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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Geração Smartphone e o cotidiano do jovem brasileiro", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Tão recente quanto seu próprio aparecimento é a discussão, nas escolas, sobre como lidar com o uso cada vez mais intenso de smartphones em sala. Sem orientações formais por parte de órgãos públicos, o tema tem como pioneira no debate a Unesco que, em 2013, lançou o guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”. No documento, a instituição estimula o acolhimento da tecnologia nas disciplinas que, entre outros benefícios, pode “permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar”, “minimizar a interrupção em aulas de conflito e desastre” e “criar uma ponte entre a educação formal e a não formal”.
— Não podemos mais ignorar o celular, ele está em todo lugar. Sou contra a proibição do uso, pois a regra acaba sendo burlada. Será que em vez de proibir, não é melhor acolhê-lo como ferramenta educativa? — questiona Maria Rebeca Otero Gomes, coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil. — Já existem diversos aplicativos voltados para a educação especial, a alfabetização e o ensino da matemática, por exemplo.
No Centro Educacional de Niterói, ainda não há consenso sobre quais regras devem ser seguidas. O professor Nelson Silva, de história, busca usar os smartphones como ferramenta de pesquisa em suas aulas.
— Normalmente, os alunos ficam mais estimulados em fazer pesquisas através do celular. Claro que, no meio, eles mandam uma ou outra mensagem, é inevitável. Mas já tentamos fugir da TV, do vídeo. Não dá para fugir do celular. O grande nó é saber como usá-lo em favor do aprendizado — afirma.
Para Priscila Gonsales, diretora do Instituto Educadigital, os professores devem se planejar para incluir os celulares no processo de ensino.
— É preciso olhar com empatia para os alunos que estão usando seus aparelhos em classe e se perguntar: por que o celular está chamando mais a atenção deles do que a aula? — aponta Priscila, que se diz “super a favor” do uso de smartphones em sala. — O professor tem, com os celulares, um infinito de possibilidades. Ao trazê-los para a sala de aula, a escola pode instruir os alunos sobre temas importantes do comportamento cibernético, como o respeito à privacidade.
No entanto, Maria Rebeca Gomes identifica entre os docentes descrença e falta de conhecimento dos aparelhos.
— As escolas devem auxiliá-los nesse processo, com diálogo e formação — afirma.
(http://oglobo.globo.com/rio/bairros/apesar-da-frequente-proibicao-unesco-recomenda-uso-de-celular-em-sala-de-aula)
Texto II:
Pesquisa mostra que jovens veem smartphone como 'melhor amigo'
Pessoas entre 16 e 20 anos disseram que passam duas vezes mais tempo no celular do que com amigos
Jovens entre 16 e 37 anos passam mais tempo diário usando smartphones do que trabalhando ou se relacionando com pessoas queridas – ao menos é o que indica uma nova pesquisa. Os mais jovens ainda comparam o aparelho a um “melhor amigo”.
O estudo foi conduzida pela Motorola em parceria com a especialista Nancy Etcoff, da Universidade Harvard, para analisar o impacto do uso de celular em nossas vidas. Um formulário online foi respondido por 4.418 pessoas dos Estados Unidos, Brasil, França e Índia entre 30 de novembro de 2017 e 26 de dezembro do mesmo ano.
A geração Z (jovens entre 16 e 20 anos) disse passar 6,5 horas diárias no smartphone, tanto para fins pessoais quanto para trabalho ou estudo. Isso é mais do que eles disseram passar estudando ou trabalhando (4,5 horas), se divertindo com o parceiro amoroso (3,8 horas), com a família (4,1 horas) e com amigos (2,9 horas).
Os millennials (pessoas de 21 a 37 anos) possuem um comportamento parecido: 6,6 horas diárias usando um smartphone frente a 5,6 horas trabalhando; quatro horas com um parceiro amoroso; 4,1 horas com a família; e 2,4 horas com amigos.
Quando os entrevistados tiveram de responder que papel seus celulares desempenhavam, 53% dos entrevistados da geração Z e 41% dos millennials disseram que o considerava como um melhor amigo.
Quase metade dos baby boomers (pessoas entre 54 e 65 anos) afirmaram não ter uma relação próxima com seus smartphones e preferem que seja assim. Em todas as outras três faixas de idade, os entrevistados afirmaram ter uma relação próxima com os smartphones mas disseram estar confortáveis com isso. As porcentagens foram de 48% para a geração X ( população entre 38 e 53 anos), 52% para os millennials e 47% para a geração Z.
Entre os mais jovens, 14% ainda disseram ter uma relação muito próxima com seus smartphones e que se importam mais com eles do que a maioria das outras coisas da vida.
Metade dos entrevistados afirmaram já ter deixado que uma criança brincasse com um smartphone. Na média, os adultos entregaram um smartphone pela primeira vez a crianças de 6,5 anos, ao passo que disseram que a idade ideal para elas possuírem um aparelho seria aos 11,9 anos.
Na média, 86% dos entrevistados ficam tristes quando alguém com quem eles estão conversando se distrai com o celular, mas 62% assumiram fazer isso. E 71% disseram mandar mensagens de texto ao invés de conversar pessoalmente sobre coisas que possam ser constrangedoras.
Aproximadamente metade deles também falou que ama seus celulares; que o celular os ajuda sempre que precisam; e que os smartphones tornam difícil viver algo em grupo.
(https://emails.estadao.com.br/noticias/comportamento,pesquisa-mostra-que-jovens-veem-smartphone-como-melhor-amigo,70002235124)
Texto III:
O texto a seguir foi escrito para o seguinte tema: “A família contemporânea e sua representação em questão no Brasil”. A sua função é ser corretor do Enem por um dia e avaliá-la a partir dos critérios utilizados pela banca do concurso. Além de corrigir e pontuar o texto, é interessante que, com o auxílio de seu professor, você proponha, se julgar necessário, melhorias e possíveis reescrituras.
Pluralidade. Esta é uma boa palavra para definir o panorama da realidade das famílias brasileiras atuais. Mães solteiras, casais homoafetivos, filhos biológicos e adotivos são algumas peças no retrato de família do Brasil. Apesar de ainda sofrerem muito preconceito, essas novas configurações já avançaram bastante e hoje têm alguns direitos civis garantidos. Entretanto, a discussão não está nem perto do fim, afinal essas novas famílias devem ser legitimadas e reconhecidas assim como todas as outras, sem prejuízo de intimidade – como consta no artigo 5ª da Constituição Federal.
Não obstante as novas gerações surjam com seus pensamentos mais críticos, o conservadorismo ainda está cristalizado em nossa sociedade. Crianças pertencentes às famílias “não convencionais” naturalizam o preconceito que sofrem. A violência verbal e física contra pessoas LGBTs recheia os noticiários e uma das inúmeras consequências disso é o medo de adotar. A hostilidade também é comum quando se trata de mães solteiras, que, além de terem que dar conta da criação dos filhos, enfrentam a discriminação – velada ou não – por trás de duros olhares. Desse modo, a triste realidade é que o modelo “pai, mãe e filhos”, tido como o tradicional, é privilegiado em detrimento dos outros.
A acepção dos novos modelos familiares pode colaborar para resolver outros problemas sociais. Quanto menos casais do mesmo sexo sofrerem preconceito por terem adotado um menor, mais incentivadas as outras pessoas vão se sentir para pensarem no assunto, o que pode acarretar a diminuição do número de crianças em abrigos. Antigamente, mulheres divorciadas estavam destinadas à solidão, pois não eram socialmente aceitas. Apesar de ainda sofrerem preconceitos, hoje, quantos casos não há de mulheres independentes e/ou chefes de família? É evidente que a estrada rumo ao espaço para a pluralidade é repleta de obstáculos construídos pelo patriarcalismo institucionalizado.
Portanto, fica explícita a necessidade de avanço nas discussões sobre representatividade familiar, pois os modelos mais contemporâneos são, na verdade, invisibilizados. A causa é de cunho educacional, devendo ser debatida em todos os “estamentos” da sociedade. O governo deve criar meios de punição mais eficazes e incentivar campanhas didáticas. A escola é a segunda experiência social do indivíduo – ficando atrás apenas da família -, por isso, deve promover a discussão com a comunidade escolar e o compromisso com a conscientização são seus deveres de casa. Enquanto as novas configurações continuarem a ser rechaçadas, nunca serão representadas nem respeitadas como devem ser.
O texto a seguir foi escrito para o seguinte tema: "Impactos da revolução tecnológica digital no mercado de trabalho".
A sua função é ser corretor do Enem por um dia e avaliá-la a partir dos critérios utilizados pela banca do concurso. Além de corrigir e pontuar o texto, é interessante que, com o auxílio de seu professor, você proponha, se julgar necessário, melhorias e possíveis reescrituras.
No contexto da evolução tecnológica, crescente desde a Terceira Revolução Industrial no século XX, o mercado de trabalho sofre diversos impactos. Nesse sentido, a automatização e a demanda por mão de obra qualificada, acarretaram mazelas como o desemprego e o aumento das desigualdades sociais. Dessa maneira, intervenções são necessárias.
Em primeira instância, é necessário analisar que a mecanização e a qualificação dos trabalhadores são características marcantes do ramo trabalhista atual. Com o advento das grandes tecnologias, passou a ocorrer uma enorme robotização e automatização na esfera do trabalho, principalmente no âmbito industrial, e, com isso, as máquinas e os robôs passaram a substituir os indivíduos nos variados setores trabalhistas da sociedade. É importante salientar, também, que esse novo mercado de serviços tem como configuração a exigência de uma mão de obra especializada, e, assim, diversas pessoas se tornam obsoletas e são substituídas por outras com elevada carga de conhecimento. Nessa perspectiva, notam-se os impactos negativos desse processo, já que o mercado torna-se excludente e acirrado.
Em segunda instância, é perceptível que esses fatores da evolução tecnológica trazem para a esfera de empregos, entraves como o aumento do desemprego e da desigualdade social. O número de desempregados no país cresce, na medida em que a mecanização avança. Além disso, essa questão faz com que alguns trabalhadores, por medo do desemprego, submetam-se a condições de trabalho extremamente insalubres. Outra consequência negativa, é a expansão da desigualdade social gerada por essa mazela, uma vez que aqueles que financiam a automatização ficarão mais ricos com a elevação dos lucros. Sendo assim, é notório que, se mantido esse cenário, os empregos tornar-se-ão cada vez mais escassos.
Diante dessas constatações, é possível inferir que a revolução da tecnologia trouxe impactos negativos à sociedade gerados pela automatização e exigência de mão de obra qualificada. Portanto, é necessário que o Ministério do Trabalho, em associação com as esferas públicas e privadas de produção, elabore novas metas que visem à diversificação e criação de novos empregos em diversos âmbitos e setores, para que o número de desempregados por conta da mecanização diminua. Concomitantemente a isso, é preciso que o governo, por meio do MEC, invista em instituições de ensino profissionalizante, melhorando as estruturas, metodologias e o acesso do indivíduo, para que as pessoas alcancem uma elevada especialização. Desse modo, essa mazela atingirá menores proporções
Com base na leitura dos textos motivadores abaixo e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, sobre o seguinte tema: A questão da doação de órgãos no Brasil. Selecione, organize e relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Cresce doação de órgãos no Brasil, mas rejeição de famílias ainda é alta – com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgado nesta segunda-feira (23). Foram 7.898 órgãos doados no ano passado, 3% a mais que em 2013. A taxa de doadores também subiu de 13,5 por milhão de pessoas para 14,2 por milhão, no entanto, ficou abaixo da meta proposta pela associação para 2014, que era de 15 por milhão. Além disso, o índice está longe de alcançar o objetivo de 20 doadores por milhão pessoas até 2017.
Para se ter ideia, na Espanha, considerado o país que mais registra transplantes, a taxa é de 37 por milhão. De acordo com Lucio Pacheco, presidente da ABTO, a má distribuição das equipes que realizam transplantes pelo Brasil pode ser uma das respostas a esta dificuldade.
Segundo o Ministério da Saúde, que coordena o Sistema Brasileiro de Transplantes, há mais de mil equipes preparadas para realizar cirurgias distribuídas pelo Brasil e 400 unidades prontas para atuarem nessa área. Mas para Pacheco, há uma concentração desse tipo de mão de obra no Sul e Sudeste e quase nenhum ou nenhum no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Enquanto em São Paulo há 20 equipes para realizar cirurgias de fígado, o que é muito, em Minas Gerais há apenas 3. Em outros estados mais longes, não há”, explica.
Rejeição das famílias
Outro problema que dificulta a realização dos transplantes é a falta de autorização da família para a cirurgia. Medida pela chamada "taxa de negativa familiar", o índice em 2014 ficou em 46%, apenas 1% menor que em 2013. Em alguns estados, o percentual de famílias que não aceitam que um parente doe seus órgãos é ainda maior. Em Goiás, por exemplo, o valor salta para 82%. Em Sergipe, para 78% e no Acre 73%. “O brasileiro é muito mais solidário que isso. Não sabemos ao certo o que provoca esse alto índice, se é a falta de preparo das pessoas na abordagem das famílias logo após a constatação da morte [cerebral ou não] ou se é a desconfiança do serviço público de saúde”, explica. Pacheco complementa que é preciso reverter tal situação com mais campanhas educacionais, que mostrem à população o que é a doação de órgãos, explique a morte cerebral e tire dúvidas relacionadas ao sistema de transplantes. “É importante entender a doação de órgãos como um papel da sociedade civil. Hoje você pode não estar precisando, mas no futuro, você pode ir para a fila de espera”, conclui.
(Disponível em: .)
Texto II:
Texto III:
Legislação
CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão compreendidos entre os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo. Art. 2º A realização de transplante ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderá ser realizada por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde.
CAPÍTULO II – DA DISPOSIÇÃO POST MORTEM DE TECIDOS, ÓRGÃOS E PARTES DO CORPO HUMANO PARA FINS DE TRANSPLANTE.
Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
§ 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica.
Art. 4º A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.
(Redação dada pela Lei no 10.211, de 23.3.2001. Disponível em:
Com base na leitura dos textos motivadores abaixo e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, sobre o seguinte tema: Liberdade de expressão e intimidade: existe limite ao direito de informar? Selecione, organize e relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Record pede desculpas a Fernanda Gentil após apontar “celulites” e “gordurinhas” da jornalista
Uma galeria de fotos publicada no portal da Record, o R7, com comentários sobre o corpo de Fernanda Gentil provocou repercussão tão negativa na internet que a emissora pediu desculpas à jornalista e apresentadora do Globo Esporte, da TV Globo.
Quem compartilhou o comunicado foi a própria Fernanda, via Instagram. “Lamentamos profundamente que a galeria de fotos com Fernanda Gentil aproveitando a praia no Rio de Janeiro possa ter constrangido a jornalista, principalmente nesse momento especial na vida de qualquer mulher, que é a gravidez. Optamos, inclusive, por retirá-la do ar”, diz o texto.
A matéria publicada na terça (20) foi criticada pelo modo como apontava supostas imperfeições na forma física de Fernanda, flagrada em uma praia no Rio de Janeiro. As legendas indicavam as “celulites”, as “gordurinhas” e o “bumbum reto” da apresentadora.
(Veja São Paulo. Disponível em: .)
Texto II:
Imprensa e Direito de Imagem
Na esteira das análises que se têm feito sobre a ética na imprensa, cabe a indagação: há violação do direito à imagem quando é publicada a fotografia de uma pessoa em jornal ou em revista?
Pode um jornal publicar fotografias de pessoas, sem que com isso esteja violando a imagem dos retratados?
O direito à imagem está previsto na Constituição Federal e, mesmo antes da promulgação desta última, já vinha ele sendo reconhecido pela jurisprudência e doutrina jurídica.
Não se nega, assim, que a imagem, enquanto direito personalíssimo, só pode ser divulgada mediante autorização.
Mas há limitações: a notoriedade da pessoa retratada, os interesses públicos e culturais, o direito à informação (este também objeto de tutela constitucional) e a presença do sujeito em cenário público. Nesses casos, a divulgação da imagem independe de qualquer consentimento do retratado.
Os tribunais do país, já há algum tempo, vêm decidindo que a esfera de privacidade de uma pessoa de renome, com vida pública ou destaque social, é reduzida, em razão mesmo do interesse que sua intimidade desperta.
O exemplo clássico (...) refere-se às pessoas que aparecem em público. Ao se apresentar publicamente, qualquer pessoa está sujeita a ser filmada ou fotografada pela imprensa.
Nesse aspecto, o entendimento dos tribunais é no sentido de que as pessoas que participam de eventos públicos (festas, desfile de Carnaval etc.) renunciam à sua privacidade, não havendo que se falar em violação do direito à imagem. Isso porque a tutela constitucional relativa ao direito à imagem tem relação direta com o direito à intimidade.
O veículo de comunicação, portanto, que retratar uma pessoa em sua casa, sem o seu consentimento, poderá estar invadindo sua intimidade, prejudicando-lhe. Mas, se o sujeito estiver em local público, não há qualquer objeção. Impedir que a imprensa publique a fotografia de uma pessoa – qualquer pessoa, e não necessariamente notória – em razão de um interesse público ou cultural, é negar o próprio direito à comunicação e o exercício regular do direito de informar.
A iniciativa que pretenda coibir isso constitui desrespeito à Constituição e merece punição, tanto quanto qualquer outra violação de direito. Por óbvio que não se está falando de publicidade, quando a utilização da imagem de uma pessoa sempre depende de autorização.
Há casos em que a divulgação da imagem traz benefícios e, nessas hipóteses, com muito mais razão, não há que se falar de abuso de direito. Para atores e artistas, por exemplo, pode-se presumir que a divulgação de acontecimentos favorece a notoriedade, nada impedindo que fotografias sejam publicadas, ilustrando material informativo, até porque a própria exposição da pessoa já revelaria um consentimento tácito, se necessária fosse tal autorização.
(GASPARIAN, Taís. UOL. Disponível em: .)
Texto III:
O direito de imagem e sua limitações
Incluído no rol dos Direito da Personalidade, o direito à imagem vem insculpido na Constituição Federal, no seu artigo 5º, inciso X, que assegura não só a inviolabilidade à honra e imagem como, também, prevê o direito de indenização face à sua violação.
O direito de imagem nas últimas décadas foi revestido de grande importância, principalmente, pela atribuição econômica que lhe foi conferida.
Nesse sentido, o próprio Superior Tribunal de Justiça, em outubro de 2009, editou uma súmula que trata da indenização pela publicação não autorizada.
“Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais”.
(Disponível em: . Acesso em: 16 maio 2016.)
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Possibilidades de ação da atual juventude para a transformação do mundo em um lugar melhor, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
A estranha geração dos adultos mimados
Tudo começou com uma colega minha de estágio, há mais de 10 anos, que pediu demissão por acreditar que “não foi criada para ficar carregando papel”. Sim, carregar papel fazia parte das nossas tarefas, enquanto ajudávamos o juiz e os demais servidores públicos com os processos do Tribunal. Acompanhávamos audiências, ajudávamos com os despachos e, sim, carregávamos papéis entre o segundo e o quarto andar do edifício.
Os pais da menina convenceram-na de que ela era boa demais para aquilo. Não importava que nós fôssemos meninas de 19 anos, no segundo ano da faculdade, sem qualquer experiência, buscando aprender alguma coisa e ganhar uns poucos reais para comer hamburguer nos finais de semana. Ela, que tinha a certeza de ser uma joia rara, foi embora, deixando sua vaga vazia no meio do semestre e sobrecarregando todos os demais, inclusive eu, sem nem se constranger com isso.
O tempo passou e, quando eu já era advogada, tive um estagiário de vinte e poucos anos que, três meses depois de ser contratado, solicitou dois meses de férias. Eu nem sequer entendi o pedido. Perguntei se ele estava doente ou se havia algum outro problema grave. Ele me respondeu que não, que simplesmente tinha decidido ir para a Califórnia passar dezembro e janeiro, pois a irmã estava morando lá e ele tinha casa de graça. Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Deixei ele ir e pedi que não voltasse mais.
Alguns anos depois, ouvi um grande amigo me dizer que iria divorciar-se. Ele havia casado fazia menos de um ano, com direito a uma imensa festa, custeada pelos pais dos noivos. Mais uma vez perguntei se algo de grave tinha ocorrido. Ele me respondeu que “não estava dando certo”, discorrendo sobre problemas como “brigamos por causa da louça na pia”, “não tenho mais tempo para sair com meus amigos” e “acho que ainda tenho muito para curtir”. Me segurei para não dar um safanão na cabeça dele. Aos 34 anos ele falava como um garoto mimado de 16. Tentava explicar isso para ele, mas era como conversar com a parede.
Agora foi a vez de uma amiga minha, com seus quase 30 anos, que me disse que iria pedir demissão pois fora muito desrespeitada no trabalho. Como sou advogada trabalhista, logo me assustei, imaginando uma situação de assédio moral ou sexual. Foi quando ela explicou: meu chefe fez um comentário extremamente grosseiro no meu facebook. Suspirei e perguntei o que era, exatamente. Ela disse que postou uma foto na praia, num fim de tarde de quarta-feira, depois do expediente, e o chefe comentou “Espero que não esqueça que tem um prazo para me entregar amanhã cedo”. E isso foi suficiente para ela se sentir mal a ponto de querer pedir demissão de um bom emprego.
Eu não sei bem o que acontece com a minha geração. O fato de termos sido criados com cuidado e afeto pelos nossos pais começou a confundir-se com uma espécie de sensação de que todos devem nos tratar como eles nos trataram. O chefe, o colega, o marido, a mulher, os amigos, ninguém pode nos tratar de igual para igual e muito menos numa hierarquia descendente. Se não for tratado a pão de ló, este jovem adulto surta, se julga injustiçado e vai embora.
Acho que o mundo evoluiu e as situações nas quais se tratava alguém com desrespeito são cada vez menos toleráveis, o que é ótimo. Também é ótimo o fato de sermos uma geração que busca felicidade e não apenas estabilidade financeira. É bom termos a coragem de mudar de carreira, de recomeçar, de priorizar as viagens e não a casa própria.
Mas nada disso justifica que a minha geração tenha comportamentos tão egoístas, agindo como verdadeiras crianças mimadas. E o grande perigo é que essas crianças mimadas têm belos diplomas e começam a ocupar cargos importantes nas empresas e no setor público. Vamos nos tornar um perigoso jardim de infância, no qual quem manda não pode ser contrariado e quem obedece também não. Isso não será uma tarefa fácil.
Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2017.
Texto II
A geração smartphone não está preparada para a vida adulta
A chamada "geração smartphone", daqueles que nasceram após 1995, vem amadurecendo mais lentamente que as anteriores.
Eles são menos propensos a dirigir, trabalhar e sair, de acordo com Jean Twenge, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.
Suas conclusões estão no recém-publicado livro iGen: Why Today's Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy - and Completely Unprepared for Adulthood (iGen: Por que as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes - e completamente despreparadas para a vida adulta, em tradução livre), com os resultados de uma investigação baseada em pesquisas com 11 milhões de jovens americanos e entrevistas em profundidade.
Em entrevista à BBC Mundo, o serviço da BBC em espanhol, Twenge explicou que esses jovens cresceram em um ambiente mais seguro e se expõem menos a situações de risco.
Mas, por outro lado, chegam à universidade e ao mundo do trabalho com menos experiências, mais dependentes e com dificuldade de tomar decisões.
"Os de 18 anos agem como se tivessem 15 em gerações anteriores", comenta Twenge.
Ela diz que isto tem relação com a superconectividade típica desta geração, que passa em média seis horas por dia conectado à internet, enviando mensagens e jogando jogos online.
Por conta disto, acabam passando menos tempo com amigos, o que pode afetar o desenvolvimento de suas habilidades sociais.
O estudo mostrou ainda que quanto mais tempo o jovem passa na frente do computador, maiores os níveis de infelicidade.
"O que me impressionou na pesquisa foi que os adolescentes estavam bastante cientes dos efeitos negativos dos celulares", comentou a pesquisadora.
"E um estudo com 200 universitários que fizemos mostrou que quase todos prefeririam ver seus amigos pessoalmente", continua.
Essa consciência, no entanto, não se traduz em prática.
A Geração Smartphone, segundo a pesquisa com base no universo americano, sofre com altos níveis de ansiedade, depressão e solidão.
A taxa de suicídio, por exemplo, triplicou na última década entre meninas de 12 a 14 anos.
Mas, ao mesmo tempo, trata-se de uma geração mais realista com o mercado de trabalho e mais disposta a trabalhar duro, o que Twenge vê como "boa notícia para empresas".
"Eles não têm grandes expectativas como as que tinham os millennials (a geração anterior, dos nascidos após 1980)", compara. "Eles estão mais preocupados em estar física e emocionalmente seguros. Bebem menos e não gostam de riscos."
Segundo o livro, por terem uma infância mais protegida, têm um crescimento mais lento. Para Twenge, "não gostam de fazer coisas nas quais não se sintam seguras, o que fazem é adiar os prazeres e as responsabilidades".
Mas embora as principais conclusões pareçam acenar para um sinal de alerta, a pesquisadora comenta que a geração smartphone é tolerante com pessoas diferentes e ativa na defesa de direitos LGBT e da população.
"E mais ainda que as gerações anteriores, eles acreditam que as pessoas devem ser o que são", completa.
Disponível em . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado.
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um parágrafo de conclusão de uma redação dissertativa, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A crise energética no Brasil do século XXI. Seu texto deve ter em torno de 6 linhas. Não se esqueça de utilizar um conectivo de conclusão e de apresentar pelo menos uma proposta de intervenção – de cunho conjuntural ou estrutural – para resolver possíveis problemas que poderiam ser apontados ao longo do texto.
Texto I:
A energia que vem do lixo Tecnologia italiana chega ao Brasil por meio da Unicamp e pode mudar o tratamento de resíduos industriais
Hoje, 3% a 5% da matriz energética brasileira é gerada pela incineração do bagaço da cana de açúcar. A iniciativa, positiva, poupa a energia gerada em hidrelétricas, por exemplo. A indústria, contudo, queima também resíduos como o enxofre e o cloro, emissores de grande quantidade de poluentes, como dioxinas e furanos, considerados cancerígenos.
Esse quadro pode começar a mudar com os frutos da parceria fechada entre o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e a empresa brasileira Innova – Energias Renováveis. O convênio com a Universidade Estadual de Campinas consiste na implementação de um laboratório de pesquisa, já em funcionamento no parque científico, para o aprimoramento e a adequação da tecnologia italiana à realidade brasileira.
O resultado pode mudar a forma de lidar com o processamento de lixo urbano e a geração de energia elétrica.
Na Europa, a tecnologia da Innova é conhecida como RH2INO, foi desenvolvida pela Main Engineering Srl e trata-se de um processo oposto ao da incineração. Ele decompõe os resíduos mais complicados sem utilizar oxigênio, ou seja, sem queimá-los. Assim, não há emissão de poluentes. O processo recebe o nome de pirólise lenta e é realizado em um tambor rotativo. O gás obtido no reator passa por um sistema de limpeza e purificação a fim de remover resíduos nocivos, como o ácido clorídrico e sulfídrico, que porventura tenham surgido durante o processo.
Ao final, resta um gás que, a temperatura ambiente, é tão limpo quanto o gás natural. Deste produto, 70% vai para a geração de energia elétrica e os 30% restantes são reutilizados no processo, para reaproveitar mais material que seria incinerado. Outra utilidade importante do processo criado pelos italianos é a geração de vapor, também este podendo ser utilizado como um auxiliar na produção de energia térmica.
Além disso, o material sólido resultante do processamento de determinados resíduos pode ser transformado em produtos de uso agrícola (adubo) e industrial (carvão ativado).
Segundo o diretor da Innova, Fernando Reichert, 32 anos, formado em física na Unicamp e em engenharia de energia na Itália, o Brasil está 30 anos atrasado – “as usinas europeias já utilizam este tipo de tecnologia desde 1982”. E complementa: “O RH2INO é um gás muito flexível, limpo e sustentável. Pode ser gerado a partir do tratamento de lixo urbano, hospitalar e industrial, medicamentos vencidos e resíduos de couro, entre outros”.
E o objetivo do trabalho do laboratório do Parque Científico e Tecnológico é justamente trazer esta tecnologia para a realidade da indústria nacional, ou seja, utilizar a parceria firmada para desenvolver aplicações desta tecnologia visando a demanda brasileira.
O trabalho está apenas começando, e hoje nenhuma indústria do país utiliza-se desse sistema de decomposição e tratamento de resíduos. Para tentar resolver esta situação na prática, a Unicamp está oferecendo a empresas como a Goodyear, a International Paper e a Ajinomoto uma assessoria para a possibilidade de trabalhar com a Innova como uma alternativa ao gás natural, este um combustível fóssil não renovável, de alto custo e bastante utilizado pelas indústrias no Brasil.
Ainda há de se aguardar os primeiros resultados, mas uma nova forma de tratar resíduos industriais no Brasil pode estar a caminho.
(MELLO, Felipe Campos. Carta Capital, 01 dez. 2015. Disponível em: . Acesso em: 06 abr. 2017.)
Texto II:
Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas