou 540 normas legais por dia nas esferas municipais, estaduais e federal, segundo apurou o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

Muitas delas acabam esquecidas em algum escaninho — mas outras tantas atrapalham a vida dos cidadãos e os negócios. É o caso de leis, em vigor em Porto Alegre, que determinam que todo comércio exponha cartazes contra a propagação da leptospirose, todo prédio residencial tenha parque infantil ou que os postos de gasolina afixem um mapa da vizinhança.

Felizmente, país afora, iniciativas como a de Simões, propondo “revogaços” de normas arcaicas e redundantes — ou simplesmente inúteis —, têm se tornado mais comuns. Revogar a ineficiência pública é impossível, mas acabar com as barbaridades legais já ajudaria bastante.

https://exame.abril.com.br/revista-exame/so-no-brasil-que-venha-o-revogaco/. Acesso em 8 de novembro de 2017.

Proposta de Redação - Redação - pH 02

Proposta de Redação:

Texto I:

Amarrado num mastro Tapando as orelhas Eu resisti ao encanto das sereias Eu não ouvi o canto das sereias Eu resisti

Mas chegando à praia Não fiz nada disso Então caí nos braços de Calipso Eu sucumbi ao encanto de Calipso Não resisti

Depois disso eu não tive Nenhum outro vício Senão dançar ao ritmo de Calipso Pois eu caí nas graças de Calipso Não resisti ao encanto de Calipso Só sei dançar ao ritmo de Calipso Calipso

(CALCANHOTTO, Adriana. Porto Alegre. Disponível em: https://www.vagalume.com.br/adriana-calcanhoto/porto-alegre-nos-bracos-de-calipso.html. Acesso em 15/12/2017)

Glossário

Calipso – na mitologia grega, era uma ninfa do mar, uma das filhas dos titãs Oceano e Tétis.

A música da cantora Adriana Calcanhotto retrata de forma diferente a história de Odisseu – personagem mitológica da obra épica “Odisseia” de Homero – que se prende ao mastro de seu navio para ouvir o canto das sereias sem ser levado ao fundo do mar pelas vis criaturas, cujo único objetivo era devorar Odisseu e seus marujos.

Entretanto, apesar de resistir ao canto das sereias, Odisseu não resiste ao encanto de Calipso.

Sua tarefa será construir uma narrativa de 15 a 25 linhas na qual o narrador-personagem será a própria Calipso. Procure mostrar como foi o planejamento para encurralar Odisseu em encantos: havia mais algum deus ou deusa envolvidos nesse plano? Qual era o objetivo de Calipso? Odisseu conseguiu escapar das graças e do ritmo viciante da ninfa do mar?

Não se esqueça de construir um título criativo para seu enredo!

Proposta de Redação - Redação - pH 04

Eu, Robô, de Isaac Asimov

A criação de máquinas inteligentes e poderosas como os robôs da ficção científica levanta uma questão crucial para a sobrevivência da humanidade: como evitar que essas criaturas, tal como o monstro do Dr. Frankenstein, se voltem contra os seus criadores?

Isaac Asimov conseguiu uma boa solução para esse dilema ao estabelecer as célebres Três Leis da Robótica:

1) Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano seja ferido.

2) Um robô deve obedecer a ordens de seres humanos, exceto as que entrem em conflito com a primeira lei.

3) Um robô deve proteger a si mesmo, exceto se isso entrar em conflito com a primeira e/ou com a segunda lei.

Tais regras, escritas de modo indelével nos cérebros dos robôs de Asimov, garantem em sua obra uma coexistência harmoniosa entre seres humanos e robóticos. Em Eu, Robô, uma coletânea de contos interrelacionados, o autor explora as possibilidades de falha das três leis e apresenta o fascinante imaginário dos cérebros positrônicos criados pelo homem - desde os primeiros autômatos rudimentares construídos para trabalhar na exploração espacial até um mundo e uma época em que os robôs estão tão antromorfizados que não podem ser diferenciados de um ser humano sem um exame demorado.

(Disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2013/11/Os-10-ou-mais-livros-fundamentais-de-ficcao-cientifica-4333547.html)

O livro de Isaac Asimov explora uma realidade em que os robôs estão à solta e já não se pode realizar uma distinção visível entre os humanos e eles. Embora hoje o avanço da robótica seja imenso, ainda não imaginamos uma vida de convívio intenso com robôs, como se eles fossem humanos. Não ainda, mas com os avanços tecnológicos sabemos que esse é o futuro. É neste momento que a ficção se confunde com a realidade!

Nesta proposta de redação, a partir da ideia de que robôs se comportarão exatamente como humanos, construa um texto narrativo, entre 15 a 25 linhas, em que mais objetos e/ou máquinas que ainda não foram criadas pelo homem convivam com os personagens da trama de um modo pacífico e auxiliando-os na criação de um mundo melhor, mais hightec e mais justo. Pense em um título divertido e não se esqueça de caprichar na criação desses objetos e/ou máquinas, dando-lhes aspectos humanos, como no caso dos robôs.

Proposta de Redação - Redação - pH 05

Leia a reportagem do portal G1 de notícias:

Piso da quadra chega a 69ºC em partida de Djokovic no Aberto da Austrália

Sérvio Novak Djokovic derrotou Gael Monfils após quase três horas de partida em Melbourne, no primeiro Grand Slam do ano, debaixo do sol de 40ºC; temperatura do piso da quadra chegou a 69ºC

O quarto dia do Aberto da Austrália marcou a chegada de um personagem importante no primeiro Grand Slam do ano: o calor. Depois de três dias com temperaturas mais amenas, o sol apareceu com força e os termômetros chegaram aos 40ºC. A temperatura da quadra chegou a 69ºC. Os que mais sofreram foram aqueles que jogaram por volta do meio dia no horário de Melbourne, caso da partida entre Novak Djokovic e Gael Monfils.

Hexacampeão do torneio, Djokovic venceu o francês Gael Monfils por 3 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/3, 6/1 e 6/3, em 2h45 de jogo. Foi o 15º confronto entre os dois. Todos foram vencidos pelo sérvio, que agora enfrenta, na terceira rodada, o espanhol Albert Ramos Viñolas.

O que os organizadores chamam de temperatura de quadra é quantos graus marca o piso durante a partida. Algo parecido é feito na Fórmula 1, quando se mede quantos graus está o asfalto e, em alguns países, chega também aos 60ºC.

- Com certeza, corremos riscos. Honestamente, joguei dois sets sem ar apenas para agradar os juízes - disse o francês, exausto, após o jogo.

Djokovic também falou sobre a temperatura:

- Nosso esporte tornou-se uma indústria, como a maioria dos outros esportes globais. É mais comercial do que um esporte. Foi óbvio que nós dois sofremos na quadra hoje. Mas tem certos dias em que é preciso, como supervisor de torneio, reconhecer que precisa dar aos jogadores mais tempo de descanso antes de entrar em quadra. Entendo que há um fator dos ingressos e se você não jogar as pessoas ficarão insatisfeitas. Mas você deve levar em consideração diferentes aspectos antes de montar uma programação desse jeito - disse o ex-número 1 do ranking.

(https://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/quadra-chega-a-69c-de-temperatura-em-partida-de-djokovic-no-aberto-da-australia.ghtml)

Em suas aulas você aprendeu sobre a técnica da pirâmide invertida, recurso muito utilizado nos textos de caráter jornalístico e que se baseia na ideia de apresentar os fatos por ordem de importância, dos fatos mais fundamentais para os menos fundamentais.

Sua tarefa será produzir uma pequena matéria jornalística, considerando a técnica da pirâmide invertida, para a seguinte manchete:

Marido e mulher se reencontram após 10 anos

Seu texto deve conter entre 15 e 25 linhas;

Não se esqueça das características básicas do texto jornalístico (subtítulo, olho, lide, etc);

Use a imaginação para selecionar os eventos, considerando a fórmula da pirâmide invertida;

Se quiser, você pode colocar alguns trechos de entrevista com as personagens.

Proposta de Redação - Redação - pH 07

Texto I:

NASA revela descoberta de água em Marte

Sonda Curiosity encontrou moléculas de água ligadas a minerais do solo marciano; ainda não há evidências, porém, de moléculas orgânicas por Ana Freitas  

 A sonda Curiosity descobriu água no solo de Marte. Cientistas da NASA publicaram na revista Science os relatórios sobre a descoberta nesta quinta-feira, 26. 

Eu sei que é uma grande imagem mental imaginar um robô motorizado vagando por uma superfície inóspita feita de areia vermelha e se deparando com um vasto oásis de água cristalina, e eu odeio destruí-la, mas não foi bem assim que a coisa aconteceu. As moléculas de água foram encontradas ligadas a minerais do solo marciano. O solo de Marte não está vertendo água, mas também não está regulando: aproximadamente, a cada metro cúbico de solo marciano, dá para encontrar o equivalente a seis canecas grandes de água líquida. Ninguém vai passar sede! 

Isso muda a imagem que temos do planeta vermelho, sempre retratado como seco, quase desértico. A descoberta não veio sem aviso, já que cientistas já desconfiavam da existência de água em Marte, e em junho a Curiosity já tinha relatado encontrar uma rocha feita de argila que só pode ser formada com água. 

Ao jornal inglês The Guardian, Laurie Leshin, cientista chefe do Rensselaer Polytechnic Institute, explicou que a sonda colheu uma porção da superfície do planeta e botou tudo no forno. "Nós aquecemos o solo até 853 graus centígrados, separamos todas as substâncias voláteis que se desprenderam e as medimos", disse ela. 

Tá. Mas o que isso significa? 

Para começar, a vida depende diretamente da existência de água. Ao menos a vida como conhecemos - e isso é importante dizer, porque há possibilidades de existência de vida como não conhecemos, claro. A água é um componente fundamental do meio intracelular. No planeta Terra, a vida só surgiu por causa da existência de água - no meio aquoso, as moléculas podem circular mais livremente e formar as ligações que teriam dado origem aos organismos mais simples.  Mas não se empolgue, porque marcianos ainda parecem uma perspectiva bem remota. Laurie Leshin disse ao Gizmodo que o solo ainda é bem seco, apesar de toda essa água nele, e que não há evidência de moléculas orgânicas por enquanto.

Em segundo lugar, se a gente decidir eventualmente visitar ou até ocupar Marte, ninguém vai morrer de sede. Seria preciso fazer evaporar gotas de uma porção de terra, verdade, mas melhor que nada. 

(Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI343184-17770,00-NASA+REVELA+DESCOBERTA+DE+AGUA+EM+MARTE.html)

 

O texto acima é uma notícia que apresenta informações de uma pesquisa científica de um modo bastante descontraído, publicada na Revista Galileu na seção sobre “Espaço”.

Você já sabia que havia água em Marte? Já se perguntou sobre a infinidade de descobertas que estão por vir? Já imaginou que possíveis vidas podem estar lá? Se não, a hora é agora.

Sua tarefa é escrever uma narrativa de aventura em que você seja um astronauta que foi destinado a pesquisar se realmente há vida em Marte. Sua viagem para lá começa já. Não se esqueça de descrever detalhadamente a viagem e o planeta vermelho. Dê um título criativo a seu texto, que deve ter entre 15 e 20 linhas.

Proposta de Redação - Redação - pH 09

 

MOONCALF (BEZERRO APAIXONADO)

Classificação M.M.: XX

O mooncalf (bezerro apaixonado) é um animal extremamente tímido que sai da toca apenas em noites de lua cheia. Tem o corpo liso e cinza-claro, olhos redondos e salientes no cocuruto da cabeça e quatro perninhas finas que terminam em enormes pés chatos. O bezerro apaixonado executa complicadas danças, apoiado nas patas traseiras, em áreas ermas banhadas de luar. Acredita-se que sejam um prelúdio ao acasalamento (e muitas vezes seus movimentos deixam intrincados desenhos geométricos nos campos de trigo para grande perplexidade dos trouxas).

Assistir ao bezerro apaixonado dançar ao luar é uma experiência fascinante e, muitas vezes, proveitosa, porque, se o seu excremento prateado for recolhido antes do sol nascer e espalhado sobre canteiros de ervas mágicas e de flores, as plantas crescerão rapidamente e se tornarão muito resistentes. Os bezerros apaixonados são encontrados no mundo inteiro.

ROWLING, J. K. Animais fantásticos e onde habitam. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

No livro “Animais fantásticos e onde habitam”, a escritora britânica J. K. Rowling constrói uma espécie de catálogo das criaturas mágicas que vivem no mundo dos bruxos inventado por ela.

Como é possível perceber, a escritora fez grande uso de descrições da criatura para que nós, leitores, pudéssemos imaginá-lo melhor.

Sua tarefa será criar uma lenda, de 10 a 15 linhas, envolvendo o bezerro apaixonado, para explicar melhor os enormes sinais que eles deixam nas plantações. Lembre-se: a lenda deve ter o olhar do trouxa (humano não mágico), e não do bruxo!

Não se esqueça das características principais das lendas, sem confundi-las com as dos mitos.

Proposta de Redação - Redação - pH 10

Kiriku: a lenda do bebê guerreiro que salvou sua aldeia da feiticeira

Disponível em: . Acesso em: 18 maio 2018.

Uma lenda que virou filme, peça de teatro, espetáculo de dança em todo o mundo leva um pouco da África para diferentes culturas. Kiriku (ou Kirikou) conta a história de um recém-nascido superdotado que sabe falar, andar e correr. Ele é o salvador de sua aldeia, ameaçada pela feiticeira Karabá.

Ainda no ventre da mãe, Kiriku ordena o seu nascimento e sua mãe diz que, se ele pode pedir para nascer, é porque tem capacidade para realizar isso sozinho. Em resposta, o menino nasce, corta seu próprio cordão umbilical e diz: “Meu nome é Kiriku”.

A criança é bem pequena e nem sequer chega aos joelhos de um adulto, mas a sua coragem parece ser maior do que a de todos os adultos juntos. Ao longo do conto, é possível ver inúmeras referências à cultura da África Subsaariana, como as vestimentas, a musicalidade, a relação com a natureza…

– Com o olhar espiritual, a lenda inteira traz referências, como exemplo, ao baobá, que é cultuado como uma árvore sagrada, conhecido como “a única árvore que nasce de cabeça pra baixo”! Creio que a lenda ficou conhecida por dois motivos principais: porque agrada muito as crianças de todas as nacionalidades e porque os adultos também aprendem com ela – conta em entrevista ao “Por dentro da África” Mario Tenório, psicanalista e especialista em Lendas Africanas.

Kiriku: a lenda do bebê guerreiro que salvou sua aldeia da feiticeira. Por dentro da África. Disponível em: .  Acesso em: 18 maio 2018.

Sua tarefa será criar uma narrativa de 15 a 20 linhas em que, com um formato das lendas africanas, Kiriku seja o personagem principal e enfrente a feiticeira Karabá em algum conflito criado por você. Faça uso abundante das africanidades e das brasilidades estudadas no Módulo 10 para dar riqueza e pluralidade à sua narrativa. Não se esqueça de elaborar um título criativo!

Proposta de Redação - Redação - pH 10

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema A necessidade de viver as experiências reais em um mundo cada vez mais virtual, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

O que ainda pode surpreender um viajante hoje em dia? Na era da hiperinformação, da troca acelerada de relatos ao alcance de um clique, o que terá o turista para ver de novo?

É certo que o calor humano não será sentido antes que se pise no solo dos anfitriões. E os sabores da gastronomia ganharão o colorido somente no seu local de origem, diretamente das mãos que na comida expressam sua identidade.

Mas e as paisagens de tirar o fôlego, como resistirão a um mundo onde, com imagens de 360º em realidade virtual, pouco sobra para a própria realidade dizer?

A vista de Paris a partir da torre Eiffel ou a de Nova York do alto do Empire State; a vista da grande barreira de corais da Austrália ou da vida subaquática de Bonito; a sinuosidade da muralha da China; a gelada imensidão do Everest...

Tudo isso podia ser visto em fotografias e filmes. Ainda assim, davam a sensação de virem de longe, uma isca para nos atrair até lá – coisa que, com a realidade virtual, agora parece dispensável. Virando o rosto em nosso sofá, agora vemos qualquer ângulo possível de qualquer paisagem, faltando somente os cheiros e as brisas (o que logo resolverão).

Ademais, era num tempo em que as pessoas preferiam se encontrar para conversar. Hoje, mesmo diante do outro, muitas vezes elas preferem conversar remotamente. Se até mesmo as pessoas são prescindíveis, o que será das paisagens?

Fico curioso em pensar como deve evoluir o interesse pela experiência da viagem. Tendo até a caminhar no sentido inverso do que fazia no passado: não ter previamente tanta informação sobre o meu destino, para ser arrebatado pelo imprevisto, ainda que ele esteja ali há séculos à nossa espera. Mas esse despreparo não é condizente com minha profissão – viagens de trabalho exigem, para serem proveitosas, pesquisa anterior: não dá para chegar na total ignorância.

Uma pena. Pois a surpresa, o inesperado, podem ser o segredo da sedução do viajante.

MELO, Josimar. Em um mundo virtual, que paisagem ainda surpreende o viajante? Folha de S.Paulo. Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2018.

Texto II

Dissimular é fingir não ter ainda o que se tem. Simular é fingir ter o que não se tem. O primeiro refere-se a uma presença, o segundo a uma pura ausência. Mas é mais complicado pois simular não é fingir:  "Aquele que finge uma doença pode simplesmente meter-se na cama e fazer crer que está doente. Aquele que simula uma doença determina em si próprio alguns dos respectivos sintomas" (Littré). Logo, fingir ou dissimular deixam intacto o princípio da realidade: a diferença continua a ser clara, está apenas disfarçada, enquanto que a simulação põe em causa a diferença do "verdadeiro" e do "falso", do "real" e do "imaginário". O simulador está ou não doente, se produz "verdadeiros" sintomas? Objetivamente não se pode tratá-lo nem como doente nem como não doente.

BAUDRILLARD, J. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio d´Água, 1991. p. 9-10.

Texto III

Publicado no Journal of Personality and Social Psychology,  o estudo "Como tirar fotos aumenta o prazer das experiências" explica que fazer fotos aumentaria o aproveitamento e o prazer da experiência. De acordo com o principal autor do estudo, Kristin Diehl, "ao contrário de verificar seu e-mail ou mensagens de texto, […] fotografar na verdade direciona você para a experiência'.

Em um experimento, um grupo de participantes que recebeu câmeras foi solicitado a tirar fotos durante um passeio de ônibus. Este primeiro grupo relatou divertir-se significativamente mais do o grupo ao qual foi requerido apenas observar.

Outro estudo, realizado em 2013, havia citado que pessoas lembram menos do evento quando estão fotografando o mesmo. O estudo anterior, realizado pela Fairfield University, descobriu que as pessoas que fazem fotos de objetos em um museu eram mais propensas a esquecer do que tinham visto, ao contrário das que não tinham feito fotos. Diferentemente, o novo estudo analisa o prazer proporcionado através do ato de fotografar, não a memória do evento.

Na pesquisa atual, também foi feito experimento com pessoas em museu. Um grupo foi instruído a tirar fotos e o outro a apenas observar. Depois de rastrear os movimentos dos olhos dos participantes, os pesquisadores descobriram que aqueles que fotografavam dedicaram mais atenção visual para as obras do que para outros itens.

Há um porém: enquanto fotografar aumenta a atenção no momento, o uso do telefone em tarefas relacionadas à foto como postar a imagem para Instagram, Snapchat ou Facebook fazem o inverso, distraem. É sempre bom lembrar que há momentos onde fotografar pode se tornar irritante, especialmente para as outras pessoas presentes. Mas, de acordo com esse estudo, se o momento é propício para fotos, você não precisará escolher entre fotografar e aproveitar; está tudo incluso.

SOUZA, Ruca. Fotografar o que você vive aumenta o prazer da experiência, diz estudo. iPhoto Channel. Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 06

Leia o texto abaixo e siga as instruções para elaborar sua redação.

Minuciosa formiga não tem que se lhe diga: leva a sua palhinha asinha, asinha.

Assim devera eu ser e não esta cigarra que se põe a cantar e me deita a perder.

Assim devera eu ser: de patinhas no chão, formiguinha ao trabalho e ao tostão.

Assim devera eu ser se não fora não querer.

(...)

(O’NEILL, Alexandre. Velha fábula em bossa-nova. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/alexan09.html. Acesso em 03 abril 2019)

O escritor português Alexandre O’Neill propôs em seu poema uma reescritura da fábula “A cigarra e a formiga” do escritor francês Jean de la Fontaine. Como você pode perceber, a história em si não mudou, mas sim a forma como foi apresentada.

Agora, pense em uma fábula de que você gosta. Relembre as principais características da história, dos personagens, do espaço, do tempo etc. Sua tarefa será reescrever a fábula de sua preferência em forma de poema – contendo de 3 a 4 estrofes, com 4 versos em cada uma. Assim como O’Neill, faça uso de linguagem figurada para criar imagens em seu poema.

Não se esqueça de dar ao seu texto um título criativo que indique qual fábula você está recontando. Mãos a obra!

Proposta de Redação - Redação - pH 09

Aprendemos em sala de aula que a biografia é um texto que apresenta informações sobre a vida de uma pessoa. Então, agora é sua vez! Sua tarefa será escrever uma biografia sobre alguma personalidade conhecida: um(a) cantor(a), um(a) atleta, um(a) ator(atriz), um(a) escritor(a) etc. Recorra à internet para encontrar os dados necessários para a escrita do texto.

Disponível em: . Acesso em: 12 maio 2018.

Quando nasceu? Onde nasceu? Onde mora/morou? O que estuda/estudou? Com o que trabalha/trabalhou? Como foi/está sendo a trajetória profissional? Qual a relevância do seu trabalho para a sociedade? Já faleceu? Se sim, onde? Quando? Por quê? Use a estrutura do gênero textual biografia e não se esqueça de indicar de quem você está falando.

Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas