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Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, sobre o seguinte tema: “A obesidade como problema de saúde no Brasil atual”, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I:
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou um pesquisa que revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. Segundo o estudo, 42,7% da população estava acima do peso no ano de 2006. Em 2011, esse número passou para 48,5%. O levantamento é da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), e os dados foram coletados em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
De acordo com a Dra. Rosana Radominski, presidente do Departamento de Obesidade da SBEM, os novos resultados não são novidade, se comparados com os de 2010. “O dado agravante é o aumento de mais de 0,5% do excesso de peso e da obesidade em um ano. Isso é alarmante, se formos extrapolar os dados para os próximos dez anos”, alerta a especialista.
O estudo também revelou que o sobrepeso é maior entre os homens. 52,6% deles está acima do peso ideal. Entre as mulheres, esse valor é de 44,7%. A pesquisa também diz que o excesso de peso nos homens começa na juventude: na idade de 18 a 24 anos, 29,4% já estão acima do peso; entre 25 e 34 anos são 55%; e entre 34 e 65 anos esse número sobe para 63%.
Já entre as mulheres, 25,4% apresentam sobrepeso entre 18 e 24 anos; 39,9% entre 25 e 34 anos; e, entre 45 e 54 anos, o valor mais que dobra, se comparando com a juventude, passando para 55,9%. De acordo com Dra. Rosana, as mulheres por natureza têm maior adiposidade e menor massa muscular do que os homens e estas alterações são hormônio-dependentes (estrogênios x testosterona). Já os homens têm maior tendência à adiposidade visceral (gordura abdominal), mesmo quando em sobrepeso. “Isto é tão ou mais preocupante que o aumento de peso nas mulheres, já que é fato a relação da obesidade visceral e doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias e alta mortalidade”, alerta a médica. A especialista ainda cita dos prejuízos que esse aumento pode representar para saúde de um modo geral e para a qualidade de vida da população. “No Brasil, não existem dados concretos publicados sobre os custos diretos e indiretos relacionados à obesidade e suas complicações, mas tomando como exemplo o que acontece em países como os Estados Unidos, estes custos que já são altíssimos, e tendem a ficar ainda maiores”, explica.
(Disponível em: .)
Texto II:
O aumento da prevalência da obesidade causa muita discussão, principalmente pelo fato desse aumento ter ocorrido na sua maioria devido à mudanças ambientais, como fatores físicos e sociais, do que mudanças biológicas.
Um dos potenciais responsáveis por isso é o fato das pessoas estarem comendo mais fora de casa e, particularmente em redes fast food, as quais apresentam na sua maioria alimentos mais calóricos, como hambúrguer e batata frita.
Esses alimentos costumam ter uma alta densidade calórica proveniente principalmente de carboidratos refinados e gordura saturada, além da alta quantidade de sódio e a baixa quantidade de fibras, vitaminas e minerais, contribuindo para a disseminação da obesidade. Estudos apontam que trabalhar fora de casa e ter crianças aumenta a frequência em restaurantes fast food, principalmente se este estiver localizado perto da residência.
Os pesquisadores ressaltam que apesar do fato de uma maior frequência em fast food contribuir para o aumento da obesidade, não é o fator principal. O sedentarismo e um menor consumo de alimentos ricos em nutrientes como frutas, verduras, legumes e cerais são os principais promotores dessa doença.
(JEFFERY, R.W. et al. Are fast food restaurants an environmental risk factor for obesity?. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 3, n. 2, 2006.)
Texto III:
A obesidade é considerada hoje em dia uma doença crônica, que provoca ou acelera o desenvolvimento de muitas doenças e pode causar a morte precoce, portanto deve ser tratada. Geralmente é definida como a condição de pesar 20% ou mais acima do seu peso ideal.
O tratamento básico da obesidade apoia-se na modificação do comportamento alimentar e na prática de atividades físicas. Mas é sempre bom lembrar que os efeitos benéficos da atividade física acontecem somente para quem se exercita com certa regularidade. Por isto, é importantíssimo realizar atividades físicas pelo menos cinco vezes na semana.
Sabendo do alto número de pessoas obesas numa sociedade, é imprescindível maior estímulo para a prática de atividades físicas. Esta atividade deve ser individualizada e respeitar as características físicas e clínicas de cada um, considerando suas individualidades.
O objetivo é eliminar peso. Os exercícios físicos associados à alimentação adequada devem tornar-se permanentes neste programa de redução de peso e estilo de vida saudável.
(Disponível em: .)
TEXTO I
7. Os princípios do Estado democrático de Direito
a) princípio da constitucionalidade, que exprime, em primeiro lugar, que o Estado democrático de Direito se funda na legitimidade de uma Constituição rígida, emanada da vontade popular, que, dotada de supremacia, vincule todos os poderes e os atos deles provenientes, com as garantias de atuação livre da jurisdição constitucional;
b) princípio democrático que, nos termos da Constituição, há de constituir uma democracia representativa e participativa, pluralista, e que seja a garantia geral da vigência e eficácia dos direitos fundamentais;
c) sistema de direitos fundamentais individuais, coletivos, sociais e culturais;
d) princípio da justiça social, como princípio da ordem econômica e da ordem social;
e) princípio da igualdade;
f) princípio da divisão de poderes e da independência do juiz;
g) princípio da legalidade;
h) princípio da segurança jurídica.
8. Tarefa fundamental do Estado democrático de Direito
A tarefa fundamental do Estado democrático de Direito consiste em superar as desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça social.
SILVA, José Afonso da. O estado democrático de direito. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 173, p. 15-24, jul. 1988. ISSN 2238-5177. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/45920. Acesso em: 17 jul. 2019. (Fragmento adaptado)
TEXTO II
A democracia não vai bem ao redor do mundo. O cientista político Larry Diamond criou o termo “recessão democrática” para descrever como, mais ou menos desde 2006, o número de democracias vem caindo, e a qualidade das democracias restantes também. É um processo lento, com reviravoltas, mas a tendência é preocupante. A crise da democracia no Brasil se destaca entre suas similares por uma implosão muito mais acentuada do sistema partidário, o que, surpreendentemente, fez com que o sistema político brasileiro se mostrasse mais capaz de se recompor do que seus similares ao redor do mundo.
BARROS, Celso Rocha de. O Brasil e a recessão democrática. Revista Piauí. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-brasil-e-recessao- democratica/. Acesso em: 17 jul. 2019. (Fragmento adaptado)
TEXTO III
Buscando oferecer algum mecanismo para que as pessoas possam se precaver de lideranças autoritárias, Levitsky e Ziblatt adotaram como inspiração as ideias do sociólogo espanhol Juan Linz e elaboraram um teste que seria capaz de indicar se determinado político estaria ou não comprometido com valores democráticos baseado nos seguintes questionamentos:
1. O indivíduo rejeita, em palavras ou atos, regras fundamentais da democracia?
2. Põe em dúvida a legitimidade de seus oponentes?
3. Tolera ou incentiva a violência política?
4. Admite ou propõe restringir liberdades civis?
Democracias começam a morrer, diz o autor, quando partidos políticos, elites econômicas e demais poderes institucionais passam a naturalizar figuras notoriamente autoritárias. Há quem questione, inclusive, se ainda estamos vivendo sob um Estado Democrático de Direito.
Para o autor Rubens R.R. Casara, por exemplo, a realidade brasileira seria melhor definida pela ideia de Estado Pós-Democrático: a democracia fica reduzida meramente à sua concepção formal, desprovida de conteúdo e substância. Isso permitiria e estimularia o crescimento do pensamento autoritário, ao passo que práticas autoritárias podem se fundir com a democracia formal caso seja do interesse dos grupos dominantes.
DUWE, Ricardo. ‘As instituições estão funcionando normalmente’. Le Monde Diplomatique Brasil. Disponível em: https://diplomatique.org.br/as- instituicoes-estao-funcionando-normalmente/. Acesso em: 17 jul. 2019. (Fragmento adaptado)
TEXTO IV
CHAPOLA, Ricardo. Qual a percepção da população sobre a democracia no Brasil. Nexo Jornal. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/11/17/Qual-a-percep%C3%A7%C3%A3o-da-popula%C3%A7%C3%A3o-sobre-a-democracia-no-Brasil. Acesso em: 17 jul. 2019.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema É importante que o Estado Democrático de Direito seja preservado no Brasil?, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Maneiras de se resgatar a confiança do brasileiro em seu país, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
A crise das instituições e o republicanismo
O país vive hoje uma grave crise das instituições, que põe em questão tanto a credibilidade das pessoas que as representam quanto a sua eficácia em atender o que se denomina de republicanismo, a saber a medida em que elas servem ao interesse geral ou apenas se voltam a demandas fragmentadas. Sim, na sociedade em rede, não só as corporações se organizam para se apropriar do que deveria ser de todos, mas diferentes grupos de interesse, de forma que a "res" pública acaba desfigurada.
Essa privatização da coisa pública não é recente, há muito que grupos sociais veem no poder público uma maneira de gerar emprego e renda em benefício próprio. O que muda, em tempos de redes sociais, é a pulverização dos agrupamentos que querem participar da partilha. Com isso, a visão de que o papel do Estado é prestar serviços públicos a todos e, em especial, àqueles de que mais necessitam de uma estratégia de nivelamento de diferenças de origem socioeconômica no acesso a oportunidades, perde-se.
A constatação de que pode ocorrer uma pilhagem da máquina pública levou a controles cada vez mais cerrados que, se não coíbem a corrupção ou a captura por parte de interesses corporativistas, dificultam sobremaneira a boa gestão.
Ora, é justamente pela inadequação das regras que exceções acabam sendo toleradas (porém nem sempre reguladas), para não inviabilizar programas, especialmente em pesquisas, saúde ou cultura.
A verve normativa certamente não é o melhor caminho para assegurar o republicanismo limitado das nossas instituições democráticas. Há que se construir um processo de controle social, de transparência de procedimentos, inclusive por meio de simplificação, de punição mais rápida de malfeitos e de educação para a vida em coletividade.
Aliás, esta é uma das funções da educação: ensinar a viver em sociedade. Isso passa certamente por valorizar o que é público, já que é de todos. Há muitos anos Fernanda Montenegro clamava contra o vandalismo que atinge bens públicos, numa compreensão equivocada de alguns jovens de que o que é público não seria de ninguém; na verdade, trata-se exatamente do oposto.
A construção e o fortalecimento do republicanismo envolvem assim a valorização das nossas instituições adolescentes, a criação de um conjunto de regras mais adequadas ao século em que vivemos, a responsabilização dos que conspiram contra o que é de todos e uma educação que trabalhe não apenas competências cognitivas, mas valores e atitudes. Precisamos formar jovens autônomos, responsáveis com o coletivo e engajados na construção de um país mais justo, democrático e republicano.
Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017. Adaptado.
Texto II
Instituições públicas perdem ainda mais a confiança dos brasileiros
As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança no país. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população.
Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas, que caem novamente neste ano.
Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado.
O Congresso Nacional continua com a penúltima colocação, posição agora compartilhada com a Presidente da República, que até 2012 oscilava entre a terceira e a quarta posição. Em 2015, ambos obtêm 22 pontos e atingem seu menor índice desde 2009. Enquanto o Congresso registra uma queda de 15 pontos em sua confiança em relação ao ano passado, a presidente, que tinha 44 pontos em 2014, apresenta a maior queda de confiança dentre todas as instituições medidas: 22 pontos. Em 2010, último ano do governo Lula, chegou a ter 69 pontos, o maior da série histórica, quando ocupou o posto de terceira instituição na qual os brasileiros mais confiavam. O Governo Federal também registra queda expressiva, indo de 43 para 30.
Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos.
Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017.
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Maneiras de se resgatar a confiança do brasileiro em seu país, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
A crise das instituições e o republicanismo
O país vive hoje uma grave crise das instituições, que põe em questão tanto a credibilidade das pessoas que as representam quanto a sua eficácia em atender o que se denomina de republicanismo, a saber a medida em que elas servem ao interesse geral ou apenas se voltam a demandas fragmentadas. Sim, na sociedade em rede, não só as corporações se organizam para se apropriar do que deveria ser de todos, mas diferentes grupos de interesse, de forma que a "res" pública acaba desfigurada.
Essa privatização da coisa pública não é recente, há muito que grupos sociais veem no poder público uma maneira de gerar emprego e renda em benefício próprio. O que muda, em tempos de redes sociais, é a pulverização dos agrupamentos que querem participar da partilha. Com isso, a visão de que o papel do Estado é prestar serviços públicos a todos e, em especial, àqueles de que mais necessitam de uma estratégia de nivelamento de diferenças de origem socioeconômica no acesso a oportunidades, perde-se.
A constatação de que pode ocorrer uma pilhagem da máquina pública levou a controles cada vez mais cerrados que, se não coíbem a corrupção ou a captura por parte de interesses corporativistas, dificultam sobremaneira a boa gestão.
Ora, é justamente pela inadequação das regras que exceções acabam sendo toleradas (porém nem sempre reguladas), para não inviabilizar programas, especialmente em pesquisas, saúde ou cultura.
A verve normativa certamente não é o melhor caminho para assegurar o republicanismo limitado das nossas instituições democráticas. Há que se construir um processo de controle social, de transparência de procedimentos, inclusive por meio de simplificação, de punição mais rápida de malfeitos e de educação para a vida em coletividade.
Aliás, esta é uma das funções da educação: ensinar a viver em sociedade. Isso passa certamente por valorizar o que é público, já que é de todos. Há muitos anos Fernanda Montenegro clamava contra o vandalismo que atinge bens públicos, numa compreensão equivocada de alguns jovens de que o que é público não seria de ninguém; na verdade, trata-se exatamente do oposto.
A construção e o fortalecimento do republicanismo envolvem assim a valorização das nossas instituições adolescentes, a criação de um conjunto de regras mais adequadas ao século em que vivemos, a responsabilização dos que conspiram contra o que é de todos e uma educação que trabalhe não apenas competências cognitivas, mas valores e atitudes. Precisamos formar jovens autônomos, responsáveis com o coletivo e engajados na construção de um país mais justo, democrático e republicano.
Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017. Adaptado.
Texto II
Instituições públicas perdem ainda mais a confiança dos brasileiros
As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança no país. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população.
Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas, que caem novamente neste ano.
Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado.
O Congresso Nacional continua com a penúltima colocação, posição agora compartilhada com a Presidente da República, que até 2012 oscilava entre a terceira e a quarta posição. Em 2015, ambos obtêm 22 pontos e atingem seu menor índice desde 2009. Enquanto o Congresso registra uma queda de 15 pontos em sua confiança em relação ao ano passado, a presidente, que tinha 44 pontos em 2014, apresenta a maior queda de confiança dentre todas as instituições medidas: 22 pontos. Em 2010, último ano do governo Lula, chegou a ter 69 pontos, o maior da série histórica, quando ocupou o posto de terceira instituição na qual os brasileiros mais confiavam. O Governo Federal também registra queda expressiva, indo de 43 para 30.
Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos.
Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017.
Texto I:
Tra·ba·lho
Existem duas hipóteses para a origem de “trabalhar”. A primeira, mais amplamente aceita, traça um caminho de volta ao latim vulgar “tripaliare”: significa “torturar”. Remonta ao “tripalium”, um instrumento de tortura; de “tria” + “palus”, “três estacas”. “Palus” vem do protoindo-europeu “*pag-”, que significa fixar algo – por acaso, é de onde vieram a “paz” e o “pagamento”.
A segunda hipótese para “trabalho”, proposta pelo filólogo Walter Skeat, remonta ao verbo latino “*travare” (o asterisco indica que o termo não foi comprovado, e sim deduzido). Segundo ele, “travare” seria como nosso “travar”, e viria do latim vulgar “*barra”. Em inglês, “*barra” gerou “embarrass”: “envergonhar”, “constranger”, colocar uma barra no meio do caminho da pessoa – ou, melhor dizendo, da sua autoestima.
Coincidência: Skeat relaciona “*travare” ao termo protoindo-europeu “*terkw-”. A princípio, significa “torcer”; mas é também a origem de “torturar”. Por dois caminhos diferentes, chega-se ao mesmo ponto.
Em português medieval, aparece um outro verbo que se relaciona ao “tripalium” e suas torturas: “trebelhar”. Significa “brincar”, “jogar”: seu uso vai desde o tabuleiro de xadrez – as peças do jogo se chamam “trebelhos” – até o Livro de Gênesis: numa tradução medieval, Isaque “trebelha” sua mulher Rebeca quando pensa que ninguém está olhando (“E a cabo de muytos dias teve memtes elrei Abimelec per huũa fresta e vyo Isaque trebelha com sua molher Rebeca” – “Ao fim de muitos dias, o rei Abimeleque teve a ideia de olhar por uma fresta, e viu Isaque acariciando sua mulher, Rebeca”, Gênesis 26:8).
Do Antigo Testamento veio também Jó, que em inglês se chama “Job”, mas que não tem a ver com os “jobs” de hoje, que vieram do inglês, e não do hebraico. Do inglês renascentista, “jobbe of work” era um “pedaço de trabalho”, por oposição aos serviços contínuos. No século 18, “job” aparece dicionarizado como “negócio baixo” e “mal-pago”.
[…]
(Sofia Nestrovski. Disponível em: .)
Texto II:
Com oportunidades ainda escassas, em um país que fechou o ano passado com uma taxa de desemprego média de 2017 de 12,7% – a maior da série história que começou em 2012 –, não são poucos os brasileiros que precisaram aceitar este desafio: trabalhar em posições para as quais são mais qualificados do que o exigido ou que tiveram que aceitar salários bem menores do que recebiam em empregos anteriores. É o que os especialistas chamam de downgrade de carreira.
Uma pesquisa realizada pelo site de anúncios de vagas de emprego Catho mostrou que 82% dos entrevistados afirmaram que, para se recolocar no mercado, têm aceitado ou aceitariam salários menores do que o emprego anterior. Já 30% disseram que chegaram a omitir informações sobre suas qualificações para poder concorrer a vagas inferiores ao cargo que possuíam anteriormente. Apenas 17% responderam que não aceitariam cargo e salário abaixo do anterior. A pesquisa foi realizada com 742 profissionais da base nacional da Catho e divulgada no fim do ano passado.
Recrutadores e consultores de carreira coincidem que essa situação tem se tornado cada vez mais comum no país, que somou 12,3 milhões de desempregados no último trimestre, mas que, na hora de avaliar uma proposta, é preciso pensar a médio prazo. “É normal que, para não ficar fora do mercado, ele aceite uma proposta com cargo ou salário abaixo do seu último emprego, mas, de alguma forma, ele precisa se programar, avaliar se há alguma forma de crescer dentro da empresa para conseguir recuperar a queda de renda no futuro”, explica Elen Souza, psicóloga e assessora de carreira da Catho.
Para Emerson Dias, consultor de carreira, dar um passo para trás na carreira em tempos de crise, muitas vezes, não é uma questão de opção, e sim de necessidade. Entretanto, uma alternativa mais radical de mudar de segmento embute um risco maior se a ideia é que esse passo seja transitório. “O risco é você não conseguir mais voltar para a sua área. Quando você afasta, perde o contato, atualizações. Mas num momento como esse, você sempre tem o argumento da crise. Não foi uma transição porque você quis, mas porque o mercado te obrigou”, explica.
Emprego com carteira é minoria
Após perder o emprego de carteira assinada, Edson Maciel se tornou motorista do aplicativo Uber.
A crise no mercado de trabalho também tem levado a um aumento grande da informalidade no país. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o trabalho informal, sem carteira assinada e por conta própria, foi o grande responsável pelos empregos gerados no país em 2017.
[…]
(https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/02/ politica/1517580002_384940.html)
Sua tarefa, neste pH, é a de elaborar um parágrafo argumentativo, com cerca de oito linhas, a respeito do tema “A relevância do trabalho para a solidez da sociedade”. Escolha um método argumentativo para sustentar sua ideia e bom trabalho!
Com base na leitura dos textos motivadores abaixo e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija uma introdução para um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa, com no mínimo 6 e no máximo 8 linhas, sobre o seguinte tema: “A preservação do patrimônio público no Brasil”.
Texto I:
A depredação e o abandono dos monumentos públicos vêm chamando a atenção na paisagem urbana e traz para a cena uma discussão sobre cidade, cidadania, responsabilidade pelo bem público e educação patrimonial. Não se trata de revolta contra valores, personagens, datas que esses monumentos significam ou representam; as intervenções e agressões não passam por nenhuma consciência crítica.
Ao longo do tempo, a cidade constrói histórias e guarda nas ruas, praças e monumentos várias memórias. Esse território simbólico é propriedade de todos. Mas o desconhecimento e o desprezo pela cultura e a memória da cidade coloca em xeque a noção de cidadania e a responsabilidade pela guarda, vigilância e conservação. Se a cultura está cada vez mais associada ao entretenimento, tudo é diversão.
O vandalismo é um comportamento de uma sociedade individualista, que deu as costas aos valores e princípios, da moral e da ética. Esses foram substituídos por um desejo perverso de deixar na cidade o registro da violência e da impunidade. Uma brincadeira que aponta para a falta de compromisso com a coisa pública e com a memória da cidade, e se espalha como um vírus.
(Almandrade. Depredação dos monumentos públicos. Disponível em: . Acesso em: 24 out. 2015. Adaptado.)
Texto II:
Em novembro de 2011, o filósofo suíço Alain de Botton esteve em São Paulo e ficou impressionado com muitos aspectos negativos da cidade. Espantado, fez algumas reflexões importantes dessas experiências para seus seguidores no Twitter e para os jornalistas, fato que aborreceu muitos cidadãos. O descuido com a aparência dos prédios, a sujeira nas ruas, o trânsito causado pelo transporte privado e a miséria nas escadarias da Sala São Paulo, espaço público que abrigou um evento de elite, foram duramente criticados do ponto de vista de uma concepção europeia de povo civilizado. (...)
Defender espaços e serviços públicos mais funcionais, atrativos e bonitos reflete um sentimento de satisfação pelo bem-estar do próximo que só as pessoas conscientes e bem resolvidas conseguem ter o prazer de sentir. (...) Ajudar a manter a cidade organizada, limpa, bela e funcional, como uma “casa coletiva” onde todos podem se sentir bem, revela um padrão de educação dos cidadãos com valores éticos altruístas arraigados na cultura – ou seja, são valores de convívio, de higiene e de estética praticados dentro das casas, das escolas, das empresas etc.
O respeito ao bem público se inscreve em um sentido ético de justiça por todos os desconhecidos que lutaram por um futuro melhor para pessoas e gerações que jamais poderiam conhecer.
(MEUCCI, Artur. O bem público como exercício ético. Disponível em: . Acesso em: 24 out. 2015. Adaptado.)
Observe as imagens abaixo.
Nas últimas semanas, aprendemos sobre o conto e sobre as diversas características desse gênero textual, inclusive sobre as diversas temáticas possíveis. As imagens acima representam cenários que certamente poderiam inspirar contos de terror assustadores.
Agora é sua vez de criar! Escreva seu próprio conto de terror, com cerca de 15 linhas, escolhendo uma das imagens acima como cenário. Lembre-se de apresentar um conflito simples e poucos personagens.
Divirta-se!
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A censura da arte do século XXI, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
Censura
Censura é a aprovação ou desaprovação prévia de circulação de informação, visando à proteção dos interesses de um estado ou grupo de poder. A censura criminaliza certas ações de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. Consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como a arte.
Disponível em: . Acesso em: 20 set. 2018.
Texto II
A censura no mundo das artes
Em democracias como os EUA ou em ditaduras como Cuba, artistas são alvo de governos, grupos religiosos, organizações criminosas, empresas, radicais em redes sociais e todo tipo de gente que tenta censurar a arte. Numa série de reportagens em cinco capítulos, O GLOBO reúne casos de violações em todos os continentes, mostrando como a censura cultural ainda é presente e muitas vezes difícil de denunciar. Só em 2015, a Freemuse, organização internacional que presta consultoria a ONU, registrou 469 casos de censura e ataques contra artistas, sendo três assassinatos. O número representa um crescimento de 98% em relação a 2014.
Há várias formas de se exercer censura nas artes. Atentados, ameaças, ações na Justiça, proibições de governos e até assassinatos estão entre os 469 casos registrados em 2015 pela Freemuse, uma organização internacional que presta consultoria para a ONU. O número representou um aumento de 98% em relação a 2014, mas ainda assim não deu conta de todas as possibilidades de violações contra a liberdade artística. O mais difícil, admitem a Freemuse e outros que lidam no dia a dia com arte, é identificar e combater a autocensura.
A autocensura é uma consequência de todo tipo de opressão. Quando algum artista é morto em decorrência de seu trabalho, outros criadores passam a evitar o tema daquela arte por medo. Quando há agressões, processos ou linchamentos virtuais, pode ocorrer o mesmo. Até a possibilidade de uma repercussão negativa ao abordar assuntos delicados, como religião, sexo ou raça, origina limitações impostas pelos próprios artistas ou por instituições.
Disponível: . Acesso em: 20 set. 2018.
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O desconhecimento do brasileiro em relação ao seu país, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
A importância de conhecer a nossa história
Para um país como o Brasil, em que a diversidade cultural é imensa, pode parecer estranho quando se fala na história dos nossos antepassados. Ainda mais se pensarmos na forma como ocorreu a formação da nossa sociedade, a partir das influências recebidas dos diferentes ciclos migratórios.
Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.
A despeito da visão europeia, que ainda é predominante nos livros didáticos e paradidáticos, há outra corrente que defende que a história da humanidade seja contada com base em outros relatos e visões de mundo. Nesse sentido, existe uma legislação federal que torna obrigatório o ensino nas escolas da cultura afro-brasileira e indígena. Essa lei, que acaba de completar dez anos, infelizmente ainda é pouco conhecida. Compete a nós, militantes e especialistas da área de educação, colocarmos isso em prática.
Como exemplo, podemos citar o que ocorre em Santo André, na região do ABC paulista. No final de 2013, teve início a capacitação sobre cultura indígena para os professores de educação física da rede municipal de ensino. O objetivo é fazer com que o docente passe a utilizar em suas aulas as danças, os jogos cooperativos e as brincadeiras oriundas dessa tradição.
Trazer essa visão de mundo para os alunos é importante para se perceber como a influência desse povo se faz muito presente no nosso dia a dia. Para ficar em um só aspecto, vale mencionar o hábito do banho diário. Sem falar nas centenas de palavras e termos de origem indígena que usamos para nos expressarmos.
Essa percepção, que por vezes passa despercebida face ao contexto globalizado em que vivemos, é fundamental para mostrar a nossas crianças e jovens a riqueza da cultura e da tradição dos primeiros habitantes do nosso país.
Gilmar Silvério
Texto II
Querelas do Brasil
O Brazil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil
Tapir, jabuti, liana, alamandra, alialaúde
Piau, ururau, aqui, ataúde
Piá, carioca, porecramecrã
Jobim akarore Jobim-açu
Oh, oh, oh
Pererê, câmara, tororó, olerê
Piriri, ratatá, karatê, olará!
O Brazil não merece o Brasil
O Brazil tá matando o Brasil
Jereba, saci, caandrades
Cunhãs, ariranha, aranha
Sertões, Guimarães, bachianas, águas
E Marionaíma, arirariboia,
Na aura das mãos do Jobim-açu
Oh, oh, oh
Jererê, sarará, cururu, olerê
Blá-blá-blá, bafafá, sururu, olará
Do Brasil, S.O.S. ao Brasil
Do Brasil, S.O.S. ao Brasil
Do Brasil, S.O.S. ao Brasil
Tinhorão, urutu, sucuri
O Jobim, sabiá, bem-te-vi
Cabuçu, Cordovil, Caxambi, Olerê
Madureira, Olaria e Bangu, Olará
Cascadura, Água Santa, Acari, Olerê
Ipanema e Nova Iguaçu, Olará
Do Brasil, S.O.S. ao Brasil
Do Brasil, S.O.S. ao Brasil
Aldir Blanc
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Maneiras de se resgatar a confiança do brasileiro em seu país, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
A crise das instituições e o republicanismo
O país vive hoje uma grave crise das instituições, que põe em questão tanto a credibilidade das pessoas que as representam quanto a sua eficácia em atender o que se denomina de republicanismo, a saber a medida em que elas servem ao interesse geral ou apenas se voltam a demandas fragmentadas. Sim, na sociedade em rede, não só as corporações se organizam para se apropriar do que deveria ser de todos, mas diferentes grupos de interesse, de forma que a "res" pública acaba desfigurada.
Essa privatização da coisa pública não é recente, há muito que grupos sociais veem no poder público uma maneira de gerar emprego e renda em benefício próprio. O que muda, em tempos de redes sociais, é a pulverização dos agrupamentos que querem participar da partilha. Com isso, a visão de que o papel do Estado é prestar serviços públicos a todos e, em especial, àqueles de que mais necessitam de uma estratégia de nivelamento de diferenças de origem socioeconômica no acesso a oportunidades, perde-se.
A constatação de que pode ocorrer uma pilhagem da máquina pública levou a controles cada vez mais cerrados que, se não coíbem a corrupção ou a captura por parte de interesses corporativistas, dificultam sobremaneira a boa gestão.
Ora, é justamente pela inadequação das regras que exceções acabam sendo toleradas (porém nem sempre reguladas), para não inviabilizar programas, especialmente em pesquisas, saúde ou cultura.
A verve normativa certamente não é o melhor caminho para assegurar o republicanismo limitado das nossas instituições democráticas. Há que se construir um processo de controle social, de transparência de procedimentos, inclusive por meio de simplificação, de punição mais rápida de malfeitos e de educação para a vida em coletividade.
Aliás, esta é uma das funções da educação: ensinar a viver em sociedade. Isso passa certamente por valorizar o que é público, já que é de todos. Há muitos anos Fernanda Montenegro clamava contra o vandalismo que atinge bens públicos, numa compreensão equivocada de alguns jovens de que o que é público não seria de ninguém; na verdade, trata-se exatamente do oposto.
A construção e o fortalecimento do republicanismo envolvem assim a valorização das nossas instituições adolescentes, a criação de um conjunto de regras mais adequadas ao século em que vivemos, a responsabilização dos que conspiram contra o que é de todos e uma educação que trabalhe não apenas competências cognitivas, mas valores e atitudes. Precisamos formar jovens autônomos, responsáveis com o coletivo e engajados na construção de um país mais justo, democrático e republicano.
Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017. Adaptado.
Texto II
Instituições públicas perdem ainda mais a confiança dos brasileiros
As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança no país. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população.
Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas, que caem novamente neste ano.
Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado.
O Congresso Nacional continua com a penúltima colocação, posição agora compartilhada com a Presidente da República, que até 2012 oscilava entre a terceira e a quarta posição. Em 2015, ambos obtêm 22 pontos e atingem seu menor índice desde 2009. Enquanto o Congresso registra uma queda de 15 pontos em sua confiança em relação ao ano passado, a presidente, que tinha 44 pontos em 2014, apresenta a maior queda de confiança dentre todas as instituições medidas: 22 pontos. Em 2010, último ano do governo Lula, chegou a ter 69 pontos, o maior da série histórica, quando ocupou o posto de terceira instituição na qual os brasileiros mais confiavam. O Governo Federal também registra queda expressiva, indo de 43 para 30.
Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos.
Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017.
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema CRIAR LEIS É A MELHOR FORMA DE GERAR UM BRASIL MAIS JUSTO PARA TODOS? apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
"Fazer uma lei e não a mandar executar é autorizar a coisa que se quer proibir". A frase é de Armand-Jean du Plessis, mais conhecido como cardeal de Richelieu (1585-1642), que de mandar entendia alguma coisa. Foi ele quem, agindo em nome do rei Luís 13, introduziu o absolutismo na França.
Receio, porém, que a situação possa ser ainda pior do que sugere o cardeal. A edição de uma norma que não é seguida pelo menos de uma tentativa honesta de implementá-la não só acaba funcionando como uma autorização mas também contribui para o difuso descrédito da lei, isto é, da capacidade do poder público de impor regras à sociedade. Reside aí uma das razões para as famosas "leis que não pegam".
Nesse contexto, não me parece especialmente feliz a decisão do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) de baixar a resolução 706/2017 que regulamenta os artigos 254 e 255 do Código de Trânsito e prevê multas para pedestres e ciclistas que infrinjam certas normas de trânsito. A crer no pessoal do Denatran, as cobranças começam dentro de seis meses.
Não discuto que pedestres e ciclistas cometam barbeiragens. Também me parece claro que o trânsito se tornaria mais seguro e fluido se eles estivessem, como os motoristas de carros, sujeitos a sanções. O problema é que agentes de trânsito não têm poder de polícia, o que significa que o cidadão não é obrigado a identificar-se para eles, tornando a autuação quase impossível (seria necessário colocar um PM ao lado de cada marronzinho, o que parece algo difícil de justificar).
Sem tomar os cuidados para que a cobrança seja efetiva —exigindo que bicicletas tenham placa, por exemplo, ou concedendo poder de polícia aos agentes de trânsito, medidas que nada têm de trivial—, o Denatran faz só um teatrinho. Ele seria apenas inócuo se não contribuísse para a desmoralização das leis.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2017/11/1933630-leis-descoladas.shtml. Acesso em 8 de novembro de 2017.
Texto II
Em maio, a Câmara Municipal de Belo Horizonte arquivou um projeto de lei que previa a proibição de alimentar pombos nas praças públicas da cidade. Junto com ela, por requerimentos do vereador Mateus Simões (Novo-MG), foram arquivadas outras 400 propostas, como a que criaria o dia do Papai Noel beneficente e a que proibiria a venda de água de coco no próprio coco.
Na capital mineira, 60% dos 300 projetos de autoria dos vereadores aprovados de 2013 a 2016 dão nome a espaços públicos, instituem datas comemorativas ou declaram algo como utilidade pública. Desde 1988, o Brasil criou 540 normas legais por dia nas esferas municipais, estaduais e federal, segundo apurou o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.
Muitas delas acabam esquecidas em algum escaninho — mas outras tantas atrapalham a vida dos cidadãos e os negócios. É o caso de leis, em vigor em Porto Alegre, que determinam que todo comércio exponha cartazes contra a propagação da leptospirose, todo prédio residencial tenha parque infantil ou que os postos de gasolina afixem um mapa da vizinhança.
Felizmente, país afora, iniciativas como a de Simões, propondo “revogaços” de normas arcaicas e redundantes — ou simplesmente inúteis —, têm se tornado mais comuns. Revogar a ineficiência pública é impossível, mas acabar com as barbaridades legais já ajudaria bastante.
https://exame.abril.com.br/revista-exame/so-no-brasil-que-venha-o-revogaco/. Acesso em 8 de novembro de 2017.
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