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Proposta de Redação - Redação - pH 10

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em 30 linhas, em norma culta escrita da língua portuguesa, sobre o tema O preconceito linguístico no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A língua é o elemento central de acesso à cultura. É um possante meio de transmissão do conhecimento, um instrumento da arte literária e o que podemos chamar de interpretante das demais linguagens. Ou seja, uma coisa que aparece visualmente, eu posso contar verbalmente. No entanto, eu não posso fazer o contrário. Nem tudo que eu digo com palavras, eu posso apresentar de maneira visual. A língua é o principal sistema de significação com a qual o homem constrói a cultura.

FIORIN, José Luiz. Concurso vestibular 2008 – 2ª fase – Prova de língua portuguesa e literaturas – Universidade Federal de Juiz de Fora. Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2018. Adaptado.

Texto II

Existe uma regra de ouro da Linguística que diz: 'só existe uma língua se houver seres humanos que a falem'. E o velho e bom Aristóteles nos ensina que o ser humano 'é um animal político'. Usando essas duas afirmações como os termos de um silogismo (mais um presente que ganhamos de Aristóteles), chegamos à conclusão de que 'tratar da língua é tratar de um tema político', já que também é tratar de seres humanos. (...) O Preconceito Linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre língua e gramática normativa. Nossa tarefa mais urgente é desfazer essa confusão. Uma receita de bolo não é um bolo, um molde de vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo... Também a gramática não é a língua.

BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2002.

Texto III

A democratização do ensino consiste em que o professor não acastele o seu aluno na língua culta, pensando que só a língua culta é a maneira que ele tem para se expressar; nem tampouco aquele professor populista que acha que a língua deve ser livre, e portanto, o aluno deve falar a língua gostosa e saborosa do povo, como dizia Manuel Bandeira. Não, o professor deve fazer com que o aluno aprenda o maior número de usos possíveis, e que o aluno saiba escolher e saiba eleger as formas exemplares para os momentos de maior necessidade, em que ele tenha que se expressar com responsabilidade cultural, política, social, artística etc.

BECHARA, Evanildo.

Proposta de Redação - Redação - pH 03

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema O brasileiro consegue aprender com seus erros para evoluir? Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

(CAMPOS, Álvaro de. Fernando Pessoa: Obra Poética. Rio de Janeiro: Cia. José Aguilar Editora, 1972. p. 418.)

Texto II:

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.

(Carlos Drummond de Andrade. Disponível em: .)

Texto III:

O erro bom

O erro bom é aquele que nos abre alternativas. Consta que Thomas Edison, após ter sido intimado pelo seu patrocinador a interromper suas experiências disse: “por que desistir agora, se já sabemos muitos modos de como não fazer uma lâmpada? Estamos hoje mais próximos de saber como fazer uma lâmpada que antes!” Isto é, errar é a possibilidade de acertar na próxima tentativa.

O matemático austríaco Piet Hein inventou aquele “Cubo Mágico”, cujo nome original é Soma Cube, que possui mais de 240 formas de solução, ou seja, deixar cada lado do cubo composto por cubos menores da mesma cor. Mas, apesar de tantas formas de acerto, só é possível chegar lá após muitos erros. Isso significa que você vai tentar muitas rotações até que consiga solucionar. E, certamente, precisa memorizar as rotações erradas para não cometê-las novamente. Se não aprender com o erro, vai insistir nele e, continuar insistindo até o limite de seu controle emocional. Quem já tentou, sabe que em um dado momento, vem a grande vontade desmontar o cubo e remontá-lo certo. Essa fraude não só não é possível no jogo como também na vida. Não há como desmontar o mundo e montá-lo como nos parece certo. A única alternativa é aprender a viver, o que pressupõe tentar, errar e tentar novamente. Você quer um atalho? Ele existe sim: aprenda também com o erro dos outros. Daqueles que tentaram antes de você e acabaram acertando, mas não sem errar, acredite. Esse atalho só é percorrido através do estudo e da interação com outras pessoas, especialmente os mais velhos.

(Eugênio Mussak. Disponível em: .)

Proposta de Redação - Redação - pH 12

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo de 25 a 30 linhas, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A permanência do desmatamento da Amazônia, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Desmatamento dispara na Amazônia

A sinalização, agora, é de que as portas estão abertas para a destruição. Além do enfraquecimento das medidas de comando e controle, em 2012, alinhado aos interesses da bancada ruralista, foi aprovado no Congresso e sancionado pela presidência um novo Código Florestal, que anistiou aqueles que desmataram ilegalmente até 2008. Até hoje, motivados por este processo, muitos ainda desmatam na expectativa de que uma nova anistia seja aprovada. O prazo para a inscrição no Cadastro Ambiental Rural já foi adiado por duas vezes, e nada garante que não ocorrerá novamente, mais um benefício para quem não cumpre a lei.

Nos últimos anos a criação de novas Unidades de Conservação e Terras Indígenas – instrumentos eficazes no combate ao desmatamento – praticamente parou. Em 2014 foi eleito o Congresso mais conservador e ruralista que já tivemos, que conduz uma agenda para minar mecanismos de proteção das florestas e seus povos. No ano seguinte, o governo federal anunciou dentro das contribuições nacionais para a redução de emissões de GEE o vergonhoso compromisso de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 – o que significa, na prática, tolerar a ilegalidade por mais 14 anos e não ter prazo para cessar a destruição em outros ecossistemas naturais do Brasil – ignorando exemplos de sucesso e a necessidade urgente de zerar o desmatamento, seja legal ou ilegal.

Além disso, está sendo discutido no Congresso Nacional um projeto autorizando a venda de terras para estrangeiros, fato que já está estimulando a especulação fundiária e a grilagem. A crise econômica e política em que o país mergulhou também não contribui para a defesa das florestas.

GREENPEACE. Desmatamento dispara na Amazônia. Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2018. Adaptado.

Texto II

Estudo aponta ligação entre o desmatamento da Amazônia e a seca em São Paulo

Antonio Donato Nobre, pesquisador do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), alerta que, se o desmatamento da Amazônia continuar, há grandes chances de boa parte da América do Sul tornar-se uma região de deserto. Isso inclui a maior cidade da América Latina, São Paulo. A maior parte da água que chega às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil vem da Amazônia. O movimento se dá através dos chamados "rios voadores", que são grandes massas de nuvens carregadas com água que cruzam a América do Sul.

Embora pouco citada no estudo de Antonio, a pecuária é uma das principais causas do desmatamento na Amazônia e, consequentemente, forte colaboradora da seca que vivemos. Para criar gado e atender a demanda que, em sua maior parte, vem justamente das regiões que hoje sofrem com a falta de água, pecuaristas derrubam a floresta e fazem pastos. No processo, queimadas gigantescas são produzidas para limpar as áreas onde ficarão os bois. Todo esse desmatamento colaborou para que, em 40 anos, a região amazônica perdesse área em floresta equivalente a duas Alemanhas.

A equação é muito simples: menos floresta é igual a menos umidade que é igual a menos chuva. Com a falta de chuvas, além de problemas para a população, indústrias de todos os setores quebrarão, levando ao desemprego e ao caos.

Mesmo quando a carne não é produzida na Amazônia, seu processo demanda uma grande quantidade de água potável. Desde o cultivo de grãos destinados para a ração dos animais até a limpeza dos frigoríficos, muita água é desperdiçada. Estima-se que mais de 15 mil litros de água sejam gastos para a produção de apenas um quilo de carne.

CHAVES, Fabio. Estudo aponta relação entre desmatamento da Amazônia e a seca em São Paulo. Vista-se. Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2018. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 04

Com base na leitura do texto motivador seguinte e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema A permanência da cultura da transgressão na sociedade brasileira, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Em sua obra O Que Faz o Brasil, Brasil?, o antropólogo Roberto Damatta compara a postura dos norte-americanos e a dos brasileiros em relação às leis. Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa admiração e espanto nos brasileiros, acostumado a violar e a ver violada as próprias instituições; no entanto, afirma que é ingênuo creditar a postura brasileira apenas à ausência de educação adequada.

Roberto Damatta prossegue explicando que, diferente das norte-americanas, as instituições brasileiras foram desenhadas para coagir e desarticular o indivíduo. A natureza do Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada à realidade individual. Um curioso termo – Belíndia – define precisamente esta situação: leis e impostos da Bélgica, realidade social da Índia.

Ora, incapacitado pelas leis, descaracterizado por uma realidade opressora, o brasileiro deverá utilizar recursos que vençam a dureza da formalidade, se quiser obter o que muitas vezes será necessário à sua mera sobrevivência. Diante de uma autoridade, utilizará termos emocionais. Tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum – um conhecido, uma cidade da qual gostam, a “terrinha” natal onde passaram a infância. Apelará para um discurso emocional, com a certeza de que a autoridade, sendo exercida por um brasileiro, poderá muito bem se sentir tocada por esse discurso. E muitas vezes conseguirá o que precisa.

Nos Estados Unidos, as leis não admitem permissividade alguma, e possuem franca influência na esfera dos costumes e da vida privada. Em termos mais populares, diz-se que, lá, ou “pode”, ou “não pode”. No Brasil, descobre-se que é possível um “pode-e-não-pode”. É uma contradição simples: a exceção a ser aberta em nome da cordialidade não constitui pretexto para que novas exceções sejam abertas. O jeitinho jamais gera formalidade, e esta jamais sairá ferida após o uso do jeitinho.

(Disponível em: http://www.simonsen.br/semipresencial/pdf_real/real_leitura_comp_ii.pdf. Acesso em 25 mar. 2019)

Proposta de Redação - Redação - pH 23

TEXTO I

A história da modernidade, no plano da subjetividade, confunde-se com a própria construção da noção de identidade. De uma subjetividade centrada nos clássicos princípios transcendentes, passamos pela construção de valores imanentes de conduta e chegamos à subjetividade calcada na valorização das experiências psicológicas que caracterizam o “Homem psicológico” do final do século dezenove. Segundo Figueiredo (1996), a modernidade conheceu um novo modelo de construção da identidade baseado na vida íntima, na valorização dos sentimentos, da espontaneidade e na busca do “verdadeiro eu”.

PEREIRA, Claudia Rodrigues. A construção da subjetividade contemporânea e sua relação com a depressão. Cadernos de Psicanálise, Rio de Janeiro, v. 32, n. 32, p.17-41, jan/jun. 2015. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO II

Pode-se supor que os indivíduos, ao lidarem com a complexidade do mundo social, com sua subjetividade fragmentada, se vêm submetidos em seu cotidiano à dificuldade de lidar com o mesmo, já que as sociedades complexas podem patentear para todos, ou para um grande número de indivíduos, exclusão à participação política efetiva e dificuldades para compreender como operam em seu cotidiano os processos de globalização e aumento da violência em escala planetária, por exemplo.

Sentindo-se à margem dos processos sociais e econômicos, e não conseguindo verbalizar suas carências individuais, podem iniciar um processo de somatização dessa sua dor da alma, de sua tristeza mais profunda, seus problemas econômicos e sociais, através de expressões corpóreas (metáforas corpóreas), ou da depressão, ao invés de assumi-las sobretudo como um discurso político - político no sentido de organização e da possível viabilidade de transformação social.

BARBOSA, Sônia Regina da Cal Seixas. Subjetividade e complexidade social: contribuições ao estudo da depressão. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [s.l.], v. 16, n. 2, p.317-350, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO III

Considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns, a depressão traz consigo o estigma que associa seus sintomas à inadequação social ou à falta de força de vontade. Por muito tempo, foi pouco discutida. Agora é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e raramente está longe das notícias.

A Classificação Internacional de Doenças, mantida pela OMS, define a depressão como um transtorno, e não como uma doença. Isso quer dizer que ela é mais associada a um desarranjo ou distúrbio que afeta a mente e o corpo, com causas intrínsecas à pessoa.

A OMS explica que a condição é diferente de oscilações usuais de humor. Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Sobretudo quando tem longa duração e intensidade moderada ou grave, pode se tornar uma condição de saúde crítica, gerando grande sofrimento e disfunções na vida cotidiana.

CAPELHUCHNIK, Laura. Depressão: do estigma ao transtorno de grandes proporções. Nexo Jornal. 03 ago. 2019. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO IV

Fonte: Global Burden of Disease Study, 2015 - OMS (Organização Mundial da Saúde). Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A depressão enquanto problema social do mundo contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 06

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema As histórias infantis e a formação moral das crianças. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.

Texto I:

O que os filmes da Disney podem ensinar às crianças Entenda como as histórias infantis, retratadas em grandes produções do cinema, ajudam no desenvolvimento das crianças

A primeira vez que a pequena Olívia Decaudin, 5 anos, assistiu ao desenho animado longa-metragem Rei Leão teve uma crise de choro incontrolável. Sua mãe, a executiva de vendas Rari Decaudin, ficou preocupada. “Achei que tinha sido um erro e minha filha ainda não tinha idade para assistir a uma história com um lado trágico”, acreditava Rari.

Mas a mãe de Olívia estava enganada. De acordo com especialistas, as situações de tensão e, muitas vezes, de tristeza das histórias infantis são fundamentais para a formação de valores nas crianças.

O componente de drama nas histórias infantis tão comum em desenhos animados gira em torno de um único conceito comum a todas as fábulas: ensinar a criança a crescer. “E o processo de amadurecimento é algo muitas vezes doloroso”, explica Maria Corrêa, psicanalista especialista em família.

Nada melhor que este ensinamento tenha um lado lúdico. É por isso que os filmes da Disney, ou outras produções de cinema voltadas para crianças, são importantes na formação infantil. Em geral, os filmes da Disney abordam o momento mais importante na vida dos personagens: quando eles têm de enfrentar suas responsabilidades por conta própria.

A humanidade dos heróis da Disney Para a criança, ver seus heróis lidarem com medos, perdas e situações difíceis promove uma identificação. Isso explica a repetição, a vontade de ver o filme mais de uma vez. Foi o que aconteceu com a pequena Olívia, que agora pede constantemente para assistir ao Rei Leão.

Os filmes infantis retratam situações muito comuns à vida adulta. E o preparo das crianças para o processo de crescimento é a principal lição que se pode tirar dos filmes e desenhos da Disney.

Veja os ensinamentos de cinco filmes infantis que fazem o maior sucesso entre as crianças.

Frozen Baseado no conto A Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen, o filme ajuda a lidar com as peculiaridades. Aborda temas como a aceitação dos defeitos e qualidades de cada um. Lição principal: para semear amor e admiração, é preciso aceitar a si mesmo, antes de atender às expectativas dos outros.

O Rei Leão O leãozinho Simba perde seu pai e sente-se culpado por isso. Precisa afastar-se de sua terra para, com a ajuda de amigos, voltar a ter confiança em si mesmo. Lição principal: perdas dolorosas fazem parte da vida e podem nos deixar mais fortes depois de enfrentadas.

A Bela e a Fera Ao perder a proteção do pai, Bela precisará conviver com alguém que lhe causa medo. Sua única defesa é tentar ver o lado bom da Fera. Lição principal: valorizar o que cada um tem de melhor pode ser transformador na relação entre as pessoas.

Cinderela A famosa princesa do sapatinho de cristal começa a história órfã de mãe, depois perde o pai e passa a ser criada por uma madrasta nada amigável. Lição principal: não se deve mudar a essência, mesmo diante das adversidades. Coragem e gentileza são as armas contra a crueldade.

Toy Story 3 As crianças crescem, os brinquedos ficam de lado. E o que não nos serve mais pode ser útil e valioso a outros. Lição principal: mudanças fazem parte da vida e sempre gera desconforto. Mesmo quando a mudança é positiva, nem sempre se enxerga no momento. Ensina ainda a desenvolver o desapego e a generosidade.

(Ana Paula Cardoso, 14 nov. 2015. Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2018.)

Texto II:​

Os contos na formação ética e moral de crianças da Educação Infantil

Os contos são capazes de responder perguntas tão instigantes que atormentam o interior das crianças e as atraem, espontaneamente, por relatarem conflitos semelhantes aos que estão presentes em seu interior. Ao demonstrarem o real de maneira indireta e simbólica, permitem a sua assimilação de forma menos traumática, auxiliando na compreensão do mundo sem comprometer o seu desenvolvimento emocional, com uma linguagem pertencente ao universo infantil.

Sendo assim, os contos favorecem a passagem do nível simbólico para o real de modo gradativo, sem transtorno ao emocional da criança, pois é internalizado por ela de forma diferente em cada faixa etária, de acordo com seu nível de conhecimento e maturação. Por esse motivo, através dos contos, é possível demonstrar com mais clareza às crianças a diferença entre o que é considerado certo e o que é considerado errado em nossa sociedade, pois apesar de alguns contos terem sido criados há séculos, eles tratam de assuntos que lidam diretamente com características e sentimentos que estão presentes no homem, como: o medo, a perda, a morte, a vida, o bem, o mal, o certo, o errado, o esperto, o tolo, o fraco, o forte, assuntos, sentimentos e características que estão e sempre estarão presentes no ser humano e, sendo assim, em todas as sociedades.

Através dos contos, a criança pequena é capaz de perceber o mal e o bem, assimilando, assim, o que é socialmente aceito e o que é socialmente desprezado, pois ela se encontra na fase de incorporação das regras sociais. Dessa forma, ao trabalhar com os contos de forma didática, o professor não apresenta apenas a literatura infantil como algo prazeroso, que de fato é, mas a apresenta como uma forma de aprendizagem, podendo levá-la até mesmo a ser utilizada como forma de ensino-aprendizagem, servindo para alfabetização e para despertar, no aluno, o prazer pela leitura e escrita.

A utilização dos contos na educação infantil vem possibilitar, assim, uma educação voltada para a valorização do raciocínio, para a análise, a reflexão, o respeito às diversas interpretações e ideias, para o estímulo ao ato de ler, a exaltação aos valores morais e éticos.

(Daisy Mendes de Melo e Evandro Abreu Figueiredo Filho. Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2018. Adaptado para fins pedagógicos.)

Proposta de Redação - Redação - pH 04

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema É preciso desenvolver a sustentabilidade no Brasil. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

O primeiro supermercado dedicado exclusivamente à venda de alimentos que seriam destinados à lata do lixo – ou seja, aqueles produtos com prazo de validade já vencido, mas que ainda são apropriados para o consumo –, foi inaugurado na Dinamarca.

O Wefood foi inaugurado na capital, Copenhague, pela princesa Marie e a ministra do Meio Ambiente e Alimentação, Eva Kjer Hansen. A iniciativa é de uma ONG dinamarquesa; a ideia é combater o desperdício. A ONU calcula que pelo menos um terço dos alimentos produzidos no mundo é jogado fora a cada ano.

“Todos os dias, mais de 800 milhões de pessoas no mundo vão dormir com fome. Ao mesmo tempo, só na Dinamarca, cerca de 700 mil toneladas de alimentos por ano vão para o lixo”, disse à BBC Brasil o dinamarquês Per Bjerre, da ONG responsável pelo Wefood, a Folkekirkens Nødhjælp.

(...)

Todos os funcionários do Wefood trabalham de forma voluntária, e os lucros serão destinados a projetos de combate à pobreza conduzidos pela ONG Folkekirkens Nødhjælp em regiões como a África e a Ásia.

O trabalho dos voluntários cumpre uma função essencial.

“Quando há frutas já em vias de apodrecer em uma caixa, é mais barato para os supermercados jogar toda a caixa fora, em vez de gastar tempo selecionando as frutas boas e ruins. Mas os voluntários do WeFood fazem esse trabalho com prazer”, disse Bjerre.

Entre as razões apontadas para o desperdício mundial de alimentos, estão as condições inadequadas de armazenamento – e também a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.

(...)

Conter o desperdício é vital: projeções da ONU indicam que a população mundial deve chegar a 9,5 bilhões de pessoas até 2075 – o que vai significar três bilhões a mais de pessoas para alimentar, em um mundo onde milhões já passam fome agora.

(Disponível em: .)

Texto II:

A palavra “sustentabilidade” está muito presente em nosso cotidiano. Se prestarmos atenção, com certeza a ouviremos empregada nos mais diversos e variados assuntos, sendo, inclusive, que em alguns momentos o seu uso acaba se tornando equivocado ou mesmo banalizado.

O conceito de “sustentabilidade ambiental” foi introduzido inicialmente em 1987 pela WCED (World Commission on Environment and Development), uma comissão formada por membros da ONU (Organização das Nações Unidas) com o intuito de unir países em torno do desenvolvimento sustentável.

Hoje, a definição de sustentabilidade pode ser entendida como a manutenção do equilíbrio ao longo do tempo, ou seja, é a capacidade de conseguir suprir as necessidades humanas atuais, do presente, sem que sejam afetadas as habilidades das gerações futuras de fazer o mesmo, de suprirem as suas próprias necessidades.

O conceito está diretamente relacionado aos aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais da sociedade como um todo e, cujo objetivo, é a continuidade do desenvolvimento, todavia sem que sejam minimizados ou esgotados os recursos do planeta.

(Disponível em: .)

Proposta de Redação - Redação - pH 06

Com base na leitura dos textos seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema Como conciliar o compromisso com a verdade e as necessidades capitais no jornalismo de hoje?, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Seis razões para abandonar o acesso pago

Nada menos que 69 dos 98 jornais norte-americanos com tiragens medias maiores de cinco mil exemplares abandonaram a cobrança de acesso às notícias online de forma temporária ou definitiva. Seis razões básicas orientaram o abandono, conforme revelou um estudo de dois pesquisadores da universidade do Sul da Califórnia, divulgado pelo American Press Institute. As seis razões são:

– emergências ou desastres naturais;

– eventos públicos especiais;

– acesso amplo para apoiar promoções;

– campanhas publicitárias;

– necessidade de ampliar audiências;

– fim da experiência com cobrança.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2018.

Texto 2

Pagar para ler notícias na net? 99% dos portugueses diz "não"

As conclusões relativas à predisposição dos inquiridos para "pagar por conteúdos noticiosos online" são elucidativas: 9% afirmou nunca o ter feito. A média global dos outros países onde o estudo foi realizado é de 11% (a título de exemplo, em Espanha o valor é de 8% e no Brasil 22%).

74% respondeu que, no futuro, será "improvável" ou "muito improvável" vir a pagar por esses mesmos conteúdos. Estes são alguns dos dados revelados pelo estudo "Públicos e Consumos de Média", que analisou o consumo de notícias e as plataformas digitais em Portugal e em mais 10 países, entre os quais o Reino Unido, Espanha, Itália e Estados Unidos. Os resultados do trabalho, uma iniciativa da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), foram revelados esta terça-feira na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa.

Do universo dos inquiridos, dois terços são utilizadores de internet. E, desse segmento, 89% são consumidores de notícias. Os hábitos de consumo de notícias dos portugueses passam, sobretudo, pela consulta de conteúdos informativos nas redes sociais (69%), sendo o Facebook o social media de eleição (90%). As redes sociais são, assim, "uma das principais plataformas de acesso a notícias, surgindo, assim, atores que se posicionam como grandes agregadores de conteúdos noticiosos", conclui o estudo.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2018.

Texto 3

"Matéria paga", em jargão jornalístico, é algo que parece conteúdo editorial -- isto é, notícias e opiniões publicadas tendo em vista o interesse do leitor -- mas que, na verdade, é conteúdo publicitário, isto é, notícias e opiniões que seriam publicadas de qualquer jeito, dane-se o interesse do leitor, porque alguém está pagando para que aquilo saia. Pelo Brasil a fora, são incontáveis os jornais e revistas (e, agora na era da internet, blogs e quetais) que dependem de matéria paga para viver. Ela costuma aparecer em duas modalidades básicas. A mais humilde é a "contrapartida" ou "matéria de cortesia", usada para captar publicidade: o repórter vai, digamos, a um restaurante, fala com o dono, anota sua espantosa história de vida, os ingredientes maravilhosos que usa e receitas fantásticas que oferece. Escreve um texto laudatório que sai, coincidentemente, na página ao lado do anúncio (pago) do mesmo restaurante, com foto do salão, telefone e horário de funcionamento. A outra é a matéria paga em senso estrito: o cara paga, escreve-se o que ele quer e publica-se. Não se trata mais de uma contrapartida "cortês" ao anúncio: a matéria é o anúncio. A forma como essas estratégias são usadas varia de veículo para veículo. Há os que fazem matérias pagas meio que a contragosto, para fechar as contas, e as publicam misturadas a conteúdo editorial legítimo. Há as publicações que fazem "cortesias" porque é o que se espera delas nos mercados (muitas vezes pequenos, pobres, de mentalidade tacanha e hábitos provincianos) em que atuam. E há os que se especializam em veicular matérias pagas, só fazem isso, e seriam incapazes de reconhecer ou publicar uma notícia legítima, nem que fosse o pouso de um disco voador na Esplanada dos Ministérios ou o início da Terceira Guerra Mundial, se ela não viesse acompanhada de um cheque. Conheci alguns jornalistas que fizeram carreira nesse segundo tipo de publicação, e quando olho para eles imagino como alguns médicos devem se sentir quando se lembram de que mesmo os homeopatas de florais de Bach mais radicais também são, aos olhos da lei, colegas de profissão. Na grande imprensa, que costuma (ou costumava) aspirar a um grau de credibilidade, profissionalismo e seriedade maior que o dos jornais de província, matérias pagas, até algum tempo atrás, tendiam a ser tratadas como apenas mais um tipo de conteúdo publicitário: o cara pagou por uma caixa de tantos por tantos centímetros na página tal, ele pode pôr o que quiser ali. Se for um texto, que seja. Mas havia cuidados: tinha de ficar claro que aquele texto vinha do anunciante, não da redação. Porque o que a redação escreve é de interesse público; o que o anunciante escreve é de interesse do anunciante. Oferecer uma coisa e entregar outra é fraude contra o consumidor.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 04

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O estresse é o grande mal do século XXI? Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.

Texto I:

Brasil é o segundo país com maior nível de estresse do mundo Psicóloga esclarece principais dúvidas e tratamento para a patologia

A população brasileira está entre em uma das mais estressadas do mundo. Isso é o que aponta um levantamento do International Estresse Management Association. Segundo a entidade, o Brasil é o segundo país do mundo com o maior nível de estresse. Esse é apenas um dos dados que alerta sobre a importância de debater o assunto. Justamente por isso, neste domingo, dia 23, foi celebrado mundialmente o Dia de Combate ao Estresse.

De cada dez trabalhadores brasileiros, pelo menos três sofrem da chamada síndrome de Burnout, que seria o esgotamento mental intenso, causado por pressões no ambiente profissional. De acordo com a pesquisa, os mais afetados são os profissionais que lidam diretamente com o público, como médicos, professores e enfermeiros. “A síndrome do Burnout é o último nível de estresse. Ele se caracteriza por esgotamento mental intenso, principalmente por pressões no ambiente de trabalho”, destaca a psicóloga Carina Mengue.

Detectando o estresse A psicóloga esclarece que o organismo humano está naturalmente preparado para lidar com o estresse. A habilidade surge da busca por sobreviver à seleção natural, como em caso de fuga de um perigo real. A doença, no entanto, se forma quando o estresse é contínuo. “Nesse caso, o sistema de defesa é acionado sempre e desgasta o organismo. O estresse contínuo e intenso pode causar aumento da pressão e problemas cardíacos”, afirma. Segundo ela, os sintomas não se limitam ao campo mental e atingem, também, a parte física. “O estresse está ligado ao aumento dos níveis de cortisol na corrente sanguínea e este aumento além de afetar a mente pode levar às doenças físicas como alergias e tensão muscular, por exemplo”, destaca Carina.

A diferença entre estresse e cansaço De acordo com Carina, por falta de informação, o conceito de estresse acabou banalizado. “As pessoas não veem o estresse como uma doença. Ele se tornou banalizado por ser associado aos aborrecimentos do cotidiano. Geralmente, elas querem dizer que estão cansadas, que dormiram mal, que faltou dinheiro para pagar as contas ou que estão com uma série de problemas. Além disso, muitas vezes é tolerado porque existe um estigma de que o estresse pode significar fraqueza”, pontua.

(Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2018. Adaptado.)

Texto II:

Texto III:

Proposta de Redação - Redação - pH 14

A partir da leitura do texto motivador seguinte e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema A democracia no Brasil é funcional?

Não vivemos uma democracia no Brasil

Por mais que vivamos no Brasil, uma sociedade ocidental – nos termos de Antonio Gramsci, com uma sociedade civil organizada – ainda falta muito para que nossa Democracia participativa, nossa Democracia direta, seja implementada de fato. Efetivaremos a Democracia participativa em nosso país com o povo participando, de forma efetiva, de audiências/consultas públicas, propondo leis de iniciativa popular, exercendo o controle popular da Administração Pública, decidindo o futuro da Nação por meio de plebiscito, referendo e recall, pressionando os governos por meios de manifestações nas ruas e na internet.

E a Democracia representativa? Vivemos uma Democracia de fato no Brasil? Nossas eleições são democráticas? Nosso sistema eleitoral, com toda a tecnologia da Justiça Eleitoral com as urnas eletrônicas, é eficaz? Viveremos uma verdadeira Democracia representativa no Brasil quando:

1. o Estado garantir educação de qualidade para todos os brasileiros, conforme manda nossa Constituição Social e Democrática de Direito de 1988;

2. não existir mais apenas uma grande empresa de TV e outras duas ou três que dominem a comunicação;

3. em nossas eleições não for o mais importante a quantidade de dinheiro do candidato, arrecadado de forma lícita ou ilícita, eleições em que o mercado, e não a sociedade civil, decide quem serão nossos governantes;

4. não existirem mais canais de TV que, mesmo sendo concessões de serviços públicos, agem como verdadeiros partidos políticos ao mudar os destinos de várias eleições, como ocorreu nas eleições presidenciais de 1989 e como está acontecendo na eleição para prefeito de Curitiba em 2012;

5. realmente o Estado no Brasil for laico e as religiões não interferirem mais em assuntos de interesse público;

6. os governos não se utilizarem mais dos recursos, bens e servidores públicos para beneficiarem seus candidatos;

7. a legislação eleitoral, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público eleitoral agirem pela isonomia nas eleições, não permitindo mais os abusos cometidos por governantes, candidatos, TVs, Igrejas, e ao mesmo tempo não mais agindo apenas para reprimir ações democráticas de cidadãos, blogs etc., às vezes apenas para mostrar serviço;

8. o eleitor não mais aceitar voto de cabresto de coronéis dos velhos tempos e coronéis modernos, o que já foi pior, mais ainda existe;

9. o povo discutir e participar da política em seu dia-a-dia, e não apenas há alguns dias das eleições, quando isso ocorre;

10. o voto para um vereador for considerado tão importante quanto um voto para presidente da república.

VIOLEN, Tarso Cabral. Não vivemos uma democracia no Brasil. Blog do Tarso. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 12

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo de 25 a 30 linhas, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Os dilemas da autonomia infantil no mundo de hoje, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Autonomia já

As pessoas têm opinião para tudo – comida, ideologia, religião, futebol, novela etc. Já as famílias têm rotinas, valores e limitações de todo tipo. Como é possível promover a liberdade de escolha das crianças dentro de mundos pré-moldados em que os pais vivem? "Autonomia não se dá. É a pessoa que conquista e não tem volta", sintetiza Cristiane Moscou, professora que é mãe de Dorah Madiba, 6. "Ela nasceu gostando de tudo o que é oriental, adora comida japonesa e desenhos como o Pokémon. Isso é dela. Eu não participo, mas permito que ela desenvolva. Mas também ensino que ela tem uma identidade negra para ela estar preparada para encarar nossa sociedade", conta Cristiane, que gosta de ir a shows de rap e leva sempre a filha.

Outra mãe que enfrenta os dilemas de dar autonomia ao filho é Tina Simi. "Eu sou contra o consumismo, e meu filho é consumista. Mas, de tanto conversar sobre o assunto, às vezes eu vejo ele repetindo meu discurso para outras pessoas. Isso dá uma dorzinha no coração, mas eu sou o que sou, e esse é um valor meu. Mas tenho de me controlar ao máximo para que ele desenvolva suas próprias ideias e opiniões", confessa a mãe, que estudou letras na USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), se define como "do povo de humanas" e cria um filho que adora matemática.

Ela tenta controlar o apreço de Jonathan, 9, por games, streaming de vídeos e televisão, preferências comuns entre os nativos digitais. A justificativa é não o deixar sair da tutela dos pais para cair no colo da indústria do entretenimento. "Teve uma época que nem televisão a gente tinha em casa. Foi um inferno para ele. Hoje temos Netflix, que é o menos ruim porque evita a propaganda. Deixo ficar [assistindo] duas horas por dia", conta.

BERTOLETTO, Rodrigo. Autonomia já. Uol Tab. Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2018.

Texto II

O pai-herói e a supermãe

Os pais ensinam mais os filhos pela dinâmica das relações do que com lições de moral, e a identidade familiar acaba sendo assimilada nessa rotina. "Se aprende mais com exemplos práticos do que com regras ditadas. As opiniões dos pais vão se manifestar de forma direta ou indireta. O dia a dia da casa passa muitos desses valores, coerências e incoerências. E as crianças são esponjas dessa convivência", afirma o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman.

BERTOLETTO, Rodrigo. O pai-herói e a supermãe. Uol Tab. Disponível em: . Acesso em: 21 mai. 2017.

Texto III

Qual a importância dos pais estimularem a autonomia das crianças?

Quando a criança cresce dependente dos pais, ou seja, quando eles não estimulam sua autonomia e fazem tudo por elas, teremos adultos inseguros e sem iniciativas.

Crianças devem fazer sozinhas o que cabe para a faixa etária delas e assim constroem passo a passo o caminho da autonomia. Incentivar as funções executivas (comer sozinha, trocar-se, organizar-se, atender comandos etc.) é papel da família, pois isso lhes trará segurança, independência e autonomia.

As escolhas na idade infantil devem sempre vir acompanhadas da reflexão de suas consequências. Se isso ficar claro para a criança, ela certamente aprenderá que, ao fazer escolhas, assume com elas suas consequências. Quando damos a uma criança o poder de escolha, estamos incentivando a tomada de decisão. A criança que escolhe não vai necessariamente mandar nos pais, pois o poder de decisão não é dela e sim de quem propõe a escolha. Pais conscientes não lhes farão propostas impossíveis. Com isso, constrói-se uma relação saudável ao longo da vida.

A autonomia precisa ser estimulada, para que não haja o risco de ela crescer e se tornar um adulto indeciso, inseguro, sem iniciativa, dependente… provavelmente aquele que não sairá da casa dos pais, pois não consegue se virar sozinho.

A importância está na conscientização, pois ela aprenderá que para toda ação há uma reação e que, se a escolha foi sua, terá que conviver com as consequências posteriormente.

Vale lembrar que uma criança nunca está pronta. Ela deve ser sempre acompanhada e monitorada em suas escolhas, pois este é um processo na formação da personalidade… A criança que reflete quando colocada frente a uma situação começa a mostrar sinais de maturidade e, aos poucos, pode ir correspondendo às tarefas que o adulto lhe concede.

A autonomia pode contribuir para a iniciativa, e consequentemente a criança que tem iniciativa busca desenvolver todas as suas habilidades, pois participa mais e se desenvolve melhor. O desenvolvimento motor de uma criança é caracterizado por uma série de marcos, capacidades que ela adquire antes de avançar para outras mais difíceis. "Esses marcos não são realizações isoladas, cada capacidade obtida prepara o bebê para lidar com a seguinte".

Podemos dizer que a independência está relacionada às habilidades da criança em realizar tarefas e seguir regras. Já a autonomia está relacionada ao desenvolvimento emocional da criança. Uma criança é autônoma quando ela se envolve em atividades a partir da sua vontade e interesse, e não apenas porque está obedecendo a alguma regra. A autonomia é desenvolvida por meio do respeito aos interesses da criança e da relação de confiança que ela estabelece com os pais ou responsáveis do dia a dia.

Para incentivar a autonomia de seus filhos:

converse bastante com eles, mostrando a eles as consequências de seus atos; incentive pequenas tarefas: colocar a roupa, arrumar a cama, comer sozinho, guardar os brinquedos, tomar banho etc.; conte histórias onde os personagens demonstrem autonomia em suas ações cotidianas, pois a criança imita modelos; incentive e estimule as funções executivas; incentive a resolver seus próprios conflitos.

A criança deve ser sempre incentivada, mesmo que não consiga realizar algo, pois assim buscará o seu melhor. A frustração deve ocorrer, pois proporciona reflexão sobre o que deu errado e sobre como isso pode melhorar. Esse exercício provoca maturidade e a incentiva a sempre fazer o seu melhor sozinha, sendo estimulada a não desistir.

CLIA PSICOLOGIA. Qual a importância dos pais estimularem a autonomia das crianças. Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 06

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema Caminhos para a democratização do acesso à educação de qualidade no Brasil. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para promover a defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

Todos os cidadãos têm direito à educação. Com ela, o brasileiro pode vislumbrar uma vida livre da pobreza e ter mais participação na sociedade, por meio da qualificação para o trabalho. Quem não tem nenhum acesso à educação não é capaz de exigir e exercer direitos civis, políticos, econômicos e sociais, o que prejudica sua inclusão na sociedade moderna.

A educação é também um dever da família e do Estado. Em muitas regiões do Brasil, as crianças trabalham para ajudar no sustento da casa e, por isso, não recebem incentivo familiar para se dedicarem à escola. Todas as crianças têm direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, que deve garantir o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, o respeito à liberdade e o apreço à tolerância.

(Disponível em: .)

Texto II:

A Educação a distância possibilita a democratização do ensino​

A modalidade de Ensino a Distância (EaD) é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, em que professores e alunos estão separados fisicamente, porém, há uma interação, uma troca de conhecimentos e experiências. Essa modalidade de ensino possibilita que pessoas que não dispõe de tempo, e até mesmo de condições financeiras para ter uma formação acadêmica, tenham acesso ao conhecimento. Quando se trata de "ensino a distância", o professor é o mediador do conhecimento, contudo, esse conhecimento não acontece sem que haja interesse por parte do aluno. O aluno nesta modalidade de ensino deve pesquisar, buscar informações, socializar conhecimentos com colegas, possibilitando uma aprendizagem significativa.

(Disponível em: .)

Proposta de Redação - Redação - pH 11

Cinema fica mais pobre no Brasil e no mundo. Streaming e mudança climática explicam isso

A produção audiovisual brasileira está em xeque. Em abril, a Petrobras anunciou que não renovará o patrocínio de 13 eventos culturais, a maioria deles relacionados ao cinema, como a Mostra de Cinema de São Paulo, o Festival do Rio, o Festival de Brasília e o Anima Mundi, entre outros projetos. No mesmo mês, a Agência Nacional do Cinema (Ancine), principal fonte de financiamento público do país, suspendeu o repasse de verbas para a produção de filmes e séries. [...] "O corte de financiamento público no cinema é um problema global”, diz a EL PAÍS Johanna Koljonen, autora do Nostradamus Report, um relatório anual que analisa as tendências no mercado global do audiovisual e que é apresentado nos festivais de Gotemburgo (Suécia) e de Cannes.

[...]

A sexta edição do documento aborda os principais movimentos no mercado de streaming, o papel do cinema nessa nova cadeia de produção, os possíveis caminhos da realidade virtual na indústria audiovisual e, principalmente, esse futuro incerto do financiamento público. "A curto prazo, os diversos incentivos fiscais ainda garantem muito dinheiro público na produção de filmes europeus, por exemplo. De médio a longo prazo, no entanto, infelizmente a tendência é negativa", continua Koljonen. A especialista explica que, nos países em que partidos conservadores e ultranacionalistas têm chegado ao poder, a situação é mais complicada. "Quando ganham eleições, reprimem o financiamento das artes, em geral, porque percebem a multiplicidade de vozes como uma ameaça” [...].

Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/09/cultura/1557432363_203794.html. Acesso em: 20 mai. 2019.

A partir da leitura do texto motivador e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema Arte, cultura e mercado, discutindo a relação e relevância entre a produção cultural e o financiamento público e privado, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista, dando atenção especial ao parágrafo conclusivo.

Proposta de Redação - Redação - pH 02

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O acesso à informação digital no Brasil contemporâneo, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para promover a defesa de seu ponto de vista.

 

 

Texto I

Países se unem em projeto da ONU

Tesouros informativos de vários países estarão disponíveis gratuitamente para qualquer internauta, a partir deste mês, com a formação da Biblioteca Digital Mundial, uma iniciativa da ONU. O portal terá, na primeira fase, mapas, fotografias e manuscritos, com textos explicativos em sete línguas, inclusive português. Na segunda fase, será possível consultar livros. A Biblioteca Nacional brasileira é uma das participantes.

O Estado de S. Paulo, 02/10/2007. Adaptado.

 

Texto II

O acesso à Informação (em sua maioria, eletrônica) se tornou o direito humano mais zelosamente defendido. E aquilo sobre o que a informação mais informa é a fluidez do mundo habitado e a flexibilidade dos habitantes. O noticiário – essa parte da informação eletrônica que tem maior chance de ser confundida com a verdadeira representação do mundo lá fora é dos mais perecíveis bens da eletrônica. Mas a perecibilidade dos noticiários, como informação sobre o mundo real, é em si mesma uma importante informação: a transmissão das notícias é a celebração constante e diariamente repetida da enorme velocidade da mudança, do acelerado envelhecimento e da perpetuidade dos novos começos.

Zygmunt Bauman. Modernidade Líquida. Adaptado.

 

Texto III

 

Texto IV

                                              

(http://educacao.globo.com/provas/enem-2012/questoes/103.html)

Proposta de Redação - Redação - pH 08

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, na norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Caminhos para o desenvolvimento da ciência no Brasil, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defender seu ponto de vista.

 

Texto 1

Ciência brasileira, últimos suspiros?

Há 30 anos, uma semente de soja plantada no solo do Mato Grosso, se germinasse, não floresceria. Neste ano, o Estado produzirá 30 milhões de toneladas da oleaginosa.

Na década de 1940, a produtividade média do plantio de soja no Brasil era de 700 kg por hectare; hoje, é de 3.000 kg/h, e há produtores que já conseguem extrair 8.000 kg/h.

Milagre? Não, ciência e tecnologia. Pesquisadores da Embrapa e de nossas universidades conseguiram fazer a soja, originária de regiões de clima temperado, produzir em abundância em regiões de baixas latitudes e clima quente. O Brasil é vice-líder na produção, com 108 milhões de toneladas.

No mar, não foi diferente. A Petrobras ultrapassou a camada pré-sal e descobriu petróleo em profundidades jamais alcançadas. Vidência? Não, ciência e tecnologia.

Cientistas e engenheiros do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), somados a colegas de universidades brasileiras, são os primeiros artífices do sucesso da empresa em águas superprofundas e, portanto, protagonistas da autossuficiência brasileira no setor.

Na década de 1940, o então tenente-coronel Casimiro Montenegro Filho dava os primeiros passos para a construção da indústria aeronáutica no país. O Brasil nem sequer fabricava bicicletas, mas já começava a esboçar a Embraer, hoje terceira maior fabricante de aviões do planeta. Premonição? Não, ciência e tecnologia.

As raízes da Embraer estão no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), duas instituições baseadas no conhecimento idealizadas por Montenegro há mais de 70 anos.

Histórias de sucesso como essas não se repetirão em nosso país: os recentes cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações terão como consequência o desmonte dessas atividades no país.

O aperto do cinto orçamentário começou em 2014, aumentou em 2015 e se agravou em 2016. Em 2017, piorou ainda mais: nossa ciência será tratada a pão e água.

Os cortes anunciados pelo governo federal em 30 de março estabelecem o orçamento do ministério neste ano em R$ 3,275 bilhões para custeio e investimentos. Esse valor representa uma volta a 2005, quando o orçamento executado foi de R$ 3,249 bilhões.

A diferença é que nesses 11 anos nosso sistema de ciência e tecnologia cresceu exponencialmente. Em 2006 publicamos 33.498 artigos em periódicos científicos indexados; em 2015, foram 61.122, o que fez o Brasil subir duas posições no ranking mundial de produção científica, alcançando o 13º lugar.

Em 2006, nossos cursos de doutorado tinham 46.572 alunos e titularam 9.366 deles. Em 2015, foi o dobro: 102.365 e 18.625, respectivamente. Os programas de pós-graduação passaram de 2.266 para 3.828. Os grupos de pesquisa, em 2006, eram 21.024 e abrigavam 90.320 pessoas. Em 2016, passamos para 37.460 e 199.566, respectivamente.

Essa evolução foi sustentada por um orçamento crescente. Em valores corrigidos pelo IPCA até 2016, o orçamento praticado no ano de 2005 foi de R$ 6,467 bilhões. O orçamento atual do ministério, após os cortes, corresponde a cerca de 50% desse valor, com o agravante de que agora estão inclusas as despesas do extinto Ministério das Comunicações.

Como pesquisa e desenvolvimento não se fazem com milagres, clarividências ou premonições, mas sim com investimentos constantes, a ciência brasileira caminha para a ruína.

Teremos um país talvez com um ajuste fiscal perfeito, mas com um atraso econômico e social digno de uma república de bananas – exatamente o contrário dos países com economia moderna, baseada em ciência e tecnologia, como EUA, Alemanha, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e China.

 

HELENA NADER, professora titular de biologia molecular da Unifesp, é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

LUIZ DAVIDOVICH, professor titular do Instituto de Física da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, é presidente da Academia Brasileira de Ciências.

Ciência brasileira, últimos suspiros. . Acesso em: 12 maio 2018.

 

Texto 2

Ciência Sem Fronteiras chega ao fim por falta de dinheiro

Está faltando dinheiro para dois programas na área de educação. O Ciência Sem Fronteiras, que levou quase cem mil universitários para estudar fora do país, acabou. (...)

A explicação é que não tem dinheiro. No caso do Ciência Sem Fronteiras, tem mais. O governo diz que o programa deixou dívidas. Os beneficiados aproveitaram a experiência no exterior, mas sem deixar resultados que repercutissem nas universidades no Brasil. (...)

O Ciência Sem Fronteiras, no formato original, acabou mesmo. Os últimos bolsistas foram selecionados em 2014 e ainda tem estudante fora do país recebendo a bolsa. Mas não haverá novas seleções para alunos de ensino superior. (...)

O Ministério da Educação diz que o Ciência Sem Fronteiras deixou dívidas elevadas e que uma avaliação feita no ano passado mostrou que o custo para manter os bolsistas lá fora era muito alto. Em 2015, o governo investiu R$ 3,7 bilhões no programa, o mesmo valor usado na merenda escolar de 39 milhões de alunos.

O presidente da Capes, agência ligada ao Ministério da Educação que seleciona e distribui a maioria das bolsas bancadas pelo governo federal, diz que o intercâmbio para a pós- graduação está mantido.

Este ano, serão 5,1 mil bolsas para doutorado, pós-doutorado e professores visitantes no exterior.

Ele explica que 70% das bolsas do Ciência Sem Fronteiras foram para alunos da graduação, o que certamente foi enriquecedor para os alunos, mas, segundo ele, nem tanto para o país.

“A volta desses meninos não impactou a prática de ensino de nossas universidades e, com isso, não foi multiplicada para melhorar o ensino em geral da graduação no Brasil nas áreas que tinham sido selecionadas”, disse o presidente da Capes, Abílio Baeta.

Ciência sem Fronteiras chega ao fim por falta de dinheiro. Disponível em: . Acesso em: 12 maio 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 19

TEXTO I

7. Os princípios do Estado democrático de Direito

a) princípio da constitucionalidade, que exprime, em primeiro lugar, que o Estado democrático de Direito se funda na legitimidade de uma Constituição rígida, emanada da vontade popular, que, dotada de supremacia, vincule todos os poderes e os atos deles provenientes, com as garantias de atuação livre da jurisdição constitucional;

b) princípio democrático que, nos termos da Constituição, há de constituir uma democracia representativa e participativa, pluralista, e que seja a garantia geral da vigência e eficácia dos direitos fundamentais;

c) sistema de direitos fundamentais individuais, coletivos, sociais e culturais;

d) princípio da justiça social, como princípio da ordem econômica e da ordem social;

e) princípio da igualdade;

f) princípio da divisão de poderes e da independência do juiz;

g) princípio da legalidade;

h) princípio da segurança jurídica.

8. Tarefa fundamental do Estado democrático de Direito

A tarefa fundamental do Estado democrático de Direito consiste em superar as desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça social.

SILVA, José Afonso da. O estado democrático de direito. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 173, p. 15-24, jul. 1988. ISSN 2238-5177. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/45920. Acesso em: 17 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO II

A democracia não vai bem ao redor do mundo. O cientista político Larry Diamond criou o termo “recessão democrática” para descrever como, mais ou menos desde 2006, o número de democracias vem caindo, e a qualidade das democracias restantes também. É um processo lento, com reviravoltas, mas a tendência é preocupante. A crise da democracia no Brasil se destaca entre suas similares por uma implosão muito mais acentuada do sistema partidário, o que, surpreendentemente, fez com que o sistema político brasileiro se mostrasse mais capaz de se recompor do que seus similares ao redor do mundo.

BARROS, Celso Rocha de. O Brasil e a recessão democrática. Revista Piauí. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-brasil-e-recessao- democratica/. Acesso em: 17 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO III

Buscando oferecer algum mecanismo para que as pessoas possam se precaver de lideranças autoritárias, Levitsky e Ziblatt adotaram como inspiração as ideias do sociólogo espanhol Juan Linz e elaboraram um teste que seria capaz de indicar se determinado político estaria ou não comprometido com valores democráticos baseado nos seguintes questionamentos:

1. O indivíduo rejeita, em palavras ou atos, regras fundamentais da democracia?

2. Põe em dúvida a legitimidade de seus oponentes?

3. Tolera ou incentiva a violência política?

4. Admite ou propõe restringir liberdades civis?

Democracias começam a morrer, diz o autor, quando partidos políticos, elites econômicas e demais poderes institucionais passam a naturalizar figuras notoriamente autoritárias. Há quem questione, inclusive, se ainda estamos vivendo sob um Estado Democrático de Direito.

Para o autor Rubens R.R. Casara, por exemplo, a realidade brasileira seria melhor definida pela ideia de Estado Pós-Democrático: a democracia fica reduzida meramente à sua concepção formal, desprovida de conteúdo e substância. Isso permitiria e estimularia o crescimento do pensamento autoritário, ao passo que práticas autoritárias podem se fundir com a democracia formal caso seja do interesse dos grupos dominantes.

DUWE, Ricardo. ‘As instituições estão funcionando normalmente’. Le Monde Diplomatique Brasil. Disponível em: https://diplomatique.org.br/as- instituicoes-estao-funcionando-normalmente/. Acesso em: 17 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO IV

CHAPOLA, Ricardo. Qual a percepção da população sobre a democracia no Brasil. Nexo Jornal. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/11/17/Qual-a-percep%C3%A7%C3%A3o-da-popula%C3%A7%C3%A3o-sobre-a-democracia-no-Brasil. Acesso em: 17 jul. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema É importante que o Estado Democrático de Direito seja preservado no Brasil?, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 10

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo de 25 a 30 linhas, na modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema A gestão de resíduos no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Brasil deve gerar 1,4 milhão de toneladas do lixo eletrônico em 2017​

Cerca de 1,4 milhão de toneladas do lixo eletrônico mundial geradas pelo setor de informática neste ano serão provenientes do Brasil, que só recicla 2% dos resíduos digitais. No mundo, a ONU estima que apenas 13% do e-lixo é reciclado.

Neste ano a quantidade de lixo eletrônico no mundo deve chegar à média de 50 milhões de toneladas. Isso equivale, no período de 12 anos, a mais que o peso do morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, estimado em 580 milhões de toneladas.

O descarte incorreto dos equipamentos leva à contaminação do solo, da água e do ar com metais pesados, substâncias tóxicas que afetam pessoas, animais e plantas. Cádmio, chumbo, bromo, cobre e níquel estão presentes em pequenas quantidades nos equipamentos e dispositivos, sobretudo placas. Em grande quantidade e quando descartados em vazadouros comuns, essas substâncias podem causar feridas nos órgãos internos, câncer, doenças respiratórias e até demência nos seres humanos.

[...]

Diante desse quadro, o Sindicato das Empresas de Informática do Estado – TI Rio promove, até o próximo dia 15, sua campanha para coleta e reciclagem. Este é o quinto ano consecutivo de realização da campanha. O presidente do sindicato, Benito Paret, espera alcançar a meta de coletar 3 toneladas de lixo eletrônico, principalmente através das 5 mil empresas fluminenses do setor. A campanha, que nos últimos anos conseguiu reciclar 7 toneladas de peças e equipamentos, tem a parceria da Futura, única empresa carioca com licença específica para reciclar o lixo eletrônico. Ela faz a coleta e triagem, reaproveita componentes e doa ou vende a preços populares os equipamentos ainda em condições de uso. Os materiais tóxicos como pilhas e baterias são encaminhados para empresas especializadas, enquanto placas e materiais mais complexos vão para o exterior de forma legal, pois não existem estruturas privadas ou públicas para reprocessá-los no Brasil, embora o país disponha de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos. Durante a campanha, a Futura recebe ou recolhe computadores, notebooks, celulares, tablets, impressoras, monitores, mouses, teclados, caixas de som, DVDs, fios e aparelhos de fax.

IDG Now! Brasil deve gerar 1,4 milhão de toneladas do lixo eletrônico em 2017. Disponível em: . Acesso em: 6 jun. 2018. Adaptado.

Texto II

85% dos brasileiros não têm acesso à coleta seletiva, mostra estudo

Pouco mais de 1.000 municípios contam com a coleta seletiva e destinam os resíduos para reciclagem no Brasil

Se você pode separar o lixo reciclável do lixo orgânico e ter a certeza de que eles vão para o destino correto, você é minoria no Brasil. Um novo estudo encomendado pelo Cempre, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem, mostra que quase 170 milhões de brasileiros não são atendidos por coleta seletiva em suas cidades. Estamos muito longe de criar uma economia circular.

Segundo a pesquisa, 1.055 municípios têm programas de coleta seletiva. Como o Brasil tem mais de 5 mil cidades, esse número representa apenas 18% dos municípios. Quando analisamos a quantidade de cidadãos atendidos ou com acesso a algum programa de reciclagem, a porcentagem cai. Só 31 milhões de brasileiros – cerca de 15% da população total do país – podem contar com o “luxo” de separar o lixo. Ou seja, 85% dos brasileiros não têm como destinar resíduos para a reciclagem.

O estudo faz uma análise mais detalhada de 18 cidades do país e mostra outro dado preocupante. Em algumas cidades, a quantidade de material que está sendo reciclado caiu entre 2014 e 2016. O caso de Brasília é um exemplo. A capital federal reciclou 3.700 toneladas de lixo por mês em 2014. Em 2016, esse valor caiu para 2.600 toneladas por mês. Isso acontece principalmente porque o setor de reciclagem também está sofrendo com a crise econômica.

Há também casos positivos. As capitais do Sul – Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba – conseguem atender praticamente 100% dos cidadãos. Outro caso interessante é o Rio de Janeiro. Como a cidade é sede da Olimpíada, ela conseguiu financiamento no BNDES para melhorar a coleta. O resultado aparece nos números. O Rio de Janeiro triplicou a quantidade de toneladas de resíduos destinados para a reciclagem. Mas ainda está longe do ideal – só 65% da cidade é atendida pela coleta seletiva.

Segundo Vitor Bicca, presidente do Cempre, há dados positivos no estudo. O levantamento é feito desde 1994, e a comparação ano a ano mostra que a reciclagem está avançando, apesar de a passos lentos. A partir de 2010, houve um salto importante em quantidade de municípios que reciclam: um aumento de mais de 100%. Isso ocorreu por conta da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Para Vitor, o que falta agora é um maior engajamento das prefeituras. “O entrave é político, e as prefeituras precisam se engajar mais. Quando a política foi aprovada, o governo federal criou linhas de financiamento para o município fazer o plano de gestão, que é a primeira etapa antes de fechar os lixões ou implantar a coleta seletiva. Mas houve um baixo engajamento dos municípios”, diz.

Uma das formas de pressionar por maior participação das prefeituras é cobrar por políticas de coleta seletiva nas eleições municipais deste ano, já que a coleta é responsabilidade de prefeitos. Para o Cempre, outra forma de pressionar é buscar uma mudança de compreensão sobre a reciclagem. Hoje ela é vista apenas como um processo que faz bem para o meio ambiente. Ele acredita que é preciso conscientizar a população de que também faz sentido do ponto de vista  econômico. “O resíduo hoje é um bem econômico. Ele pode voltar para a indústria como novo produto, evitando o uso de matérias-primas.”

CALIXTO, Bruno. 85% dos brasileiros não têm acesso à coleta seletiva, mostra estudo. Época. Disponível em: . Acesso em: 6 jun. 2018. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 19

TEXTO I

O consumo da pobreza pela via do turismo transmuta-se, por mais paradoxal que possa parecer, em um elemento de distinção social que cria novas e complexas hierarquias. É preciso observar que os turistas, ao consumirem os objetos e práticas associados aos pobres, não querem ser como eles, mas pretendem consumir a própria diferença socioeconômica através dos símbolos associados à pobreza.

A pobreza turística, por um lado, beneficia-se dos fluxos transnacionais de capital, de imagens midiáticas e de pessoas que transformam a alteridade – classificada como exótico – em mercadoria; por outro, ela capitaliza a onda do poor chic [“pobre chique”], ao mesmo tempo em que ajuda a alimentá-la. Essa tendência do poor chic, como observa a socióloga Karen Halnon (2002), traz uma ressignificação “estilosa” e “divertida” da pobreza ou dos símbolos tradicionalmente associados às classes populares. Trata-se de um consumo racional – controlado, eficiente, previsível – que, longe de apagar as distâncias sociais, as reforça.

FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Gringo na laje: produção, circulação e consumo da favela turística. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. (Fragmento adaptado)

TEXTO II

Uma rica herança cultural leva os visitantes a Manila [capital das Filipinas], mas alguns turistas sentem-se obrigados a deixar a segurança dos locais do centro histórico para conhecer as regiões onde a desigualdade impera. Operadores de turismo nas Filipinas, bem como em lugares como o Brasil e a Índia, responderam oferecendo “turismo em favelas”, que leva estrangeiros por seus distritos mais pobres e marginalizados.

O turismo em favelas desencadeia um debate considerável em torno de um dilema moral desconfortável. Não importa o nome que se usa – favelas, passeios de realidade, turismo de aventura, turismo de pobreza –, muitos consideram a prática como pessoas privilegiadas tentando lucrar com a desigualdade social. Outros argumentam que esse tipo de turismo aumenta a conscientização e fornece numerosos exemplos de retribuição para as comunidades locais. Os turistas devem simplesmente manter os olhos fechados?

BLAU, Christine. Por dentro do mundo controverso do turismo em favelas. National Geographic, 30 abr. 2018. Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2019. (Adaptado)

TEXTO III

Pacotes turísticos que incluíam passeios por favelas como Vidigal (Leblon) e Santa Marta (Botafogo) se espalharam. Camionetes que cruzavam a cidade em direção a Rocinha, com direito a turistas em cima do carro como estivessem fazendo um safári, passaram a fazer parte da paisagem urbana. E moradores das favelas passaram a conviver com a visita diária de gringos loiros queimados de sol, curiosos em saber como viviam e ansiosos por ver a paisagem do Rio do alto do morro. O Vidigal transformou-se em um dos lugares mais badalados da cidade, com novos moradores vindos de fora, hostels e restaurantes em seu topo com preços proibitivos e uma vista deslumbrante.

BETIM, Felipe. O dilema do turismo na favela: “Se é errado visitar porque é perigoso, seria errado morar lá, certo?”. El País, 25 out. 2017. Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2019.

TEXTO VI​

MORALES, Hannah Reyes. Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “As possíveis contradições geradas pelo turismo em favelas”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas