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Proposta de Redação - Redação - pH 20

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A humanização da medicina, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Por uma medicina mais humana

"A Medicina jamais teve a capacidade de fazer tanto pelo homem como hoje. No entanto, as pessoas nunca estiveram tão desencantadas com seus médicos. A questão é que a maioria dos médicos perdeu a arte de curar, que vai além da capacidade do diagnóstico e da mobilização dos recursos tecnológicos." (Bernard Lown)

A falta de humanização no tratamento médico que o cardiologista Bernard Lown -- ganhador do Prêmio Nobel da Paz (1985) -- descreve em seu livro A arte perdida de curar, um best-seller da área médica, é um dos principais problemas e, também, desafios da Medicina atual. Quem já esperou cinquenta minutos para ter uma consulta de menos de dez de duração que o diga. Hoje, cada vez mais a rapidez no atendimento médico se sobrepõe ao cuidado com o paciente. Seja em clínicas ou hospitais, tanto da rede pública como privada, trata-se de um problema crônico do sistema de saúde. No Brasil, a questão vem sendo amplamente discutida, inclusive nas universidades, onde estão concentrados os futuros médicos. Afinal, o que é possível fazer para mudar essa realidade?

Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2018.

Texto II

Por que a medicina é desumanizada e como torná-la mais humana

Após atender um mecânico de 42 anos, um clínico geral da Santa Casa de Serra Negra, no interior de São Paulo, postou em sua página do Facebook uma foto em que mostra uma receita médica e a mensagem: “Não existe peleumonia e nem raôxis”. Ele fazia referência às falas do paciente, que estudou apenas até o segundo ano do ensino fundamental. O deboche rendeu a demissão do médico pelo hospital. “A gente lamenta porque essa não é postura da Santa Casa. Nossa postura é de respeito e de dedicação às pessoas”, afirmou Margarida Gerosa de Barros Manetti, provedora do hospital, em entrevista ao jornal carioca “Extra”. O Conselho Regional de Medicina abriu uma sindicância para apurar a conduta. Posteriormente, o médico postou uma outra foto na internet na qual aparece “fazendo as pazes” com o mecânico e pedindo desculpas. Ele também anunciou que fará trabalho voluntário. De acordo com Ricardo Teixeira, professor de medicina preventiva da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), esse tipo de prática vai contra a ideia de “tratamento humanizado” e não só prejudica a imagem do hospital, mas a própria saúde do paciente.

Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 23

TEXTO I

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) define xenofobia como: “Atitudes, preconceitos e comportamentos que rejeitam, excluem e frequentemente difamam pessoas, com base na percepção de que eles são estranhos ou estrangeiros à comunidade, sociedade ou identidade nacional”.

A partir dessa definição, entende-se qualquer forma de violência baseada nas diferenças de origens geográfica, linguística ou étnica de uma pessoa como xenofobia. Em resumo, a xenofobia é o medo ou ódio por estrangeiros ou estranhos, e está vinculada a atitudes e comportamentos discriminatórios, frequentemente culminando em diversos tipos de violência.

Diferentes fatores devem ser levados em consideração ao analisar a xenofobia contra determinado grupo, já que características como origem geográfica, cultura, gênero, cor, etnia, classe social e religião afetam a recepção desses estrangeiros nos países de destino. Um exemplo é o estereótipo gerado a partir da confusão entre islamismo e terrorismo.

MORAIS, Pâmela. Por que existe xenofobia no Brasil? Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

TEXTO II

Fonte: Politize! Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

TEXTO III

Localizado no Bixiga, bairro do centro de São Paulo, o restaurante e centro cultural árabe Al Janiah foi alvo de um ataque na madrugada de domingo (1º). Por volta das 3h30, um grupo de homens atirou garrafas e spray de pimenta contra a porta principal. Segundo uma nota divulgada pela direção do local, eles também portavam uma faca, mas não houve feridos.

Um vídeo da câmera de segurança do estabelecimento registrou o ocorrido. Administrado pelo brasileiro filho de palestinos Hasan Zarif, o Al Janiah tem uma equipe composta por 35 refugiados, em sua maioria sírios e palestinos.

Até o momento, os agressores não foram identificados. Uma testemunha citada pelo portal UOL descreveu-os nas redes sociais como homens brancos, carecas, vestidos de preto e camiseta estampada com a bandeira do estado de São Paulo.

“Não podemos nos calar diante da motivação desse ato, num contexto de crescente discurso de intolerância e ódio que acomete este país”, declarou a direção do Al Janiah.

LIMA, Juliana Domingos de. O ataque a um restaurante palestino em São Paulo. Nexo Jornal. 02 set. 2019. Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

TEXTO IV

Vera Gers, uma advogada que trabalha com imigrantes, explica que a denúncia de xenofobia é como a de qualquer outro crime no Brasil. É necessário ir até a delegacia e fazer um boletim de ocorrência.

Gres enfatiza que, segundo a Constituição e a Lei de Migração, os estrangeiros, sejam imigrantes ou refugiados, possuem os mesmos direitos que os brasileiros, inclusive quanto ao acesso à justiça.

De acordo com a advogada, existem iniciativas públicas, como o Crai (Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes), que buscam agregar os estrangeiros, mas que nos serviços públicos no geral como hospitais, delegacias e escolas, o atendimento ainda é precário.

SANZ, Beatriz. Xenofobia ainda é difícil de ser denunciada no Brasil. Portal R7. 21 jul. 2018. Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios do combate à xenofobia no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 20

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Violência familiar: problema da família ou da sociedade?, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Apresentação

No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos; o parceiro (marido, namorado ou ex) é o responsável por mais de 80% dos casos reportados, segundo a pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado (FPA/Sesc, 2010).

Apesar dos dados alarmantes, muitas vezes essa gravidade não é devidamente reconhecida, graças a mecanismos históricos e culturais que geram e mantêm desigualdades entre homens e mulheres e alimentam um pacto de silêncio e conivência com esses crimes.

Na pesquisa Tolerância social à violência contra as mulheres (Ipea, 2014), 63% dos entrevistados concordam, total ou parcialmente, que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”. E 89% concordam que “a roupa suja deve ser lavada em casa”, enquanto que 82% consideram que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2018.

Texto II

O que é a violência doméstica?

Uma das imagens mais associadas à violência doméstica e familiar contra as mulheres é a de um homem – namorado, marido ou ex – que agride a parceira, motivado por um sentimento de posse sobre a vida e as escolhas daquela mulher. De fato, este roteiro é velho conhecido de quem atua atendendo mulheres em situação de violência: a agressão física e psicológica cometida por parceiros é a mais recorrente no Brasil e em muitos outros países, conforme apontam pesquisas recentes.

A recorrência, porém, não pode ser confundida com regra geral: a relação íntima de afeto prevista na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) não se restringe a relações amorosas e pode haver violência doméstica e familiar independentemente de parentesco – o agressor pode ser o padrasto/madrasta, sogro/a, cunhado/a ou agregados – desde que a vítima seja uma mulher, em qualquer idade ou classe social.

O que diz a Lei Maria da Penha?

Violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, conforme definido no artigo 5º da Lei Maria da Penha, a Lei nº 11.340/2006.

Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 14

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema O investimento no SUS como saída para um sistema de saúde de qualidade no Brasil.

Texto I

Em defesa do SUS

O Brasil tem um sistema de saúde peculiar. É o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que oferece assistência universal a todos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sem ele, os cuidados médicos seriam um privilégio de poucos, não um direito da população. É, de fato, uma conquista fundamental dos brasileiros e devemos mantê-la.

Muitos entusiastas de nosso sistema público de saúde pregam sua expansão nos moldes do aclamado National Health System (NHS) britânico -- uma referência mundial --, inclusive defendendo o fim da saúde suplementar.

Esse desejo, no momento, não passa de uma utopia. O modelo suplementar é o duto por onde chegam ao Brasil as principais inovações de procedimentos, equipamentos, medicamentos e terapias.

Sem depender da máquina estatal, acaba por ser o agente que viabiliza financeiramente a constante modernização dos hospitais de referência do país.

Levando em conta que o SUS encontra-se subfinanciado, com repetidas declarações de que o governo não tem condições financeiras de prover ainda mais subsídios para a adequada manutenção do serviço, como é possível falar em eliminação do setor privado? Isso significaria delegar ao SUS cerca de 50 milhões de pessoas, pressionando de forma expressiva os cofres públicos.

Infelizmente, a questão vai muito além do mero aspecto financeiro. Recentemente denunciou-se um esquema de corrupção envolvendo a empresa norte-americana Zimmer Biomet, que admitiu à Justiça de seu país o pagamento de propinas a médicos do SUS em troca da facilitação na venda de produtos a hospitais públicos brasileiros.

É sabido que todo médico que atende em instituições públicas também trabalha no setor privado --da mesma forma, a maioria dos hospitais particulares no Brasil atende tanto o SUS quanto a saúde suplementar. Em suma, a corrupção é um problema sistêmico do setor de saúde. Como tal, deve ser combatida em conjunto.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) move na Justiça dos Estados Unidos uma ação contra a própria Zimmer e outras das maiores fabricantes de órteses, próteses e materiais especiais por supostamente adotarem condutas corruptas em suas operações no Brasil.

Nosso objetivo principal é exigir regras de compliance mais rígidas dessa indústria, com a adequada transparência nos negócios.

À luz disso, pergunto: quem defende o SUS? A Abramge, que fez a denúncia da admissão do pagamento de propina a médicos e hospitais brasileiros, ou os autoaclamados defensores da saúde, que propugnam o fim dos planos privados sem apresentar solução para o sistema público?

E mais: o que estão fazendo para proteger o beneficiário do SUS? Existe alguma entidade para a defesa desse cidadão?

O que vemos rotineiramente são alguns advogados travestidos de órgãos não governamentais procurando razões esdrúxulas para processar o serviço privado.

Enquanto não houver uma resposta satisfatória para tais perguntas, o setor de saúde suplementar não fugirá desta luta e continuará a defender a possibilidade de ampliar o acesso do cidadão à saúde de qualidade, pública ou privada.

RAMOS, Pedro. Em defesa do SUS. Folha de S.Paulo. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Texto II

Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil

Se você nunca precisou ficar na fila do SUS, no mínimo já ouviu falar dela. O sistema público de saúde deixa a desejar: um atendimento especializado leva em média três meses para ser marcado (muito mais, dependendo da especialização) e um diagnóstico, um ano para ficar pronto.

Mas, às vezes, essa é a única saída para os 75% de brasileiros que não podem custear consultas privadas ou planos de saúde. Thomaz Srougi via essa realidade de perto quando criança. Seu pai é urologista, trabalhava longas horas e ganhava pouco. Thomaz fez questão de passar longe da carreira de médico, mas a pulga ficava atrás da orelha: será que não tem um jeito melhor?

Tinha. Afinal, de todo grande problema, nascem oportunidades. Depois de anos em bancos de investimento, grandes empresas e depois como sócio de um grande fundo, Thomaz fez cursos na Universidade de Chicago e Harvard Business School, até voltar ao Brasil preparado para enfrentar o desafio da saúde no país. Sua solução era prover um serviço que fosse tão ou mais eficiente que o sistema privado, porém acessível à população de baixa renda. Em 2011, a primeira clínica do Dr. Consulta estava operante, validando seu modelo, na favela de Heliópois, em São Paulo.

É aí que entra Guilherme Azevedo, amigo de infância de Thomaz. Ele já tinha experiência empreendedora, mas nunca satisfez seu desejo de criar um negócio de impacto social. Quando os dois se reconectaram, Guilherme já vinha estudando o mercado de saúde e como replicar boas ideias de fora. Ingressou como COO do Dr. Consulta para, juntos, formarem uma rede que oferecesse serviços primários de saúde de alta qualidade e pudesse entregar diagnósticos 25 vezes mais rápido que o sistema público, cobrando 60% a 90% menos que o sistema privado.

1,3 bilhões é a demanda anual de consultas do SUS, mas 800 milhões deixam de ser realizadas pela ineficiência de gestão e monitoramento de seus pacientes.

Naturalmente, quando chega o momento de o paciente ser atendido, o custo de tratamento é mais alto do que se ele tivesse visto o médico quando começou a ter sintomas – isso com a esperança de que ele ainda possa ser curado. O Dr. Consulta aposta em uma tecnologia que torna esse processo mais inteligente, logo, menos custoso e com mais chances de eficácia para a saúde do paciente.

Enfermeira cria negócio de sucesso com venda de programas de saúde personalizados

O sistema de agendamento, resultados e acompanhamento é todo automatizado e online. A empresa tem uma quantidade significativa de dados de seus mais de 200 mil pacientes – informações que podem ser usadas para prevenir doenças, se comunicar com pacientes e facilitar consultas virtuais.

Thomaz e Guilherme também fizeram uma prioridade recrutar os melhores médicos e enfermeiros do Brasil. Oferecendo compensações competitivas (a compensação por hora se equipara à de um convênio), a possibilidade de conduzir pesquisas e um meio de devolver à sociedade, o Dr. Consulta criou uma marca forte também entre os profissionais de saúde.

Estão disponíveis atendimento de clínico-geral e em mais 35 especialidades, exames de sangue, ultrassom e procedimentos menos complexos, por preços que começam em torno de R$40. E o modelo se provou, afinal! Os sócios chegaram ao breakeven point em 2 anos e meio e as 7 clínicas Dr. Consulta atendem pelo menos 20 mil pessoas por mês.

O Dr. Consulta é a primeira rede médica de baixo custo e alta qualidade focada na base da pirâmide. É apaixonante o trabalho que todo o corpo de colaboradores realiza, principalmente se considerarmos o tamanho do “buraco” que eles podem tapar. Bom, a Endeavor também se apaixonou por essa jornada empreendedora.

No último dia 07/08, Thomaz Srougi e Guilherme Azevedo foram selecionados como os mais novos Empreendedores Endeavor, no 60º Painel Internacional de Seleção (ISP) em São Francisco, EUA. Os dois passaram por diversas etapas e foram avaliados por grandes especialistas em negócios do mundo todo, levando em conta critérios como capacidade de execução, potencial de escala e o diferencial do negócio.

O processo de seleção da Endeavor acontece continuamente e tem duração média de nove meses. Só em 2014, mais de duas mil empresas foram avaliadas no Brasil, 300 foram entrevistadas e apenas 8 conseguiram a aprovação final. O objetivo é selecionar os empreendedores e negócios de maior impacto do país e apoiá-los com conexões transformadoras, para que eles cresçam em geração de emprego e renda, se tornando exemplos ainda mais inspiradores para as futuras gerações.

Esse é o sonho grande de Thomaz e Guilherme. Sua história empreendedora é única e inspiradora, já que são poucos os que realmente se dispõem a tentar resolver os problemas sociais mias crônicos do país. São menos ainda os que se saem bem.

Assim, é fácil entrar nesse sonho com eles. Mas sonho sozinho não muda o Brasil: por isso, o plano de médio prazo é que o número de clínicas em São Paulo chegue a 100, com capacidade para atender 3 milhões de pacientes anualmente, até 2018.

A dinâmica do dr. Consulta tem o potencial de transformar as interações e operações médicas para pacientes brasileiros de baixa renda, mas, além disso, de influenciar a forma que consultas são conduzidas em muitos outros países.

E aí, quem sabe, aquele gargalo de 800 milhões não só chega a zero por aqui, como podemos impactar essa realidade com mais gente saudável em todo o mundo.

PEQUENAS EMPRESAS e GRANDES NEGÓCIOS. Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Proposta de Redação - Redação - Módulo 15 - Exercícios técnico-argumentativos - Parte II - Exercícios

O texto a seguir foi escrito para o seguinte tema: “O esporte na construção da cidadania”. A sua função é ser corretor do Enem por um dia e avaliá-la a partir dos critérios utilizados pela banca do concurso. Além de corrigir e pontuar o texto, é interessante que, com o auxílio de seu professor, você proponha, se julgar necessário, melhorias e possíveis reescrituras.

     Em 2014, o Brasil foi responsável por sediar a Copa do Mundo de Futebol. Altos foram os investimentos em infraestrutura, hotelaria e transporte para que o evento pudesse ser realizado. No entanto, mesmo após o evento, a inclusão social por meio do esporte não se apresenta como uma realidade para todos. Nesse sentido, fica claro que a banalização da educação física nas escolas e o baixo incentivo governamental se apresentam como desafios a serem superados. 

    Em primeira instância, é válido pontuar que as instituições de ensino não atribuem a devida importância para a prática esportiva. Segundo o filósofo prussiano Immanuel Kant, o homem é o reflexo de sua educação, assim, é possível compreender o papel da escola no que tange à problemática. Aliado ao desinteresse institucional em incentivar a prática de atividades esportivas, há a banalização das aulas de educação física por parte do corpo docente, que não compreende a relevância dessas atividades para o organismo humano se manter saudável. Como revés, percebe-se a diminuição constante de jovens em contato com a prática, aumentando, assim, os índices de exclusão social provocados pela falta de incentivos ao esporte em locais carentes. 

     Ademais, é fundamental destacar o pequeno apoio do Estado na questão do finaciamento dos gastos com esporte no Brasil. Segundo o ex Ministro do Esporte, Leandro Cruz, no ano de 2017, o Governo Federal propôs, para a lei orçamentária do ano de 2018, um corte de cerca de 85% nos gastos em programas sociais esportivos, como o bolsa atleta. Assim, o déficit já existente nas contas públicas acaba por reduzir os já mínimos incentivos monetários para a prática esportiva. Como consequência, observa-se um poderoso instrumento de cidadania - o esporte-fechando portas para quem precisa. 

     Torna-se evidente, portanto, que a prática de esporte precisa ser incentivada no país. Desse modo, cabe ao MEC, junto ao Ministério do Esporte, promover a ida de profissionais na área e de atletas parceiros do COB, para dissertarem sobre a importância de tal prática. Isso deve ser realizado por meio de palestras e dinâmicas educativas que reforcem os laços que o esporte cria, como amizade, companheirismo e honestidade, a fim de mostrar como o ato pode ajudar na missão da inclusão social. Além disso, é basilar que o TCU aprove um aumento na verba destinada ao esporte brasileiro, com o intuito de levar programas sociais de inclusão a todas as regiões do país. Afinal, assim, poder-se-á viver num Brasil onde a prática esportiva possa ser, de fato, um instrumento de cidadania. 

Proposta de Redação - Redação - Módulo 12 - Produção compartilhada em Sala - Exercícios

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desastres ambientais e a direta relação com o descaso das autoridades competentes”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

Tragédia repetida: barreira em Brumadinho se rompe e volta a castigar Minas Gerais

Barragem de rejeitos da mineradora Vale se rompeu e a gigantesca enxurrada de lama destruiu o que encontrou pela frente. São dezenas de mortos e centenas de desaparecidos.

     Na tarde da sexta-feira (25), uma ferida ainda não cicatrizada na memória do país se reabriu. Três anos depois do desastre que matou 19 pessoas em Mariana, uma nova tragédia castigou Minas Gerais, desta vez, na cidade de Brumadinho. O Fantástico chegou a Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, logo depois da tragédia.

     Uma barragem de rejeitos de minério de ferro, da mineradora Vale, se rompeu, e uma gigantesca enxurrada de lama destruiu tudo o que encontrou pela frente, deixando dezenas de mortos e centenas de desaparecidos. Centenas de parentes e amigos estão desesperados, aflitos por informações.

     A suspeita é que o mar de lama tenha feito o maior número de vítimas ao atingir a área administrativa da empresa, onde havia funcionários trabalhando e almoçando.

     Foram 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos que se transformaram numa enxurrada de lama que encobriu casas, sítios e pousada como num tsunami.

     A igreja se transformou no principal centro de comando do Corpo de Bombeiros. Pelo menos 160 homens trabalham sem parar.

(Disponível em: )

Texto II:

Trump sobre relatório climático do seu Governo: “Não acredito”

Presidente dos EUA nega o impacto econômico previsto no documento da própria Casa Branca

     “Não acredito.” Com estas palavras o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, derruba 1.656 páginas de um relatório que detalha os devastadores efeitos da mudança climática para a economia, a saúde e o meio ambiente. Pouco ou nada importa ao mandatário que o estudo seja respaldado por 300 cientistas de 13 agências federais, e que sua preparação seja uma exigência legal. A Casa Branca não acredita na Casa Branca. Nunca antes foi tão óbvio que existe uma distância entre ela e o presidente. Douglas Brinkley, historiador presidencial na Universidade Rice, disse ao The New York Times que a Casa Branca tem “advogados e especialistas que não estão dispostos a entrarem para a história por falsear dados”.

     O relatório é brutal e não suavizou nem uma vírgula, embora o atual inquilino da Casa Branca seja um negacionista da mudança climática. Sem ir mais longe, ainda na semana passada Trump tuitava com ironia sobre a onda de frio na Costa Leste: “Mas não tinha aquecimento global?”. Nesta segunda foi muito mais explícito quanto aos catastróficos efeitos econômicos previstos no relatório: “Não acredito”.

(Disponível em: )

Texto III:

Rio tem 6 mortes e quase 200 quedas de árvore após temporal

Dia na cidade foi de resgatar vítimas, limpar sujeira e contar perdas. Avenida Niemeyer, onde encosta deslizou sobre um ônibus, continua bloqueada.

     A tempestade que atingiu o Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (6) deixou ao menos seis mortos. A chuva fortíssima, acompanhada de ventania, causou apagões, derrubou árvores, alagou vias e fechou vias, entre elas a Avenida Niemeyer, onde uma encosta deslizou sobre um ônibus. Duas pessoas morreram no local. Em outro ponto da avenida, mais um trecho da ciclovia Tim Maia desabou. A via continua bloqueada nesta quinta-feira (7).

     Outras quatro pessoas morreram: uma na Rocinha (Zona Sul), uma no Vidigal (Zona Sul) e duas em Barra de Guaratiba (Zona Oeste). Na Rocinha e em Guaratiba, houve deslizamentos. No Vidigal, um muro caiu.

     O ônibus soterrado na Avenida Niemeyer foi retirado por volta das 15h desta quinta, com a parte dianteira destruída. Duas retroescavadeiras foram usadas nos trabalhos, que duraram 14 horas. O veículo ia do Centro para Campo Grande, na Zona Oeste. O motorista conseguiu se salvar.

(Disponível em: )

Proposta de Redação - Redação - pH 18

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A censura da arte do século XXI, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Censura

Censura é a aprovação ou desaprovação prévia de circulação de informação, visando à proteção dos interesses de um estado ou grupo de poder. A censura criminaliza certas ações de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. Consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como a arte.

Disponível em: . Acesso em: 20 set. 2018.

Texto II

A censura no mundo das artes

Em democracias como os EUA ou em ditaduras como Cuba, artistas são alvo de governos, grupos religiosos, organizações criminosas, empresas, radicais em redes sociais e todo tipo de gente que tenta censurar a arte. Numa série de reportagens em cinco capítulos, O GLOBO reúne casos de violações em todos os continentes, mostrando como a censura cultural ainda é presente e muitas vezes difícil de denunciar. Só em 2015, a Freemuse, organização internacional que presta consultoria a ONU, registrou 469 casos de censura e ataques contra artistas, sendo três assassinatos. O número representa um crescimento de 98% em relação a 2014.

Há várias formas de se exercer censura nas artes. Atentados, ameaças, ações na Justiça, proibições de governos e até assassinatos estão entre os 469 casos registrados em 2015 pela Freemuse, uma organização internacional que presta consultoria para a ONU. O número representou um aumento de 98% em relação a 2014, mas ainda assim não deu conta de todas as possibilidades de violações contra a liberdade artística. O mais difícil, admitem a Freemuse e outros que lidam no dia a dia com arte, é identificar e combater a autocensura.

A autocensura é uma consequência de todo tipo de opressão. Quando algum artista é morto em decorrência de seu trabalho, outros criadores passam a evitar o tema daquela arte por medo. Quando há agressões, processos ou linchamentos virtuais, pode ocorrer o mesmo. Até a possibilidade de uma repercussão negativa ao abordar assuntos delicados, como religião, sexo ou raça, origina limitações impostas pelos próprios artistas ou por instituições.

Disponível: . Acesso em: 20 set. 2018.

Proposta de Redação - Redação - Módulo 4 - Produção compartilhada em sala - Exercícios

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Geração Smartphone e o cotidiano do jovem brasileiro", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

     Tão recente quanto seu próprio aparecimento é a discussão, nas escolas, sobre como lidar com o uso cada vez mais intenso de smartphones em sala. Sem orientações formais por parte de órgãos públicos, o tema tem como pioneira no debate a Unesco que, em 2013, lançou o guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”. No documento, a instituição estimula o acolhimento da tecnologia nas disciplinas que, entre outros benefícios, pode “permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar”, “minimizar a interrupção em aulas de conflito e desastre” e “criar uma ponte entre a educação formal e a não formal”.

     — Não podemos mais ignorar o celular, ele está em todo lugar. Sou contra a proibição do uso, pois a regra acaba sendo burlada. Será que em vez de proibir, não é melhor acolhê-lo como ferramenta educativa? — questiona Maria Rebeca Otero Gomes, coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil. — Já existem diversos aplicativos voltados para a educação especial, a alfabetização e o ensino da matemática, por exemplo.

     No Centro Educacional de Niterói, ainda não há consenso sobre quais regras devem ser seguidas. O professor Nelson Silva, de história, busca usar os smartphones como ferramenta de pesquisa em suas aulas.

     — Normalmente, os alunos ficam mais estimulados em fazer pesquisas através do celular. Claro que, no meio, eles mandam uma ou outra mensagem, é inevitável. Mas já tentamos fugir da TV, do vídeo. Não dá para fugir do celular. O grande nó é saber como usá-lo em favor do aprendizado — afirma.

     Para Priscila Gonsales, diretora do Instituto Educadigital, os professores devem se planejar para incluir os celulares no processo de ensino.

     — É preciso olhar com empatia para os alunos que estão usando seus aparelhos em classe e se perguntar: por que o celular está chamando mais a atenção deles do que a aula? — aponta Priscila, que se diz “super a favor” do uso de smartphones em sala. — O professor tem, com os celulares, um infinito de possibilidades. Ao trazê-los para a sala de aula, a escola pode instruir os alunos sobre temas importantes do comportamento cibernético, como o respeito à privacidade.

     No entanto, Maria Rebeca Gomes identifica entre os docentes descrença e falta de conhecimento dos aparelhos.

     — As escolas devem auxiliá-los nesse processo, com diálogo e formação — afirma.

(http://oglobo.globo.com/rio/bairros/apesar-da-frequente-proibicao-unesco-recomenda-uso-de-celular-em-sala-de-aula)

 

Texto II:

Pesquisa mostra que jovens veem smartphone como 'melhor amigo'

Pessoas entre 16 e 20 anos disseram que passam duas vezes mais tempo no celular do que com amigos

     Jovens entre 16 e 37 anos passam mais tempo diário usando smartphones do que trabalhando ou se relacionando com pessoas queridas – ao menos é o que indica uma nova pesquisa. Os mais jovens ainda comparam o aparelho a um “melhor amigo”.

     O estudo foi conduzida pela Motorola em parceria com a especialista Nancy Etcoff, da Universidade Harvard, para analisar o impacto do uso de celular em nossas vidas. Um formulário online foi respondido por 4.418 pessoas dos Estados Unidos, Brasil, França e Índia entre 30 de novembro de 2017 e 26 de dezembro do mesmo ano.

     A geração Z (jovens entre 16 e 20 anos) disse passar 6,5 horas diárias no smartphone, tanto para fins pessoais quanto para trabalho ou estudo. Isso é mais do que eles disseram passar estudando ou trabalhando (4,5 horas), se divertindo com o parceiro amoroso (3,8 horas), com a família (4,1 horas) e com amigos (2,9 horas).

     Os millennials (pessoas de 21 a 37 anos) possuem um comportamento parecido: 6,6 horas diárias usando um smartphone frente a 5,6 horas trabalhando; quatro horas com um parceiro amoroso; 4,1 horas com a família; e 2,4 horas com amigos.

     Quando os entrevistados tiveram de responder que papel seus celulares desempenhavam, 53% dos entrevistados da geração Z e 41% dos millennials disseram que o considerava como um melhor amigo.

     Quase metade dos baby boomers (pessoas entre 54 e 65 anos) afirmaram não ter uma relação próxima com seus smartphones e preferem que seja assim. Em todas as outras três faixas de idade, os entrevistados afirmaram ter uma relação próxima com os smartphones mas disseram estar confortáveis com isso. As porcentagens foram de 48% para a geração X ( população entre 38 e 53 anos), 52% para os millennials e 47% para a geração Z.

     Entre os mais jovens, 14% ainda disseram ter uma relação muito próxima com seus smartphones e que se importam mais com eles do que a maioria das outras coisas da vida.

     Metade dos entrevistados afirmaram já ter deixado que uma criança brincasse com um smartphone. Na média, os adultos entregaram um smartphone pela primeira vez a crianças de 6,5 anos, ao passo que disseram que a idade ideal para elas possuírem um aparelho seria aos 11,9 anos.

     Na média, 86% dos entrevistados ficam tristes quando alguém com quem eles estão conversando se distrai com o celular, mas 62% assumiram fazer isso. E 71% disseram mandar mensagens de texto ao invés de conversar pessoalmente sobre coisas que possam ser constrangedoras.

     Aproximadamente metade deles também falou que ama seus celulares; que o celular os ajuda sempre que precisam; e que os smartphones tornam difícil viver algo em grupo.

(https://emails.estadao.com.br/noticias/comportamento,pesquisa-mostra-que-jovens-veem-smartphone-como-melhor-amigo,70002235124)

Texto III:

Proposta de Redação - Redação - pH 16

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A importância das ciências humanas para a formação educacional dos indivíduos. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.

Texto I:

A importância das Ciências Humanas na formação profissional

A rigor, as Ciências Humanas envolvem uma ampla gama de conhecimentos, aparentemente distanciados, tal como economia, administração de empresas, contabilidade, direito, geografia, psicologia, pedagogia, linguística, política, arqueologia etc.

No entanto, a matriz básica que originou todas as outras subdivisões é constituída pela filosofia, história, sociologia e antropologia.

Ao passo que a primeira é mãe de todas as ciências não só humanas, mas também exatas e inerentes às biológicas ou saúde.

A história é quase tão antiga quanto à filosofia, embora seu referencial teórico vigente seja relativamente recente, remontando ao século XVIII e, principalmente, XIX e XX.

Já a sociologia e a antropologia são mais jovens, nasceram no século XIX e se desenvolveram no XX, estando ainda em fase de estruturação e, de certa forma, afirmação de sua cientificidade.

Pensando nesta matriz básica das Ciências Humanas, contemporaneamente, a formação dos profissionais das mais diferentes áreas, na maior parte dos casos, carece justamente deste referencial.

Abandonado em nome do aprimoramento técnico especializado, conduzindo a problemas de ordem ética e humanista que, por sua vez, terminam interferindo no desempenho eficiente da profissão qualquer que seja.

Um profissional da saúde que comete um erro de diagnóstico, ou troca a medicação involuntariamente por falta de atenção, demonstra formação falha de natureza humanística.

Igualmente, um engenheiro que involuntariamente prejudica seres humanos, defendendo-se afirmando que se ateve apenas aos aspectos técnicos, também carece dos pressupostos básicos das Ciências Humanas.

Devemos lembrar que os nazistas, no final da primeira metade do século XX, torturaram, mataram e cometeram atrocidades bárbaras em nome da eficiência técnico industrial.

Usando seres humanos inocentes em experiências médicas e chegando ao requinte macabro de cortar os cabelos de suas vítimas dentro de um padrão industrial, que servia para fabricar chinelos para as tripulações dos submarinos alemães, antes de enviá-las para as câmaras de gás.

Vitimando, sem distinção, homens, mulheres, jovens, velhos e crianças.

A grande questão envolta da ausência da reflexão humanista mais apurada está atrelada a invisibilidade do outro.

O profissional que nunca refletiu sobre temas filosóficos, históricos, sociológicos e antropológicos possui enorme dificuldade em reconhecer-se no outro, tratando o semelhante com descaso e ausência de ética.

Além disto, possui dificuldade para entender o mundo em que vive e a importância de suas ações para o progresso da humanidade.

Razão pela qual o processo civilizatório se encontra decadente, com o aumento dos índices de violência em todo planeta e a banalização do desrespeito para com a vida, fazendo imperar a mais pura anomia.

Um processo que inaugurou um estado em que paramos para refletir sobre estes efeitos, somente quando atingidos diretamente em nossa natureza psicológica e física.

(Disponível em: . Acesso em: 28 abr 2019.)

Texto II:

As Ciências Humanas e seu papel na Construção do Currículo

As ciências humanas possuem um papel fundamental para a formação de um cidadão consciente, capaz de compreender as inter-relações sociais saudáveis e seu papel na sociedade, bem como, de contribuir para as transformações necessárias para uma sociedade mais justa e que respeite a natureza. Desta forma, sua função vai além de uma formação para o trabalho produtivo, mas também deve colaborar para desenvolver no aluno todas as suas potencialidades, tornando- -o capaz de compreender conceitos sobre ética e os direitos e deveres de uma sociedade democrática.

Cabe à comunidade educadora, em especial aos professores, o papel de zelar para que sejam criadas oportunidades de aprendizado e de inserção na realidade social de um mundo tecnológico e globalizado, no qual o conhecimento está acessível na palma de nossas mãos.

Nesse contexto, é fundamental buscar desenvolver a consciência crítica, de maneira que o aluno não apenas receba informações, mas que analise as informações disponíveis nos mais variados meios de comunicação. Não basta apenas ensinar a ler, precisamos ensiná-los a pensar e buscar novas maneiras de ver o mundo, procurando alternativas para melhorar o espaço escolar, de modo a se tornar um sujeito ativo para a sociedade.

A passagem do século XIX para o XX caracteriza-se pelo estabelecimento das Ciências e seus procedimentos peculiares, onde caberia às Ciências do Espírito, hoje Ciências Humanas, voltar-se para a compreensão de fenômenos, antes com ênfase em grego-latim-gramática-filosofia-história da arte (estudos clássicos), hoje história-geografia-filosofia-sociologia compondo o currículo do Ensino Médio, uma etapa da Educação Básica.

Mudanças na concepção de currículo tornaram possível e significativa a formação da juventude do país, ora para a humanização, ora para a industrialização, valorizando de diferentes formas o conteúdo das Ciências Humanas, possibilitando resumi-las nas disciplinas de Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira no governo ditatorial nas décadas de 1960–1970 no século XX.

Reconhecer que vários profissionais da educação brasileira produzem experiências curriculares no chão da escola e que incorporam a diversidade sociocultural e pluralidade das vozes participantes dos processos pedagógicos formais é ultrapassar o olhar naturalizado do jovem como problema. É dar espaço para a ressignificação desse olhar – destacando para a centralidade os jovens como sujeitos do processo educativo (DCNEM e PCNE). “É reinventar a escola, garantindo o aprimoramento do educando como ser humano, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, o reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes”.

(Disponível em: . Acesso em: 28 abr 2019.)

Proposta de Redação - Redação - pH 15

Texto I

Governo do Estado de São Paulo. In: IstoÉ, out. 1997.​

Texto II​

[...]

Privatizar: um desafio a ser enfrentado

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) entende ser inegável a perda da capacidade do setor público de gestão e de investimento na economia, mesmo em setores básicos de sua competência. Essa realidade tem servido para justificar a maior presença do capital privado em setores de infraestrutura, em projetos necessários para a desejada retomada do crescimento e do emprego.

Mesmo diante desse quadro, obstáculos inviabilizam transferências de atividades do Estado ao setor privado, quase sempre mantidas lentas ou incertas. Barreiras, interesses políticos e corporativos, burocracia e outras formas de resistência se sobrepõem a objetivos maiores e impedem que o País trilhe o caminho da eficiência e da modernidade, possibilitando que as empresas se tornem mais competitivas.

Além desses entraves, os programas de privatizações ou concessões de serviços públicos têm sido marcados por improvisos, recorrência de equívocos, discutível qualidade nos estudos técnicos e na concepção dos projetos, além de questões regulatórias com regras pouco claras e da interferência estatal indevida. Tudo isso gera instabilidade e insegurança jurídica, o que amplia riscos e afasta o interesse dos investidores privados – nacionais e estrangeiros.

Para a FecomercioSP, está claro que programas no campo das privatizações – vendas, concessões ou parcerias público-privadas – são necessários e merecem apoio. A implementação dos projetos, no entanto, não pode ser justificada apenas por sua importância como fonte de receita visando ao equilíbrio fiscal. Deve, acima de tudo, ser pautada por princípios e vontade política, voltados à redução e ao saneamento do Estado, ao permanente equilíbrio fiscal e orçamentário, à boa administração pública e à qualidade dos serviços oferecidos à sociedade.

[...]

Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/privatizar-um-desafio-a-ser-enfrentado. Acesso em: 17 jun. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Publicidade, propaganda e opinião pública, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 19

TEXTO I

Recentemente o movimento antivacinação foi incluído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global. De acordo com a Organização, os movimentos antivacina são tão perigosos quanto os vírus que aparecem nesta lista porque ameaçam reverter o progresso alcançado no combate a doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo e a poliomielite. Ainda segundo a OMS, as razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são complexas, e incluem falta de confiança, complacência e dificuldades no acesso a elas. Há também os que alegam motivos religiosos para não se vacinar ou a seus filhos. “A vacinação é uma das formas mais eficientes, em termos de custo, para evitar doenças. Ela atualmente evita de 2 a 3 milhões de mortes por ano, e outro 1,5 milhão poderia ser evitado se a cobertura vacinal fosse melhorada no mundo”, afirma a OMS.

Entretanto, os movimentos antivacina vêm crescendo no mundo todo, inclusive no Brasil, que sempre foi exemplo internacional. Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS), nos últimos dois anos a meta de ter 95% da população-alvo vacinada não foi alcançada. Vacinas importantes como a Tetra Viral, que previne o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, teve o menor índice de cobertura: 70,69% em 2017. De acordo com especialistas em saúde pública, se a vacinação da população brasileira fosse adequada, um novo surto de sarampo não se estabeleceria no País. Segundo o Ministério da Saúde, anualmente são aplicados cerca de 300 milhões de doses de 25 diferentes tipos de vacinas, em 36 mil postos de saúde espalhados por todo o Brasil. Ou seja, não faltam vacinas gratuitas e nem acesso a elas.

SBMT. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Movimento antivacina é uma das dez ameaças para a saúde mundial. Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2019.

TEXTO II

"Eu não conheço nenhum médico que deixe de vacinar os seus filhos", diz. Ele [o médico oncologista e escritor Drauzio Varella] cita a volta do sarampo para ilustrar seu ponto de vista.

"Nós não tínhamos no Brasil mais ninguém com sarampo. O que aconteceu? Quem eliminou o sarampo da população brasileira? Foi a vacina, evidentemente. Mas começaram a aparecer crianças não vacinadas, no caso do Brasil houve uma imigração da Venezuela, muitas ou algumas das crianças não eram vacinadas. Chegaram no Brasil. Se elas encontrassem toda a população vacinada naquele momento, não haveria risco nenhum. O problema é que havia crianças brasileiras que não estavam vacinadas. E o sarampo, que era uma doença que havia desaparecido, foi reintroduzido. Nos EUA, acontece exatamente a mesma coisa", diz.

Sobre as teses de que o uso de frações de vírus causadores de doenças nas vacinas exporia crianças a enfermidades, ao invés de protegê-las, Varella diz que o volume de crianças doentes ou mortas ao redor do mundo seria inestimável, caso a tese fosse verdadeira.

"Imagine: quantas crianças foram vacinadas no mundo? Quantas estão sendo vacinadas no dia de hoje? São milhões e milhões de crianças no mundo inteiro. Se isso fosse verdade, essas pseudodoenças ou doenças imaginárias, quantos casos haveria?", diz. "Você injeta a vacina em doses mínimas e essas doses são suficientes para estimular o sistema imunológico (...) Uma pequena quantidade de vírus mortos ou de antígenos de modo geral já é suficiente para estimular o sistema imunológico. É completamente diferente de um remédio, o mecanismo de ação é outro."

Para Varella, a expansão das teorias de conspiração sobre a vacinação também se relaciona com problemas de comunicação entre médicos e sociedade.

"Os médicos acham tão absurdo isso que até se negam a discutir esses assuntos. E é mau isso. Porque essas pessoas, algumas das quais por motivos ideológicos, outras mal intencionadas mesmo, dão explicações bem simplificadas, que até parecem ter certa lógica para quem não entende nada de medicina. O fato de os médicos não se comunicarem com a população, não procurarem explicar e rebater esses argumentos é mau, porque deixa espaço para os outros repetirem essa pseudociência e essas teorias da conspiração de que médicos estão mancomunados com o capital internacional, a indústria farmacêutica.

GRAGNANI, Juliana. SENRA, Ricardo. Movimento antivacina é criminoso, diz Drauzio Varella. BBC Brasil. Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO III

BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema "A importância da conscientização relacionada à saúde", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 13

Texto I

Porque a liberdade de expressão existe, nem tudo é permitido

Reinaldo Azevedo

A liberdade de expressão está acima de qualquer outro valor? Se está, então é Deus, e tudo é permitido. Se não é —apologia da pedofilia, por exemplo, do racismo ou do extermínio de míopes ou de consumidores de Chicabon—, é preciso ver se crimes são cometidos sob o seu manto.

No Brasil, as pessoas podem falar e escrever o que lhes der na telha. Inexiste censura prévia, e é isso o que a Constituição repudia. Mas não quer dizer que estejam imunes a consequências legais. Nem devem estar. O artigo 5º, que veda a interdição à livre manifestação do pensamento, também protege a honra, e os crimes cometidos contra ela estão tipificados nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal. Valem ou não?

Enquanto a lei for a lei, que se siga a... lei. Ou restam paus, pedras e balas. Difamar publicamente, por exemplo, uma deputada ou outra mulher qualquer, entre outras delicadezas, é crime? Sim. Não estou dando uma opinião. Eu acho que deve continuar a ser crime? Sim. E isso é uma opinião. [...] A democracia é o regime em que nem tudo é permitido justamente porque ela garante direitos.

Sempre tomo muito cuidado com oportunistas que se aproveitam das prerrogativas da democracia para lhe mudar os códigos, de sorte que as garantias que o regime oferece se transformam em armas para solapá-lo. Em nome dos meus valores, não posso conceder a falanges a licença para destruí-los.

AZEVEDO, Reinaldo. Folha de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019. (Adaptado)

Texto II

Os Limites da Liberdade de Expressão: uma coisa é censura, outra é responsabilização

Roberto Montanari Custódio

[...] a liberdade de expressão, enquanto direito fundamental, se enquadrará dentro das normas jurídicas como um princípio por ser um mandamento de otimização e ter a possibilidade de colidir com outros direitos, como os relativos à honra, imagem, personalidade. [...] Uma coisa é a censura, totalmente inadmissível, outra coisa é a responsabilização de pessoas que extrapolam os limites e lesam o direito de outras pessoas.

Portanto, quando há responsabilização de pessoas pelos excessos na liberdade de expressão, não se trata, de forma alguma, de censura, patrulhamento ideológico do “politicamente correto” ou qualquer outra dessas coisas que se diz por aí. Trata-se, sim, do resguardo de direitos fundamentais tão relevantes quanto a liberdade de expressão e que devem ser respeitados. É uma medida de ponderação do próprio direito, onde nenhuma regra ou princípio são absolutos.

Não se condena ninguém, civil ou criminalmente, por meras opiniões, visões de mundo ou por fazer humor, condena-se pelo abuso da liberdade de expressão quando fere outros direitos fundamentais de outras pessoas que merecem igual proteção. Injúria, calúnia e difamação são crimes e ilícitos civis, o que não pode se confundir com exercício de liberdade de expressão.

CUSTÓDIO, Roberto Montanari. Justificando. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019. (Adaptado)

Texto III

Sobre Gentili e o limite da liberdade de humilhação

Wilson Gomes

Esta semana, o comediante e apresentador de TV, Danilo Gentili foi condenado a uma pena de seis meses por injúria à deputada Maria do Rosário, frequente objeto dos seus ataques e humilhações em mídias digitais. A ação foi aberta em virtude do que fez o apresentador, em 2017, quando gravou e publicou um vídeo registrando a própria reação a um documento, uma tentativa de conciliação extrajudicial, que lhe fora enviado pela Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados. Em resposta ao pedido de que apagasse os posts ofensivos contra a deputada, Gentili rasgou a notificação, enfiou os pedaços de papel na cueca, esfregou tudo, conforme a encenação, sobre o órgão genital malcheiroso (o cheiro foi ele mesmo quem trouxe à fala). Depois disso, põe os papéis de volta no envelope e os remete, via Correio, à Câmara Federal.

No país da banalização do assédio sexual, do estupro, do feminicídio, haja hipérbole para chamar ainda a atenção dos embrutecidos que já estavam em alta. Seria preciso alcançar um nível muito alto de vulgaridade e sordidez, seria preciso algo realmente muito grosseiro, rebaixado para conseguir ainda mexer com a massa feroz que Gentili representa. “Que tal passar notificação no pênis do macho, em desafio, para mostrar a todos que a ela, à mulher, caberia apenas a submissão humana e sexual ao lobo alfa da nossa alcateia?”. Pois foi bem isso que ocorreu. Não se trata, portanto, de liberdade de expressão, mas de liberdade opressão, de humilhação. Exercida com consciência e propósito.

GOMES, Wilson. Revista Cult. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019. (Adaptado)

Texto VI

Liberdade de expressão: o direito que ainda não temos

Tiago Mitraud

Nas últimas semanas, temos nos deparado novamente com riscos à liberdade de expressão e de imprensa no Brasil. Em um curto espaço de tempo, eclodiram casos de censura a veículos de imprensa, condenação à prisão de humorista e até mesmo mandados de busca e apreensão na residência de usuários das redes sociais. Infelizmente, esse foi apenas mais um capítulo na longa história de censura e ameaças à liberdade de expressão no Brasil.

Engana-se quem pensa que a liberdade de expressão foi plenamente protegida pelas instituições públicas após a redemocratização. Além de inúmeros casos de proibição e restrição de circulação e venda de obras, músicas e até episódio dos Simpsons, durante o governo do Partido dos Trabalhadores a discussão sobre a regulação da imprensa era frequente, muitas vezes sob o eufemismo de “controle social da mídia”.

Hoje, a censura ainda é um fantasma que paira sobre meios de comunicação brasileiros, veículos da imprensa tradicional e formadores de opinião. Os casos mais recentes, como a condenação à prisão do humorista Danilo Gentili e a censura de uma reportagem da revista Crusoé, demonstram que a liberdade de expressão é um direito pelo qual nós brasileiros ainda precisamos batalhar para garantir.

É importante ressaltar que a liberdade exige também responsabilidade. Crimes de ódio e discriminação devem continuar sendo crimes, por sua gravidade. [...] Porém, a penalização precisa ser adequada para os demais casos, permanecendo apenas no Código Civil, onde os acusados continuam sujeitos a penas como multas e sanções. Dessa forma, garantimos a reparação civil e mantemos a estrutura legal que inibe atitudes desrespeitosas.

MITRAUD, Tiago. Jornal Nexo. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019. (Adaptado)

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Quais os limites da liberdade de expressão?, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 23

TEXTO I

A história da modernidade, no plano da subjetividade, confunde-se com a própria construção da noção de identidade. De uma subjetividade centrada nos clássicos princípios transcendentes, passamos pela construção de valores imanentes de conduta e chegamos à subjetividade calcada na valorização das experiências psicológicas que caracterizam o “Homem psicológico” do final do século dezenove. Segundo Figueiredo (1996), a modernidade conheceu um novo modelo de construção da identidade baseado na vida íntima, na valorização dos sentimentos, da espontaneidade e na busca do “verdadeiro eu”.

PEREIRA, Claudia Rodrigues. A construção da subjetividade contemporânea e sua relação com a depressão. Cadernos de Psicanálise, Rio de Janeiro, v. 32, n. 32, p.17-41, jan/jun. 2015. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO II

Pode-se supor que os indivíduos, ao lidarem com a complexidade do mundo social, com sua subjetividade fragmentada, se vêm submetidos em seu cotidiano à dificuldade de lidar com o mesmo, já que as sociedades complexas podem patentear para todos, ou para um grande número de indivíduos, exclusão à participação política efetiva e dificuldades para compreender como operam em seu cotidiano os processos de globalização e aumento da violência em escala planetária, por exemplo.

Sentindo-se à margem dos processos sociais e econômicos, e não conseguindo verbalizar suas carências individuais, podem iniciar um processo de somatização dessa sua dor da alma, de sua tristeza mais profunda, seus problemas econômicos e sociais, através de expressões corpóreas (metáforas corpóreas), ou da depressão, ao invés de assumi-las sobretudo como um discurso político - político no sentido de organização e da possível viabilidade de transformação social.

BARBOSA, Sônia Regina da Cal Seixas. Subjetividade e complexidade social: contribuições ao estudo da depressão. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [s.l.], v. 16, n. 2, p.317-350, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO III

Considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns, a depressão traz consigo o estigma que associa seus sintomas à inadequação social ou à falta de força de vontade. Por muito tempo, foi pouco discutida. Agora é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e raramente está longe das notícias.

A Classificação Internacional de Doenças, mantida pela OMS, define a depressão como um transtorno, e não como uma doença. Isso quer dizer que ela é mais associada a um desarranjo ou distúrbio que afeta a mente e o corpo, com causas intrínsecas à pessoa.

A OMS explica que a condição é diferente de oscilações usuais de humor. Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Sobretudo quando tem longa duração e intensidade moderada ou grave, pode se tornar uma condição de saúde crítica, gerando grande sofrimento e disfunções na vida cotidiana.

CAPELHUCHNIK, Laura. Depressão: do estigma ao transtorno de grandes proporções. Nexo Jornal. 03 ago. 2019. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO IV

Fonte: Global Burden of Disease Study, 2015 - OMS (Organização Mundial da Saúde). Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A depressão enquanto problema social do mundo contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 16

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Possibilidades de ação da atual juventude para a transformação do mundo em um lugar melhor, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A estranha geração dos adultos mimados

Tudo começou com uma colega minha de estágio, há mais de 10 anos, que pediu demissão por acreditar que “não foi criada para ficar carregando papel”. Sim, carregar papel fazia parte das nossas tarefas, enquanto ajudávamos o juiz e os demais servidores públicos com os processos do Tribunal. Acompanhávamos audiências, ajudávamos com os despachos e, sim, carregávamos papéis entre o segundo e o quarto andar do edifício.

Os pais da menina convenceram-na de que ela era boa demais para aquilo. Não importava que nós fôssemos meninas de 19 anos, no segundo ano da faculdade, sem qualquer experiência, buscando aprender alguma coisa e ganhar uns poucos reais para comer hamburguer nos finais de semana. Ela, que tinha a certeza de ser uma joia rara, foi embora, deixando sua vaga vazia no meio do semestre e sobrecarregando todos os demais, inclusive eu, sem nem se constranger com isso.

O tempo passou e, quando eu já era advogada, tive um estagiário de vinte e poucos anos que, três meses depois de ser contratado, solicitou dois meses de férias. Eu nem sequer entendi o pedido. Perguntei se ele estava doente ou se havia algum outro problema grave. Ele me respondeu que não, que simplesmente tinha decidido ir para a Califórnia passar dezembro e janeiro, pois a irmã estava morando lá e ele tinha casa de graça. Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Deixei ele ir e pedi que não voltasse mais.

Alguns anos depois, ouvi um grande amigo me dizer que iria divorciar-se. Ele havia casado fazia menos de um ano, com direito a uma imensa festa, custeada pelos pais dos noivos. Mais uma vez perguntei se algo de grave tinha ocorrido. Ele me respondeu que “não estava dando certo”, discorrendo sobre problemas como “brigamos por causa da louça na pia”, “não tenho mais tempo para sair com meus amigos” e “acho que ainda tenho muito para curtir”. Me segurei para não dar um safanão na cabeça dele. Aos 34 anos ele falava como um garoto mimado de 16. Tentava explicar isso para ele, mas era como conversar com a parede.

Agora foi a vez de uma amiga minha, com seus quase 30 anos, que me disse que iria pedir demissão pois fora muito desrespeitada no trabalho. Como sou advogada trabalhista, logo me assustei, imaginando uma situação de assédio moral ou sexual. Foi quando ela explicou: meu chefe fez um comentário extremamente grosseiro no meu facebook. Suspirei e perguntei o que era, exatamente. Ela disse que postou uma foto na praia, num fim de tarde de quarta-feira, depois do expediente, e o chefe comentou “Espero que não esqueça que tem um prazo para me entregar amanhã cedo”. E isso foi suficiente para ela se sentir mal a ponto de querer pedir demissão de um bom emprego.

Eu não sei bem o que acontece com a minha geração. O fato de termos sido criados com cuidado e afeto pelos nossos pais começou a confundir-se com uma espécie de sensação de que todos devem nos tratar como eles nos trataram. O chefe, o colega, o marido, a mulher, os amigos, ninguém pode nos tratar de igual para igual e muito menos numa hierarquia descendente. Se não for tratado a pão de ló, este jovem adulto surta, se julga injustiçado e vai embora.

Acho que o mundo evoluiu e as situações nas quais se tratava alguém com desrespeito são cada vez menos toleráveis, o que é ótimo. Também é ótimo o fato de sermos uma geração que busca felicidade e não apenas estabilidade financeira. É bom termos a coragem de mudar de carreira, de recomeçar, de priorizar as viagens e não a casa própria.

Mas nada disso justifica que a minha geração tenha comportamentos tão egoístas, agindo como verdadeiras crianças mimadas. E o grande perigo é que essas crianças mimadas têm belos diplomas e começam a ocupar cargos importantes nas empresas e no setor público. Vamos nos tornar um perigoso jardim de infância, no qual quem manda não pode ser contrariado e quem obedece também não. Isso não será uma tarefa fácil.

Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2017.

 

Texto II

A geração smartphone não está preparada para a vida adulta

A chamada "geração smartphone", daqueles que nasceram após 1995, vem amadurecendo mais lentamente que as anteriores.

Eles são menos propensos a dirigir, trabalhar e sair, de acordo com Jean Twenge, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.

Suas conclusões estão no recém-publicado livro iGen: Why Today's Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy - and Completely Unprepared for Adulthood (iGen: Por que as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes - e completamente despreparadas para a vida adulta, em tradução livre), com os resultados de uma investigação baseada em pesquisas com 11 milhões de jovens americanos e entrevistas em profundidade.

Em entrevista à BBC Mundo, o serviço da BBC em espanhol, Twenge explicou que esses jovens cresceram em um ambiente mais seguro e se expõem menos a situações de risco.

Mas, por outro lado, chegam à universidade e ao mundo do trabalho com menos experiências, mais dependentes e com dificuldade de tomar decisões.

"Os de 18 anos agem como se tivessem 15 em gerações anteriores", comenta Twenge.

Ela diz que isto tem relação com a superconectividade típica desta geração, que passa em média seis horas por dia conectado à internet, enviando mensagens e jogando jogos online.

Por conta disto, acabam passando menos tempo com amigos, o que pode afetar o desenvolvimento de suas habilidades sociais.

O estudo mostrou ainda que quanto mais tempo o jovem passa na frente do computador, maiores os níveis de infelicidade.

"O que me impressionou na pesquisa foi que os adolescentes estavam bastante cientes dos efeitos negativos dos celulares", comentou a pesquisadora.

"E um estudo com 200 universitários que fizemos mostrou que quase todos prefeririam ver seus amigos pessoalmente", continua.

Essa consciência, no entanto, não se traduz em prática.

A Geração Smartphone, segundo a pesquisa com base no universo americano, sofre com altos níveis de ansiedade, depressão e solidão.

A taxa de suicídio, por exemplo, triplicou na última década entre meninas de 12 a 14 anos.

Mas, ao mesmo tempo, trata-se de uma geração mais realista com o mercado de trabalho e mais disposta a trabalhar duro, o que Twenge vê como "boa notícia para empresas".

"Eles não têm grandes expectativas como as que tinham os millennials (a geração anterior, dos nascidos após 1980)", compara. "Eles estão mais preocupados em estar física e emocionalmente seguros. Bebem menos e não gostam de riscos."

Segundo o livro, por terem uma infância mais protegida, têm um crescimento mais lento. Para Twenge, "não gostam de fazer coisas nas quais não se sintam seguras, o que fazem é adiar os prazeres e as responsabilidades".

Mas embora as principais conclusões pareçam acenar para um sinal de alerta, a pesquisadora comenta que a geração smartphone é tolerante com pessoas diferentes e ativa na defesa de direitos LGBT e da população.

"E mais ainda que as gerações anteriores, eles acreditam que as pessoas devem ser o que são", completa.

Disponível em . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - Módulo 3 - Análise de textos - Exercícios

O texto a seguir foi escrito para o seguinte tema: "Impactos da revolução tecnológica digital no mercado de trabalho".

A sua função é ser corretor do Enem por um dia e avaliá-la a partir dos critérios utilizados pela banca do concurso. Além de corrigir e pontuar o texto, é interessante que, com o auxílio de seu professor, você proponha, se julgar necessário, melhorias e possíveis reescrituras.

     No contexto da evolução tecnológica, crescente desde a Terceira Revolução Industrial no século XX, o mercado de trabalho sofre diversos impactos. Nesse sentido, a automatização e a demanda por mão de obra qualificada, acarretaram mazelas como o desemprego e o aumento das desigualdades sociais. Dessa maneira, intervenções são necessárias.

     Em primeira instância, é necessário analisar que a mecanização e a qualificação dos trabalhadores são características marcantes do ramo trabalhista atual. Com o advento das grandes tecnologias, passou a ocorrer uma enorme robotização e automatização na esfera do trabalho, principalmente no âmbito industrial, e, com isso, as máquinas e os robôs passaram a substituir os indivíduos nos variados setores trabalhistas da sociedade. É importante salientar, também, que esse novo mercado de serviços tem como configuração a exigência de uma mão de obra especializada, e, assim, diversas pessoas se tornam obsoletas e são substituídas por outras com elevada carga de conhecimento. Nessa perspectiva, notam-se os impactos negativos desse processo, já que o mercado torna-se excludente e acirrado.

     Em segunda instância, é perceptível que esses fatores da evolução tecnológica trazem para a esfera de empregos, entraves como o aumento do desemprego e da desigualdade social. O número de desempregados no país cresce, na medida em que a mecanização avança. Além disso, essa questão faz com que alguns trabalhadores, por medo do desemprego, submetam-se a condições de trabalho extremamente insalubres. Outra consequência negativa, é a expansão da desigualdade social gerada por essa mazela, uma vez que aqueles que financiam a automatização ficarão mais ricos com a elevação dos lucros. Sendo assim, é notório que, se mantido esse cenário, os empregos tornar-se-ão cada vez mais escassos.

     Diante dessas constatações, é possível inferir que a revolução da tecnologia trouxe impactos negativos à sociedade gerados pela automatização e exigência de mão de obra qualificada. Portanto, é necessário que o Ministério do Trabalho, em associação com as esferas públicas e privadas de produção, elabore novas metas que visem à diversificação e criação de novos empregos em diversos âmbitos e setores, para que o número de desempregados por conta da mecanização diminua. Concomitantemente a isso, é preciso que o governo, por meio do MEC, invista em instituições de ensino profissionalizante, melhorando as estruturas, metodologias e o acesso do indivíduo, para que as pessoas alcancem uma elevada especialização. Desse modo, essa mazela atingirá menores proporções

Proposta de Redação - Redação - pH 17

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um parágrafo de desenvolvimento argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema As consequências do déficit habitacional no Brasil. Seu texto deve ter em torno de 6 linhas. Não se esqueça de apresentar um tópico frasal e de desenvolver o argumento de forma clara e satisfatória.

Texto I:

33 milhões de brasileiros não têm onde morar, aponta levantamento da ONU Situação favorece aumento de ocupações como a do Edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou após um incêndio, em São Paulo. No DF, há déficit de 132 mil moradias

A ruína do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou após um incêndio, revela um problema crônico no Brasil: o déficit de moradia. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revela que subiu 1,4% o número de invasões no país entre 2016 e o ano passado. São 145 mil domicílios nessa situação, ante 143 mil em 2015. Faltam no país 6,3 milhões de domicílios, segundo levantamento feito em 2015 pela Fundação João Pinheiro (FJP).

Marco da arquitetura modernista, o prédio construído na década de 1960 estava ocupado pelos sem-teto do Movimento de Luta Social por Moradia havia seis anos. Cerca de 170 famílias viviam no local. São Paulo é recordista no ranking do déficit habitacional: faltam 1,3 milhão de residências. Completam a lista Minas Gerais (575 mil), Bahia (461 mil), Rio de Janeiro (460 mil) e Maranhão (392 mil). No DF, há uma carência de 132 mil moradias.

Ao todo, cerca de 33 milhões de brasileiros não têm onde morar, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. Mesmo com iniciativas do governo federal, como o programa Minha Casa Minha Vida, o problema tem se acentuado. Especialistas em habitação traduzem os números: a falta de moradia aumenta o número de invasões e de população favelada – o índice chegou a 11,4 milhões, segundo o Censo 2010 do IBGE.

Karina Figueiredo, mestre em Política Social, explica que é necessária a implementação de política pública de habitação. “Hoje, temos o aumento da população, uma crise que aumentou o desemprego e um mercado imobiliário inacessível. O Minha Casa Minha Vida conseguiu avançar, mas não foi suficiente. O número de famílias que não conseguem custear o aluguel ou o pagamento das parcelas de seu imóvel popular aumentou”, conclui.

Para o professor de arquitetura e urbanismo Luiz Alberto de Campo Gouveia, da Universidade de Brasília (UnB), a falta de moradia não é um problema novo. “A diferença entre a necessidade das pessoas em habitar e a capacidade de se fazer moradia sempre foi grande. O maior problema é a renda. Enquanto os salários não permitirem a compra de imóvel, isso vai continuar acontecendo”, pondera.

O Ministério das Cidades destaca que, nos últimos nove anos, foram investidos R$ 4 bilhões em construção de moradias. “Foram contratadas 5,1 milhões de unidades habitacionais, sendo que já foram entregues 3,7 milhões até março deste ano”, destaca nota da pasta. Segundo o governo, o déficit de residências é usado como referência para a formulação de políticas públicas e estudos na área habitacional.

(AUGUSTO, Otávio. Correio Braziliense, 03 mai 2018. Disponível em: . Acesso em: 1 maio 2019.)

Texto II:

A verticalização nas favelas fará novas vítimas Especulação imobiliária informal e ação do crime ajudam a explicar tragédias

São Paulo – “Coloquei dois caminhões carregados com 32 toneladas na garagem para ver se o prédio aguentava, e aguentou. Por si só o prédio não cai. Só se for por um castigo divino.”

O relato, de um pedreiro que construiu um prédio de cinco andares em um assentamento precário em Perus (zona norte de SP), registrado em uma reportagem da Veja SP (5/4/2019), explica parcialmente a tragédia que ocorreu ontem na comunidade de Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde dois prédios caíram matando duas pessoas e ferindo outras tantas.

A ação do crime organizado, como a milícia, que é hoje um investidor no mercado imobiliário ilegal das “comunidades”, explica o outro lado da questão.

A tragédia explicita, de forma dramática, a transformação acelerada das favelas das grandes metrópoles em um território de especulação imobiliária informal, aberto para um selvagem processo de produção de moradias, que objetiva apenas a obtenção de um ganho financeiro, distante do “estado de necessidade”, que justifica a tolerância em relação à favela.

O prédio construído em Perus, sem responsável técnico, sem projeto arquitetônico, sem cálculo estrutural e sem registro imobiliário, tem cinco apartamentos de 50 a 70 metros quadrados que são alugados por R$ 500 a R$ 700. Não se exige comprovação de renda nem fiador. Se não pagar o aluguel, o inquilino é ameaçado e retirado à força.

A Veja SP mostra inúmeros exemplos de prédios em favelas paulistanas, onde desabamentos semelhantes ao que ocorreu em Muzema podem ser aguardados.

Em muitos casos, os empreendedores não têm vínculos com o crime, mas a precariedade e a ausência de segurança construtiva é uma regra nesse tipo de “verticalização”, realiza sem fiscalização das prefeituras e dos conselhos de engenharia e arquitetura (Crea e CAU).

(BONDUKI, Nabil. Folha de S. Paulo. 12 abr 2019. Disponível em: . Acesso em: 1 maio 2019. Adaptado para fins pedagógicos.)

Texto III:

Proposta de Redação - Redação - pH 18

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema O acesso à informação digital no Brasil contemporâneo, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para promover a defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

Países se unem em projeto da ONU​

Tesouros informativos de vários países estarão disponíveis gratuitamente para qualquer internauta, a partir deste mês, com a formação da Biblioteca Digital Mundial, uma iniciativa da ONU. O portal terá, na primeira fase, mapas, fotografias e manuscritos, com textos explicativos em sete línguas, inclusive português. Na segunda fase, será possível consultar livros.

A Biblioteca Nacional brasileira é uma das participantes.

(O Estado de S. Paulo, 02 out. 2007. Adaptado.)

Texto II:

O acesso à informação (em sua maioria, eletrônica) se tornou o direito humano mais zelosamente defendido. E aquilo sobre o que a informação mais informa é a fluidez do mundo habitado e a flexibilidade dos habitantes. O noticiário – essa parte da informação eletrônica que tem maior chance de ser confundida com a verdadeira representação do mundo lá fora é dos mais perecíveis bens da eletrônica. Mas a perecibilidade dos noticiários, como informação sobre o mundo real, é em si mesma uma importante informação: a transmissão das notícias é a celebração constante e diariamente repetida da enorme velocidade da mudança, do acelerado envelhecimento e da perpetuidade dos novos começos.

(Zygmunt Bauman. Modernidade Líquida. Adaptado.)

Texto III:​

Texto IV:

Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas