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Com base na leitura dos textos motivadores abaixo e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, sobre o seguinte tema: A necessidade de implementação da educação ambiental no Brasil. Selecione, organize e relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Breve história da Educação Ambiental global
Embora os primeiros registros da utilização do termo “Educação Ambiental” datem de 1948, num encontro da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) em Paris, os rumos da Educação Ambiental começam a ser realmente definidos a partir da Conferência de Estocolmo, em 1972, onde se atribui a inserção da temática da Educação Ambiental na agenda internacional. Em 1975, lança-se em Belgrado (na então Iugoslávia) o Programa Internacional de Educação Ambiental, no qual são definidos os princípios e orientações para o futuro.
Cinco anos após Estocolmo, em 1977, acontece em Tbilisi, na Georgia (ex-União Soviética), a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, cuja organização ocorreu a partir de uma parceria entre a Unesco e o então recente Programa de Meio Ambiente da ONU (Pnuma). Foi deste encontro – firmado pelo Brasil – que saíram as definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação Ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo.
Outro documento internacional de extrema importância é o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (Anexo) elaborado pela sociedade civil planetária em 1992 no Fórum Global, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92). Esse documento estabelece princípios fundamentais da educação para sociedades sustentáveis, destacando a necessidade de formação de um pensamento crítico, coletivo e solidário, de interdisciplinaridade, de multiplicidade e diversidade. Estabelece ainda uma relação entre as políticas públicas de EA e a sustentabilidade, apontando princípios e um plano de ação para educadores ambientais. Enfatiza os processos participativos voltados para a recuperação, conservação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida.
O Tratado tem bastante relevância por ter sido elaborado no âmbito da sociedade civil e por reconhecer a Educação Ambiental como um processo político dinâmico, em permanente construção, orientado por valores baseados na transformação social.
A Agenda 21, documento também concebido e aprovado pelos governos durante a Rio 92, é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. Além do documento em si, a Agenda 21 é um processo de planejamento participativo que resulta na análise da situação atual de um país, estado, município, região, setor e planeja o futuro de forma socioambientalmente sustentável.
Em Tessaloniki, no ano de 1997, durante a Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade, os temas colocados na Rio 92 são reforçados. Chama-se a atenção para a necessidade de se articularem ações de EA baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e participação, além de práticas interdisciplinares.
Foi reconhecido que, passados cinco anos da Rio 92, o desenvolvimento da EA foi insuficiente. Como consequência, configura-se a necessidade de uma mudança de currículo, de forma a contemplar as premissas básicas que norteiam uma educação “em prol da sustentabilidade”, motivação ética, ênfase em ações cooperativas e novas concepções de enfoques diversificados.
(Disponível em: .)
Texto II:
Educação ambiental pode virar disciplina obrigatória nas escolas. Está pronto para votação na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) o PLS 221/2015, que estabelece a criação da disciplina de Educação Ambiental nas escolas de ensino fundamental e médio. Caso seja aprovada, a matéria ainda será avaliada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). De autoria do senador Cássio Cunha Lima, o projeto modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para transformar o tema da educação ambiental em uma matéria obrigatória para os alunos de todas as séries dos níveis fundamental e médio. Atualmente, as escolas são orientadas apenas a tratar de princípios do assunto de forma integrada a outros componentes curriculares.
(Disponível em: .)
Texto III:
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema O discurso de ódio e suas consequências nas sociedades contemporâneas, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto:
Na ressaca de um dos mais mortíferos tiroteios de que há memória em solo norte-americano, El Paso viu-se, este domingo, no centro de um debate, cada vez mais comum nos Estados Unidos, sobre a influência e o impacto daquilo que a oposição a Donald Trump entende ser uma postura de normalização do discurso de ódio, consentida pelo presidente e pela sua Administração.
Várias figuras do universo do Partido Democrata admitiram que ataques como aquele que ocorreu no sábado na cidade texana, perto da fronteira com o México, e que resultou na morte de 20 pessoas, alimentam-se da retórica xenófoba e anti-imigração promovida por quem manda na Casa Branca.
“Houve um aumento dos crimes de ódio em cada um dos últimos três anos, durante os quais tivemos uma administração cujo presidente chamou ‘violadores’ e ‘criminosos’ aos mexicanos, apesar de a taxa de criminalidade entre os imigrantes ser bastante mais reduzida do que entre aqueles que nasceram neste país”, lamentou Beto O’Rourke, candidato à nomeação presidencial pelo Partido Democrata e ex-congressista, natural de El Paso.
Questionado sobre se havia uma relação entre o massacre e os “tweets alegadamente racistas” e a “retórica” de Trump, O’Rourke não se conteve e assumiu: “Sim.” “Ele [Trump] é um racista e alimenta o racismo neste país. Não ofende apenas a nossa sensibilidade, mas altera fundamentalmente o caráter do nosso país. E isso leva à violência.”
(Disponível em: .)
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Brasil, País do futuro... até quando? Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.
Texto I:
Augmenta a nossa compra de automoveis aos Estados Unidos.
Washington, 29 (U.P.) – As informações publicadas pelo Ministerio do Commercio demonstram que o Brasil comprou no mez de maio ultimo 925 automoveis americanos no valor de 817.095 dollars contra 385.000 dollars no mez de maio do ano anterior.
Esses algarismos são interpretados nos circulos commerciaes como indicio eloquente da prosperidade do Brasil.
(Reprodução de notícia publicada no jornal O Globo . In: O Globo, 29 jul. 2000.)
Texto II:
Não é, na realidade, com as nossas tradições que nos devemos embriagar, mas com o nosso futuro – o brilhante futuro que nos aguarda, se o soubermos preparar. A Pátria é menos o seu passado que os seus projetos de futuro. Está claro que esses projetos de futuro mergulham as suas raízes no passado e se apoiam no presente. Mas a sua força vem antes dos objetivos antevistos, da sua projeção no amanhã, do que dos nossos pontos de apoio em nossa história ainda não de todo livre de incertezas e fragilidades.
(TEIXEIRA, Anísio. A crise educacional brasileira, 1953.)
Texto III:
O Brasil cresceu visivelmente nestes oitenta anos [1900–1980]. Cresceu mal, porém. Cresceu como um boi mantido, desde bezerro, dentro de uma jaula de ferro. Nossa jaula são as estruturas sociais medíocres, inscritas na Constituição e nas leis, para compor um país da pobreza na província mais bela da Terra. Se continuarmos sob a vigência destas leis, no Brasil do futuro a maioria da gente nascerá e viverá nas ruas em fome canina e ignorância figadal, enquanto a minoria rica, com medo dos pobres, se recolherá em confortáveis campos de concentração, cercados de arame farpado e eletrificados.
(RIBEIRO, Darcy. Aos Trancos e Barrancos: como o Brasil deu no que deu, 1985.)
Texto IV:
Esta visão de que o Brasil era melhor antes é errônea. O Brasil era menor, mais atrasado, as ideias eram mais toscas. E tudo se juntava, dando ideia de que era melhor. Agora com a TV, os meios de comunicação etc., é que vemos como é complexo e maior. [...] Em suma, o Brasil em detalhe é só decadência, mas acho que no conjunto é positivo.
(Trecho de entrevista de João Cabral de Melo Neto – década de 1990.)
Texto V:
Os mais velhos lembram-se muito bem, mas os mais moços podem acreditar: entre 1950 e 1979, a sensação dos brasileiros, ou de grande parte dos brasileiros, era a de que faltava dar uns poucos passos para finalmente nos tornarmos uma nação moderna. [...] A partir dos anos 1980, entretanto, assiste-se ao reverso da medalha: as dúvidas quanto às possibilidades de construir uma sociedade efetivamente moderna tendem a crescer...”
(NOVAIS, Fernando (Org.). História da vida privada. 1998. v. 4.)
Texto VI:
O Brasil teve várias oportunidades de, por assim dizer, afastar-se de si mesmo, examinar-se, decidir o que precisava ser feito, ajustar a gola da camisa e ir em frente [...]. Nada está preestabelecido, não temos compromisso com nenhuma forma de coerência, podendo ir inventando o nosso destino no caminho.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Momentos na vida, 1999.)
Texto VII:
Cada dia, o Brasil parece um palco de tragédias gregas onde todos querem evitar o que fazem, mas fazem mesmo assim. Onde todos querem algo novo, mas todos se dedicam a continuar no mesmo. Como se não fôssemos donos de nosso destino, como se, pior do que impotentes personagens de teatro grego, fôssemos apenas marionetes. Alguns pensariam que marionetes dos poderosos que dominam a vida do nosso país [...]. Mas na verdade somos marionetes de nossos próprios sonhos, de nossas próprias ilusões, da falta de gosto por uma mudança de roteiro, movemos nós próprios, em um ritmo que não desejamos, as cordas que nos prendem.
(BUARQUE, Cristovam. Teatro Brasil – 2. In: O Globo, 5 jul. 2000.)
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema A questão da violência urbana no Brasil atual, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Em 2016, pela primeira vez na história, o número de homicídios no Brasil superou a casa dos 60 mil em um ano. De acordo com o Atlas da Violência de 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de 62.517 assassinatos cometidos no país em 2016 coloca o Brasil em um patamar 30 vezes maior do que o da Europa. Só na última década, 553 mil brasileiros perderam a vida por morte violenta, ou seja, um total de 153 mortes por dia.
(Disponível em: .)
Texto II:
O conceito de insegurança é fraco e difuso. Sabe-se que a insegurança se prolifera em cidades e que dispara com o tráfico de drogas. A partir daí, é imprevisível. Muito rapidamente se adapta a qualquer ambiente. Houve uma época em que foi vinculada à pobreza. Há muito tempo essa teoria teve as asas cortadas. Linear demais. A miséria não é causa suficiente. E, às vezes, nem mesmo necessária. A América Latina é um bom exemplo para entender isso.
Mas nem tudo foi ruim para esse território. Ao contrário, a América Latina passou, na década passada, por um dos maiores desenvolvimentos econômicos da sua história. O desemprego caiu de forma sustentável, 70 milhões de cidadãos saíram da pobreza e o crescimento agregado foi de 4,2% ao ano. Um sonho para qualquer economista. Não para um policial. Com a bonança, a criminalidade também cresceu. Homicídios e roubos alcançaram taxas delirantes. A bem-intencionada correlação (menos pobreza, menos crime) encalhou. A insegurança mostrou ter uma genética mais complexa. Por trás do crime, latejam forças pouco estudadas.
(Disponível em: .)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema, “Sedentarismo: mais uma consequência dos hábitos contemporâneos”, proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva. O sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais; o gasto calórico semanal define se o indivíduo é sedentário ou ativo. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas.
(http://www.sc.senac.br/arquivos/brusque/portal_saude_arquivos/ Page407.htm)
Texto II:
Três em cada cem mortes no país podem ter influência do sedentarismo Praticar esportes é fundamental para o corpo e para a mente e ajuda a prevenir doenças como diabetes e hipertensão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo é considerado o quarto maior fator de risco de mortes no mundo
No Dia Mundial da Atividade Física, celebrado em 6 de abril, o Ministério da Saúde faz um alerta: três em cada 100 mortes registradas, em 2017, no país podem ter sido influenciadas pelo sedentarismo. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, apontam que dos 1,3 milhão de óbitos registrados em 2017, 34.273 mil estão relacionados às doenças como o diabetes, o câncer de mama e o de cólon e cardiovasculares. Males que estão relacionados à falta da atividade física no dia-a-dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo é considerado o quarto maior fator de risco de mortes no mundo.
Praticar esportes, sejam de baixo ou de alto impactos, é fundamental para o corpo e para a mente. Além de prevenir as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) ligadas ao excesso de peso, como a hipertensão e o diabetes; as cardiovasculares e a alguns tipos de cânceres, o exercício regular desencadeia uma série de efeitos benéficos ao corpo. Além disso, caminhada, lutas e outras modalidades esportivas melhoram o condicionamento físico, auxiliam o controle de peso, alivia o estresse, melhora a qualidade do sono, entre outros benefícios que podem ser observados.
Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2017) apontam que 37% dos brasileiros que moram nas capitais praticam atividade física pelo menos 150 minutos por semana, o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os homens (43,4%) se exercitam mais do que as mulheres (31,5%). A faixa de 18 a 24 anos é a mais ativa, 49,1% da população tem o esporte inserido no cotidiano, seguidos pelos de 25 a 34 anos (44,2%).
O levantamento também aponta que 47% dos brasileiros que praticam atividade física possuem 12 anos ou mais de escolaridade, enquanto 23,3% têm de 0 a 8 anos de escola. As capitais brasileiras onde se pratica mais atividade física são: Distrito Federal (49,6%), Palmas (45,9%) e Macapá (45,5%) enquanto que São Paulo (29,9%), João Pessoa (34,45) e Recife (35,2%) têm os piores índices.
Evitando o sedentarismo
Um dos incentivos do Governo Federal para a prática de atividade física, é o Programa Academia da Saúde. Por meio de recursos financeiros, os municípios recebem recursos para financiar a implantação de polos que contam com uma infraestrutura e equipamentos adequados; e profissionais qualificados para promover práticas corporais e atividade física, promoção da alimentação saudável e educação em saúde.
Além das práticas corporais (dança, jogos, aeróbica, dentre outros), que vão estimular o movimento, o gasto energético, o autoconhecimento, o equilíbrio e outros componentes da produção do cuidado devem ser incentivados e promovidos nos polos, como as práticas integrativas e com grupos multiprofissionais que vão auxiliar e monitorar os usuários.
(Ministério da Saúde)
Texto III:
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Meios para combater a hipersexualização infantil na cultura brasileira. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.
Texto I:
Instagram de MC Melody é retirado do ar e mãe diz que irá lutar pela guarda e carreira da filha
Cantora mirim é alvo de nova investigação do Ministério Público
O Instagram de Gabriella Abreu Severiano, mais conhecida como MC Melody, 11, foi retirado do ar no final desta segunda-feira (21), após uma série de denúncias ao Ministério Público.
Antes de o perfil sair do ar, fotos postadas nos últimos cinco meses já haviam sido apagadas. Thiago Alves, conhecido como MC Belinho e pai da Mc Melody, dizia que era ele quem administrava a conta da criança.
Além do Instagram, o clipe mais recente de Melody, “Para com isso”, também foi retirado do ar.
Os conteúdos podem ter sido apagados porque, nos últimos dias, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou uma nova investigação sobre as "condições do núcleo familiar da MC Melody". Em 2015, os responsáveis pela menor de idade assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MP-SP depois de uma investigação sobre a exposição das garotas. Agora, os promotores receberam novas denúncias e apuram a situação que pode ou não virar inquérito ou processo judicial.
Depois da polêmica envolvendo as publicações da MC Melody, o pai da celebridade mirim resolveu mudar o foco da carreira da cantora. Agora, é o youtuber Felipe Neto quem vai cuidar da imagem da Melody e da sua irmã Bella Angel, 14.
Nesta segunda-feira (21), Felipe Netto postou em seu Twitter que havia apagado todas as reações aos clipes de Melody que havia em seu canal na internet. “Seguindo com uma estratégia de limpar a imagem da Melody e começar uma nova história na carreira dela, removi todos os ‘reacts’ aos clipes dela do meu canal. A ideia é recomeçar. O suporte que ela e a família estão recebendo está mudando tudo e a família está colaborando 100%”, escreveu.
Em entrevista ao jornal Extra, a mãe de MC Melody, Glória Severino, disse sempre ter sido contra a sensualização da filha, e que reclamava quando elas usavam roupas muitas curtas. Ela disse, ainda, que nunca conseguiu ser presente na carreira das filhas por conta do trabalho, e que Thiago nunca a escutou.
Segundo ela, tudo passou a piorar de um ano para cá, e que as crianças ficam contra ela, porque o pai sempre apoia o que fazem.
Glória pretende também pedir o divórcio do marido, que estaria tendo um caso extraconjugal, e que brigará para ter a guarda das crianças, supervisionando a carreira das duas.
INVESTIGAÇÕES E CONTROLE DAS REDES SOCIAIS
Em parceria com Sabrina Bittencourt, fundadora da Escola com Asas, o youtuber Felipe Netto fará o controle das redes sociais das crianças e vai orientar os pais sobre as propostas de trabalho recebidas pelas garotas.
"Na próxima semana, vamos apresentar um plano de ação ao Ministério Público", disse Sabrina na sexta-feira (17). De acordo com ela, o trabalho com as meninas não será apenas artístico, mas vai envolver também acompanhamento psicoterapêutico.
"A intenção é passar uma mensagem coerente com a faixa etária dela, mas não vamos infantiliza-la", garante a mentora ao afirmar que pretende abrir o leque de projetos sociais e uma cultura diversificada para as garotas.
"O Felipe vai cuidar da carreira, imagem e nos ajudar na mudança de foco da carreira, mas não será o empresário delas", garante Thiago Abreu, o Belinho, pai das celebridades mirins.
Em nota, Felipe Neto disse que fará uma blindagem dos conteúdos publicados pelas influenciadoras, com o intuito de remover todo tipo de publicação que possa comprometer a inocência compatível com suas idades.
"O objetivo é proteger Melody e Bella e levar um acompanhamento que possa guiá-las nesse mundo de superexposição, corrigir seus comportamentos e fazer com que tenham uma vida sempre saudável, física e mentalmente."
Uma equipe será montada ao redor das menores para preservá-las de qualquer tipo de exposição incompatível com a idade, além de trabalhar junto à sua família e profissionais que tiverem contato com as garotas.
Todos os custos dessa operação serão pagos por Felipe Neto, em conjunto com Sabrina Bittencourt.
(Disponível em: . Acesso em: 23 jan. 2019.)
Texto II:
Efeitos da hipersexualização: meninas transformadas em “Lolitas”
Roupas, brinquedos e séries de TV inoculam de forma sutil a erotização precoce no universo infantil
Em 2007, a Associação Norte-americana de Psicologia (APA na sigla em inglês) publicou um documento em que denunciava a tendência sexualizadora das crianças nas sociedades modernas. O documento apontava que o fenômeno abrange desde roupa, brinquedos e videogames até séries de TV, inoculando de forma sutil o erotismo prematuro no universo das meninas. O estudo mostrou que meninas a partir de quatro anos são bombardeadas com modelos de sucesso que triunfam graças a seus atributos físicos, às medidas que o mercado impõe, mas não por suas qualidades pessoais e profissionais. Dez anos mais tarde essa tendência, longe de ser corrigida, cresceu.
É um fenômeno tão crônico, tão incorporado que às vezes os adultos nem se dão conta: sutiãs com ou sem recheio para meninas de oito anos, saltos, tops e minissaias, heroínas de séries com corpos esculturais, bufês infantis que propõem concursos de beleza e desfile na passarela em festinhas de aniversário… Fala-se, inclusive, de uma chegada precoce à adolescência, uma etapa desconhecida há poucas gerações chamada de pré-adolescência que vai encolhendo tristemente a infância, reduzindo-a a anos cada vez mais escassos.
As razões fundamentais são, como quase sempre, de consumo: a moda, principal artífice da utilização de meninas em anúncios publicitários como Lolitas cada vez mais jovens, impulsiona esta imagem como um potente gancho comercial para vender seus produtos. Tudo está à venda numa sociedade ultramaterialista, tudo pode ser usado para gerar dinheiro, até mesmo a infância.
Por outro lado, vivemos em uma sociedade com profundas contradições e com grandes doses de moral ambígua. O sexo vende sempre, e a atitude da sociedade sobre a sexualidade feminina é no mínimo confusa e ancorada em padrões machistas. Por um lado se critica uma mulher que se veste de forma provocante, mas, por outro, se aceitam tanto uma menina vestida de mulher, maquiada, de saltos e minissaia, como uma mulher vestida de menina, beirando os limites da pedofilia. É o sintoma de uma cultura que flerta desde a infância com o mercado do sexual e que continua ancorada em padrões que enquadram o gênero feminino no acessório.
O verdadeiro veneno de tudo isso é que a maioria das meninas vai crescer sem o espírito crítico necessário para sair desse roteiro e passará grande parte de sua vida tentando se encaixar em medidas físicas, num roteiro unilateral que não foi decidido nem negociado por elas porque vem do mercado e do gênero masculino. Depois passarão outra parte de sua vida tentando preservar o que puderem dessas medidas e submetendo-se a cirurgiões plásticos, a dietas e à ansiedade de uma corrida contra o tempo que invariavelmente perderemos.
Os efeitos no desenvolvimento normal de uma menina são os que derivam de quebrar o equilíbrio e pular etapas. Por exemplo, temos dados de que, na França, 37% das meninas afirmam estar fazendo dieta, as conversas sobre moda e peso ideal aparecem cedo, as meninas são constantemente estimuladas pela televisão e pelas revistas juvenis, e vão assumindo com uma naturalidade perversa sua condição de objetos sexuais, vão adquirindo a crença de que a sociedade vai valorizá-las em função de sua aparência mais ou menos atraente para os homens. Um exemplo muito claro é que um presente cada vez mais frequente dos pais antes dos 18 anos é um aumento de seios. Outro sintoma alarmante e derivado desse desajuste é o arrepiante aumento nas percentagens de meninas afetadas por transtornos alimentares, principalmente anorexia e bulimia, que já estão sendo detectados entre os 5 e os 9 anos.
Além disso, ou sobretudo, essa hipersexualização do universo infantil acarreta uma aproximação muito violenta e distorcida do mundo da sexualidade adulta, perdendo-se experiências imprescindíveis que vão introduzindo de forma saudável e gradativa uma parte essencial do que depois será sua vida conjugal e sua forma de entender as relações sociais, não só sexuais. O erotismo, a sensualidade, a sexualidade são capacidades que se desenvolverão paulatinamente, assumindo uma forma específica em cada etapa do desenvolvimento e aproximando-se dos padrões adultos na adolescência. Há sexualidade nas crianças, é óbvio, porque é condição humana, mas muito diferente da que a mídia mostra a elas e a nós. Expressa-se na consciência de identidade de gênero, em saber que é homem ou mulher, nos jogos de papéis (quando brincam de casinha), na curiosidade saudável de conhecer as diferenças no corpo do outro, mas não há erotização alguma nisso. Trata-se de um processo que, se não for adulterado por interesses comerciais e tóxicos, levará a uma sexualidade adulta livre.
Nós, os pais, temos a responsabilidade neutralizar, o quanto possível, toda essa influência externa, para isso precisamos estar muito atentos e muito presentes, acompanhar com interesse o que leem e assistem, filtrar e canalizar o que chega a eles de todos os lados, dosar as mídias. Não permitir que frequentem lugares nem façam atividades que não sejam condizentes com sua idade, unicamente pelo fato de que as outras crianças fazem. Ser parte da solução, não do problema. Educar em valores que priorizem o esforço, o ganho, o espírito cooperativo e a igualdade. E, sobretudo, oferecer um referencial sólido através do exemplo.
Assim, quando chegarem os anos difíceis, a adolescência, precoce ou não, terão raízes. Terão critério. Não serão invulneráveis, obviamente estarão sujeitas às pressões sociais, mas teremos deixado uma base sólida em sua personalidade que lhes ajudará a saber diferenciar e sair ilesas dessa etapa tão difícil como imprescindível.
(CARMONA, Olga. El País, 1 jun. 2017. Disponível em: . Acesso em: 11 jan. 2019.)
Com base na leitura dos textos motivadores, redija somente um parágrafo de introdução, em 6 linhas, em norma culta escrita da Língua Portuguesa sobre o tema A importância dos direitos humanos. Lembre-se de apresentar o tema proposto de modo que o leitor entenda sobre qual assunto seria o texto.
Texto I:
O caráter universalizante dos direitos do homem (...) não é da ordem do saber teórico, mas do operatório ou prático: eles são invocados para agir, desde o princípio, em qualquer situação dada.
(François Julien, filósofo e sociólogo.)
Texto II:
Neste ano, em que são comemorados os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, novas perspectivas e concepções incorporam-se à agenda pública brasileira. Uma das novas perspectivas em foco é a visão mais integrada dos direitos econômicos, sociais, civis, políticos e, mais recentemente, ambientais, ou seja, trata-se da integralidade ou indivisibilidade dos direitos humanos. Dentre as novas concepções de direitos, destacam-se:
• a habitação como moradia digna e não apenas como necessidade de abrigo e proteção;
• a segurança como bem-estar e não apenas como necessidade de vigilância e punição;
• o trabalho como ação para a vida e não apenas como necessidade de emprego e renda.
(ENADE, 2008.)
Texto III:
A educação em Direitos Humanos é um processo dialético e ao mesmo tempo lento e complexo. Conscientizar a sociedade sobre seus direitos possibilitando assim a consolidação de uma educação para os valores é de fato um grande desafio. Estamos acostumados a não ser respeitados e muitas vezes sofremos preconceito simplesmente porque somos ou representamos parte da sociedade não privilegiada economicamente e, por esse motivo, temos nossos direitos básicos castrados de forma cruel. Diante disso, a educação tem o objetivo de construir o sujeito de forma integral, preparando-o, portanto, para discriminar qualquer tipo de violência.
(Disponível em: .)
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A importância do estudo da música na transformação social. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.
Texto I:
Música na escola: entenda a importância no processo de ensino-aprendizagem
Uma das formas de estimular o desenvolvimento de alunos no processo metodológico é por meio da introdução da música na escola. Isso pode ser colocado em prática de diversas formas: desde a utilização de letras nas interpretações de texto em sala, até na realização de oficinas de música e instrumentalização com os estudantes. Essas são formas de aguçar a sensibilidade, instigar a criatividade e aumentar a integração dos alunos no ambiente escolar.
Quer saber mais sobre a música no processo de aprendizagem? Confira estas informações:
Música na escola: interação por meio dos sentidos Um dos principais aspectos que a música representa no processo de ensino-aprendizagem é o estímulo ao uso dos sentidos pelo aluno. Qualquer experiência musical, independentemente do estilo e dos instrumentos utilizados, promove maior habilidade de observação, localização, compreensão, descrição e representação em quem toca e quem houve.
No que se refere à criação musical, o uso de diversos instrumentos em sala de aula pode evidenciar habilidades desconhecidas, aumentar a interação com objetos e o “saber-fazer”, entre outras capacidades tão importantes nessa fase de desenvolvimento pedagógico.
Para o aluno, essas habilidades serão aplicadas não apenas no desenvolvimento das próprias aptidões musicais no futuro, como também no aprendizado de outras disciplinas. O estudante com ouvido treinado para a observação de letras, poderá ser também um bom leitor e intérprete de textos.
Análise e interpretação de letras musicais Por falar em interpretação de textos, essa é outra vantagem do uso da música no dia a dia escolar. A depender da qualidade das obras trabalhadas, sejam elas em português ou em língua estrangeira, abre-se um vasto campo de atuação para que professores explorem o significado dessas letras, novos conceitos e vocabulário, metáforas, entre outras coisas.
Assim, a música acaba se tornando uma fonte de conteúdo importante para ser utilizada em sala de aula. É o início de conversas importantes, sobre política, educação, cultura, gênero, relações interpessoais, ecologia e vários outros temas que vierem a ser abordados por obras musicais. Cabe ao professor analisar as músicas mais adequadas e com maior potencial de aprendizado para seus alunos.
Estudo contextual de compositores e intérpretes Paralelamente ao estudo de textos e cifras musicais, também é possível que artistas, bandas, gêneros e até mesmo letras sejam objeto de estudo para disciplinas como Geografia e História. Afinal, toda música revela também um contexto social e temporal em que ela se insere: movimentos sociais, cultura regional, folclore, biografia de seus compositores e intérpretes etc.
Essas também são características imprescindíveis para o estudo musical, que adicionam uma nova dimensão ao aprendizado. Se utilizada adequadamente, a música pode dar ensejo a importantes discussões em sala de aula, revelando novas conexões entre ideias, disciplinas e temas de estudo.
Cifras e o raciocínio matemático Muitos estudos relacionam o desenvolvimento de habilidades na música ao raciocínio matemático. Isso ocorre porque a sistemática das cifras e partituras utilizadas na composição são verdadeiras equações matemáticas: repetições, padrões, tríades, escalas, dicotomias, coerências e adequação de tom.
Para o aprendizado da matemática, são vários os benefícios desse tipo de aprendizado musical. A familiaridade com estruturas predefinidas de estilo e construção lógica de sentido contribuem para o aprendizado também de fórmulas, truísmos e outros raciocínios lógicos.
Música na escola e a integração entre os alunos Outro benefício da música na escola é o estabelecimento de mais oportunidades de interação e cooperação entre alunos. Por um lado, há cooperação na produção musical no sentido de executar obras musicais em conjunto, contribuindo para resultados comuns. Por outro lado, multiplicam-se as formas de interação entre estudantes, que podem identificar gostos em comum, formar grupos de interesse e desinibir alunos mais tímidos.
Ajuda a instigar e engajar alunos em sala de aula Muitos professores também aplicam oficinas musicais em sala de aula com o objetivo de instigar e engajar seus alunos. Afinal, em um mundo de cada vez mais estímulos, interações digitais e fontes de desconcentração dos alunos, por que não apostar em oportunidades inovadoras de relação estudante-professor para tornar a sala de aula mais atrativa?
A música tem essa vantagem, já que desperta a atenção dos alunos, contribui para a concentração e o foco no momento da aula e ainda proporciona maior participação dos estudantes no processo de aprendizado. É algo ideal para que a relação entre professor e aluno não fique pautada apenas por uma verticalidade hierárquica, em que um ensina e outro aprende. Cada vez mais, a horizontalidade dessa relação é priorizada por pedagogos e educadores de diversas áreas.
Desenvolvimento de gostos e preferências pessoais A música também contribui para que seu filho desenvolva suas próprias preferências em relação a uma variedade de temas. Afinal, o exercício de escolher um instrumento e estilos musicais preferidos também pode ser aplicado no desenvolvimento da individualidade do aluno, no estímulo de sua autonomia e na caracterização de escolhas acadêmicas e profissionais ao longo do processo pedagógico, ou seja, a introdução de crianças no mundo musical, seja como agentes produtores de música, seja como ouvintes, é outra forma de avançar sua individualidade e gostos pessoais. Vale a pena incentivar esse tipo de experiência, que poderá proporcionar não apenas bandas e estilos musicais favoritos, como também maior assertividade acerca de suas vontades e autoconhecimento.
Incentivo à criatividade do aluno Finalmente, a música também tem como benefício a exploração de um lado mais criativo dos alunos. Independentemente das áreas acadêmica e profissional pelas quais esses estudantes venham a se interessar, é sempre importante que a inovação e a imaginação façam parte do raciocínio e da prática cotidiana desses indivíduos em formação.
Afinal, vivemos em uma sociedade na qual há maior valorização de mentes inovadoras, que pensam de forma diferenciada e por meio de novas perspectivas. A música é uma forma de explorar essas habilidades, já que expõe o aluno ao diferente, o convida a criar e a testar novas ideias (e instrumentos), além de proporcionar aprendizados distintos das disciplinas curriculares tradicionais.
(Novos alunos. Disponível em: . Acesso em: 05 mai 2019.)
Texto II:
Música que salva: Projeto leva música clássica para favelas cariocas
O setembro amarelo chegou ao fim, mas sempre é hora de falar sobre saúde mental e preservação da vida. Como o negócio aqui é música, estreamos uma série de matérias sobre o tema música que salva – pois temos certeza que a nossa maior paixão também é capaz de salvar vidas!
Quem também acredita nessa perspectiva é a musicista Fiorella Solares, que comanda um projeto social que ensina música clássicas para mais de mil crianças carentes das comunidades do Rio de Janeiro.
Fiorella nasceu na Guatemala e veio para o Brasil há 35 anos, para construir uma carreira na Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do estado. No Brasil, ela conheceu e se casou com o maestro David Machado, que sonhava em idealizar um projeto social voltado para a música.
Com a morte do marido, em 1995, e já tão apaixonada pelo Rio para não querer sair mais da cidade, ela resolveu concretizar os planos que tinha com David. Assim, ela inaugurou a Ação Social pela Música. O projeto leva o universo da música clássica para crianças de comunidades carentes de cidades do Rio de Janeiro. Graças ao projeto, todas essas crianças têm contato com violinos, flautas, violas e clarinetes, além de noções básicas sobre música clássica.
Vinte anos depois, o projeto Ação Social pela Música cresceu e tem sedes em quatro regiões do Rio (Chapéu Mangueira, Morro dos Macacos, Cidade de Deus e Complexo do Alemão). Os alunos, que têm entre seis e 18 anos, são apresentados a esses instrumentos básicos da orquestra. Depois de escolherem seus preferidos, os meninos e meninas seguem uma rotina de três horas de aula durante três tardes da semana para incrementar o aprendizado. Além das aulas de música, o curso apresenta vivências de conjunto orquestral e fornece reforço escolar aos alunos, além de uma cesta básica para as famílias dos estudantes.
Despertar a paixão pela música em crianças em situação de risco é uma maneira de salvar milhares de vidas que poderiam ter um destino completamente diferente. Por exemplo, o primeiro núcleo construído na Ação Social Pela Música, em Campos dos Goytacazes, deu origem a uma orquestra semiprofissional com esses mesmos jovens que aprenderam o bê-a-bá dos instrumentos nas oficinas.
Em entrevista à Veja Rio, a própria Fiorella explicou a emoção de ver seu projeto crescendo de forma tão bonita: “Era praticamente impossível pra garotada mais pobre ter acesso à música clássica e aprender a tocar um instrumento. Hoje, nós temos até alunos em cursos universitários. Não é maravilhoso?!”
(COELHO, Damy. Cifra Club News. 16 out. 2017. Disponível em: . Acesso em: 05 mai 2019. Adaptado para fins pedagógicos.)
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um parágrafo de desenvolvimento argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Os males da corpolatria na sociedade contemporânea. Seu texto deve ter em torno de 6 linhas. Não se esqueça de apresentar um tópico frasal e de desenvolver o argumento de forma clara e satisfatória.
Texto I:
Agora, na cultura urbana [...], você tem uma divisão porque o que você vê exibido como modelo de identidade e de felicidade e de norma corpórea é transmitido maciçamente para todo mundo. Agora, existe uma lacuna real entre quem pode imitar ou não. [...] No caso, da classe média para cima, ela viaja, ela consome produto da moda, para a boate e restaurantes, onde toda essa preocupação está presente. As pessoas exibem. As mais famosas, para tomar o caso das garotas, são as academias, para variar o cardápio de exercícios que você pode fazer. Em suma, você opta por ginástica, depois por massagem, por tensão, relaxamento, isso movimenta uma economia e exige uma disponibilidade financeira que só a concentração de renda no Brasil explica.
(Entrevista com Jurandir Freire Costa, O Pasquim, n. 21, 23 jul. 2002.)
Texto II:
Bom, o que me chama atenção em termos físicos especialmente uma pessoa que tem proporções nas diferentes partes do corpo humano. Não necessariamente tem que ser uma pessoa com, muito bonita, mas que dá, transmite, com a impressão de harmonia [...] Então, eu acho que, realmente, o principal, pra mim, do ponto de vista da aparência física de uma pessoa, é ela transmitir essa ideia de harmonia, de equilíbrio e que, de proporção entre diferentes partes do corpo humano e que, portanto, dá à gente a impressão de algo que é fruto não só de uma mera característica externa, que possa ter uma pele assim, ou um cabelo desse modo, mas que é realmente expressão de uma realidade pessoal mais profunda. Então, eh, acho que uma pessoa é uma pessoa na sua totalidade, no que ela é, e na aparência. Mas aquilo que ela aparenta não deve estar dissociado do que ela é.
(Fala carioca NURC – Documentos: Corpo humano. inq.0360/M2A.)
Texto III:
Em nossa sociedade de consumo, a fonte vital de todas as energias é o corpo. Para se ter saúde, é preciso ter um corpo saudável; e, para tanto, é necessário obedecer a inúmeras regras, leis de medida, peso e volume.
(FEROS, Rosy. A metáfora do corpo (II): beleza se põe à mesa. Revista eletrônica interNeWWWs, jan. 2000.)
Texto IV:
O triste resultado da corpolatria e do charlatanismo explícito Estamos vivendo a civilização da imagem e da aparência
A mídia tem registrado a morte de mulheres que se submeteram a procedimentos estéticos realizados em ambientes improvisados, por profissionais sem qualificação plena para a cirurgia plástica ou por aventureiros que exercem ilegalmente a medicina e aplicam produtos impróprios ao organismo humano. Algumas vítimas tinham optado por preços menores e não avaliaram as condições para uma intervenção segura. Parece, então, que a fila é inesgotável, porque o apelo pela beleza física suplanta o bom senso, compelindo para recursos que, em sua percepção, viabilizariam amor e sucesso entre as amigas. Elas se deixam levar, facilmente, por propagandas enganosas em redes sociais, sem fiscalização sanitária.
Outras mulheres pretendem escamotear o envelhecimento, reparar sequelas de acidentes ou corrigir cirurgicamente anomalias, às vezes insignificantes.
Há ainda jovens bonitas que desejam realçar seus atributos físicos com silicone, seguindo o modismo vigente entre estrelas do show business, para ter sucesso em seu universo pessoal e profissional. Isso ficou mais intenso, nos últimos anos, porque estamos vivendo a civilização da imagem, em que predomina a perversidade de verificar constantemente, nas redes sociais, a aparência e o ambiente de amigos e inimigos para auferir sua condição de vida.
Acatamos, cada vez mais, exigências relativas aos cuidados com o corpo, enquanto a sociedade oferece modernas técnicas de embelezamento, dinamizando o sistema produtivo e as áreas da medicina estética. Cresce, então, a imposição de qualidade do vestuário, tratamento do cabelo, peso e expressão corporal, sob a premissa da relevância do marketing pessoal em todas as situações. Isso impõe a corpolatria, em que obesidade e envelhecimento são os pontos mais críticos no delineamento do perfil desejável.
As mulheres com recursos limitados tornam-se presa fácil de aventureiros que se apresentam, ardilosamente, nos mesmos circuitos virtuais. Elas precisam, portanto, de cautela para não cair na armadilha e devem livrar-se desses ditames da moda quanto à apresentação moderna para integração plena à sociedade.
Os homens padecem de dificuldades semelhantes, pois existem vários itens que interferem em suas conquistas amorosas e na disputa por vaga no mercado de trabalho, mas parece que não têm enfrentado os mesmos dissabores com os aventureiros. Mesmo assim, sentem que há discriminação quando têm papada, calvície, estrabismo, barriga grande e sardas, características que estão em discrepância com os modelos predominantes de beleza e juventude.
A aparência tornou-se fator de empregabilidade e de avaliação do indivíduo, reforçando a crença de que uma pessoa bonita encerra qualidades superiores em qualquer dimensão de sua vida. Esse preconceito deve ser superado no terceiro milênio, porque há muitos recursos para propiciar habilidades ajustáveis a quem apresenta alguma limitação física ou mental para conferir vida digna a todos. Não podemos permitir que a crueldade prevaleça, no mundo contemporâneo, em relação aos que têm anomalia física, doenças degenerativas e distúrbios mentais, pois o sol nasceu para todos.
É importante ressaltar que a medicina estética conduzida por profissionais competentes elimina muitos problemas que interferem na integração dos indivíduos com alguma deformidade, mas ela tem alto custo, e muitos casos não estão cobertos por convênios nem pelo atendimento público de saúde.
(CASTRO, Gilda de. O Tempo, 02 nov. 2018. Disponível em: . Acesso em: 05 mai. 2019. Adaptado para fins pedagógicos.)
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