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Proposta de Redação - Redação - pH 21

Texto I

Ludmilla faz paródia de dindindin para a copa do mundo

Neste domingo (17), a Seleção Brasileira faz o primeiro jogo na Copa do Mundo da Rússia.

A cantora Ludmilla, que recentemente viralizou com a música Dim, Dim, Dim, resolveu fazer uma versão para o time do Brasil.

“Já vou logo avisando que está tudo dominado. Dim, dim, dim, Brasil faz um gol para mim. Dim, dim, dim, Neymar faz um gol para mim”, é o que diz a letra da música.

Na legenda, a cantora ainda pediu para os craques da seleção Neymar e Gabriel Jesus aprenderem a coreografia.

“Hoje eu acordei muito torcedora, aí vai o Dim, dim, dia para nossa seleção. @neymarjr e @dejesusoficial a coreografia é facinho hein, boa sorte meninos e arrasem”, escreveu ela na legenda.

Os seguidores foram à loucura com a nova música.

“A música da Copa 2028”, comentou uma seguidora.

“Dim, dim, dim, o hexa já pode vim”, brincou ainda outra internauta. Pois é, se depender dessa torcida, o hexa já é nosso.

Disponível em: . Acesso em: 29 jun. 2018.

Texto II

Conheça 'Bella, Ciao', canção que virou hino da torcida brasileira na Copa do Mundo da Rússia

Música que ficou famosa ao ser usada pela série La Casa De Papel foi criada pela resistência italiana na Segunda Guerra Mundial

A histórica canção italiana Bella, Ciao virou hino da torcida brasileira na Copa do Mundo da Rússia, com versões e paródias que ganham cada vez mais fama nas redes socais.

A canção é considerada na Itália como o hino dos "partigiani", ou seja, da resistência contra o fascismo, Benito Mussolini e as tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Nos anos 1960, a música também foi usada como hino popular de manifestações de trabalhadores e estudantes da Itália e, mais recentemente, era cantada no governo do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi como forma de protesto.

Até hoje, em celebrações do calendário italiano, a música é executada em várias cidades do país. Sua origem, porém, ainda não foi muito bem esclarecida.

Há quem sustente que ela tenha se baseado em uma canção cantada por camponesas da Emília-Romana no início do século 20.

No entanto, essa hipótese já foi desacreditada por especialistas, que alegam que ela é resultado de um conjunto de influências de músicas populares do norte da Itália.

Apesar de antiga e conhecida em vários países, sendo gravada até por Mercedes Sosa, Bella, Ciao se popularizou recentemente nas redes socais, quando apareceu na série espanhola La Casa De Papel.

Agora, a canção já chegou à Rússia e conquistou os torcedores brasileiros, que cunharam paródias para provocar as seleções adversárias.

A primeira da torcida brasileira a viralizar nas redes sociais veio como uma provocação aos rivais da Argentina: "O Di María, o Mascherano, o Messi, tchau; Messi, tchau; Messi, tchau, tchau, tchau. E o argentino está chorando, porque esta Copa eu vou ganhar", diz a paródia, reunindo três dos ícones da seleção argentina desta Copa.

Disponível em: . Acesso em: 29 jun. 2018.

Tendo lido essas duas notícias, escreva uma paródia de alguma música conhecida, usando o mesmo tema: Copa do Mundo. Você escreverá sobre um jogador específico? Sobre as seleções? Sobre um técnico? Sobre os torcedores? Sobre o canarinho pistola? Sobre o torcedor misterioso? Não se esqueça de indicar, ao final do texto, a música que foi parodiada.

Proposta de Redação - Redação - pH 26

O que é feminicídio

O assassinato de mulheres em contextos discriminatórios recebeu uma designação própria: feminicídio. Nomear o problema é uma forma de visibilizar um cenário grave e permanente: milhares de mulheres são mortas todos os anos no Brasil. De acordo com o Mapa da Violência 2015, em 2013 foram registrados 13 homicídios femininos por dia, quase cinco mil no ano. Ainda assim, o enfrentamento às raízes dessa violência extrema não está no centro do debate público com a intensidade e profundidade necessárias diante da gravidade do problema.

Essas desigualdades e discriminações podem se manifestar desde o acesso desigual a oportunidades e direitos até violências graves – alimentando a perpetuação de casos como os assassinatos de mulheres por parceiros ou ex que, motivados por um sentimento de posse, não aceitam o término do relacionamento ou a autonomia da mulher; aqueles associados a crimes sexuais em que a mulher é tratada como objeto; crimes que revelam o ódio ao feminino, entre outros.

O conceito ganhou destaque entre ativistas, pesquisadoras, organismos internacionais e, mais recentemente, tem sido incorporado às legislações de diversos países da América Latina – inclusive do Brasil, com a criação da Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015), na perspectiva de tirar essas raízes discriminatórias da invisibilidade e coibir a impunidade.

No Código Penal brasileiro, o feminicídio está definido como um crime hediondo, tipificado nos seguintes termos: é o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino, quando o crime envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Nomear e definir o problema é um passo importante, mas para coibir o crime é fundamental conhecer as características dos feminicídios. Outro aspecto importante, neste contexto, é a responsabilidade do Estado que, por ação ou omissão, compactua com a perpetuação destas mortes.

No Brasil, ainda são recorrentes os casos em que o assassinato por parceiro ou ex é apresentado como um ato isolado, um momento de descontrole ou intensa emoção em que o suposto comportamento de quem foi vítima é apontado para perversamente dizer que ela – e não o homicida – foi responsável pela agressão sofrida. “Enciumado”, “inconformado com o término”, “descontrolado” ou até “apaixonado” são os adjetivos que figuram com frequência nas manchetes da imprensa todos os dias, ‘justificando’ crimes bárbaros, como o assassinato de Maristela Ferreira Just pelo ex-marido José Ramos Lopes Neto, em 1989, ou o de Amanda Bueno, morta no jardim da própria casa pelo noivo Milton Severiano Vieira, em 2015.

Diante do legado da Lei Maria da Penha, o feminicídio em contexto de violência doméstica e familiar foi o que ganhou mais destaque no debate que culminou na Lei do Feminicídio no Brasil.

O legado e a ampla efetivação da Lei Maria da Penha são fundamentais para o enfrentamento do feminicídio, entre outros fatores, porque:

1) A Lei Maria da Penha define cinco formas de violência doméstica e familiar e não pressupõe que só há violência quando a agressão deixa marcas físicas evidentes. Reconhecer a violência psicológica nas relações, não subestimar o risco por trás de uma ameaça ou de uma aparente ‘lesão corporal leve’ podem prevenir violências mais graves, incluindo o feminicídio íntimo.

2) Na maioria dos casos, diferentes formas de violência acontecem de modo combinado. É preciso compreender que a violência física é só mais um traço de um contexto muito mais global de violência, que inclui também humilhações, críticas e exposição pública da intimidade (violência moral), ameaças, intimidações, cerceamento da liberdade de ir e vir, controle dos passos da mulher (violência psicológica), forçar a ter relações sexuais ou restringir a autodeterminação da mulher quando se trata de decidir quando engravidar ou levar adiante ou não uma gravidez (violência sexual). É fundamental também entender que, na violência doméstica, a tendência é que os episódios de agressões se repitam e fiquem mais graves.

3) É importante compreender que não existem padrões e perfis de vítima ou agressor: a violência doméstica contra mulheres cometida pelo parceiro, atual ou ex, é a mais comum, mas não é a única. A violência doméstica e familiar pode acontecer também entre indivíduos com ou sem vínculo de parentesco, mas que mantêm relações de convivência.

4) O uso de álcool, drogas ou o ciúme não são causas e não servem como justificativa para violências. São apenas fatores que podem contribuir para a eclosão do episódio de violência, mas que, muitas vezes, são usados como desculpa, promovendo a impunidade e não a responsabilização pela violência.

5) A culpa não é dá vítima: ninguém deve ser responsabilizado pela violência que sofreu.

6) A Lei Maria da Penha prevê medidas protetivas de urgência para a mulher em situação de violência, como o afastamento ou até a prisão preventiva do agressor.

Disponível em: . Acesso em: 9 ago. 2018. Adaptado.

Com base no texto motivador e no seu conhecimento, produza um texto dissertativo, de 20 a 25 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema “Feminicídio, ódio e violência”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 20

Infância

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.  Minha mãe ficava sentada cosendo.  Meu irmão pequeno dormia.  Eu sozinho menino entre mangueiras  Lia a história de Robinson Crusoé,  Comprida história que não acaba mais. 

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu  A ninar nos longes da senzala — e nunca se esqueceu  Chamava para o café.  Café preto que nem a preta velha  Café gostoso café bom. 

Minha mãe ficava sentada cosendo  Olhando para mim:  — Psiu… não acorde o menino.  Para o berço onde pousou um mosquito.  E dava um suspiro… que fundo! 

Lá longe meu pai campeava  No mato sem fim da fazenda. 

E eu não sabia que minha história  Era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Infância. Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2018. Adaptado.

Você já estudou que muitas pessoas escrevem suas memórias em forma de prosa ou verso, como fez o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade no poema “Infância”.

Inspirando-se em Drummond, escreva de 15 a 25 linhas sobre fatos cotidianos da sua infância e do seu ambiente familiar. Não se esqueça de acrescentar detalhes sobre o tempo e o espaço da sua narrativa.

Quando terminar o trabalho, leia o seu texto para o professor e os colegas.

Proposta de Redação - Redação - pH 25

Texto I

(Disponível em: . Acesso em 13/08/2018.)

Texto II

Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2018.

As “tirinhas palitos”, criadas por Frank, brincam, muitas vezes, com a metalinguagem, como as duas lidas. Nelas, o autor utiliza-se tanto da organização dos quadrinhos, quanto da sua falta de habilidade ao desenhar. Crie uma tirinha, com personagens palitos, que tenha seu humor construído com base na metalinguagem, tal como o faz a tirinha lida.

Proposta de Redação - Redação - pH 27

Esporte e inclusão social

Em 2016, o “país do futebol” recebe seu segundo megaevento esportivo em dois anos, os Jogos Olímpicos. Interesse pela prática de esportes não é difícil encontrar no brasileiro e talvez por isso o esporte apareça em inúmeros programas de inclusão social, em um país que ocupa a 75ª posição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a Organização, a desigualdade social é um dos elementos que mais pesam na classificação brasileira. Sair do senso comum sobre os benefícios do esporte e avaliar a efetividade desses programas têm sido objeto de estudos de acadêmicos que alertam para a supervalorização do esporte como sendo uma atividade capaz de resolver todos os problemas.

No primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) foi criado o programa “Segundo tempo”, para que as crianças ficassem em tempo integral em escolas espalhadas por todo país e aproveitassem o contra turno para a prática esportiva supervisionada. O professor de departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Cláudio Kravchychyn, analisou as mudanças que o programa teve ao longo dos anos. Para ele, o diferencial em relação a outros projetos foi a participação de acadêmicos na construção da proposta pedagógica juntamente com os professores das escolas, a partir de 2007. Isso possibilitou a continuidade do projeto, apesar do corte de verbas e dos prejuízos por corrupção em 2010. Entre 2008 a 2013 foram capacitados 12.651 profissionais de educação física para o desenvolvimento do esporte educacional.

Um dos motivos para a reelaboração da política pedagógica do programa foi a constatação da falta de estrutura existente nas escolas para receber as atividades e o fato de a maioria delas ser desenvolvida longe do ambiente escolar por Organizações Não-Governamentais, fundações e outras instituições e não contar com uma supervisão comum. Para Kravchychyn, a ausência de estrutura e o fato do projeto ser executado fora da escola prejudica estes programas. Quando o aluno está em um espaço familiar ele se desenvolve mais rapidamente. “A comunidade deve reconhecer a prática esportiva como um direito e se apropriar disso. As lideranças comunitárias podem colocar essa demanda e pressionar para que isto ocorra, tanto na escola como em outros espaços de lazer”, avalia.

Políticas públicas

Nos últimos anos o número de projetos educacionais ligados ao esporte tem aumentado, mas sua promoção não é exatamente nova. Entre as décadas de 1930 e 1940, a ditadura de Getúlio Vargas é o primeiro governo a criar políticas públicas para o esporte como prática social. Vargas cria o Conselho Nacional de Desportos (CND) e a primeira lei para o esporte brasileiro. A medida é classificada por pesquisadores da área como uma forma de burocratizar o setor, distante do entendimento de esporte como direito social. No período militar avança o incentivo ao esporte de alto rendimento e também como uma atividade “de massa”, “de lazer”. Na década de 1980, a premissa de aumentar a experiência da criança na escola coloca o esporte, não como apêndice, mas como eixo norteador das atividades, prática que acaba virando lei na Constituição de 1988.

Um marco nas políticas públicas para o esporte aconteceu com a criação do Ministério do Esporte, em 2003, no primeiro ano do governo Lula. A partir daí houve um aumento de programas sociais ligados ao esporte. “Na virada do milênio, os projetos e programas ofertados por prefeituras, governos estaduais e pelo governo federal aumentam significativamente em relação aos projetos da iniciativa privada, fruto de maior aporte de recursos públicos para essa finalidade”, escreve Cláudio Kravchychyn em sua pesquisa de doutorado. Apesar disso, não há um acompanhamento sistemático dos programas para mensurar sua efetividade na promoção da inclusão social e raramente eles têm continuidade, aponta o pesquisador.

A inclusão é possível?

Para o pesquisador da UFRJ, o crescimento do número de projetos de inclusão social nas últimas décadas expressa uma reorganização do sistema capitalista e das funções que se espera do Estado.

Crítico a esses programas, ele afirma que muitos deles acabam cumprindo a função de acomodar uma parcela da força de trabalho que não teria espaço no mercado formal de empregos. Nesse sentido, os programas educacionais e de formação profissional acabam se constituindo em um fim em si, “uma inserção possível nos marcos do atual contexto de expropriação do capitalismo. Pensar em uma inclusão a partir de um sistema estruturalmente excludente me parece uma impossibilidade”, afirma.

Em de uma perspectiva de mudança do cenário social, Kravchychyn considera que é preciso tomar cuidado para não haver uma supervalorização do esporte como solução para tudo: gravidez precoce, uso de drogas, violência. “Ele pode auxiliar nessas questões, mas, ao mesmo tempo, tem que fazer parte de uma série de ações pensadas para além disso. Os atletas noticiados pela mídia podem ser exemplos da influência positiva do esporte, mas, por outro, dependendo do seu comportamento, pode acontecer o contrário. Cabe aos professores e especialmente. aos coordenadores pedagógicos dos programas sociais conduzir o esporte de forma mais realista, de forma a oferecer ferramentas educacionais às crianças”, finaliza.

PASSOS, Juliana. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2018. Adaptado.

A partir da leitura do texto-base e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 20 a 25 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema “Esportes e inclusão social: trabalhando por uma sociedade mais unida”, respeitando os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa e seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 28

Texto I

Amor próprio

Praticar o amor-próprio e desenvolver este cuidado por si mesmo pode ser, para algumas pessoas, uma tarefa difícil e um exercício que exige prática diária. No entanto, os benefícios psicológicos de se valorizar e se respeitar são inegáveis, cruciais para que tenhamos equilíbrio e harmonia nas mais diferentes áreas da nossa vida, muitas vezes sendo necessária a ajuda de psicólogo.

O que é o amor-próprio?

O primeiro passo para entender o conceito de amor-próprio é ter em mente que este é um sentimento que, apesar de estar amplamente associado à autoestima, não costuma ser adquirido em uma tarde no salão de beleza ou comprando roupas novas. O amor-próprio independe de aparência, de beleza, e tem muito mais a ver com o modo como nos sentimos internamente em relação a nós mesmos e com a maneira como nos posicionamos perante o mundo.

O amor-próprio é um estado de apreço por si mesmo que provém de ações que nos ajudam a crescer psicológica, física e espiritualmente. O amor-próprio vem do amadurecimento e do autoconhecimento, que nos permitem identificar nossas forças e fraquezas, e aprender a lidar com elas. Ter amor-próprio é entender que nossos defeitos não nos inferiorizam. Todos temos falhas e estamos, a cada dia, fazendo o nosso melhor para crescer e evoluir.

Por que é importante ter amor-próprio

Praticar amor-próprio é entender que você é a pessoa mais importante da sua vida e assumir a responsabilidade pelo que acontece nela, sem culpar os outros e adquirindo cada vez mais autonomia. É algo que permite entender que a nossa felicidade está nas nossas próprias mãos e que, sendo seu bem mais precioso, não pode ser submetida ao controle dos outros.

O amor-próprio nos faz abrir mão de tudo aquilo que não nos faz bem e que não nos ajuda a crescer. Ao mostrar que somos suficientes, paramos de mendigar amor e acabamos com a carência excessiva.

O amor-próprio nos faz filtrar aquilo que não é do bem, descartar o que não soma e não aceitar menos do que merecemos. Praticar amor-próprio é praticar o autoconhecimento: nos ensina a aprender a lidar com nossas emoções nos momentos difíceis e saber como levantar o humor mesmo nos piores dias.

Quem se ama fica mais resistente a críticas que não são construtivas e aprende a amar mais os outros. Praticar o amor-próprio é adquirir autoconfiança e autoconhecimento, sabendo desapegar com mais facilidade de tudo que já não faz mais parte da nossa vida.

Fonte: Adaptado de BROTTO, Thaiana. Disponível em: . Acesso em: 08 ago. 2018.

Texto II

Fonte: ARAÚJO, Yohán. Disponível em: . Acesso em: 11 ago. 2018.

A partir da leitura dos textos base e relacionando com os conhecimentos construídos ao longo do módulo, redija um texto dissertativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A importância do amor próprio para o desenvolvimento pessoal”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

Observação: O limite de linhas da redação deverá ser de no mínimo 15 linhas e máximo de 25 linhas.

Proposta de Redação - Redação - pH 23

Detalhes de história e gameplay de “Uncharted: The Lost Legacy” são revelados

Uma porção de novidades sobre o gameplay e história de “Uncharted: The Lost Legacy”, expansão independente da franquia, foram reveladas na edição mais recente da revista Game Informer – incluindo informações sobre o vilão que vamos enfrentar, as conexões com os outros jogos da série e mais.

Durante a PSX 2016, o diretor criativo, Shaun Escayg, confirmou que o título teria Chole como a protagonista, enquanto ela e Nadine entram em uma busca pela Presa de Ganesha. Embora elas já se conheçam no mundo de caça ao tesouro, Chloe contrata Nadine – que apareceu em “Uncharted 4” - por conta de seu passado com um homem chamado Asav, o vilão de “Lost Legacy”. O antagonista também está procurando a Garra, que por sua vez não existe no nosso mundo.

A relação entre Chloe e Nadine vai evoluir ao longo do game, o que vai refletir tanto na história quanto no gameplay. Nadine, que ocupa um papel similar ao de Sam em “Uncharted 4”, pode ajudar Chole durante momentos de combate – no entanto, ela estará mais disposta a ajudar conforme a confiança entre as duas crescer.

Em conversa com a Game Informer, Escayg explica que “The Lost Legacy” trará algo mais pessoal. Chloe tem descendência indiana, mas não visita o país há anos, de forma que a história do jogo vai acabar refletindo no passado pessoal da personagem, especialmente no relacionamento com o pai dela e na herança cultural. Como o diretor disse anteriormente, o hinduísmo vai desempenhar um papel fundamental na narrativa e, segundo ele, a Naughty Dog [empresa desenvolvedora de jogos] está "amarrando a cultura e histórias dos deuses hindus, e até mesmo do Império Hoysala e seus reis" na jornada de Chloe.

DORNBUSH, Jonathon. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2017.

Como vimos na reportagem acima, as narrativas de aventura não só se limitam aos textos escritos, mas também se abrem ao universo virtual dos videogames.

Além disso, é interessante perceber como o jogo citado quebra com um padrão comum a esse tipo de narrativa: não são os homens que irão adentrar a aventura como protagonistas, mas sim as mulheres, personagens tão fortes e capazes de se aventurarem no desconhecido quanto os seus companheiros masculinos.

Crie uma narrativa aventuresca, em 3ª pessoa e de 20 a 30 linhas, cujas protagonistas sejam duas mulheres. Sua história precisa ocorrer em algum Estado brasileiro, e, tal como no jogo “Uncharted”, o enredo deve envolver alguma espécie de mistério.

Proposta de Redação - Redação - pH 18

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A urgência de se estabelecer uma política de segurança pública de efetivo combate ao tráfico e, simultaneamente, de total proteção aos moradores das comunidades pobres. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.

Texto I:

Medo da polícia e da morte povoa desenhos e histórias das crianças da Maré, no Rio Após desenhos, liminar determinou a volta de protocolos para operações policiais nas comunidades.

As crianças do Complexo da Maré têm medo. Não do escuro, de agulha ou do bicho-papão. Nas margens da avenida Brasil, zona norte do Rio de Janeiro, os meninos temem helicópteros, caveirões, policiais e bandidos.

Na segunda-feira (12), 1.500 cartas escritas (ou desenhadas) por crianças da comunidade foram entregues ao Tribunal de Justiça do Rio. Elas pediam o restabelecimento de uma Ação Civil Pública suspensa em junho, que regulamenta as operações policiais na Maré.

Funcionou. Na quarta (14), uma liminar expedida pela 2ª Câmara Cível determinou que os protocolos voltarão a valer. Entre eles a presença de ambulâncias durante as operações, o cumprimento de mandados de busca e apreensão apenas durante o dia e a instalação gradual de equipamentos de vídeo, áudio e GPS nas viaturas da polícia.

A Folha esteve na comunidade nesta quinta-feira (15) e conversou com sete crianças, de 9 a 12 anos, que escreveram algumas das cartas para a Justiça. Os nomes das crianças foram trocados para protegê-las.

"Pedi que parem com essas operações porque eu tenho medo. Quando está tendo operação, os bandidos entram na casa dos outros. Tenho medo dos policiais entrarem na minha casa e matarem os bandidos lá dentro", disse Mariana, 10.

O uso de helicópteros nas incursões policiais, marca do governo de Wilson Witzel (PSC), foi representado em vários dos desenhos entregues pelas crianças.

Em sua carta, Beatriz, 10, lembrou-se de quando precisou se esconder embaixo de uma mesa no recreio da escola. Do alto, agentes atiravam de um helicóptero.

"Eu escrevi para o helicóptero não mandar mais tiro para baixo, porque isso é crime. Uma vez estava todo mundo no recreio, aí todo mundo se escondeu embaixo da mesa e um tiro passou de raspão nas costas da minha amiga."

Durante a conversa com a reportagem, as crianças citaram muitas vezes a escola: dizendo que com frequência precisam faltar as aulas nos dias de operação ou lembrando de ocasiões em que estavam no colégio e tiveram que se esconder dos tiros.

"A gente estava na escola e estava todo mundo lá embaixo brincando. Aí passaram dois homens segurando um homem só de cueca, morto. Depois começou a dar tiro e todo mundo subiu correndo", afirmou Mariana.

Jessica, 9, disse que durante as operações fica com medo e chora. "Eu pedi para o juiz menos tiros e mais aulas", afirmou.

Questionadas se já viram uma pessoa baleada ou morta, todas as crianças tinham histórias para contar. "Eu, tia! Eu já vi!", gritavam, disputando quem falaria primeiro.

"O Boca Rosa [traficante] estava ali perto de onde vende lanche, com um fuzil, um radinho e uma pistola na mão. Os policiais viram e deram um tiro, acertou o coco dele e ele caiu no chão. Eu quase chorei", disse Mateus, 10, que naquela ocasião tinha ido à padaria comprar pão.

A morte faz parte da realidade das crianças, que, com naturalidade, citaram tios, primos e conhecidos que morreram vítimas de tiros.

"Eu me sinto acostumada já [com a violência]. Acontece praticamente todos os dias", afirmou Beatriz.

Joana, 10, desenhou um menino morto na carta entregue ao juiz. Ela quer se mudar da Maré porque tem medo de morrer.

Enquanto vive por lá, a menina sabe qual protocolo seguir nos dias de operação: "Não meter a cara na janela, se não o caveirão pode passar e dar tiro... Pegar na cara e morrer".

(Ana Luiza Albuquerque. Folha de S. Paulo, 16 ago. 2019. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2019. Adaptado.)

Texto II:

Proposta de Redação - Redação - pH 15

Texto I

O 5G é o próximo passo evolutivo para a banda larga sem fio. Sua missão é elevar, e muito, as potencialidades da rede atual, conhecida como 4G, alçando a banda larga móvel a altíssimos padrões de velocidade de conexão e de usuários simultâneos.

Em resumo, as redes 5G prometem aos seus futuros usuários uma cobertura mais ampla e eficiente, maiores transferências de dados, além de um número significativamente maior de conexões simultâneas.

As redes da 4ª geração, utilizadas atualmente em algumas regiões do Brasil, são capazes de entregar uma velocidade média de conexão de, aproximadamente, 33 Mbps. Estima-se que o 5G será capaz de entregar velocidades 50 a 100 vezes maiores, podendo alcançar até 10 Gbps.

[...]

Após a instalação da infraestrutura das redes 5G, a redução do consumo de energia poderá diminuir os custos futuros, além de torná-la mais ecológica. O tempo de latência reduzido, por sua vez, possibilitará a comunicação entre veículos autônomos, permitirá o desenvolvimento de sistemas de segurança que evitem acidentes automobilísticos, além de possibilitar a realização de cirurgias remotas por meio de robôs.

Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/informatica/rede-5g.htm. Acesso em: 17 jun. 2019.

Texto II

O problema não é seu celular Huawei, o problema se chama 5G​

“O 5G não é uma bomba atômica; é algo que beneficia a sociedade. Não deveríamos ser o alvo dos Estados Unidos só porque estamos na frente deles no 5G.” Com estas solenes palavras, Ren Zhengfei, fundador e presidente da Huawei, advertia ao mundo na semana passada que a quinta geração da telefonia móvel, supostamente destinada a revolucionar a indústria e o cotidiano dos cidadãos do planeta, não pode se transformar em uma arma de destruição em massa, como, no seu entender, pretende a Administração de Donald Trump ao impor restrições à companhia chinesa.

O veto do Governo norte-americano, primeiro às redes, e agora aos celulares do fabricante asiático, é uma declaração de guerra que vai muito além das hostilidades tarifárias. O anúncio do Google de que deixará de dar suporte aos smartphones da Huawei foi um golpe de efeito mundial. Milhões de usuários se levantaram na segunda-feira passada sobressaltados ao saberem que seus celulares poderiam virar uma casca de ovo vazia, porque o Android, sistema operacional com o qual operam, já não disporiam de atualizações do sistema do Google.

Por mais grave que seja o fato de uma decisão governamental condenar milhões de aparelhos à obsolescência, isso é só o primeiro aviso do vulcão. A maior erupção, a definitiva, está por vir sob a sigla 5G. Esta tecnologia não é só um avanço a mais. Carros autônomos funcionarão graças a essa quinta geração de celulares, e os robôs industriais poderão processar qualquer ordem em tempo real, o que os transformará em máquinas eficientes e quase humanas, capazes de substituir não só operários de uma fábrica, mas também permitir que um cirurgião opere à distância, por exemplo.

Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/25/economia/1558795538_036562.html. Acesso em: 17 jun. 2019.

Com base nos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema Comunicação, tecnologia e sociedade, de 25 a 30 linhas, com proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 14

A partir da leitura do texto motivador seguinte e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema A democracia no Brasil é funcional?

Não vivemos uma democracia no Brasil

Por mais que vivamos no Brasil, uma sociedade ocidental – nos termos de Antonio Gramsci, com uma sociedade civil organizada – ainda falta muito para que nossa Democracia participativa, nossa Democracia direta, seja implementada de fato. Efetivaremos a Democracia participativa em nosso país com o povo participando, de forma efetiva, de audiências/consultas públicas, propondo leis de iniciativa popular, exercendo o controle popular da Administração Pública, decidindo o futuro da Nação por meio de plebiscito, referendo e recall, pressionando os governos por meios de manifestações nas ruas e na internet.

E a Democracia representativa? Vivemos uma Democracia de fato no Brasil? Nossas eleições são democráticas? Nosso sistema eleitoral, com toda a tecnologia da Justiça Eleitoral com as urnas eletrônicas, é eficaz? Viveremos uma verdadeira Democracia representativa no Brasil quando:

1. o Estado garantir educação de qualidade para todos os brasileiros, conforme manda nossa Constituição Social e Democrática de Direito de 1988;

2. não existir mais apenas uma grande empresa de TV e outras duas ou três que dominem a comunicação;

3. em nossas eleições não for o mais importante a quantidade de dinheiro do candidato, arrecadado de forma lícita ou ilícita, eleições em que o mercado, e não a sociedade civil, decide quem serão nossos governantes;

4. não existirem mais canais de TV que, mesmo sendo concessões de serviços públicos, agem como verdadeiros partidos políticos ao mudar os destinos de várias eleições, como ocorreu nas eleições presidenciais de 1989 e como está acontecendo na eleição para prefeito de Curitiba em 2012;

5. realmente o Estado no Brasil for laico e as religiões não interferirem mais em assuntos de interesse público;

6. os governos não se utilizarem mais dos recursos, bens e servidores públicos para beneficiarem seus candidatos;

7. a legislação eleitoral, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público eleitoral agirem pela isonomia nas eleições, não permitindo mais os abusos cometidos por governantes, candidatos, TVs, Igrejas, e ao mesmo tempo não mais agindo apenas para reprimir ações democráticas de cidadãos, blogs etc., às vezes apenas para mostrar serviço;

8. o eleitor não mais aceitar voto de cabresto de coronéis dos velhos tempos e coronéis modernos, o que já foi pior, mais ainda existe;

9. o povo discutir e participar da política em seu dia-a-dia, e não apenas há alguns dias das eleições, quando isso ocorre;

10. o voto para um vereador for considerado tão importante quanto um voto para presidente da república.

VIOLEN, Tarso Cabral. Não vivemos uma democracia no Brasil. Blog do Tarso. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 14

A partir da leitura do texto motivador seguinte e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema A permanência da cultura de transgressão no território brasileiro.

O homem cordial na formação do Brasil

As pesquisas para a composição de “Raízes do Brasil” começaram a ser esboçadas em 1930 por Sérgio Buarque, na Alemanha, na época em que ele havia sido enviado como correspondente brasileiro dos Diários Associados para Polônia, Rússia e Alemanha. Ao regressar ao Brasil, completou as pesquisas e, a convite do editor José Olympio (que preparava uma coleção intitulada “Documentos brasileiros”), publicou o livro em 1936.

O livro é dividido em sete partes, intituladas: “Fronteiras da Europa”, “Trabalho e Aventura”, “Herança Cultural”, “O semeador e o Ladrilhador”, “O Homem Cordial”, “Novos Tempos” e “Nossa Revolução”. A parte em que é desenvolvido o conceito de “homem cordial” é uma das que mais revelam as intuições de Sérgio Buarque. O conceito foi extraído de uma carta do escritor paulista Ribeiro Couto endereçada ao também escritor mexicano Alfonso Reyes. A expressão “cordial” não indica, ao contrário do que se pensa, apenas bons modos e gentileza. Cordial vem do radical latino “cordis” (cujo significado mais remoto é cordas), isto é, relativo a coração.

Sérgio Buarque acentua essa explicação etimológica da palavra para ressaltar a sua dubiedade e, a um só tempo, a sua adequação àquilo que caracteriza, segundo sua tese, o temperamento do homem brasileiro. Ao contrário do povo japonês, entre os quais a polidez é parte intrínseca do processo civilizacional, no Brasil ela está apenas na superfície.

O homem cordial, segundo Sérgio Buarque, precisa expandir o seu ser na vida social, precisa estender-se na coletividade – não suporta o peso da individualidade, precisa “viver nos outros”. Essa necessidade de apropriação afetiva do outro pode ser notada, a título de exemplo, até em expressões linguísticas. Sérgio Buarque cita o sufixo “inho”, colocado em palavras como “senhorzinho” (“sinhozinho”), que revela a vontade de aproximar o que é distante do nível do afeto. O “homem cordial” é, portanto, um artifício, um ardil psicológico e comportamental, que está encrustado em nossa formação enquanto povo. É por isso que Sérgio Buarque diz, também, que “a contribuição brasileira para a civilização será o homem cordial”.

FERNANDES, Cláudio. O homem cordial na formação do Brasil. Mundo Educação. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 17

TEXTO I

Cultura

7. Conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social.

8. Conjunto de conhecimentos adquiridos, como experiências e instrução, que levam ao desenvolvimento intelectual e ao aprimoramento espiritual; instrução, sabedoria.

9. Requinte de hábitos e conduta, bem como apreciação crítica apurada.

CULTURA. In: Dicionário Michaelis On-line. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/cultura/. Acesso em: 12 jul. 2019.

TEXTO II

Câmara aprova funk como manifestação da cultura popular

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira (23) o Projeto de Lei 4124/08 que reconhece o funk como manifestação cultural popular digna do cuidado e proteção do Poder Público. O texto assegura aos artistas do funk o respeito aos seus direitos, e ao movimento funk a livre realização de suas atividades e de manifestações como festas, bailes e reuniões.

O relator na CCJ ressaltou que “faz-se necessário que o Estado reconheça todas as formas de manifestações culturais e as incentive, para evitar o preconceito e para que valiosas formas de manifestações culturais, como o funk, deixem de ser criminalizadas e associadas à violência, tráfico e consumo de drogas, como comumente ocorre no Brasil”.

Disponível em: https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/557886-CAMARA-APROVA-FUNK-COMO-MANIFESTACAO- DA-CULTURA-POPULAR.html. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO III

“A cultura é ferramenta de combate ao preconceito”

No Dia Internacional Contra a Homofobia, neste 17 de maio, o coordenador-geral de institucionalização do Ministério da Cultura da Secretaria de Articulação e Desenvolvimento Institucional (SADI), Eliseu de Oliveira Neto, coordena o trabalho para reativar o Comitê Técnico de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) do MinC [Ministério da Cultura], parado há um ano. Ele enxerga um cenário de recrudescimento da intolerância no Brasil, e defende que a área cultural deve ser vanguardista na luta pela equidade de direitos.

“A cultura tem um papel fundamental, porque ela tem capacidade tanto de combater o preconceito quanto valorizar o público LGBT. Ela pode mudar o mundo, abrir olhares e pensamentos. A arte é uma maneira de quebrar preconceitos ou tabus”, define.

Disponível em: http://cultura.gov.br/a-cultura-e-ferramenta-de-combate-ao-preconceito/. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO IV

Entrei pelo seu rádio, tomei, cê nem viu: Racionais MC’s no vestibular da Unicamp

Não eram os Racionais que haviam chegado a algum lugar excepcional, mas sim a universidade que dava um passo rumo ao lugar que os Racionais já ocupam, há bastante tempo, na nossa cultura. No entanto, ao lado dos aplausos dos fãs dos Racionais, não demorou para começar a circular a ofensiva conservadora contra essa notícia, atacando os Racionais, a Unicamp e todos que aprovaram a inclusão de um disco de rap ao lado dos livros de poesia do vestibular.

É, sim, de um bloqueio que se trata, ou melhor, de uma tentativa de interdição que, no fim das contas, nunca funcionou, porque os Racionais e todo o movimento do rap nacional não se fizeram apesar dessa resistência violenta ao que querem dizer, mas por causa da resistência que os jovens negros enfrentam para se afirmar, em todos os campos da vida, não apenas na cultura.

Na verdade, nenhuma letra dos Racionais foi feita para cair no vestibular, mas sim para fazer com que os jovens negros pudessem, dali em diante, disputar o vestibular e tudo que dele decorre.

Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/racionais-unicamp/. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Caminhos para a superação de preconceitos e estereótipos relacionados à cultura, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 14

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema O investimento no SUS como saída para um sistema de saúde de qualidade no Brasil.

Texto I

Em defesa do SUS

O Brasil tem um sistema de saúde peculiar. É o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que oferece assistência universal a todos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sem ele, os cuidados médicos seriam um privilégio de poucos, não um direito da população. É, de fato, uma conquista fundamental dos brasileiros e devemos mantê-la.

Muitos entusiastas de nosso sistema público de saúde pregam sua expansão nos moldes do aclamado National Health System (NHS) britânico -- uma referência mundial --, inclusive defendendo o fim da saúde suplementar.

Esse desejo, no momento, não passa de uma utopia. O modelo suplementar é o duto por onde chegam ao Brasil as principais inovações de procedimentos, equipamentos, medicamentos e terapias.

Sem depender da máquina estatal, acaba por ser o agente que viabiliza financeiramente a constante modernização dos hospitais de referência do país.

Levando em conta que o SUS encontra-se subfinanciado, com repetidas declarações de que o governo não tem condições financeiras de prover ainda mais subsídios para a adequada manutenção do serviço, como é possível falar em eliminação do setor privado? Isso significaria delegar ao SUS cerca de 50 milhões de pessoas, pressionando de forma expressiva os cofres públicos.

Infelizmente, a questão vai muito além do mero aspecto financeiro. Recentemente denunciou-se um esquema de corrupção envolvendo a empresa norte-americana Zimmer Biomet, que admitiu à Justiça de seu país o pagamento de propinas a médicos do SUS em troca da facilitação na venda de produtos a hospitais públicos brasileiros.

É sabido que todo médico que atende em instituições públicas também trabalha no setor privado --da mesma forma, a maioria dos hospitais particulares no Brasil atende tanto o SUS quanto a saúde suplementar. Em suma, a corrupção é um problema sistêmico do setor de saúde. Como tal, deve ser combatida em conjunto.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) move na Justiça dos Estados Unidos uma ação contra a própria Zimmer e outras das maiores fabricantes de órteses, próteses e materiais especiais por supostamente adotarem condutas corruptas em suas operações no Brasil.

Nosso objetivo principal é exigir regras de compliance mais rígidas dessa indústria, com a adequada transparência nos negócios.

À luz disso, pergunto: quem defende o SUS? A Abramge, que fez a denúncia da admissão do pagamento de propina a médicos e hospitais brasileiros, ou os autoaclamados defensores da saúde, que propugnam o fim dos planos privados sem apresentar solução para o sistema público?

E mais: o que estão fazendo para proteger o beneficiário do SUS? Existe alguma entidade para a defesa desse cidadão?

O que vemos rotineiramente são alguns advogados travestidos de órgãos não governamentais procurando razões esdrúxulas para processar o serviço privado.

Enquanto não houver uma resposta satisfatória para tais perguntas, o setor de saúde suplementar não fugirá desta luta e continuará a defender a possibilidade de ampliar o acesso do cidadão à saúde de qualidade, pública ou privada.

RAMOS, Pedro. Em defesa do SUS. Folha de S.Paulo. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Texto II

Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil

Se você nunca precisou ficar na fila do SUS, no mínimo já ouviu falar dela. O sistema público de saúde deixa a desejar: um atendimento especializado leva em média três meses para ser marcado (muito mais, dependendo da especialização) e um diagnóstico, um ano para ficar pronto.

Mas, às vezes, essa é a única saída para os 75% de brasileiros que não podem custear consultas privadas ou planos de saúde. Thomaz Srougi via essa realidade de perto quando criança. Seu pai é urologista, trabalhava longas horas e ganhava pouco. Thomaz fez questão de passar longe da carreira de médico, mas a pulga ficava atrás da orelha: será que não tem um jeito melhor?

Tinha. Afinal, de todo grande problema, nascem oportunidades. Depois de anos em bancos de investimento, grandes empresas e depois como sócio de um grande fundo, Thomaz fez cursos na Universidade de Chicago e Harvard Business School, até voltar ao Brasil preparado para enfrentar o desafio da saúde no país. Sua solução era prover um serviço que fosse tão ou mais eficiente que o sistema privado, porém acessível à população de baixa renda. Em 2011, a primeira clínica do Dr. Consulta estava operante, validando seu modelo, na favela de Heliópois, em São Paulo.

É aí que entra Guilherme Azevedo, amigo de infância de Thomaz. Ele já tinha experiência empreendedora, mas nunca satisfez seu desejo de criar um negócio de impacto social. Quando os dois se reconectaram, Guilherme já vinha estudando o mercado de saúde e como replicar boas ideias de fora. Ingressou como COO do Dr. Consulta para, juntos, formarem uma rede que oferecesse serviços primários de saúde de alta qualidade e pudesse entregar diagnósticos 25 vezes mais rápido que o sistema público, cobrando 60% a 90% menos que o sistema privado.

1,3 bilhões é a demanda anual de consultas do SUS, mas 800 milhões deixam de ser realizadas pela ineficiência de gestão e monitoramento de seus pacientes.

Naturalmente, quando chega o momento de o paciente ser atendido, o custo de tratamento é mais alto do que se ele tivesse visto o médico quando começou a ter sintomas – isso com a esperança de que ele ainda possa ser curado. O Dr. Consulta aposta em uma tecnologia que torna esse processo mais inteligente, logo, menos custoso e com mais chances de eficácia para a saúde do paciente.

Enfermeira cria negócio de sucesso com venda de programas de saúde personalizados

O sistema de agendamento, resultados e acompanhamento é todo automatizado e online. A empresa tem uma quantidade significativa de dados de seus mais de 200 mil pacientes – informações que podem ser usadas para prevenir doenças, se comunicar com pacientes e facilitar consultas virtuais.

Thomaz e Guilherme também fizeram uma prioridade recrutar os melhores médicos e enfermeiros do Brasil. Oferecendo compensações competitivas (a compensação por hora se equipara à de um convênio), a possibilidade de conduzir pesquisas e um meio de devolver à sociedade, o Dr. Consulta criou uma marca forte também entre os profissionais de saúde.

Estão disponíveis atendimento de clínico-geral e em mais 35 especialidades, exames de sangue, ultrassom e procedimentos menos complexos, por preços que começam em torno de R$40. E o modelo se provou, afinal! Os sócios chegaram ao breakeven point em 2 anos e meio e as 7 clínicas Dr. Consulta atendem pelo menos 20 mil pessoas por mês.

O Dr. Consulta é a primeira rede médica de baixo custo e alta qualidade focada na base da pirâmide. É apaixonante o trabalho que todo o corpo de colaboradores realiza, principalmente se considerarmos o tamanho do “buraco” que eles podem tapar. Bom, a Endeavor também se apaixonou por essa jornada empreendedora.

No último dia 07/08, Thomaz Srougi e Guilherme Azevedo foram selecionados como os mais novos Empreendedores Endeavor, no 60º Painel Internacional de Seleção (ISP) em São Francisco, EUA. Os dois passaram por diversas etapas e foram avaliados por grandes especialistas em negócios do mundo todo, levando em conta critérios como capacidade de execução, potencial de escala e o diferencial do negócio.

O processo de seleção da Endeavor acontece continuamente e tem duração média de nove meses. Só em 2014, mais de duas mil empresas foram avaliadas no Brasil, 300 foram entrevistadas e apenas 8 conseguiram a aprovação final. O objetivo é selecionar os empreendedores e negócios de maior impacto do país e apoiá-los com conexões transformadoras, para que eles cresçam em geração de emprego e renda, se tornando exemplos ainda mais inspiradores para as futuras gerações.

Esse é o sonho grande de Thomaz e Guilherme. Sua história empreendedora é única e inspiradora, já que são poucos os que realmente se dispõem a tentar resolver os problemas sociais mias crônicos do país. São menos ainda os que se saem bem.

Assim, é fácil entrar nesse sonho com eles. Mas sonho sozinho não muda o Brasil: por isso, o plano de médio prazo é que o número de clínicas em São Paulo chegue a 100, com capacidade para atender 3 milhões de pacientes anualmente, até 2018.

A dinâmica do dr. Consulta tem o potencial de transformar as interações e operações médicas para pacientes brasileiros de baixa renda, mas, além disso, de influenciar a forma que consultas são conduzidas em muitos outros países.

E aí, quem sabe, aquele gargalo de 800 milhões não só chega a zero por aqui, como podemos impactar essa realidade com mais gente saudável em todo o mundo.

PEQUENAS EMPRESAS e GRANDES NEGÓCIOS. Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 13

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija somente um parágrafo de introdução, em 6 linhas, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema “A desigualdade ainda presente no Brasil”, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I:

Texto II:

A máquina da desigualdade foi-se estruturando ao longo de séculos e se exacerbou quando, no século XX, o país se urbanizou e industrializou de forma acelerada. Por quê? – devemos nos perguntar. Parecem existir algumas causas fundamentais.

• A concentração da riqueza e a dificuldade de acesso aos meios de produção são traços históricos na formação brasileira.

• O acesso aos meios de produção necessários à atividade industrial muito concentrado.

• A orientação da produção, resultado do modelo de desenvolvimento seguido pelo país.

• O papel arbitrário do Estado brasileiro, grande agente promotor do desenvolvimento econômico, com concentração social e regional de renda, no Brasil do século XX.

• A ausência de uma reforma agrária.

• Uma visão de mundo, na percepção que grande parte do empresariado tem de si mesma e do restante da sociedade brasileira.

Texto III:

Proposta de Redação - Redação - pH 23

A partir da leitura do texto seguinte e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 15 a 20 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema “O tempo limitado e a quantidade cada vez maior de atividades”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.  

O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social, dando a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido

O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?

O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com relações sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas e obrigações com que as pessoas se envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há cada vez menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: “Há realmente essa impressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer”.

Maria Helena Oliva Augusto, professora do Departamento de Filosofia e Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a percepção temporal muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila”.

Para Maria Helena, isso vem se tornando uma maneira de viver no mundo de hoje: “Em todas as situações, você acaba sendo apressado. Essa aceleração do ritmo temporal se manifesta nas nossas ações mesmo que elas, aparentemente, não tenham a ver com o tempo, como dar passagem no trânsito, por exemplo”. A socióloga destaca ainda um outro ponto comum entre todos os pesquisadores dessa temática: a frequência em que as pessoas assumem mais compromissos do que podem, criando uma sobrecarga de tarefas. “É importante se manter nos próprios limites, não os ultrapassar com os compromissos que assume. Isso dificilmente acontece e daí surgem as tensões, estresses e preocupações com a falta de tempo”, explica.

Entretanto, quando o acúmulo é muito grande, é normal que a memória não funcione corretamente e os esquecimentos aconteçam. O professor Menna-Barreto explica: “Memória, atenção, concentração são bastante prejudicadas, resultado de um desajuste entre diferentes funções do organismo. Imagine o organismo como uma orquestra: mesmo que cada instrumento funcione perfeitamente, sem ajustes na sequência a sinfonia fica prejudicada”. De maneira geral, quando há uma sobrecarga de funções, as atividades psicológicas sofrem certo prejuízo.

A professora Maria Helena destaca: “A percepção de aceleração do tempo é uma coisa angustiante. É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas, depressivas e estressadas que se encontram. Elas percebem o tempo passando rapidamente e, por isso, têm pressa de viver intensamente. Isso acaba criando situações de tensão muito grandes”.

Além do nosso sistema nervoso, o constante acúmulo de compromissos causa problemas a outros aspectos da saúde. Menna-Barreto ressalta que pessoas sobrecarregadas ou com jornadas duplas, por exemplo, têm privação de sono, que acaba desencadeando diversos distúrbios como transtornos de humor, problemas na digestão e alterações cardiovasculares.

Falando em um viés mais humanitário, Scheroki destaca que nem todos percebem o prejuízo disso nas relações pessoais: “Alguns de nós nos tornamos, de certa forma, resistentes a esses atropelos da vida, mas alguns não aguentam. Quem sente mais o prejuízo é, por exemplo, quem tem família e, portanto, menos tempo para passar com eles ou quem sente falta de um tempo para o lazer. Em suma, o principal prejuízo é que, quando se tem muitas atividades, elas acabam sendo realizadas com uma qualidade inferior ou acabam deixando de existir”.

Tentando pensar em como mudar esse panorama, Maria Helena afirma: “A questão é sempre de escolhas. Não sei se tem a ver com driblar a situação [de sobrecarga de atividades], talvez a possibilidade seria a tentativa de realmente viver o presente”. Para a professora, as pessoas, normalmente, vivem em função do futuro. Baseando-se no passado ou se planejando para o futuro, o presente acaba passando sem se perceber. “A possibilidade de perceber esse fluxo de uma maneira menos conturbada tem a ver com essa tentativa de se manter no presente. Não no sentido de ser irresponsável com seus compromissos, mas estar presente no que está fazendo, pela dedicação a um momento posterior”, finaliza.

MARTINS, Raphael. Disponível em: . Acesso em: 7 ago. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 28

Texto I

Conheça 3 mangás famosos que viraram anime

Com o sucesso de algumas histórias, as emissoras japonesas decidiram lançar versões animadas de mangás para aumentar o público e obter maior audiência. Confira 3 séries famosas que viraram anime:

SailorMoon (1992)

Série de mangás criada por Naoko Takeuchi e adaptada como anime pela Toei Animation. SailorMoon conta a história de Usagi Tsukino (Serena Tsukino, no Brasil), uma menina inocente de 14 anos que descobre ser “SailorMoon”, uma guerreira mágica destinada a salvar a Terra das forças do mal. Ela recebe tarefas e conta com a ajuda de guardiãs que lutam ao seu lado. O anime possui 200 episódios distribuídos em cinco fases: SailorMoon Classic, SailorMoon R, SailorMoon S, SailorMoonSuper S e Sailor Stars. Cada fase apresenta novos personagens e desafios.

No decorrer da série, Usagi e suas amigas aprendem mais sobre seus poderes e inimigos. O passado dos personagens é algo misterioso até mesmo para eles e grande parte da série inicial é dedicada a redescobrir suas verdadeiras identidades e origens. SailorMoon contém 52 capítulos (60 na edição revisada) e 10 histórias paralelas.

Naruto (1999)

Série criada por Masashi Kishimoto, que tem como personagem central Naruto, um jovem ninja que busca ser reconhecido e sonha em se tornar Hokage (líder máximo). A série acompanha toda a evolução dele como ninja e conta com aventuras e lutas constantes. O anime começou a ser exibido pelo Cartoon Network e SBT em 2007 e ganhou muitos fãs pelo Brasil. O mangá tem 72 volumes e, em setembro de 2014, teve mais de 200 milhões de cópias impressas. Vendeu mais de 130 milhões de cópias no Japão e os 70 milhões restantes no exterior, tornando-se a terceira série de mangás mais vendida da história.

O anime possui 2 fases e conta com 11 filmes de histórias paralelas. A primeira fase, com 220 episódios, mostra todo o início da história de Naruto e seus companheiros, com suas origens e relacionamentos. A segunda fase, chamada de Naruto Shippuden, possui 470 episódios lançados e dá continuidade às aventuras do personagem, agora adulto. É possível assistir episódios pela Netflix ou Claro Video.

Dragon Ball (1984)

Considerado o mangá mais influente dos últimos 30 anos, Dragon Ball, criado por Akira Toriyama, foi publicado em 42 volumes e o anime possui 153 episódios. A animação é baseada nos 16 primeiros volumes do mangá original, e a sequência, Dragon Ball Z, nos 26 volumes restantes. Em 1996, uma terceira série cuja história não tem origem no mangá foi produzida: Dragon Ball GT. Entre 2009 e 2015, uma versão revisada de Dragon Ball Z foi transmitida sob o título de Dragon Ball Kai. Uma quinta série intitulada Dragon Ball Super começou a ser transmitida em 5 de julho de 2015.

Utilizando-se da mitologia chinesa, Akira criou um mundo fantástico, com lutas espetaculares, poderes, dragões, máquinas, alienígenas e qualquer coisa que sua imaginação permitisse. Tudo começa com o pequeno garoto Goku, que mora sozinho na Montanha Paozu. Ele é encontrado numa floresta por Gohan, que o ensina artes marciais. A aventura começa quando Goku conhece uma garota chamada Bulma. O personagem embarca em uma missão para recuperar Esferas do Dragão que, quando reunidas, invocam o Dragão Shenlong para realizar um desejo. Com o tempo, faz novas amizades e luta para livrar o mundo das forças do mal.

Disponível em: https://www.altoastral.com.br/conheca-4-mangas-famosos-que-viraram-anime/. Acesso em: 12/08/2018. Adaptado.

Você acabou de ler uma matéria que apresenta três famosos mangás que viraram anime. Sua tarefa será criar uma narrativa em que um ou vários desses personagens apareçam e lutem contra o mal. Seja bastante cuidadoso ao escolhê-los para que sua história seja coerente e apresente início, meio e fim.

Proposta de Redação - Redação - pH 24

Tecnologia e infância combinam?

A discussão não é necessariamente nova. Há tempos a relação entre crianças e tecnologia divide opiniões e concepções educativas de famílias e escolas. Mas, se antes a questão resumia-se a deixar os pequenos assistirem ou não à tevê ou às horas despendidas diante do computador, hoje – em tempos de novas tecnologias e dispositivos móveis – o debate ganha maior complexidade e escala. 

É consenso que celulares, tablets, consoles portáteis de games e outros eletrônicos têm adentrado o universo infantil cada vez mais cedo. Em muitos casos, inclusive, essa introdução conta com o apoio dos próprios pais e instituições de ensino. Não é raro encontrar escolas que, já no Ensino Infantil, ofertam atividades envolvendo tablets, apps e outros recursos virtuais com o intuito de auxiliar aprendizagens que vão desde brincadeiras explorando o conhecimento dos alunos sobre animais e cores até a alfabetização.

Em casa, o uso é ainda mais generalizado. O estudo americano Zero to Eight: Children’s Media Use in America, de 2013, revela que 38% das crianças com menos de 2 anos utilizavam gadgets, ante 10%, em 2011. Na faixa etária de 2 a 4 anos, o índice subiu de 39% para 80% nesse mesmo intervalo de tempo e, de 5 a 8 anos, de 52% para 83%.

Dados como estes têm suscitado a seguinte questão: o uso prematuro de tecnologia beneficia ou prejudica o desenvolvimento da criança? “Tudo depende do uso que pais e educadores fazem deles”, responde Andréa Jotta, psicóloga do Núcleo de Pesquisas da Psicologia e Informática (NPPI) da PUC-SP. “Óbvio que, se você oferecer aplicativos que estão de acordo com a faixa etária da criança, isso vai despertar o interesse dela e até aí tudo bem. Mas começa a ser ruim quando algo da rotina dela passa a ser vinculado ao uso da tecnologia. Por exemplo, a criança só almoça ou só dorme depois que vê uma historinha no tablet”, explica.

Nesse sentido, pais e educadores precisam ter em mente que crianças entre 3 e 4 anos de idade, por exemplo, precisam exercitar e desenvolver sua comunicação não verbal. “Nessa fase, a criança está desenvolvendo sua linguagem. Então, se ela passar um tempo muito extenso nessas atividades tecnológicas, poderá perder conceitos de comunicação e de sociabilização importantes”, adverte.

Principalmente nessa primeira infância, os ambientes virtuais devem ser introduzidos com a intenção de agregar aprendizados, mas nunca substituir as experiências concretas, empíricas. “Até os 3 anos de idade, a criança precisa muito do sensorial. Deve ser muito estimulada por meio do toque, cheiro, da interação olho a olho. O aprendizado nessa fase se dá muito dessa maneira. Ela tem de pegar a maçã na mão, ver se é dura ou se é mole, que cheiro tem. E o virtual não passa esse tipo de aprendizado”, aponta Farias.

Na escola, a preocupação deve ser a mesma. “A tecnologia é parte da rotina delas e isso é irreversível, não adianta nadar contra a maré. Eu não posso fazer uma dicotomia entre o que a criança vivencia lá fora e o que a escola apresenta. Essa dicotomia faz com que a criança se desmotive”, defende Quézia Bombonatto, psicopedagoga e diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Para ela, o ponto-chave da questão é o equilíbrio. “Quando eu coloco o tablet, por exemplo, como a única ferramenta a orientar o processo de alfabetização, isso não é legal. É bom que ela tenha a oportunidade de manusear essa ferramenta, mas uma criança de 3 anos precisa de outros estímulos psicomotores. É preciso prepará-la para a escrita, para segurar um lápis, fazer um recorte e explorar o espaço do papel”.

Entre as recomendações dos especialistas, deve-se evitar o uso por mais de uma hora contínua. “Ficar três, quatro horas conectado direto é péssimo. No máximo, uma hora. Pode até ficar mais, se fizer o uso em mais de um turno”, aconselha Farias.

Outro aspecto que precisa ser considerado é o horário em que o dispositivo tecnológico é utilizado. Por exemplo, ficar no tablet antes de dormir causa estímulo visual excessivo, o que prejudica o sono. “Mas o mais importante é passar para as famílias e educadores que o tablet ou qualquer outro recurso tecnológico não são babá eletrônica. Ou seja, não pode cair naquela coisa de dar o aparelho quando precisam de silêncio”, aponta o neurologista.

PAIVA, Thais. Disponível em: . Acesso em: 7 ago. 2018. Adaptado.

A partir da leitura dos textos-base e relacionando-os aos conhecimentos construídos ao longo do módulo, redija um texto dissertativo, de 15 a 20 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema “Até que ponto a tecnologia na infância pode ser um estímulo positivo?”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 26

Você viaja muito ou pouco? Para longe ou para perto? Para um país longínquo ou para uma cidade vizinha?

Reflita um pouco sobre isso e pense em uma viagem que você já fez em sua vida, não importa qual. 

Seu trabalho será elaborar um relato dessa viagem feita por você. Para onde você foi? Quem viajou junto? Foi divertido? Foi entediante? Esteve em pontos turísticos bonitos?

Não se esqueça de que o foco narrativo deve ser em 1ª pessoa e o personagem-narrador deve ser você. Seu texto deve ter entre 15 e 25 linhas, além de um título bem criativo.

Proposta de Redação - Redação - pH 27

Palavras de Moçambique

bassa (s.f.) emprego (trabalho; utilidade, serventia)

bacela (s.m.) brinde, gratificação, desconto

cacata (adjetivo) sovina, avarento, mão de vaca

chamuar (s.m. ou f.) amigo muito próximo

changana (etn.; gloss.) língua falada em Moçambique, na província de Gaza, em geral considerada, a depender da classificação, um dialeto da língua tsonga ou uma língua da família tsonga

chapa (s. m. ou f.) transporte coletivo não público

chapeiro (s.m.) condutor, motorista de transporte coletivo

ntela (s.f.) remédio; poção mágica; qualquer árvore

ntuculu (s.m.) sobrinho, neto ou bisneto

ntumbulucu (s.m.) 1. criação; cosmos; a natureza; 2. costumes antigos; tradição

plástico (s.m.) sacola plástica, saco de plástico

Disponível em: https://dicionarioegramatica.com.br/publicacoes-fixas/palavras-de-mocambique/. Acesso em: 10 ago. 2018. Adaptado.

Moçambique é um país da África que tem a língua portuguesa como idioma oficial. Porém, o português falado lá apresenta variações lexicais, utilizando palavras que são próprias da cultura africana, como as que aparecem na lista Palavras de Moçambique.

Sabendo que, na cultura moçambicana, os idosos são muito valorizados, sendo considerados os detentores do conhecimento oral que é passado aos mais jovens, escreva um texto narrativo de 15 a 30 linhas que tenha Moçambique como ambiente e, para isso, utilize, no mínimo, cinco palavras africanas da lista apresentada, respeitando os significados indicados

Proposta de Redação - Redação - pH 20

Brasil é o 2º país com mais casos de bullying virtual contra crianças

O cyberbullying é o termo usado para designar práticas de violência que acontecem principalmente pela internet. As vítimas costumam ser crianças e adolescentes em idade escolar e que são usuárias de redes sociais. Uma pesquisa realizada pelo Ipsos coloca o Brasil como o segundo país com a maior incidência de casos de cyberbullying no mundo. Foram entrevistadas 20.793 pessoas em 28 países. Cerca de 30% dos pais e responsáveis brasileiros afirmam terem tido conhecimento de pelo menos um caso em que o filho ou a filha foi vítima de bullying. Nessa disputa, o país fica atrás somente da Índia, que tem 35%. Ambos superam bastante a média global de 17%, de acordo com a pesquisa.

MARQUES, Pablo. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2018. Adaptado.

Construa um texto de 15 a 20 linhas em que você defenda sua posição sobre o bullying na internet. Você acha que o bullying é algo sério ou que suas consequências são sempre passageiras? Pontue argumentos para reforçar sua opinião.

Proposta de Redação - Redação - pH 28

Cenas de Aeroporto

Disponível em: http://www.brazilianvoice.com/wp-content/uploads/2018/07/cena.jpg. Acesso em: 10 ago. 2018.

Observe a fotografia e imagine que a cena retratada por ela é da despedida de um casal de namorados em um aeroporto. Qual deles está indo viajar? Por quanto tempo ficará fora? Quais são os motivos da viagem?

Para responder a todas essas perguntas, escreva um conto, de 15 a 25 linhas, que apresente complicação, clímax e desfecho da situação. Depois, leia-o para o professor e os colegas.

Proposta de Redação - Redação - pH 18

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Consumo ideológico: oportunidade para minorias ou oportunismo de grandes empresas? Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.

Texto I:

Primeiramente, o que é consumo ideológico?

Com a pulverização de informação, intensificada pela internet, alguns assuntos foram ganhando cada vez mais espaço e relevância na sociedade. Assim, causas que antes eram menos evidenciadas conquistaram destaque.

Esse movimento influenciou diretamente em alguns setores do consumo, uma vez que a possibilidade de alcançar novos nichos passou a se tornar mais evidente.

Restaurantes vegetarianos, produtos de beleza cruelty free (sem crueldade com os animais) e shampoo feitos sob medida para cabelos crespos são alguns dos exemplos de produtos que surgiram para suprir necessidades que se tornaram mais visíveis depois da virada do milênio.

Pensando nisso, alguns termos surgiram para classificar formas de consumo que, de certa forma, estão relacionadas a marcas que refletem essas preocupações sociais e éticas dos consumidores.

Green Money Se refere a produtos ou serviços que têm preocupações ecológicas atreladas a sua produção/circulação.

Podem indicar regimes de cultivo de vegetais orgânicos, empresas que se comprometem a diminuir a emissão de poluentes ou, até mesmo, a garantia de reparo na natureza a possíveis danos causados pela produção/extração do produto.

Black Money O termo surgiu nos EUA como forma de ressignificar uma palavra que tinha valor pejorativo e dizia respeito ao capital que vinha de atividades ilegais.

Hoje, o termo Black Money é usado para caracterizar o incentivo aos negócios criados ou geridos por pessoas negras, em uma maneira de apoiar e reafirmar a posição de empresas comandadas por essas pessoas, representando uma tentativa de diversificar as empresas e o mercado, de maneira geral.

Pink Money Esse termo caracteriza a comercialização de produtos que visam alcançar o público LGBTI+.

É interessante destacar que nenhum dos termos acima, em sua definição, é pejorativo. No entanto, é comum observar essas nomenclaturas sendo usadas para questionar ações e marcas que lançam mão de causas (sejam sociais, sejam ambientais) somente com fins lucrativos.

Quando se trata de consumo ideológico, os clientes buscam uma mudança efetiva como resultado da compra. Ou seja, cobram das empresas que realmente façam a diferença.

O discurso sustentável e preocupado com grupos minoritários, usado como forma de cativar um público, mas sem verdade, pode ser uma ideia perigosa para as marcas, já que a audiência busca construir uma relação de confiança com as empresas.

No momento em que essa relação é quebrada ou provada falsa, é muito complicado para uma empresa retorná-la novamente. Por isso, é necessário que exista uma unidade no discurso das marcas.

(Pedro Galvão. Rockcontent, 26 jun. 2019. Disponível em: . Acesso em: 09 jun. 2021. Adaptado.)

Texto II:

Do Black ao Pink Money, fintechs associam soluções financeiras a causas sociais Já há máquina de cartões para negócios comandados por negros e banco digital, em que cliente escolhe seu nome social.

O setor financeiro, tradicionalmente marcado pela burocracia e pela formalidade, está se transformando para conquistar novas gerações. A popularização das fintechs, empresas financeiras de base tecnológica, aumentou a disputa no setor e tem proporcionado serviços cada vez mais segmentados. Para se destacar, alguns desses novos negócios digitais apostam numa relação de identidade com o público, associando soluções financeiras a causas sociais.

A associação do setor contabiliza 697 fintechs no país, mas apenas 13 são registradas no Banco Central. Outras 20 estão na fila. Com maior disputa no setor bancário, ainda muito concentrado no Brasil, duas fintechs lançadas em novembro resolveram focar em dois públicos ainda marginalizados, inclusive no mercado financeiro: o negro e o LGBTI+.

O movimento Black Money, que busca conectar pessoas negras empreendedoras, lançou a Pretinha, máquina de pagamentos por cartões voltada exclusivamente para negócios comandados por esse público. O objetivo é oferecer taxas mais baixas e subsidiadas a empresários negros para compensar a maior dificuldade de acesso a crédito desse grupo, já apontada em pesquisas.

A Pretinha já pode ser encontrada em mais de 30 lojas em seis cidades brasileiras, mas tem como meta fechar o ano com 100 clientes, de artesãos a médicos negros. A maquininha cobra taxas que chegam à metade das praticadas pelas gigantes do mercado, como Cielo e Rede. Além do alívio no bolso, a iniciativa tenta agregar um valor social ao aparelho, com a difusão de conhecimento sobre negócios.

— É uma forma de o empreendedor negro ter o serviço com menor tarifação e também um diferencial nas vendas. Quem tem a maquininha também tem acesso a nossos conteúdos de educação financeira. Negros e negras precisam de crédito, mas também de ajuda sobre como desenhar seu business – diz Nina Silva, fundadora da D’Black Bank, fintech por trás da Pretinha.

(Giulia Costa e Pedro Capetti. O Globo, 08 dez. 2019. Disponível em: . Acesso em: 09 jun. 2021. Adaptado.)

Texto III:

Na noite desta segunda-feira (9), Nego do Borel lançou o clipe para o single “Me Solta” e, em questão de minutos, tornou-se alvo de críticas on-line tanto de conservadores quanto da comunidade LGBT+. O motivo? No vídeo, produzido em parceria com o pessoal do Kondzilla, Nego, homem heterossexual e cisgênero, aparece encarnando “Nega da Borelli”, uma personagem que ele afirma ter inventado há anos e reproduzido em inúmeros lugares/programas ao longo da carreira.

“O clipe é exatamente um reflexo da favela, ela tem uma diversidade enorme”, comentou Nego em entrevista ao Extra, afirmando saber de antemão que o vídeo causaria “polêmica”. Claro, na mesma hora em que atingiu a esfera on-line, Nego foi acusado de querer se apropriar do pink money e lucrar em cima da comunidade LGBT. Mas ele não está sozinho nessa exploração.

Antes de mais nada, é preciso entender que o fenômeno do “pink money” foi descoberto no final da última década por economistas, quando perceberam que o público gay masculino tinha um grande potencial de compra e significava lucro para empresas do setor de luxo, hotelaria, turismo etc, gastando até 30% mais do que heterossexuais. O nicho foi visto como a galinha dos ovos de ouro para empresários, que aos poucos começaram a investir em produtos voltados diretamente para esse mercado.

E aqui está o primeiro e principal problema com empresas que miram no pink money. É muito fácil levantar a bandeira da diversidade quando se mira uma crescente nos lucros e nas vendas. O difícil mesmo é querer ajudar de fato a comunidade LGBT a diminuir seus índices de violência, assassinatos, abandono familiar, depressão, suicídio etc. Não teve prova maior disso do que o último junho, Mês Internacional do Orgulho LGBT, com sua infinidade de marcas que lançaram coleções e campanhas voltadas para a comunidade, vendendo produtos repletos de arco-íris, unicórnios e frases de efeito.

Agora, quantas delas tiveram a preocupação e o cuidado de redirecionarem pelo menos R$1 de seus lucros para instituições que ajudem pessoas LGBTs em situação de risco? Quantas delas pregam essa mesma diversidade de fachada das suas campanhas publicitárias no seu quadro de funcionários?

(...)

Não há problema nenhum em artistas heterossexuais demonstrarem apoio à causa LGBT. Mas o que cabe a nós, enquanto comunidade, é avaliar cuidadosamente os momentos e as formas em que esse apoio é demonstrado, para não nos tornarmos alvos mais fáceis do que já estamos sendo, servindo de degrau para impulsionar a carreira de quem não está preocupado com o lado menos “bonito” e “alegre” da comunidade.

Se o objetivo de Nego do Borel fosse mesmo mostrar a “diversidade” da favela, como Anitta conseguiu fazer tão bem no clipe de “Vai Malandra”, repleto de figurantes trans, gays e andróginos, é estranho o fato de que ele é a única personagem de “Me Solta” a se vestir e se portar daquela forma. Mas não basta criticar Nego por essa escolha – ou pela falta dela, já que só há ele de “representante” da comunidade LGBT no vídeo.

Afinal, assim como nós, ele se tornou mais uma ferramenta na grande engrenagem da indústria cultural. Por mais que tenha declarado ser o grande autor por trás da ideia de beijar um homem em frente às câmeras, é difícil acreditar que não exista um time de marketing por trás desse clipe – cuja cinegrafia e a própria música não deixam de ser excelentes –, dizendo que mirar nos LGBTs é a nova tendência do mercado.

Mas que fique a lição. Foi preciso muito esforço e luta para que programas humorísticos parassem de usar como recurso cômico e preguiçoso a figura da “bichinha” que envergonha o pai ou do gay afeminado que é fissurado em cuecas de couro. E isso não aconteceu do dia para a noite. Travestis, transexuais e bichas pretas são até hoje vistas como “barraqueiras”, promíscuas e reativas, negadas de uma aceitação social que lhes priva tanto de direitos básicos à saúde, à segurança e à educação como de oportunidades no mercado de trabalho formal, aprisionadas em um estereótipo alheio e reforçado ainda mais com produtos como o clipe de “Me Solta”.

A comunidade LGBT no Brasil não está precisando dessa representatividade oportunista da mídia. O que precisamos é que parem de nos matar. E esse problema não vai ser resolvido nem tão cedo, se continuarmos permitindo que usem a figura de gays afeminadas como piada. Que a partir de agora prestemos mais atenção nas bichas pretas cantadas por gente como Linn da Quebrada do que na estereotipação de Negas das Borellis. Porque a contagem de corpos LGBTs no chão desse país continua a crescer na mesma proporção que as visualizações de “Me solta”.

(João Ker. Revista Híbrida, 2018. Disponível em: . Acesso em: 09 jun. 2021. Adaptado.)

Texto IV:

A representatividade e suas falácias

As “urgências” da Comunidade Negra

Contextualizando Um estudo feito pelo Google, em parceria com o Instituto Datafolha e a Mindset-WGSN, ouviu especialistas, criadores, estudiosos e pessoas de diferentes idades, classes sociais e regiões do país – todos negros – visando entender quais são os temas mais urgentes quando falamos do assunto – negritude – no Brasil.

Agora, percebam qual o fator que os incentivou a saber mais sobre a comunidade negra: “É importante também repensar o papel que as marcas podem exercer, construindo pontes e ampliando seu raio de atuação...”

Uma das descobertas mais importantes, na opinião deles, foi a dissonância cognitiva do grupo focal. Atenção ao fragmento: “...nem sempre o que se é discutido é tão relevante para a população negra. Ao mesmo tempo, assuntos que deveriam ser tratados com urgência não são prioridade em algumas discussões.”

Na imagem anterior fica destacada a diferença entre o que foi classificado como “relevante” e o que deveria ter mais “visibilidade no debate público”, segundo o estudo.

Dos bons exemplos Nos Estados Unidos, um dos três feriados dedicados a personalidades – num país de poucos feriados – é o de Martin Luter King.

Neste dia, instituições e pessoas são estimuladas a praticar ações humanitárias locais e voluntárias, em memória ao pastor batista e ativista de direitos civis assassinado em 1968.

No dia seguinte a sua morte, James Brown fez um show em Boston, aberto para o público, e não foi apenas seu melhor show, foi um marco histórico para ele, a comunidade negra e a sociedade. James Brown, no auge, se posicionou. Teve lado.

Contudo, artista e influencer ter lado parece algo que ocorre apenas em terras distantes.

Dos Tokens Eu tenho que respirar muito fundo pra voltar pra realidade brasileira, onde reina o silêncio da classe artística sobre o que Roberto Alvim fez na Secretaria da Cultura.

E quando me refiro à “classe artística”, vou ser bem específico.

... Eu estou falando da classe artística que detém os maiores e mais gordos contratos. Da turma da cultura de massa. Das maiores emissoras. Dos maiores contratos com gravadoras e distribuidoras. Com agenda cheia pra propaganda de banco, de supermercado, de carro, de programa de auditório.

Eu tô falando do pessoal do pagodin.

Do sertanejo. O axé. A rapaze do pop-funk-fuck. O pessoal influencer.

Eu dei um passeio nas redes sociais de Thiaguinho, da Maiara e Maraísa, da Simone e Simaria, Ivetão, Anittão de Honório, do Whindersson, da Kéfera, um pessoal assim, que pega eventualmente umas bocas nervosa de dinheiro, e percebi algo em comum em todos eles:

Eles estão num Brasil onde não tem pobre.

Quer dizer, tinha: eles.

Lucram milhões com a cultura popular. Sertanejo nasce com o homem do campo. Axé music nasce com o povo negro oprimido. Pagode nasce nas rodas de Partido Alto no subúrbio do Rio de Janeiro. Essas pessoas ganham uma quantidade significativa de dinheiro parasitando as criações populares, o povo que lhes paga pelos ingressos, mesmo povo que é oprimido pelos governantes que eles, silenciosamente, apoiam, alguns até declaram mesmo. E patrocinadores que tão se lixando pra quem chora, querem é vender o lenço.

Da Representatividade Real “Isso difere de gente no mundo todo. Jane Fonda, Joaquin Phoenix, que inclusive foram presos por protestos por direitos civis, Jay-Z, Beyoncé, comediantes, atores, intelectuais que protestaram como King, atrizes e comediantes, gente que lucra muito mais dinheiro, que foi tão pobre quando muitos que disse aqui, subiram economicamente e peitam o sistema.”

Agora me diga você...

Qual a/o representante Negra(o)que você vê peitando o sistema? Lutando para autonomia do seu povo?

Qual a liderança que lhe demonstra um caminho? Qual tem uma agenda?

Conclusão A representatividade que as “marcas” desejam nos dar é aquela que advoga pelos interesses delas, patrocinada por eles (o opressor) para nos distrair.

Contraditoriamente, as duas pautas que fazem propostas reais para nossa comunidade ocupam os últimos lugares da pesquisa. Por qual razão?

Precisamos imaginar um futuro preto, poderoso, livre da influência do Yuguru – isso é Afrofuturismo – e a forma de criar esse futuro é com o impacto do Black Money.

(Alan Soares. Movimento Black Money, 2018. Disponível em: . Acesso em: 09 jun. 2021. Adaptado.)

Proposta de Redação - Redação - pH 13

Texto I

Entenda como funcionam as cotas raciais

As cotas raciais são ações afirmativas que têm como principal função a reparação de desigualdades econômicas, sociais e educacionais no Brasil. Segundo dados do IBGE de 2015, somente 12% da população preta e 13% da parda possuem Ensino Superior. Tais reparações são efetuadas por meio de políticas públicas ou privadas retributivas. No caso das cotas raciais nas universidades, é feita a reserva de vagas para o ingresso de cidadãos pretos, pardos e indígenas. Em uma sociedade que historicamente privilegia um grupo racial e onde outros foram oprimidos, as cotas surgem como um importante meio de atuação contra a desigualdade social e a favor da democracia e da cidadania.

[...]

De 2005 a 2015, o número de jovens negros no Ensino Superior cresceu de 5,5% para 12,8%, segundo dados de 2016 do IBGE. Cabe ressaltar que, em 1997, apenas 1,8% dos jovens entre 18 e 24 anos que se declaravam negros frequentavam uma universidade, segundo o Censo.

[...]

Baseadas no argumento da meritocracia, algumas pessoas creem que as políticas afirmativas para negros são uma maneira de facilitar e privilegiar os negros em suas carreiras acadêmicas ou profissionais. Essa narrativa, entretanto, não leva em conta a existência de realidades heterogêneas e o acesso também desequilibrado na participação política popular e institucional. Outro argumento usado é a possibilidade de fraude, isto é, de pessoas poderem se autodeclararem negras. Outra crítica se embasa na ideia de que as cotas piorariam a qualidade do ensino superior ao nivelá-lo para baixo. No entanto, diversos estudos mostram que o desempenho dos cotistas é muito parecido com o de não cotistas e, em alguns casos, até superior.

RAMOS, Beatriz. Carta Educação. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019. (Adaptado)

Texto II

Há uma persistência histórica significativa da desigualdade originária no período escravista que perdurou até hoje. Nós argumentamos que o principal canal de transmissão dessa desigualdade nos últimos 150 anos foi a própria desigualdade de acesso à educação.

[...] Afinal, o que fizemos, como sociedade, nos últimos 150 anos? Após a abolição da escravatura, passamos a acreditar que todos eram iguais perante a lei e o que determinava o bem-estar de uma pessoa era exclusivamente a meritocracia? Naturalizamos a ideia de desigualdade racial? Ação afirmativa não seria uma das soluções disponíveis para os governantes?

LAUDARES, Humberto. Por que não negar as ações afirmativas. Nexo Jornal. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019. (Adaptado)

Texto III

Fonte: Ministério da Educação/MEC. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019.

Texto IV

Sistema de cotas raciais: inclusão em meio à controvérsia

Política é adotada em universidades para corrigir diferenças históricas. Mas ainda é vista por muitos como uma injustiça

No Sisu, para as vagas de medicina nas universidades federais, por exemplo, as notas de corte foram de 787,56 pontos. Entre os cotistas, 761,67 - uma diferença de 3%. Na Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), no curso de administração, a média dos cotistas foi bem inferior - 30 contra 56 dos não cotistas - mas, na avaliação do desempenho durante o curso, quem entrou por cotas se saiu ligeiramente melhor: média de 8,07 contra 8,04.

Na mesma universidade, um levantamento interno mostrou que a nota média dos beneficiários das cotas era 6,41; a dos não-beneficiários, 6,37. “Os cotistas derrubaram o mito de que o nível cairia nos cursos. O desempenho deles é ótimo”, disse Teresa Olinda Caminha Bezerra, pesquisadora da UFF (Universidade Federal Fluminense) que analisou o desempenho de cotistas e não-cotistas da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

Na UFBA (Universidade Federal da Bahia), que reserva 36,5% das vagas a estudantes negros de baixa renda, pesquisadores perceberam que, ao ultrapassar a barreira inicial - o vestibular - o desempenho acadêmico dos estudantes cotistas se igualava ou até mesmo ultrapassava o de não-cotistas, especialmente nas disciplinas de humanas.

DIAS, Tatiana. Nexo Jornal. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Direito à educação: o sistema de cotas raciais e sociais no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 14

A partir da leitura do texto motivador seguinte e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema A democracia no Brasil é funcional?

Não vivemos uma democracia no Brasil

Por mais que vivamos no Brasil, uma sociedade ocidental – nos termos de Antonio Gramsci, com uma sociedade civil organizada – ainda falta muito para que nossa Democracia participativa, nossa Democracia direta, seja implementada de fato. Efetivaremos a Democracia participativa em nosso país com o povo participando, de forma efetiva, de audiências/consultas públicas, propondo leis de iniciativa popular, exercendo o controle popular da Administração Pública, decidindo o futuro da Nação por meio de plebiscito, referendo e recall, pressionando os governos por meios de manifestações nas ruas e na internet.

E a Democracia representativa? Vivemos uma Democracia de fato no Brasil? Nossas eleições são democráticas? Nosso sistema eleitoral, com toda a tecnologia da Justiça Eleitoral com as urnas eletrônicas, é eficaz? Viveremos uma verdadeira Democracia representativa no Brasil quando:

1. o Estado garantir educação de qualidade para todos os brasileiros, conforme manda nossa Constituição Social e Democrática de Direito de 1988;

2. não existir mais apenas uma grande empresa de TV e outras duas ou três que dominem a comunicação;

3. em nossas eleições não for o mais importante a quantidade de dinheiro do candidato, arrecadado de forma lícita ou ilícita, eleições em que o mercado, e não a sociedade civil, decide quem serão nossos governantes;

4. não existirem mais canais de TV que, mesmo sendo concessões de serviços públicos, agem como verdadeiros partidos políticos ao mudar os destinos de várias eleições, como ocorreu nas eleições presidenciais de 1989 e como está acontecendo na eleição para prefeito de Curitiba em 2012;

5. realmente o Estado no Brasil for laico e as religiões não interferirem mais em assuntos de interesse público;

6. os governos não se utilizarem mais dos recursos, bens e servidores públicos para beneficiarem seus candidatos;

7. a legislação eleitoral, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público eleitoral agirem pela isonomia nas eleições, não permitindo mais os abusos cometidos por governantes, candidatos, TVs, Igrejas, e ao mesmo tempo não mais agindo apenas para reprimir ações democráticas de cidadãos, blogs etc., às vezes apenas para mostrar serviço;

8. o eleitor não mais aceitar voto de cabresto de coronéis dos velhos tempos e coronéis modernos, o que já foi pior, mais ainda existe;

9. o povo discutir e participar da política em seu dia-a-dia, e não apenas há alguns dias das eleições, quando isso ocorre;

10. o voto para um vereador for considerado tão importante quanto um voto para presidente da república.

VIOLEN, Tarso Cabral. Não vivemos uma democracia no Brasil. Blog do Tarso. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 16

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Possibilidades de ação da atual juventude para a transformação do mundo em um lugar melhor, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A estranha geração dos adultos mimados

Tudo começou com uma colega minha de estágio, há mais de 10 anos, que pediu demissão por acreditar que “não foi criada para ficar carregando papel”. Sim, carregar papel fazia parte das nossas tarefas, enquanto ajudávamos o juiz e os demais servidores públicos com os processos do Tribunal. Acompanhávamos audiências, ajudávamos com os despachos e, sim, carregávamos papéis entre o segundo e o quarto andar do edifício.

Os pais da menina convenceram-na de que ela era boa demais para aquilo. Não importava que nós fôssemos meninas de 19 anos, no segundo ano da faculdade, sem qualquer experiência, buscando aprender alguma coisa e ganhar uns poucos reais para comer hamburguer nos finais de semana. Ela, que tinha a certeza de ser uma joia rara, foi embora, deixando sua vaga vazia no meio do semestre e sobrecarregando todos os demais, inclusive eu, sem nem se constranger com isso.

O tempo passou e, quando eu já era advogada, tive um estagiário de vinte e poucos anos que, três meses depois de ser contratado, solicitou dois meses de férias. Eu nem sequer entendi o pedido. Perguntei se ele estava doente ou se havia algum outro problema grave. Ele me respondeu que não, que simplesmente tinha decidido ir para a Califórnia passar dezembro e janeiro, pois a irmã estava morando lá e ele tinha casa de graça. Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Deixei ele ir e pedi que não voltasse mais.

Alguns anos depois, ouvi um grande amigo me dizer que iria divorciar-se. Ele havia casado fazia menos de um ano, com direito a uma imensa festa, custeada pelos pais dos noivos. Mais uma vez perguntei se algo de grave tinha ocorrido. Ele me respondeu que “não estava dando certo”, discorrendo sobre problemas como “brigamos por causa da louça na pia”, “não tenho mais tempo para sair com meus amigos” e “acho que ainda tenho muito para curtir”. Me segurei para não dar um safanão na cabeça dele. Aos 34 anos ele falava como um garoto mimado de 16. Tentava explicar isso para ele, mas era como conversar com a parede.

Agora foi a vez de uma amiga minha, com seus quase 30 anos, que me disse que iria pedir demissão pois fora muito desrespeitada no trabalho. Como sou advogada trabalhista, logo me assustei, imaginando uma situação de assédio moral ou sexual. Foi quando ela explicou: meu chefe fez um comentário extremamente grosseiro no meu facebook. Suspirei e perguntei o que era, exatamente. Ela disse que postou uma foto na praia, num fim de tarde de quarta-feira, depois do expediente, e o chefe comentou “Espero que não esqueça que tem um prazo para me entregar amanhã cedo”. E isso foi suficiente para ela se sentir mal a ponto de querer pedir demissão de um bom emprego.

Eu não sei bem o que acontece com a minha geração. O fato de termos sido criados com cuidado e afeto pelos nossos pais começou a confundir-se com uma espécie de sensação de que todos devem nos tratar como eles nos trataram. O chefe, o colega, o marido, a mulher, os amigos, ninguém pode nos tratar de igual para igual e muito menos numa hierarquia descendente. Se não for tratado a pão de ló, este jovem adulto surta, se julga injustiçado e vai embora.

Acho que o mundo evoluiu e as situações nas quais se tratava alguém com desrespeito são cada vez menos toleráveis, o que é ótimo. Também é ótimo o fato de sermos uma geração que busca felicidade e não apenas estabilidade financeira. É bom termos a coragem de mudar de carreira, de recomeçar, de priorizar as viagens e não a casa própria.

Mas nada disso justifica que a minha geração tenha comportamentos tão egoístas, agindo como verdadeiras crianças mimadas. E o grande perigo é que essas crianças mimadas têm belos diplomas e começam a ocupar cargos importantes nas empresas e no setor público. Vamos nos tornar um perigoso jardim de infância, no qual quem manda não pode ser contrariado e quem obedece também não. Isso não será uma tarefa fácil.

Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2017.

 

Texto II

A geração smartphone não está preparada para a vida adulta

A chamada "geração smartphone", daqueles que nasceram após 1995, vem amadurecendo mais lentamente que as anteriores.

Eles são menos propensos a dirigir, trabalhar e sair, de acordo com Jean Twenge, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.

Suas conclusões estão no recém-publicado livro iGen: Why Today's Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy - and Completely Unprepared for Adulthood (iGen: Por que as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes - e completamente despreparadas para a vida adulta, em tradução livre), com os resultados de uma investigação baseada em pesquisas com 11 milhões de jovens americanos e entrevistas em profundidade.

Em entrevista à BBC Mundo, o serviço da BBC em espanhol, Twenge explicou que esses jovens cresceram em um ambiente mais seguro e se expõem menos a situações de risco.

Mas, por outro lado, chegam à universidade e ao mundo do trabalho com menos experiências, mais dependentes e com dificuldade de tomar decisões.

"Os de 18 anos agem como se tivessem 15 em gerações anteriores", comenta Twenge.

Ela diz que isto tem relação com a superconectividade típica desta geração, que passa em média seis horas por dia conectado à internet, enviando mensagens e jogando jogos online.

Por conta disto, acabam passando menos tempo com amigos, o que pode afetar o desenvolvimento de suas habilidades sociais.

O estudo mostrou ainda que quanto mais tempo o jovem passa na frente do computador, maiores os níveis de infelicidade.

"O que me impressionou na pesquisa foi que os adolescentes estavam bastante cientes dos efeitos negativos dos celulares", comentou a pesquisadora.

"E um estudo com 200 universitários que fizemos mostrou que quase todos prefeririam ver seus amigos pessoalmente", continua.

Essa consciência, no entanto, não se traduz em prática.

A Geração Smartphone, segundo a pesquisa com base no universo americano, sofre com altos níveis de ansiedade, depressão e solidão.

A taxa de suicídio, por exemplo, triplicou na última década entre meninas de 12 a 14 anos.

Mas, ao mesmo tempo, trata-se de uma geração mais realista com o mercado de trabalho e mais disposta a trabalhar duro, o que Twenge vê como "boa notícia para empresas".

"Eles não têm grandes expectativas como as que tinham os millennials (a geração anterior, dos nascidos após 1980)", compara. "Eles estão mais preocupados em estar física e emocionalmente seguros. Bebem menos e não gostam de riscos."

Segundo o livro, por terem uma infância mais protegida, têm um crescimento mais lento. Para Twenge, "não gostam de fazer coisas nas quais não se sintam seguras, o que fazem é adiar os prazeres e as responsabilidades".

Mas embora as principais conclusões pareçam acenar para um sinal de alerta, a pesquisadora comenta que a geração smartphone é tolerante com pessoas diferentes e ativa na defesa de direitos LGBT e da população.

"E mais ainda que as gerações anteriores, eles acreditam que as pessoas devem ser o que são", completa.

Disponível em . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH 15

Texto I

Melhor amigo dos idosos​

A foca peluda Paro recebe carinho e comida de uma idosa, enquanto o humanoide Pepper lidera um grupo que pratica exercícios físicos. Tree guia um senhor com deficiência a dar passos e o encoraja: "direita, esquerda, muito bem!".

Os robôs invadiram a casa de repouso Shin-tomi, em Tóquio. São cerca de 20 modelos que ajudam a cuidar e a entreter os moradores. Trata-se de uma estratégia do governo japonês, que aproveita a expertise em robótica para lidar com o crescimento da população idosa e com a diminuição da força de trabalho.

Permitir que robôs cuidem de idosos pode soar desumano. Mas muitos japoneses encaram o fato com naturalidade, talvez porque a mídia nipônica retrate essa tecnologia como amigável e prestativa.

"Esses robôs são maravilhosos", disse Kazuko Yamada, 84, após uma maratona com a Pepper, fabricado pela SoftBank Robotics. O robô também é capaz de dialogar. "Mais pessoas moram sozinhas nos dias de hoje, e um robô pode ser um companheiro e tornar a vida mais divertida." Alguns obstáculos dificultam proliferação dos robôs cuidadores: altos custos, segurança e dúvidas sobre o quão útil - e fácil de usar - serão.

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Disponível em: https://www.uol/noticias/especiais/melhor-amigo-dos-idosos.htm#tematico-3. Acesso em: 17 jun. 2019.

Texto II

Um futuro de cuidadores robóticos está mais próximo do que podemos imaginar. Aspiradores de pó e cortadores de grama autômatos já estão disponíveis, por exemplo. E, no Japão, já existe uma intensa absorção de tecnologias de assistência e reabilitação para o cuidado de idosos.

Em alguns casos, um robô com feições de seres vivos pode ser exatamente o que se precisa. Animais robóticos, como o Paro, estão começando a ser usados como animais de estimação em casas de repouso como companheiros.

Muitos robôs modernos são específicos para uma determinada função, como os aspiradores, e não máquinas multifuncionais. Projetar um sistema robótico para atender a várias funções pode ser um desafio, especialmente se suas tarefas não estiverem relacionadas entre si.

Em última análise, os robôs cuidadores vão auxiliar, mas não substituir os cuidadores humanos, já que a robótica nunca poderá reproduzir a companhia que vem de uma pessoa de carne e osso. Nem mesmo a simulação mais avançada de uma pessoa por um robô pode realmente imitar um ser humano.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-48290191. Acesso em: 17 jun. 2019. (Fragmento adaptado)

Com base nos textos motivadores lidos acima e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto em prosa discutindo, de acordo com sua opinião, quais as implicações éticas das novas tecnologias no exercício do trabalho humano. Seu texto deve ser escrito em norma-padrão da língua portuguesa, respeitando os direitos humanos, e entre 25 e 30 linhas.

Proposta de Redação - Redação - pH 14

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema O investimento no SUS como saída para um sistema de saúde de qualidade no Brasil.

Texto I

Em defesa do SUS

O Brasil tem um sistema de saúde peculiar. É o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que oferece assistência universal a todos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sem ele, os cuidados médicos seriam um privilégio de poucos, não um direito da população. É, de fato, uma conquista fundamental dos brasileiros e devemos mantê-la.

Muitos entusiastas de nosso sistema público de saúde pregam sua expansão nos moldes do aclamado National Health System (NHS) britânico -- uma referência mundial --, inclusive defendendo o fim da saúde suplementar.

Esse desejo, no momento, não passa de uma utopia. O modelo suplementar é o duto por onde chegam ao Brasil as principais inovações de procedimentos, equipamentos, medicamentos e terapias.

Sem depender da máquina estatal, acaba por ser o agente que viabiliza financeiramente a constante modernização dos hospitais de referência do país.

Levando em conta que o SUS encontra-se subfinanciado, com repetidas declarações de que o governo não tem condições financeiras de prover ainda mais subsídios para a adequada manutenção do serviço, como é possível falar em eliminação do setor privado? Isso significaria delegar ao SUS cerca de 50 milhões de pessoas, pressionando de forma expressiva os cofres públicos.

Infelizmente, a questão vai muito além do mero aspecto financeiro. Recentemente denunciou-se um esquema de corrupção envolvendo a empresa norte-americana Zimmer Biomet, que admitiu à Justiça de seu país o pagamento de propinas a médicos do SUS em troca da facilitação na venda de produtos a hospitais públicos brasileiros.

É sabido que todo médico que atende em instituições públicas também trabalha no setor privado --da mesma forma, a maioria dos hospitais particulares no Brasil atende tanto o SUS quanto a saúde suplementar. Em suma, a corrupção é um problema sistêmico do setor de saúde. Como tal, deve ser combatida em conjunto.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) move na Justiça dos Estados Unidos uma ação contra a própria Zimmer e outras das maiores fabricantes de órteses, próteses e materiais especiais por supostamente adotarem condutas corruptas em suas operações no Brasil.

Nosso objetivo principal é exigir regras de compliance mais rígidas dessa indústria, com a adequada transparência nos negócios.

À luz disso, pergunto: quem defende o SUS? A Abramge, que fez a denúncia da admissão do pagamento de propina a médicos e hospitais brasileiros, ou os autoaclamados defensores da saúde, que propugnam o fim dos planos privados sem apresentar solução para o sistema público?

E mais: o que estão fazendo para proteger o beneficiário do SUS? Existe alguma entidade para a defesa desse cidadão?

O que vemos rotineiramente são alguns advogados travestidos de órgãos não governamentais procurando razões esdrúxulas para processar o serviço privado.

Enquanto não houver uma resposta satisfatória para tais perguntas, o setor de saúde suplementar não fugirá desta luta e continuará a defender a possibilidade de ampliar o acesso do cidadão à saúde de qualidade, pública ou privada.

RAMOS, Pedro. Em defesa do SUS. Folha de S.Paulo. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Texto II

Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil

Se você nunca precisou ficar na fila do SUS, no mínimo já ouviu falar dela. O sistema público de saúde deixa a desejar: um atendimento especializado leva em média três meses para ser marcado (muito mais, dependendo da especialização) e um diagnóstico, um ano para ficar pronto.

Mas, às vezes, essa é a única saída para os 75% de brasileiros que não podem custear consultas privadas ou planos de saúde. Thomaz Srougi via essa realidade de perto quando criança. Seu pai é urologista, trabalhava longas horas e ganhava pouco. Thomaz fez questão de passar longe da carreira de médico, mas a pulga ficava atrás da orelha: será que não tem um jeito melhor?

Tinha. Afinal, de todo grande problema, nascem oportunidades. Depois de anos em bancos de investimento, grandes empresas e depois como sócio de um grande fundo, Thomaz fez cursos na Universidade de Chicago e Harvard Business School, até voltar ao Brasil preparado para enfrentar o desafio da saúde no país. Sua solução era prover um serviço que fosse tão ou mais eficiente que o sistema privado, porém acessível à população de baixa renda. Em 2011, a primeira clínica do Dr. Consulta estava operante, validando seu modelo, na favela de Heliópois, em São Paulo.

É aí que entra Guilherme Azevedo, amigo de infância de Thomaz. Ele já tinha experiência empreendedora, mas nunca satisfez seu desejo de criar um negócio de impacto social. Quando os dois se reconectaram, Guilherme já vinha estudando o mercado de saúde e como replicar boas ideias de fora. Ingressou como COO do Dr. Consulta para, juntos, formarem uma rede que oferecesse serviços primários de saúde de alta qualidade e pudesse entregar diagnósticos 25 vezes mais rápido que o sistema público, cobrando 60% a 90% menos que o sistema privado.

1,3 bilhões é a demanda anual de consultas do SUS, mas 800 milhões deixam de ser realizadas pela ineficiência de gestão e monitoramento de seus pacientes.

Naturalmente, quando chega o momento de o paciente ser atendido, o custo de tratamento é mais alto do que se ele tivesse visto o médico quando começou a ter sintomas – isso com a esperança de que ele ainda possa ser curado. O Dr. Consulta aposta em uma tecnologia que torna esse processo mais inteligente, logo, menos custoso e com mais chances de eficácia para a saúde do paciente.

Enfermeira cria negócio de sucesso com venda de programas de saúde personalizados

O sistema de agendamento, resultados e acompanhamento é todo automatizado e online. A empresa tem uma quantidade significativa de dados de seus mais de 200 mil pacientes – informações que podem ser usadas para prevenir doenças, se comunicar com pacientes e facilitar consultas virtuais.

Thomaz e Guilherme também fizeram uma prioridade recrutar os melhores médicos e enfermeiros do Brasil. Oferecendo compensações competitivas (a compensação por hora se equipara à de um convênio), a possibilidade de conduzir pesquisas e um meio de devolver à sociedade, o Dr. Consulta criou uma marca forte também entre os profissionais de saúde.

Estão disponíveis atendimento de clínico-geral e em mais 35 especialidades, exames de sangue, ultrassom e procedimentos menos complexos, por preços que começam em torno de R$40. E o modelo se provou, afinal! Os sócios chegaram ao breakeven point em 2 anos e meio e as 7 clínicas Dr. Consulta atendem pelo menos 20 mil pessoas por mês.

O Dr. Consulta é a primeira rede médica de baixo custo e alta qualidade focada na base da pirâmide. É apaixonante o trabalho que todo o corpo de colaboradores realiza, principalmente se considerarmos o tamanho do “buraco” que eles podem tapar. Bom, a Endeavor também se apaixonou por essa jornada empreendedora.

No último dia 07/08, Thomaz Srougi e Guilherme Azevedo foram selecionados como os mais novos Empreendedores Endeavor, no 60º Painel Internacional de Seleção (ISP) em São Francisco, EUA. Os dois passaram por diversas etapas e foram avaliados por grandes especialistas em negócios do mundo todo, levando em conta critérios como capacidade de execução, potencial de escala e o diferencial do negócio.

O processo de seleção da Endeavor acontece continuamente e tem duração média de nove meses. Só em 2014, mais de duas mil empresas foram avaliadas no Brasil, 300 foram entrevistadas e apenas 8 conseguiram a aprovação final. O objetivo é selecionar os empreendedores e negócios de maior impacto do país e apoiá-los com conexões transformadoras, para que eles cresçam em geração de emprego e renda, se tornando exemplos ainda mais inspiradores para as futuras gerações.

Esse é o sonho grande de Thomaz e Guilherme. Sua história empreendedora é única e inspiradora, já que são poucos os que realmente se dispõem a tentar resolver os problemas sociais mias crônicos do país. São menos ainda os que se saem bem.

Assim, é fácil entrar nesse sonho com eles. Mas sonho sozinho não muda o Brasil: por isso, o plano de médio prazo é que o número de clínicas em São Paulo chegue a 100, com capacidade para atender 3 milhões de pacientes anualmente, até 2018.

A dinâmica do dr. Consulta tem o potencial de transformar as interações e operações médicas para pacientes brasileiros de baixa renda, mas, além disso, de influenciar a forma que consultas são conduzidas em muitos outros países.

E aí, quem sabe, aquele gargalo de 800 milhões não só chega a zero por aqui, como podemos impactar essa realidade com mais gente saudável em todo o mundo.

PEQUENAS EMPRESAS e GRANDES NEGÓCIOS. Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 12

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo de 25 a 30 linhas, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A permanência do desmatamento da Amazônia, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Desmatamento dispara na Amazônia

A sinalização, agora, é de que as portas estão abertas para a destruição. Além do enfraquecimento das medidas de comando e controle, em 2012, alinhado aos interesses da bancada ruralista, foi aprovado no Congresso e sancionado pela presidência um novo Código Florestal, que anistiou aqueles que desmataram ilegalmente até 2008. Até hoje, motivados por este processo, muitos ainda desmatam na expectativa de que uma nova anistia seja aprovada. O prazo para a inscrição no Cadastro Ambiental Rural já foi adiado por duas vezes, e nada garante que não ocorrerá novamente, mais um benefício para quem não cumpre a lei.

Nos últimos anos a criação de novas Unidades de Conservação e Terras Indígenas – instrumentos eficazes no combate ao desmatamento – praticamente parou. Em 2014 foi eleito o Congresso mais conservador e ruralista que já tivemos, que conduz uma agenda para minar mecanismos de proteção das florestas e seus povos. No ano seguinte, o governo federal anunciou dentro das contribuições nacionais para a redução de emissões de GEE o vergonhoso compromisso de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 – o que significa, na prática, tolerar a ilegalidade por mais 14 anos e não ter prazo para cessar a destruição em outros ecossistemas naturais do Brasil – ignorando exemplos de sucesso e a necessidade urgente de zerar o desmatamento, seja legal ou ilegal.

Além disso, está sendo discutido no Congresso Nacional um projeto autorizando a venda de terras para estrangeiros, fato que já está estimulando a especulação fundiária e a grilagem. A crise econômica e política em que o país mergulhou também não contribui para a defesa das florestas.

GREENPEACE. Desmatamento dispara na Amazônia. Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2018. Adaptado.

Texto II

Estudo aponta ligação entre o desmatamento da Amazônia e a seca em São Paulo

Antonio Donato Nobre, pesquisador do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), alerta que, se o desmatamento da Amazônia continuar, há grandes chances de boa parte da América do Sul tornar-se uma região de deserto. Isso inclui a maior cidade da América Latina, São Paulo. A maior parte da água que chega às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil vem da Amazônia. O movimento se dá através dos chamados "rios voadores", que são grandes massas de nuvens carregadas com água que cruzam a América do Sul.

Embora pouco citada no estudo de Antonio, a pecuária é uma das principais causas do desmatamento na Amazônia e, consequentemente, forte colaboradora da seca que vivemos. Para criar gado e atender a demanda que, em sua maior parte, vem justamente das regiões que hoje sofrem com a falta de água, pecuaristas derrubam a floresta e fazem pastos. No processo, queimadas gigantescas são produzidas para limpar as áreas onde ficarão os bois. Todo esse desmatamento colaborou para que, em 40 anos, a região amazônica perdesse área em floresta equivalente a duas Alemanhas.

A equação é muito simples: menos floresta é igual a menos umidade que é igual a menos chuva. Com a falta de chuvas, além de problemas para a população, indústrias de todos os setores quebrarão, levando ao desemprego e ao caos.

Mesmo quando a carne não é produzida na Amazônia, seu processo demanda uma grande quantidade de água potável. Desde o cultivo de grãos destinados para a ração dos animais até a limpeza dos frigoríficos, muita água é desperdiçada. Estima-se que mais de 15 mil litros de água sejam gastos para a produção de apenas um quilo de carne.

CHAVES, Fabio. Estudo aponta relação entre desmatamento da Amazônia e a seca em São Paulo. Vista-se. Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2018. Adaptado.

Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas