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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema “A importância do hábito da leitura para a sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro, aponta pesquisa Retratos da Leitura
Há um pouco mais de leitores no Brasil. Se em 2011 eles representavam 50% da população, em 2015 eles são 56%. Mas ainda é pouco. O índice de leitura, apesar de ligeira melhora, indica que o brasileiro lê apenas 4,96 livros por ano – desses, 0,94 são indicados pela escola e 2,88 lidos por vontade própria. Do total de livros lidos, 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes. A média anterior era de 4 livros lidos por ano. Os dados integram a quarta edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.
RODRIGUES, Maria Fernanda. Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/blogs/babel/44-da-populacao-brasileira-nao-le-e-30-nunca-comprou-um-livro-aponta-pesquisa-retratos-da-leitura/. Acesso em: 18 dez. 2018 (adaptado).
TEXTO II
Perfil dos leitores no Brasil está abaixo da expectativa
Diversas pesquisas têm mostrado que o perfil dos leitores no Brasil ainda está muito abaixo do esperado, em comparação aos países desenvolvidos. Isso deveria mobilizar o país a modificar as atuais práticas de ensino da leitura, que pouco vêm contribuindo para a formação de leitores.
O hábito da leitura é fundamental para o desenvolvimento dos estudantes em quaisquer áreas do conhecimento. Ferramenta básica para a participação produtiva na vida em sociedade, a leitura colabora diretamente para a melhoria dos níveis educacionais. Sendo o Brasil um país de analfabetos funcionais, que mesmo decodificando um texto pouco compreendem o que foi lido, a leitura precisaria ser foco primeiro de investimento na educação de nossas crianças e jovens.
Os leitores no Brasil
Segundo relatório do Banco Mundial recentemente divulgado (fevereiro de 2018), o Brasil ainda irá demorar 260 anos para atingir o nível de leitura dos países desenvolvidos. Essa estimativa é realizada com base na análise do desempenho dos estudantes brasileiros no Pisa, uma avaliação internacional feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).
Disponível em: http://www.elefanteletrado.com.br/perfil-dos-leitores-no-brasil/. Acesso em: 18 dez. 2018.
TEXTO III
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/470063279841445831. Acesso em: 18 dez. 2018.
TEXTO IV
O hábito da leitura é imprescindível para o desenvolvimento das crianças. É importante estimulá-las desde os primeiros anos de vida a terem contato e apreço pelos livros. Sabe-se, também, que a leitura é a principal ferramenta para a construção de uma educação de qualidade. Isso porque auxilia no processo de aprendizagem de habilidades essenciais para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos. Acima de tudo, a leitura abre caminhos únicos para a compreensão do mundo.
Disponível em: http://www.elefanteletrado.com.br/importancia-habito-da-leitura-infancia/. Acesso em: 18 dez. 2018 (adaptado).
• Introdução
Vamos juntos a mais uma produção compartilhada?
• Proposta Textual
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema, “A democratização do acesso à informação em questão na sociedade contemporânea”, proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Fake news é um tema que tem sido cada vez mais debatido, especialmente no mundo do jornalismo. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, fake news são notícias falsas que podem existir por cinco motivos: com o intuito de enganar o leitor; como uma tomada acidental de partido que leva a uma mentira; com algum objetivo escondido do público, motivado por interesses; com a propagação acidental de fatos enganosos; ou com a intenção de fazer piada e gerar humor. Embora alguns especialistas, como o jornalista Sérgio Dávila, afirmem que notícias falsas sempre tenham existido, é certo que sua disseminação nunca foi tão intensa quanto é hoje, com as redes sociais.
De acordo com Diego Iraheta, redator-chefe do Huffington Post no Brasil, as redes sociais e o universo informacional do século XXI facilitam o escoamento das notícias enganosas de uma maneira extremamente rápida e eficiente. Assim, com a propagação de reportagens tendenciosas e mentirosas crescendo cada vez mais, a democracia é ameaçada, uma vez que o acesso à informação é um direito do cidadão.
Fábio Zanini, editor da seção “Poder” da Folha de S.Paulo comenta o porquê de as fake news terem ganhado importância nos últimos tempos. “Isso foi exacerbado, na minha avaliação, por dois motivos que, na verdade, caminham juntos: primeiro, as redes sociais, que democratizaram muito a geração de informação, o que é uma coisa positiva até certo ponto; e o segundo motivo é uma crescente polarização política em todo o mundo”, disse.
(http://observatoriodaimprensa.com.br/pos-verdade/o-impacto-das-fakenews-no-dia-dia-do-jornalismo/)
Texto II:
Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), baseada na França.
A pesquisa MOM sobre o Brasil é a 11ª versão do levantamento, realizado anteriormente em dez outros países em desenvolvimento: Camboja, Colômbia, Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Trata-se de um projeto global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha que tem como objetivo promover transparência e pluralidade na mídia ao redor do mundo.
A pesquisa acompanha um ranking de Risco à Pluralidade da Mídia, elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras, no qual o Brasil ocupa o 11º e último lugar. Nos dez indicadores do ranking, o País apresenta risco “alto” em seis deles, como concentração de audiência e salvaguardas regulatórias.
No caso do Brasil, o levantamento listou os 50 veículos de mídia com maior audiência e constatou que 26 deles são controlados por apenas cinco famílias. O maior é o Grupo Globo, da família Marinho, que detém nove desses 50 maiores veículos.
Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), baseada na França.
A pesquisa MOM sobre o Brasil é a 11ª versão do levantamento, realizado anteriormente em dez outros países em desenvolvimento: Camboja, Colômbia, Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Trata-se de um projeto global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha que tem como objetivo promover transparência e pluralidade na mídia ao redor do mundo.
A pesquisa acompanha um ranking de Risco à Pluralidade da Mídia, elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras, no qual o Brasil ocupa o 11º e último lugar. Nos dez indicadores do ranking, o País apresenta risco “alto” em seis deles, como concentração de audiência e salvaguardas regulatórias.
No caso do Brasil, o levantamento listou os 50 veículos de mídia com maior audiência e constatou que 26 deles são controlados por apenas cinco famílias. O maior é o Grupo Globo, da família Marinho, que detém nove desses 50 maiores veículos.
Além da rede Globo, líder de audiência na tevê aberta, a Globo tem presenças relevantes na tevê a cabo (com a GloboNews e outros 30 canais); no rádio, com a CBN e a Rádio Globo; e na mídia impressa, com títulos como os jornais O Globo, Extra, Valor Econômico e a revista Época.
Na sequência, aparecem a família Saad, dona do grupo Bandeirantes, e a família de Edir Macedo, da Record, com cinco veículos cada um, seguidas pela família Sirotsky, da RBS, com quatro veículos na lista, e a família Frias, com três veículos.
Se somados o grupo Estado, do jornal O Estado de S.Paulo; o grupo Abril, da revista Veja; e o grupo Editorial Sempre Editora, do jornal O Tempo, são oito famílias controlando 32 dos 50 maiores veículos, ou 64% da lista.
(https://www.cartacapital.com.br/sociedade/cinco-familias-controlam-50- dos-principais-veiculos-de-midia-do-pais-indica-relatorio/)
Texto
Por que Bruxelas vai tornar gratuito o transporte coletivo em dias poluídos
Capital da Bélgica oferecerá ônibus, metrô e bicicletas de graça nos dias em que o índice de poluentes no ar se elevar. Política será aplicada a partir do próximo verão europeu
O uso do transporte coletivo e das bicicletas públicas será gratuito em Bruxelas durante os dias mais poluídos. As autoridades da capital da Bélgica vêm tentando melhorar os índices de qualidade do ar da cidade, depois de registrar concentração de material particulado em níveis elevados por dois dias consecutivos, acima de 51-70 microgramas por metro cúbico.
Quando a medição acusar que o nível foi ultrapassado, ônibus, bondes e metrôs irão liberar o acesso sem cobrar. A ideia é que cidadãos sejam incentivados a não utilizar o automóvel. A nova política entra em vigor no próximo verão europeu, entre junho e setembro.
Limites de velocidade para automóveis também devem ser reduzidos pela metade nos dias poluídos. A cidade tem como estratégia criar zonas de baixas emissões que, com o tempo, pretendem tirar das ruas a maior parte dos veículos poluentes. Até 2030, ônibus urbanos deverão ser todos eletrificados.
“Precisamos criar espaço público de qualidade. Pesquisas mostram que, quanto mais espaço você dá para carros, mais carros você atrai”, disse o ministro da mobilidade da cidade, Pascal Smet, em entrevista ao jornal inglês The Guardian. “As cidades que mais encorajam o carro são as mais congestionadas. Ao devolver o espaço aos ciclistas e pedestres, as cidades podem criar espaço onde as pessoas se encontram e se conectam.”
O material particulado é constituído por partículas finas de sólidos ou líquidos suspensos no ar. Seu diâmetro é menor que 2,5 micrômetros, podendo ser vistos apenas com um microscópio eletrônico. As partículas entram na corrente sanguínea e trazem problemas respiratórios e cardíacos.
Dependendo do país, varia o limite de presença de material particulado considerado aceitável. Para a União Europeia, a média anual de 25 microgramas por metro cúbico é o limite aceitável para a saúde humana. Já a EPA, agência ambiental americana, estabelece 12 microgramas por metro cúbico como média anual.
Diversas cidades pelo mundo vêm discutindo estratégias de redução de poluentes por questões de saúde, mas também para se adequar às demandas do Acordo de Paris, assinado por 195 países em 2015. Entre seus objetivos, está a redução global da produção de gases do efeito estufa, em uma tentativa de frear o aquecimento global.
Seul, Coreia do Sul
Em janeiro, durante três dias especialmente poluídos, as autoridades da capital coreana declararam emergência ambiental na cidade. O transporte público foi liberado para todas as pessoas. Um total de 360 estacionamentos em prédios governamentais foi fechado nesse dia, com funcionários públicos tendo que participar de um rodízio de automóvel.
No primeiro dia, o nível de material particulado na cidade havia chegado a 79 microgramas por metro cúbico. Nos outros dias, chegou a 157, nível considerado “insalubre” para entidades que analisam a qualidade do ar. Desde então, foi estabelecido que o transporte público será gratuito nas horas de pico toda vez que o índice ultrapassar 50, com expectativa de durar pelo menos um dia.
Salt Lake City, Estados Unidos
Em dezembro de 2017, a capital do estado de Utah optou por tirar os motoristas particulares das ruas para diminuir os índices de poluição. A primeira “sexta da tarifa gratuita” tirou 17.560 carros das ruas, três toneladas de poluição veicular e 200 toneladas de gases do efeito estufa, de acordo com dados das autoridades de transporte locais.
A cidade também registrou um aumento de 23% no uso do transporte público no dia. Entretanto, o incremento no número de usuários não foi suficiente para compensar a perda de receita do sistema. A autoridade de transportes da cidade agora conversa com políticos e entidades comunitárias para pensar em saídas para o entrave financeiro.
Cinco cidades alemãs
Em fevereiro, o governo alemão anunciou um teste de transporte gratuito em cinco cidades do país: Bonn, Essen, Herrenberg, Reutlingen e Mannheim. O experimento deve se iniciar até o fim de 2018. A iniciativa visa diminuir o uso do carro particular e, consequentemente, melhorar os índices de poluição.
As medidas foram anunciadas em uma carta enviada pelas autoridades do país à Comissão Europeia. O texto diz que o combate à má qualidade do ar é “prioridade máxima” na Alemanha. Outras ações incluem incentivos a esquemas de compartilhamento de automóveis, zonas de baixas emissões nas cidades e restrições nas emissões de ônibus.
(https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/02/28/Por-queBruxelas-vai-tornar-gratuito-o-transporte-coletivo-em-diaspolu%C3%ADdos)
Sua tarefa, neste pH, é elaborar um parágrafo argumentativo, com cerca de oito linhas, utilizando, obrigatoriamente, o método de causa e consequência, sobre o tema “A relação entre mobilidade urbana e meio ambiente”. Lembre-se de argumentar de forma coerente.
Bom trabalho!
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A superação do trabalho análogo à escravidão na sociedade brasileira. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.
Texto I:
O que é trabalho escravo
De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.
O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi abolido pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra não mais reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.
Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. E, portanto, nascemos todos com os mesmos direitos fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos transformam em coisas, instrumentos descartáveis de trabalho. Quando um trabalhador mantém sua liberdade, mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também caracterizado trabalho escravo
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, através de sua relatora para formas contemporâneas de escravidão, apoiam o conceito utilizado no Brasil.
(Repórter Brasil. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2019.)
Texto II:
Em 2018, fiscais identificaram 1,7 mil casos de trabalho escravo no Brasil
A maior parte desses trabalhadores (1,2 mil) estava em áreas rurais e 1,1 mil foram resgatados, segundo o governo federal
RIO – Em 2018, ações fiscais da Inspeção do Trabalho, do governo federal, identificaram 1,7 mil casos de trabalho escravo no Brasil. A maior parte desses trabalhadores (1,2 mil) estava em áreas rurais, onde a prática historicamente é mais comum. Foram resgatadas 1.133 pessoas. Em todo o ano passado, foram realizadas 231 inspeções. Em um quarto delas, houve registro de trabalho análogo ao de escravo.
Desde que o governo brasileiro reconheceu a existência dessa prática ilegal e passou a combatê-la, em 1995, os grupos de fiscalização da Inspeção do Trabalho resgataram 53.607 trabalhadores nessa condição em todo o país. Nesse período, foram pagos mais de R$ 100 milhões em verbas salariais e rescisórias durante as operações.
O resgate do trabalhador, explica a pasta, não se limita à retirada física do local de trabalho, mas de um conjunto de medidas para cessar o dano causado à vítima, reparar os prejuízos no âmbito da relação trabalhista e promover o acolhimento por órgãos de assistência social
As ocorrências foram registradas no Ceará, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
(O Globo, 28 jan. 2019. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2019. Adaptado para fins pedagógicos.)
Texto III:
Governo cria regras que dificultam combate ao trabalho escravo
Segundo portaria, lista suja tem que ter aval do ministro do Trabalho e fiscalização deve ocorrer na companhia de policiais
BRASÍLIA – Em meio à análise da nova denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, o governo atendeu a um pleito antigo da bancada ruralista: criou regras que, na prática, dificultam a fiscalização e punição de empregadores flagrados cometendo trabalho escravo.
Em portaria divulgada nesta segunda-feira, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, determinou que a "lista suja", que traz os nomes dos empregadores autuados pela prática do crime, só será divulgada "por determinação expressa" dele ou de quem estiver como titular da pasta. Antes, essa atribuição era da área técnica.
A portaria trouxe, ainda, novos conceitos de práticas ligadas ao trabalho análogo à escravidão. Para que sejam caracterizadas a jornada excessiva ou a condição degradante, por exemplo, agora terá que haver a restrição de liberdade do trabalhador.
Tal enunciado contraria entendimento firmado há mais de 10 anos de que o cerceamento ostensivo do direito de ir e vir não está vinculado obrigatoriamente à jornada exaustiva e ao trabalho degradante. Mas apenas ao trabalho forçado e à servidão por dívidas, outras condições ligadas ao delito de redução à condição análoga à de escravo previsto no Código Penal.
Uma série de procedimentos criados na nova portaria retiram a autonomia dos auditores fiscais nas inspeções. Eles terão agora que atuar sempre com um policial, que precisará lavrar um boletim de ocorrência do auto de flagrante. Sem esse documento, a fiscalização será considerada inválida, e o empregador ficará isento de eventuais penalidades e de ser incluído na lista suja.
O resgate de trabalhadores em condição análoga à de escravo, trabalho que hoje é feito pelas equipes técnicas, também poderá ficar prejudicado com os novos conceitos e exigências.
(Renata Mariz. O Globo Economia, 16 out. 2017. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2019. Adaptado para fins pedagógicos.)
• Introdução
Vamos a mais exercícios? Vamos sim, porém faremos um exercício mais geral a partir da análise de uma redação sobre um tema que pode aparecer no seu exame de vestibular.
• Exercícios técnico-argumentativos
1) O texto a seguir foi escrito para o seguinte tema: “A censura à arte em questão no Brasil”. A sua função é ser corretor do Enem por um dia e avaliá-la a partir dos critérios utilizados pela banca do concurso. Além de corrigir e pontuar o texto, é interessante que, com o auxílio de seu professor, você proponha, se julgar necessário, melhorias e possíveis reescrituras.
Segundo as ideias do filósofo Aristóteles, a arte é uma fabricação humana não só com a capacidade de imitar a natureza, mas também de abordar o impossível e o irracional. Todavia, a contemporaneidade artística do século XXI e o moralismo exacerbado da sociedade resultam em embates inconvenientes que tentam limitar a expressão do homem, a qual é de extrema importância para a compreensão individual do ser em relação aos meios e às situações em que vive.
Convém ressaltar, em primeiro plano, que o problema advém, em muito, do desconhecimento artístico das pessoas. A escultura Vênus de Milo, o quadro Guernica de Pablo Picasso e, ainda, a música Cálice de Chico Buarque são obras artísticas muito importantes para a humanidade, ao passo que denotam situações únicas que precisaram ser expressas. A falta de compreensão desses aspectos leva alguns espectadores a não captarem a mensagem transmitida e a julgarem-nas erroneamente.
Outrossim, o moralismo em excesso tende a fechar os olhos da sociedade para os problemas diários. O clipe da música Elastic Heart da cantora Sia Furler foi acusado de transmitir pedofilia e sexualização em suas cenas, por mais que as expressões marcantes na coreografia tivessem o intuito de retratar o afastamento familiar entre pai e filha. A mesma situação se replicou na exposição Queermuseu - Cartografias da diferença na Arte Brasileira, na qual peças apresentaram imagens que provocaram reações contrárias àquilo que, de fato, discutiam, já que foram expostas para refletir sobre desafios da atualidade, como a diversidade e a violência.
Evidencia-se, portanto, que a falta de conhecimento prévio e o moralismo excessivo são obstáculos para a concepção artística. Por conseguinte, cabe às escolas e às universidades, por meio de palestras redigidas pelos profissionais da área, incentivar os alunos a exercerem o pensamento crítico e amplo sobre as diversidades artísticas, a fim de extinguir o julgamento prévio e inadequado da expressividade humana. Com isso, a sociedade há de entender que a arte não deve ser limitada, mas sim compreendida.
Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas