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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância dos artistas para o desenvolvimento do Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
A importância do artista na sociedade vai muito além do entretenimento. Seu papel é fundamental para o desenvolvimento intelectual, formação de opinião, inclusão social, educação e por fim, é a forma mais incrível de fazer com que as pessoas enxerguem o mundo com uma outra visão.
Independentemente do tipo de arte – seja cinema, música, teatro, circo, literatura, entre outros – o artista é sempre o protagonista e transmissor de algo extremamente transformador.
(Disponível em: .)
Texto II:
O artista que necessita dessa linguagem encontra no social a sua maneira de exercê-la. Ele reinsere-se no contexto social como um elemento necessário, válido, útil à sociedade. Se compararmos essa ideia com o que acontecia antigamente, veremos que, a partir de um certo momento do processo civilizatório, o artista viu-se deslocado do centro de gravidade do contexto social e passou por um processo de criatividade mais livre, puramente autônomo, mais rico para alguns e mais pobre para outros, na medida em que a comunicação desse processo criativo se distancia muito do contexto coletivo.
(Disponível em: .)
A partir da leitura do texto motivador e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os grandes eventos e o seu impacto para as grandes cidades brasileiras”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto:
Que o Rio tem vocação inata para o turismo, esporte e lazer, ninguém duvida. Mas essa certeza, lastreada pela realização de megaeventos, como Copa do Mundo e Olimpíada, e por festas que reúnem multidões, a exemplo de réveillon e carnaval, não garante por si só a ocupação da extensa rede hoteleira. Nem mantém ativa a grande quantidade de serviços que dependem do turismo para sobreviver, seja na capital ou em outras cidades do estado.
Cada vez mais essa indústria demanda boa infraestrutura, profissionalismo e, claro, um calendário vigoroso, capaz de manter o setor aquecido o ano inteiro, e não apenas nas datas tradicionais. O desafio se torna maior porque o Rio, sede dos Jogos de 2016, ampliou consideravelmente o número de quartos — não à toa, a prefeitura estuda um projeto que permitiria transformar hotéis ociosos em prédios residenciais.
Nesse sentido, o Rock in Rio é emblemático. Por três décadas e meia, tem sido um marco no calendário turístico da cidade. Sempre com números expressivos. Segundo a Secretaria estadual de Turismo, das 700 mil pessoas esperadas em todos os dias do evento, 420 mil, ou 60%, são visitantes. Do próprio Brasil — majoritariamente paulistas, mineiros e baianos — e de mais de 70 países. Estima-se que o festival esteja injetando R$ 1,7 bilhão na economia do Rio e gerando cerca de 25 mil empregos.
O setor hoteleiro também comemora. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), 78% dos quartos tinham reservas para a primeira semana do festival, e 84% para a segunda. No fim de semana de estreia, os números superaram em 4% os de 2017.
(Disponível em: .)
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um parágrafo de desenvolvimento argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A preservação do patrimônio público no Brasil. Seu texto deve ter em torno de 6 linhas. Não se esqueça de apresentar um tópico frasal e de desenvolver o argumento de forma clara e satisfatória
Texto I:
A depredação e o abandono dos monumentos públicos vêm chamando a atenção na paisagem urbana e traz para a cena uma discussão sobre a cidade, cidadania, a responsabilidade pelo bem público e educação patrimonial. Não se trata de revolta contra valores, personagens, datas que esses monumentos significam ou representam; as intervenções e agressões não passam por nenhuma consciência crítica.
Ao longo do tempo, a cidade constrói histórias e guarda nas ruas, praças e monumentos várias memórias. Esse território simbólico é propriedade de todos. Mas o desconhecimento e o desprezo pela cultura e a memória da cidade coloca em cheque a noção de cidadania e a responsabilidade pela guarda, vigilância e conservação. Se a cultura está cada vez mais associada a entretenimento, tudo é diversão.
O vandalismo é um comportamento de uma sociedade individualista, que deu as costas aos valores e princípios, da moral e da ética. Estes foram substituídos por um desejo perverso de deixar na cidade o registro da violência e da impunidade. Uma brincadeira que aponta para a falta de compromisso com a coisa pública e com a memória da cidade, e se espalha como um vírus.
(Almandrade. Depredação dos monumentos públicos. Disponível em: . Acesso em: 24 out. de 2015. Adaptado.)
Texto II:
Em novembro de 2011, o filósofo suíço Alain de Botton esteve em São Paulo e ficou impressionado com muitos aspectos negativos da cidade. Espantado, fez algumas reflexões importantes dessas experiências para seus seguidores no Twitter e para os jornalistas, fato que aborreceu muitos cidadãos. O descuido com a aparência dos prédios, a sujeira nas ruas, o trânsito causado pelo transporte privado e a miséria nas escadarias da Sala São Paulo, espaço público que abrigou um evento de elite, foram duramente criticados do ponto de vista de uma concepção europeia de povo civilizado. (...)
Defender espaços e serviços públicos mais funcionais, atrativos e bonitos reflete um sentimento de satisfação pelo bem-estar do próximo que só as pessoas conscientes e bem resolvidas conseguem ter o prazer de sentir. (...) Ajudar a manter a cidade organizada, limpa, bela e funcional, como uma “casa coletiva” onde todos podem se sentir bem, revela um padrão de educação dos cidadãos com valores éticos altruístas arraigados na cultura – ou seja, são valores de convívio, de higiene e de estética praticados dentro das casas, das escolas, das empresas etc.
O respeito ao bem público se inscreve em um sentido ético de justiça por todos os desconhecidos que lutaram por um futuro melhor para pessoas e gerações que jamais poderiam conhecer.
(MEUCCI, Artur. O bem público como exercício ético. Disponível em: . Acesso em 24 de outubro de 2015. Adaptado.)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A postura do brasileiro frente às mudanças climáticas do século XXI”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
“A visão preponderante na Ciência admite que as mudanças no clima global são um fato e vem ocorrendo pela ação da atividade humana. O desafio para o enfrentamento das causas e das consequências das Mudanças Climáticas é imensamente complexo. Para a Educação Ambiental (EA) parece ser ainda mais, na medida em que a compreensão do fenômeno Mudanças Climáticas é algo distante, difícil, abstrato, deslocado no tempo e longe no espaço. A chave para a formulação e a implementação de políticas públicas de EA, em tempos de Mudanças Climáticas, deve estar centrada nas transformações humanas, propondo alternativas para o modelo e a cultura materialistas que colocam em risco a humanidade.
A Ciência do Clima demonstra que a humanidade irá enfrentar algum grau de Mudança Climática, além do que já vem ocorrendo; será irreversível, é um processo. As análises apontam que se todas as emissões de gases de efeito estufa fossem paralisadas hoje, os gases presentes na atmosfera (que demoram em média um século para se dissipar) ainda aqueceriam a terra no mínimo em mais 1ºC até 2100, além dos 0,76 ºC que o planeta já ganhou desde a Revolução Industrial. Nesse sentido, a premência da EA diante desse cenário que se projeta, tem que ser de mobilização e engajamento pela vida”
(Disponível em: .)
Texto II:
São várias as consequências do aquecimento global e algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta. Os cientistas já observam que o aumento da temperatura média do planeta tem elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e tsunamis) com graves consequências para populações humanas e ecossistemas naturais, podendo ocasionar a extinção de espécies de animais e de plantas.
(…)
Entre as principais atividades humanas que causam o aquecimento global e consequentemente as mudanças climáticas, a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia, atividades industriais e transportes; conversão do uso do solo; agropecuária; descarte de resíduos sólidos (lixo) e desmatamento. Todas estas atividades emitem grande quantidade de CO² e de gases formadores do efeito estufa.
No Brasil, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela maior parte das nossas emissões e faz o país ser um dos líderes mundiais em emissões de gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver e estocar CO2. Mas quando acontece um incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Mas as emissões de GEE [gases de efeito estufa] por outras atividades como agropecuária e geração de energia vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos.
(…)
Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e os efeitos no aquecimento global. Diminuir o desmatamento, investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais, incentivar o uso de energias renováveis não convencionais (solar, eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas), preferir utilizar biocombustíveis (etanol, biodiesel) a combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel), investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética, reduzir, reaproveitar e reciclar materiais, investir em tecnologias de baixo carbono, melhorar o transporte público com baixa emissão de GEE, são algumas das possibilidades. E estas medidas podem ser estabelecidas através de políticas nacionais e internacionais de clima.
(Disponível em: .)
Texto III:
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema A lentidão para a erradicação do analfabetismo no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto:
No Brasil, o universo das letras e dos números ainda é incompreensível para 11,3 milhões de analfabetos, aqueles que com 15 anos ou mais já deveriam estar alfabetizados. Os dados são do módulo de Educação da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 19.
Entre 2016 e 2018, o percentual de analfabetos caiu de 7,2% para 6,8% da população adulta, e somente entre 2017 e 2018, um total de 121 mil pessoas deixaram de ser analfabetas.
“Em termos educacionais, ver que o Brasil está progredindo é importante para um país que é tão desigual”, afirmou Marina Dias, analista do IBGE, durante o lançamento da PNAD-Contínua, na qual também se atesta que cresceu de 45% para 47,4% o acesso à educação básica para pessoas a partir dos 25 anos de idade.
De acordo com o IBGE, praticamente todos os indicadores educacionais melhoraram, porém se registraram significativas desigualdades: “Mulheres permaneciam mais escolarizadas do que os homens, pessoas brancas tiveram indicadores educacionais melhores que os das pessoas pretas ou pardas, e as regiões Nordeste e Norte apresentaram uma taxa de analfabetismo bem mais alta e uma média de anos de estudo inferior à das regiões do Centro-Sul do país”.
Quem são e onde estão os analfabetos?
Das 11,3 milhões de pessoas não alfabetizadas com mais de 15 anos, quase 6 milhões têm 60 anos ou mais de idade, o equivalente a 18,6% da população idosa do país.
Entre a população que se declara branca, 10,3% são analfabetos, enquanto entre os que afirmam ser pardos e pretos o percentual é de 27,5%.
Também há diferenças regionais: o Nordeste, com 13,87% de analfabetos, tem um percentual quase quatro vezes maior que o Sudeste (3,47%). No Norte, o percentual de analfabetos é de 7,98%; no Centro-Oeste, de 5,4%; e no Sul, de 3,63%.
De acordo com o cientista social Adão Alves dos Santos, que atua em movimentos sociais de alfabetização de jovens e adultos, o percentual de analfabetos no país é maior em áreas rurais do que urbanas, contudo os diferentes governos ainda não fizeram um mapeamento preciso sobre os analfabetos no Brasil. “Se houvesse essa pesquisa, que pedimos desde a década de 1980, seria possível dirigir esforços para onde estão estes analfabetos. Assim, poderiam ser atingidos os objetivos das políticas públicas”, disse.
(Disponível em: .)
• Introdução
Vamos juntos a mais uma produção compartilhada?
• Proposta Textual
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema, “A democratização do acesso à informação em questão na sociedade contemporânea”, proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Fake news é um tema que tem sido cada vez mais debatido, especialmente no mundo do jornalismo. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, fake news são notícias falsas que podem existir por cinco motivos: com o intuito de enganar o leitor; como uma tomada acidental de partido que leva a uma mentira; com algum objetivo escondido do público, motivado por interesses; com a propagação acidental de fatos enganosos; ou com a intenção de fazer piada e gerar humor. Embora alguns especialistas, como o jornalista Sérgio Dávila, afirmem que notícias falsas sempre tenham existido, é certo que sua disseminação nunca foi tão intensa quanto é hoje, com as redes sociais.
De acordo com Diego Iraheta, redator-chefe do Huffington Post no Brasil, as redes sociais e o universo informacional do século XXI facilitam o escoamento das notícias enganosas de uma maneira extremamente rápida e eficiente. Assim, com a propagação de reportagens tendenciosas e mentirosas crescendo cada vez mais, a democracia é ameaçada, uma vez que o acesso à informação é um direito do cidadão.
Fábio Zanini, editor da seção “Poder” da Folha de S.Paulo comenta o porquê de as fake news terem ganhado importância nos últimos tempos. “Isso foi exacerbado, na minha avaliação, por dois motivos que, na verdade, caminham juntos: primeiro, as redes sociais, que democratizaram muito a geração de informação, o que é uma coisa positiva até certo ponto; e o segundo motivo é uma crescente polarização política em todo o mundo”, disse.
(http://observatoriodaimprensa.com.br/pos-verdade/o-impacto-das-fakenews-no-dia-dia-do-jornalismo/)
Texto II:
Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), baseada na França.
A pesquisa MOM sobre o Brasil é a 11ª versão do levantamento, realizado anteriormente em dez outros países em desenvolvimento: Camboja, Colômbia, Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Trata-se de um projeto global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha que tem como objetivo promover transparência e pluralidade na mídia ao redor do mundo.
A pesquisa acompanha um ranking de Risco à Pluralidade da Mídia, elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras, no qual o Brasil ocupa o 11º e último lugar. Nos dez indicadores do ranking, o País apresenta risco “alto” em seis deles, como concentração de audiência e salvaguardas regulatórias.
No caso do Brasil, o levantamento listou os 50 veículos de mídia com maior audiência e constatou que 26 deles são controlados por apenas cinco famílias. O maior é o Grupo Globo, da família Marinho, que detém nove desses 50 maiores veículos.
Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), baseada na França.
A pesquisa MOM sobre o Brasil é a 11ª versão do levantamento, realizado anteriormente em dez outros países em desenvolvimento: Camboja, Colômbia, Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Trata-se de um projeto global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha que tem como objetivo promover transparência e pluralidade na mídia ao redor do mundo.
A pesquisa acompanha um ranking de Risco à Pluralidade da Mídia, elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras, no qual o Brasil ocupa o 11º e último lugar. Nos dez indicadores do ranking, o País apresenta risco “alto” em seis deles, como concentração de audiência e salvaguardas regulatórias.
No caso do Brasil, o levantamento listou os 50 veículos de mídia com maior audiência e constatou que 26 deles são controlados por apenas cinco famílias. O maior é o Grupo Globo, da família Marinho, que detém nove desses 50 maiores veículos.
Além da rede Globo, líder de audiência na tevê aberta, a Globo tem presenças relevantes na tevê a cabo (com a GloboNews e outros 30 canais); no rádio, com a CBN e a Rádio Globo; e na mídia impressa, com títulos como os jornais O Globo, Extra, Valor Econômico e a revista Época.
Na sequência, aparecem a família Saad, dona do grupo Bandeirantes, e a família de Edir Macedo, da Record, com cinco veículos cada um, seguidas pela família Sirotsky, da RBS, com quatro veículos na lista, e a família Frias, com três veículos.
Se somados o grupo Estado, do jornal O Estado de S.Paulo; o grupo Abril, da revista Veja; e o grupo Editorial Sempre Editora, do jornal O Tempo, são oito famílias controlando 32 dos 50 maiores veículos, ou 64% da lista.
(https://www.cartacapital.com.br/sociedade/cinco-familias-controlam-50- dos-principais-veiculos-de-midia-do-pais-indica-relatorio/)
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O histórico desafio de se valorizar o professor. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.
Texto I:
A escolha profissional passava necessariamente pela ideia de frequentar um curso de qualidade, que dava uma excelente cultura geral e preparo adequado para exercer uma profissão que era reputada como digna e prestigiada, fosse ela exercida por homens ou por mulheres. A figura da mulher que lecionava era bem aceita e apontada às moças como exemplo de honestidade e ideal a ser seguido. O mesmo acontecia com o professor. A família tinha a figura da professora e do professor em grande consideração, e estes detinham um prestígio social que estava em claro desacordo com a remuneração salarial percebida. Eles desfrutavam um prestígio advindo do saber, e não do poder aquisitivo.
(ALMEIDA, J. S. D. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Unesp, 1998. Adaptado.)
Texto II:
Texto III:
O estatuto social e econômico é a chave para o estudo dos professores e da sua profissão. Num olhar rápido, temos a impressão que a imagem social e a condição econômica dos professores se encontram num estado de grande degradação, sentimento que é confirmado por certos discursos das organizações sindicais e mesmo das autoridades estatais. Mas, cada vez que a análise é mais fina, os resultados são menos concludentes, e a profissão docente continua a revelar facetas atrativas. É evidente que há uma perda de prestígio, associada à alteração do papel tradicional dos professores no meio local: os professores do ensino primário já não são, ao lado dos párocos, os únicos agentes culturais nas aldeias e vilas da província; os professores do ensino secundário já não pertencem à elite social das cidades.
(NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In NÓVOA, A. (Ed.). Profissão Professor. Porto: Porto Editora, 1995. Adaptado.)
Texto IV:
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O combate à fome como prioridade política para o desenvolvimento social do país. Seu texto deve ter em torno de 25 linhas.
Texto I:
Invisíveis e ignorados: 5,2 milhões de pessoas passam fome no Brasil
O relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostrou que a fome aumentou no mundo. No ano passado, 821 milhões de pessoas passavam fome em todo o planeta. Este é o terceiro ano consecutivo com aumento deste número, segundo a FAO.
O relatório cita como as principais causas do avanço da subnutrição os conflitos armados, crises econômicas e fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes.
No Brasil, 2,5% da população passou fome em 2017. Isso corresponde a 5,2 milhões de pessoas. O Brasil só saiu do mapa da fome em 2014, quando o índice de pessoas ingerindo menos calorias que o recomendado caiu para 3% da população.
E, segundo o relatório “Luz da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, realizado pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil, o Brasil corre o risco de ser reinserido no mapa da ONU.
(GARCIA, Maria Fernanda. Observatório do Terceiro Setor, 19 dez. 2018. Disponível em: . Acesso em: 21 jul. 2019.)
Texto II:
“Passei o dia inteiro sem comer”, uma história de fome no centro de São Paulo Ellen Cristina Santos, de 24 anos, conta como a fome ronda a história da sua vida desde que fugiu da casa da família adotiva e foi morar nas ruas
Na manhã de 19 de julho de 2019, Ellen Cristina Santos comeu dois pães e um café com leite que o namorado, Cleyton Gean de Lima, havia mangueado – como eles chamam o ato de pedir ajuda na rua. “Ganhei café da manhã na cama hoje, mas ontem passei o dia inteiro sem comer”, conta, sentada sobre o fino colchonete onde dorme todas as noites, em uma calçada do centro de São Paulo. No dia anterior, o casal não teve a mesma sorte. Sem conseguir nenhum trocado depois de horas abordando pessoas na rua, os dois decidiram dormir às seis da tarde para maquiar a fome. Ellen – uma das 25 mil pessoas em situação de rua na cidade, segundo estima a gestão municipal – conta que a fome atravessou a sua história em distintos momentos e que ter comida é uma incerteza com a qual convive diariamente, mesmo com as frequentes doações feitas por entidades da sociedade civil na região onde mora. “Na rua, você tem que saber sobreviver. Se tiver doação a gente come. Se não tiver, fica com fome”, diz.
Filha única de um pai que ficou viúvo quando ela ainda tinha poucos meses de vida, Ellen foi doada a uma família aos quatro anos. Foi morar em uma casa grande no bairro Lauzane Paulista, na região norte, com a promessa de ser tratada como filha. Mas nunca chegou a ser matriculada na “escola de perua” em que os dois filhos da mãe adotiva estudavam. Ellen foi crescendo e absorvendo a responsabilidade dos serviços domésticos. Limpava a casa e cuidava dos irmãos adotivos enquanto a mãe adotiva saía pra trabalhar. Mas qualquer deslize poderia motivar agressão. “Já apanhei pra caramba. Foi a pior época da minha vida”, conta.
Aos 10 anos, Ellen conta que sofria tanto que resolveu tomar os remédios do tratamento de esquizofrenia do padrasto. Precisou fazer uma lavagem estomacal e ficar dias internada em um hospital. Lá, chegou a ser ouvida por assistentes sociais, mas teve medo de contar o que passava em casa. “Depois disso, ela (a mãe adotiva) mal deixava eu sair do quarto ou de casa. Não queria que eu contasse pra ninguém. Passei anos assim até que decidi fugir”, conta. Na madrugada de uma quarta-feira de 2011, escreveu uma carta para a mãe dizendo que iria embora porque queria buscar a história da família biológica.
Ellen saiu de casa e passou dois dias na rua. Foi quando a fome cruzou o seu caminho pela primeira vez – uma realidade que, embora tenha sido amenizada nos tempos de bonança econômica (o Brasil deixou o Mapa da Fome da ONU em 2014), seguiu existindo e afetando os grupos mais vulneráveis. E agora, em tempos de crise, ameaça se agravar. O relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, apresentado em 2019 pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), estima que um grupo menor que 5,2 milhões de brasileiros comem menos do que o recomendado. Outros dados corroboram um sinal amarelo: o percentual de crianças menores de 5 anos em desnutrição aumentou de 12,6% para 13,1% de 2016 para 2017, segundo os últimos dados disponíveis do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde. Outro fenômeno é a ameaça da fome sazonal, que afeta as crianças que ficam sem merenda escolar durante as férias e, assim, perdem um pilar importante de sua nutrição, conforme contou a BBC Brasil.
“Eu nem sabia sobreviver naquela época, imagina! Passei dois dias sem comer”, segue contando Ellen. Até que, sabendo o bairro que eles moravam, conseguiu localizar uma tia biológica, que depois a levou até o pai dela. Ellen acabou morando na casa da família, mas o pai faleceu pouco tempo depois. Naquele mesmo ano, se apaixonou por Marcos, um carpinteiro que conheceu por intermédio de uma amiga do bairro, e foi morar com ele. Ellen ainda se matriculou em um supletivo naquele ano, mas precisou abandoná-lo pela primeira gravidez, aos 16 anos. “Com 16 anos, tudo aconteceu na minha vida. Conheci o Marcos, voltei a estudar, engravidei e larguei a escola”, reflete.
Ellen começou então a trabalhar em um buffet, e os dois ainda tiveram mais duas filhas. Ela amamentava a filha mais nova que havia voltado da maternidade há uma semana no quintal de casa, quando o marido a agrediu pela última vez. Uma vizinha denunciou, e as agressivas discussões entre eles e o envolvimento com drogas fizeram a Justiça tirar as crianças da guarda deles. Desde então, Ellen nunca mais as viu. Resolveu se separar e voltou às ruas, desta vez para a Cracolândia. “E lá eu voltei a passar fome porque não sabia sobreviver aqui no Centro. Não conhecia ninguém, era muito diferente do meu bairro”, conta.
Passou um ano lá, onde conheceu Cleyton. “Ele que tá me afastando das drogas, graças a Deus. Né, amor?”, diz, virando o rosto para o namorado, deitado sob as cobertas ao seu lado. Os dois, que deixaram a região onde ficava a Cracolândia há mais de um ano, agora dividem um pequeno espaço de uma calçada no bairro Santa Cecília. Ellen diz que foi Cleyton quem a ensinou a sobreviver nas ruas, a buscar locais de doação das entidades e a pedir trocados para comprar comida.
“Em dia de semana, é mais fácil pra comer. Um trocado para ir no Bom Prato ou um salgado a gente consegue”, afirma Ellen. Ela se refere ao maior programa de segurança alimentar do Brasil, que tem 52 unidades na cidade de São Paulo vendendo refeições por um real. No fim de semana, porém, nem todos os refeitórios populares abrem. Este é também o dia onde se reduz o movimento no centro da cidade, e as doações de comida ficam mais escassas, explica Ellen. Minutos antes de conversar com o EL PAÍS nesta sexta-feira (19), ela havia insistido durante duas horas pedindo trocados na rua para comprar uma esfiha. Cleyton, por sua vez, conseguiu dinheiro para comprar dois pacotes de biscoito. É esta a comida que eles têm para passar toda a noite. “Tem gente que fala que pedir dinheiro é humilhante. Eu acho que humilhante é passar fome. É ruim”, finaliza Ellen.
(JUCÁ, Beatriz. El País, 20 jul. 2019. Disponível em: . Acesso em: 21 jul. 2019. Adaptado para fins pedagógicos.)
Texto III:
• Introdução
Vamos a mais exercícios? Vamos sim, porém faremos um exercício mais geral a partir da análise de uma redação sobre um tema que pode aparecer no seu exame de vestibular.
• Exercícios técnico-argumentativos
1) O texto a seguir foi escrito para o seguinte tema: “A censura à arte em questão no Brasil”. A sua função é ser corretor do Enem por um dia e avaliá-la a partir dos critérios utilizados pela banca do concurso. Além de corrigir e pontuar o texto, é interessante que, com o auxílio de seu professor, você proponha, se julgar necessário, melhorias e possíveis reescrituras.
Segundo as ideias do filósofo Aristóteles, a arte é uma fabricação humana não só com a capacidade de imitar a natureza, mas também de abordar o impossível e o irracional. Todavia, a contemporaneidade artística do século XXI e o moralismo exacerbado da sociedade resultam em embates inconvenientes que tentam limitar a expressão do homem, a qual é de extrema importância para a compreensão individual do ser em relação aos meios e às situações em que vive.
Convém ressaltar, em primeiro plano, que o problema advém, em muito, do desconhecimento artístico das pessoas. A escultura Vênus de Milo, o quadro Guernica de Pablo Picasso e, ainda, a música Cálice de Chico Buarque são obras artísticas muito importantes para a humanidade, ao passo que denotam situações únicas que precisaram ser expressas. A falta de compreensão desses aspectos leva alguns espectadores a não captarem a mensagem transmitida e a julgarem-nas erroneamente.
Outrossim, o moralismo em excesso tende a fechar os olhos da sociedade para os problemas diários. O clipe da música Elastic Heart da cantora Sia Furler foi acusado de transmitir pedofilia e sexualização em suas cenas, por mais que as expressões marcantes na coreografia tivessem o intuito de retratar o afastamento familiar entre pai e filha. A mesma situação se replicou na exposição Queermuseu - Cartografias da diferença na Arte Brasileira, na qual peças apresentaram imagens que provocaram reações contrárias àquilo que, de fato, discutiam, já que foram expostas para refletir sobre desafios da atualidade, como a diversidade e a violência.
Evidencia-se, portanto, que a falta de conhecimento prévio e o moralismo excessivo são obstáculos para a concepção artística. Por conseguinte, cabe às escolas e às universidades, por meio de palestras redigidas pelos profissionais da área, incentivar os alunos a exercerem o pensamento crítico e amplo sobre as diversidades artísticas, a fim de extinguir o julgamento prévio e inadequado da expressividade humana. Com isso, a sociedade há de entender que a arte não deve ser limitada, mas sim compreendida.
Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas