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Proposta de Redação - Redação - pH 14

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema O investimento no SUS como saída para um sistema de saúde de qualidade no Brasil.

Texto I

Em defesa do SUS

O Brasil tem um sistema de saúde peculiar. É o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que oferece assistência universal a todos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sem ele, os cuidados médicos seriam um privilégio de poucos, não um direito da população. É, de fato, uma conquista fundamental dos brasileiros e devemos mantê-la.

Muitos entusiastas de nosso sistema público de saúde pregam sua expansão nos moldes do aclamado National Health System (NHS) britânico -- uma referência mundial --, inclusive defendendo o fim da saúde suplementar.

Esse desejo, no momento, não passa de uma utopia. O modelo suplementar é o duto por onde chegam ao Brasil as principais inovações de procedimentos, equipamentos, medicamentos e terapias.

Sem depender da máquina estatal, acaba por ser o agente que viabiliza financeiramente a constante modernização dos hospitais de referência do país.

Levando em conta que o SUS encontra-se subfinanciado, com repetidas declarações de que o governo não tem condições financeiras de prover ainda mais subsídios para a adequada manutenção do serviço, como é possível falar em eliminação do setor privado? Isso significaria delegar ao SUS cerca de 50 milhões de pessoas, pressionando de forma expressiva os cofres públicos.

Infelizmente, a questão vai muito além do mero aspecto financeiro. Recentemente denunciou-se um esquema de corrupção envolvendo a empresa norte-americana Zimmer Biomet, que admitiu à Justiça de seu país o pagamento de propinas a médicos do SUS em troca da facilitação na venda de produtos a hospitais públicos brasileiros.

É sabido que todo médico que atende em instituições públicas também trabalha no setor privado --da mesma forma, a maioria dos hospitais particulares no Brasil atende tanto o SUS quanto a saúde suplementar. Em suma, a corrupção é um problema sistêmico do setor de saúde. Como tal, deve ser combatida em conjunto.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) move na Justiça dos Estados Unidos uma ação contra a própria Zimmer e outras das maiores fabricantes de órteses, próteses e materiais especiais por supostamente adotarem condutas corruptas em suas operações no Brasil.

Nosso objetivo principal é exigir regras de compliance mais rígidas dessa indústria, com a adequada transparência nos negócios.

À luz disso, pergunto: quem defende o SUS? A Abramge, que fez a denúncia da admissão do pagamento de propina a médicos e hospitais brasileiros, ou os autoaclamados defensores da saúde, que propugnam o fim dos planos privados sem apresentar solução para o sistema público?

E mais: o que estão fazendo para proteger o beneficiário do SUS? Existe alguma entidade para a defesa desse cidadão?

O que vemos rotineiramente são alguns advogados travestidos de órgãos não governamentais procurando razões esdrúxulas para processar o serviço privado.

Enquanto não houver uma resposta satisfatória para tais perguntas, o setor de saúde suplementar não fugirá desta luta e continuará a defender a possibilidade de ampliar o acesso do cidadão à saúde de qualidade, pública ou privada.

RAMOS, Pedro. Em defesa do SUS. Folha de S.Paulo. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Texto II

Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil

Se você nunca precisou ficar na fila do SUS, no mínimo já ouviu falar dela. O sistema público de saúde deixa a desejar: um atendimento especializado leva em média três meses para ser marcado (muito mais, dependendo da especialização) e um diagnóstico, um ano para ficar pronto.

Mas, às vezes, essa é a única saída para os 75% de brasileiros que não podem custear consultas privadas ou planos de saúde. Thomaz Srougi via essa realidade de perto quando criança. Seu pai é urologista, trabalhava longas horas e ganhava pouco. Thomaz fez questão de passar longe da carreira de médico, mas a pulga ficava atrás da orelha: será que não tem um jeito melhor?

Tinha. Afinal, de todo grande problema, nascem oportunidades. Depois de anos em bancos de investimento, grandes empresas e depois como sócio de um grande fundo, Thomaz fez cursos na Universidade de Chicago e Harvard Business School, até voltar ao Brasil preparado para enfrentar o desafio da saúde no país. Sua solução era prover um serviço que fosse tão ou mais eficiente que o sistema privado, porém acessível à população de baixa renda. Em 2011, a primeira clínica do Dr. Consulta estava operante, validando seu modelo, na favela de Heliópois, em São Paulo.

É aí que entra Guilherme Azevedo, amigo de infância de Thomaz. Ele já tinha experiência empreendedora, mas nunca satisfez seu desejo de criar um negócio de impacto social. Quando os dois se reconectaram, Guilherme já vinha estudando o mercado de saúde e como replicar boas ideias de fora. Ingressou como COO do Dr. Consulta para, juntos, formarem uma rede que oferecesse serviços primários de saúde de alta qualidade e pudesse entregar diagnósticos 25 vezes mais rápido que o sistema público, cobrando 60% a 90% menos que o sistema privado.

1,3 bilhões é a demanda anual de consultas do SUS, mas 800 milhões deixam de ser realizadas pela ineficiência de gestão e monitoramento de seus pacientes.

Naturalmente, quando chega o momento de o paciente ser atendido, o custo de tratamento é mais alto do que se ele tivesse visto o médico quando começou a ter sintomas – isso com a esperança de que ele ainda possa ser curado. O Dr. Consulta aposta em uma tecnologia que torna esse processo mais inteligente, logo, menos custoso e com mais chances de eficácia para a saúde do paciente.

Enfermeira cria negócio de sucesso com venda de programas de saúde personalizados

O sistema de agendamento, resultados e acompanhamento é todo automatizado e online. A empresa tem uma quantidade significativa de dados de seus mais de 200 mil pacientes – informações que podem ser usadas para prevenir doenças, se comunicar com pacientes e facilitar consultas virtuais.

Thomaz e Guilherme também fizeram uma prioridade recrutar os melhores médicos e enfermeiros do Brasil. Oferecendo compensações competitivas (a compensação por hora se equipara à de um convênio), a possibilidade de conduzir pesquisas e um meio de devolver à sociedade, o Dr. Consulta criou uma marca forte também entre os profissionais de saúde.

Estão disponíveis atendimento de clínico-geral e em mais 35 especialidades, exames de sangue, ultrassom e procedimentos menos complexos, por preços que começam em torno de R$40. E o modelo se provou, afinal! Os sócios chegaram ao breakeven point em 2 anos e meio e as 7 clínicas Dr. Consulta atendem pelo menos 20 mil pessoas por mês.

O Dr. Consulta é a primeira rede médica de baixo custo e alta qualidade focada na base da pirâmide. É apaixonante o trabalho que todo o corpo de colaboradores realiza, principalmente se considerarmos o tamanho do “buraco” que eles podem tapar. Bom, a Endeavor também se apaixonou por essa jornada empreendedora.

No último dia 07/08, Thomaz Srougi e Guilherme Azevedo foram selecionados como os mais novos Empreendedores Endeavor, no 60º Painel Internacional de Seleção (ISP) em São Francisco, EUA. Os dois passaram por diversas etapas e foram avaliados por grandes especialistas em negócios do mundo todo, levando em conta critérios como capacidade de execução, potencial de escala e o diferencial do negócio.

O processo de seleção da Endeavor acontece continuamente e tem duração média de nove meses. Só em 2014, mais de duas mil empresas foram avaliadas no Brasil, 300 foram entrevistadas e apenas 8 conseguiram a aprovação final. O objetivo é selecionar os empreendedores e negócios de maior impacto do país e apoiá-los com conexões transformadoras, para que eles cresçam em geração de emprego e renda, se tornando exemplos ainda mais inspiradores para as futuras gerações.

Esse é o sonho grande de Thomaz e Guilherme. Sua história empreendedora é única e inspiradora, já que são poucos os que realmente se dispõem a tentar resolver os problemas sociais mias crônicos do país. São menos ainda os que se saem bem.

Assim, é fácil entrar nesse sonho com eles. Mas sonho sozinho não muda o Brasil: por isso, o plano de médio prazo é que o número de clínicas em São Paulo chegue a 100, com capacidade para atender 3 milhões de pacientes anualmente, até 2018.

A dinâmica do dr. Consulta tem o potencial de transformar as interações e operações médicas para pacientes brasileiros de baixa renda, mas, além disso, de influenciar a forma que consultas são conduzidas em muitos outros países.

E aí, quem sabe, aquele gargalo de 800 milhões não só chega a zero por aqui, como podemos impactar essa realidade com mais gente saudável em todo o mundo.

PEQUENAS EMPRESAS e GRANDES NEGÓCIOS. Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH 16

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O individualismo como obstáculo à evolução do Brasil, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Meu partido

é um coração partido

e as ilusões estão todas perdidas

os meus sonhos

foram todos vendidos

tão barato que eu nem acredito

que aquele garoto que ia mudar o mundo

frequenta agora as festas do 'grand monde'

CAZUZA. Ideologia.

Texto II

Qualquer que seja o modelo de desenvolvimento, independentemente de sua ideologia, ele se fará através das pessoas e daquilo que elas forem capazes de realizar a partir de si próprias.

SOUZA, Herbert de. Escritos indignados. RJ: ED/IBASE.

Texto III

De todas as coisas desse mundo tão variado, a única que me exalta, me afeta, me mobiliza é o gênero humano. São as gentes [...] minha amada gente brasileira, que é minha dor, por sua pobreza e seu atraso desnecessários. É também meu orgulho, por tudo o que pode ser, há de ser.

RIBEIRO, Darcy. O Brasil como problema. RJ: Francisco Alves.

Texto IV

Individualista dos pés à cabeça. [...] Sem ídolos, descrente nos políticos e preocupada com o mercado de trabalho, a juventude do estado do Rio lista sonhos resumidos à primeira pessoa do singular: eu. [...]

Ajudar o próximo, ser feliz, viver numa sociedade mais justa, paz na terra? Não é por aí. Eles não estão interessados em mudar o mundo.

VENTURA, Mauro; CÂNDIDA, Simone. Jovem troca ideais por ambição. JB. Caderno Cidade.

Proposta de Redação - Redação - pH - 18 - Frentes

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O desconhecimento do brasileiro em relação ao seu país, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A importância de conhecer a nossa história

Para um país como o Brasil, em que a diversidade cultural é imensa, pode parecer estranho quando se fala na história dos nossos antepassados. Ainda mais se pensarmos na forma como ocorreu a formação da nossa sociedade, a partir das influências recebidas dos diferentes ciclos migratórios.

Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.

A despeito da visão europeia, que ainda é predominante nos livros didáticos e paradidáticos, há outra corrente que defende que a história da humanidade seja contada com base em outros relatos e visões de mundo. Nesse sentido, existe uma legislação federal que torna obrigatório o ensino nas escolas da cultura afro-brasileira e indígena. Essa lei, que acaba de completar dez anos, infelizmente ainda é pouco conhecida. Compete a nós, militantes e especialistas da área de educação, colocarmos isso em prática.

Como exemplo, podemos citar o que ocorre em Santo André, na região do ABC paulista. No final de 2013, teve início a capacitação sobre cultura indígena para os professores de educação física da rede municipal de ensino. O objetivo é fazer com que o docente passe a utilizar em suas aulas as danças, os jogos cooperativos e as brincadeiras oriundas dessa tradição.

Trazer essa visão de mundo para os alunos é importante para se perceber como a influência desse povo se faz muito presente no nosso dia a dia. Para ficar em um só aspecto, vale mencionar o hábito do banho diário. Sem falar nas centenas de palavras e termos de origem indígena que usamos para nos expressarmos.

Essa percepção, que por vezes passa despercebida face ao contexto globalizado em que vivemos, é fundamental para mostrar a nossas crianças e jovens a riqueza da cultura e da tradição dos primeiros habitantes do nosso país.

Gilmar Silvério

Texto II

Querelas do Brasil

O Brazil não conhece o Brasil

O Brasil nunca foi ao Brazil

Tapir, jabuti, liana, alamandra, alialaúde

Piau, ururau, aqui, ataúde

Piá, carioca, porecramecrã

Jobim akarore Jobim-açu

Oh, oh, oh

 

Pererê, câmara, tororó, olerê

Piriri, ratatá, karatê, olará!

O Brazil não merece o Brasil

O Brazil tá matando o Brasil

Jereba, saci, caandrades

Cunhãs, ariranha, aranha

Sertões, Guimarães, bachianas, águas

E Marionaíma, arirariboia,

Na aura das mãos do Jobim-açu

Oh, oh, oh

 

Jererê, sarará, cururu, olerê

Blá-blá-blá, bafafá, sururu, olará

Do Brasil, S.O.S. ao Brasil

Do Brasil, S.O.S. ao Brasil

Do Brasil, S.O.S. ao Brasil

Tinhorão, urutu, sucuri

O Jobim, sabiá, bem-te-vi

Cabuçu, Cordovil, Caxambi, Olerê

Madureira, Olaria e Bangu, Olará

Cascadura, Água Santa, Acari, Olerê

Ipanema e Nova Iguaçu, Olará

Do Brasil, S.O.S. ao Brasil

Do Brasil, S.O.S. ao Brasil

Aldir Blanc

Proposta de Redação - Redação - pH 18

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Maneiras de se resgatar a confiança do brasileiro em seu país, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A crise das instituições e o republicanismo

O país vive hoje uma grave crise das instituições, que põe em questão tanto a credibilidade das pessoas que as representam quanto a sua eficácia em atender o que se denomina de republicanismo, a saber a medida em que elas servem ao interesse geral ou apenas se voltam a demandas fragmentadas. Sim, na sociedade em rede, não só as corporações se organizam para se apropriar do que deveria ser de todos, mas diferentes grupos de interesse, de forma que a "res" pública acaba desfigurada.

Essa privatização da coisa pública não é recente, há muito que grupos sociais veem no poder público uma maneira de gerar emprego e renda em benefício próprio. O que muda, em tempos de redes sociais, é a pulverização dos agrupamentos que querem participar da partilha. Com isso, a visão de que o papel do Estado é prestar serviços públicos a todos e, em especial, àqueles de que mais necessitam de uma estratégia de nivelamento de diferenças de origem socioeconômica no acesso a oportunidades, perde-se.

A constatação de que pode ocorrer uma pilhagem da máquina pública levou a controles cada vez mais cerrados que, se não coíbem a corrupção ou a captura por parte de interesses corporativistas, dificultam sobremaneira a boa gestão.

Ora, é justamente pela inadequação das regras que exceções acabam sendo toleradas (porém nem sempre reguladas), para não inviabilizar programas, especialmente em pesquisas, saúde ou cultura.

A verve normativa certamente não é o melhor caminho para assegurar o republicanismo limitado das nossas instituições democráticas. Há que se construir um processo de controle social, de transparência de procedimentos, inclusive por meio de simplificação, de punição mais rápida de malfeitos e de educação para a vida em coletividade.

Aliás, esta é uma das funções da educação: ensinar a viver em sociedade. Isso passa certamente por valorizar o que é público, já que é de todos. Há muitos anos Fernanda Montenegro clamava contra o vandalismo que atinge bens públicos, numa compreensão equivocada de alguns jovens de que o que é público não seria de ninguém; na verdade, trata-se exatamente do oposto.

A construção e o fortalecimento do republicanismo envolvem assim a valorização das nossas instituições adolescentes, a criação de um conjunto de regras mais adequadas ao século em que vivemos, a responsabilização dos que conspiram contra o que é de todos e uma educação que trabalhe não apenas competências cognitivas, mas valores e atitudes. Precisamos formar jovens autônomos, responsáveis com o coletivo e engajados na construção de um país mais justo, democrático e republicano. 

Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017. Adaptado.

Texto II

Instituições públicas perdem ainda mais a confiança dos brasileiros

As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança no país. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população.

Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas, que caem novamente neste ano.

Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado.

O Congresso Nacional continua com a penúltima colocação, posição agora compartilhada com a Presidente da República, que até 2012 oscilava entre a terceira e a quarta posição. Em 2015, ambos obtêm 22 pontos e atingem seu menor índice desde 2009. Enquanto o Congresso registra uma queda de 15 pontos em sua confiança em relação ao ano passado, a presidente, que tinha 44 pontos em 2014, apresenta a maior queda de confiança dentre todas as instituições medidas: 22 pontos. Em 2010, último ano do governo Lula, chegou a ter 69 pontos, o maior da série histórica, quando ocupou o posto de terceira instituição na qual os brasileiros mais confiavam. O Governo Federal também registra queda expressiva, indo de 43 para 30.

Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos.

Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017.

Proposta de Redação - Redação - pH 17

TEXTO I

Cultura

7. Conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social.

8. Conjunto de conhecimentos adquiridos, como experiências e instrução, que levam ao desenvolvimento intelectual e ao aprimoramento espiritual; instrução, sabedoria.

9. Requinte de hábitos e conduta, bem como apreciação crítica apurada.

CULTURA. In: Dicionário Michaelis On-line. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/cultura/. Acesso em: 12 jul. 2019.

TEXTO II

Câmara aprova funk como manifestação da cultura popular

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira (23) o Projeto de Lei 4124/08 que reconhece o funk como manifestação cultural popular digna do cuidado e proteção do Poder Público. O texto assegura aos artistas do funk o respeito aos seus direitos, e ao movimento funk a livre realização de suas atividades e de manifestações como festas, bailes e reuniões.

O relator na CCJ ressaltou que “faz-se necessário que o Estado reconheça todas as formas de manifestações culturais e as incentive, para evitar o preconceito e para que valiosas formas de manifestações culturais, como o funk, deixem de ser criminalizadas e associadas à violência, tráfico e consumo de drogas, como comumente ocorre no Brasil”.

Disponível em: https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/557886-CAMARA-APROVA-FUNK-COMO-MANIFESTACAO- DA-CULTURA-POPULAR.html. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO III

“A cultura é ferramenta de combate ao preconceito”

No Dia Internacional Contra a Homofobia, neste 17 de maio, o coordenador-geral de institucionalização do Ministério da Cultura da Secretaria de Articulação e Desenvolvimento Institucional (SADI), Eliseu de Oliveira Neto, coordena o trabalho para reativar o Comitê Técnico de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) do MinC [Ministério da Cultura], parado há um ano. Ele enxerga um cenário de recrudescimento da intolerância no Brasil, e defende que a área cultural deve ser vanguardista na luta pela equidade de direitos.

“A cultura tem um papel fundamental, porque ela tem capacidade tanto de combater o preconceito quanto valorizar o público LGBT. Ela pode mudar o mundo, abrir olhares e pensamentos. A arte é uma maneira de quebrar preconceitos ou tabus”, define.

Disponível em: http://cultura.gov.br/a-cultura-e-ferramenta-de-combate-ao-preconceito/. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO IV

Entrei pelo seu rádio, tomei, cê nem viu: Racionais MC’s no vestibular da Unicamp

Não eram os Racionais que haviam chegado a algum lugar excepcional, mas sim a universidade que dava um passo rumo ao lugar que os Racionais já ocupam, há bastante tempo, na nossa cultura. No entanto, ao lado dos aplausos dos fãs dos Racionais, não demorou para começar a circular a ofensiva conservadora contra essa notícia, atacando os Racionais, a Unicamp e todos que aprovaram a inclusão de um disco de rap ao lado dos livros de poesia do vestibular.

É, sim, de um bloqueio que se trata, ou melhor, de uma tentativa de interdição que, no fim das contas, nunca funcionou, porque os Racionais e todo o movimento do rap nacional não se fizeram apesar dessa resistência violenta ao que querem dizer, mas por causa da resistência que os jovens negros enfrentam para se afirmar, em todos os campos da vida, não apenas na cultura.

Na verdade, nenhuma letra dos Racionais foi feita para cair no vestibular, mas sim para fazer com que os jovens negros pudessem, dali em diante, disputar o vestibular e tudo que dele decorre.

Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/racionais-unicamp/. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Caminhos para a superação de preconceitos e estereótipos relacionados à cultura, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH - 23 - Frentes

TEXTO I

A história da modernidade, no plano da subjetividade, confunde-se com a própria construção da noção de identidade. De uma subjetividade centrada nos clássicos princípios transcendentes, passamos pela construção de valores imanentes de conduta e chegamos à subjetividade calcada na valorização das experiências psicológicas que caracterizam o “Homem psicológico” do final do século dezenove. Segundo Figueiredo (1996), a modernidade conheceu um novo modelo de construção da identidade baseado na vida íntima, na valorização dos sentimentos, da espontaneidade e na busca do “verdadeiro eu”.

PEREIRA, Claudia Rodrigues. A construção da subjetividade contemporânea e sua relação com a depressão. Cadernos de Psicanálise, Rio de Janeiro, v. 32, n. 32, p.17-41, jan/jun. 2015. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO II

Pode-se supor que os indivíduos, ao lidarem com a complexidade do mundo social, com sua subjetividade fragmentada, se vêm submetidos em seu cotidiano à dificuldade de lidar com o mesmo, já que as sociedades complexas podem patentear para todos, ou para um grande número de indivíduos, exclusão à participação política efetiva e dificuldades para compreender como operam em seu cotidiano os processos de globalização e aumento da violência em escala planetária, por exemplo.

Sentindo-se à margem dos processos sociais e econômicos, e não conseguindo verbalizar suas carências individuais, podem iniciar um processo de somatização dessa sua dor da alma, de sua tristeza mais profunda, seus problemas econômicos e sociais, através de expressões corpóreas (metáforas corpóreas), ou da depressão, ao invés de assumi-las sobretudo como um discurso político - político no sentido de organização e da possível viabilidade de transformação social.

BARBOSA, Sônia Regina da Cal Seixas. Subjetividade e complexidade social: contribuições ao estudo da depressão. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [s.l.], v. 16, n. 2, p.317-350, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO III

Considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns, a depressão traz consigo o estigma que associa seus sintomas à inadequação social ou à falta de força de vontade. Por muito tempo, foi pouco discutida. Agora é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e raramente está longe das notícias.

A Classificação Internacional de Doenças, mantida pela OMS, define a depressão como um transtorno, e não como uma doença. Isso quer dizer que ela é mais associada a um desarranjo ou distúrbio que afeta a mente e o corpo, com causas intrínsecas à pessoa.

A OMS explica que a condição é diferente de oscilações usuais de humor. Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Sobretudo quando tem longa duração e intensidade moderada ou grave, pode se tornar uma condição de saúde crítica, gerando grande sofrimento e disfunções na vida cotidiana.

CAPELHUCHNIK, Laura. Depressão: do estigma ao transtorno de grandes proporções. Nexo Jornal. 03 ago. 2019. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO IV

Fonte: Global Burden of Disease Study, 2015 - OMS (Organização Mundial da Saúde). Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A depressão enquanto problema social do mundo contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 23

TEXTO I

A história da modernidade, no plano da subjetividade, confunde-se com a própria construção da noção de identidade. De uma subjetividade centrada nos clássicos princípios transcendentes, passamos pela construção de valores imanentes de conduta e chegamos à subjetividade calcada na valorização das experiências psicológicas que caracterizam o “Homem psicológico” do final do século dezenove. Segundo Figueiredo (1996), a modernidade conheceu um novo modelo de construção da identidade baseado na vida íntima, na valorização dos sentimentos, da espontaneidade e na busca do “verdadeiro eu”.

PEREIRA, Claudia Rodrigues. A construção da subjetividade contemporânea e sua relação com a depressão. Cadernos de Psicanálise, Rio de Janeiro, v. 32, n. 32, p.17-41, jan/jun. 2015. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO II

Pode-se supor que os indivíduos, ao lidarem com a complexidade do mundo social, com sua subjetividade fragmentada, se vêm submetidos em seu cotidiano à dificuldade de lidar com o mesmo, já que as sociedades complexas podem patentear para todos, ou para um grande número de indivíduos, exclusão à participação política efetiva e dificuldades para compreender como operam em seu cotidiano os processos de globalização e aumento da violência em escala planetária, por exemplo.

Sentindo-se à margem dos processos sociais e econômicos, e não conseguindo verbalizar suas carências individuais, podem iniciar um processo de somatização dessa sua dor da alma, de sua tristeza mais profunda, seus problemas econômicos e sociais, através de expressões corpóreas (metáforas corpóreas), ou da depressão, ao invés de assumi-las sobretudo como um discurso político - político no sentido de organização e da possível viabilidade de transformação social.

BARBOSA, Sônia Regina da Cal Seixas. Subjetividade e complexidade social: contribuições ao estudo da depressão. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [s.l.], v. 16, n. 2, p.317-350, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO III

Considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns, a depressão traz consigo o estigma que associa seus sintomas à inadequação social ou à falta de força de vontade. Por muito tempo, foi pouco discutida. Agora é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e raramente está longe das notícias.

A Classificação Internacional de Doenças, mantida pela OMS, define a depressão como um transtorno, e não como uma doença. Isso quer dizer que ela é mais associada a um desarranjo ou distúrbio que afeta a mente e o corpo, com causas intrínsecas à pessoa.

A OMS explica que a condição é diferente de oscilações usuais de humor. Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Sobretudo quando tem longa duração e intensidade moderada ou grave, pode se tornar uma condição de saúde crítica, gerando grande sofrimento e disfunções na vida cotidiana.

CAPELHUCHNIK, Laura. Depressão: do estigma ao transtorno de grandes proporções. Nexo Jornal. 03 ago. 2019. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO IV

Fonte: Global Burden of Disease Study, 2015 - OMS (Organização Mundial da Saúde). Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A depressão enquanto problema social do mundo contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 23

TEXTO I

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) define xenofobia como: “Atitudes, preconceitos e comportamentos que rejeitam, excluem e frequentemente difamam pessoas, com base na percepção de que eles são estranhos ou estrangeiros à comunidade, sociedade ou identidade nacional”.

A partir dessa definição, entende-se qualquer forma de violência baseada nas diferenças de origens geográfica, linguística ou étnica de uma pessoa como xenofobia. Em resumo, a xenofobia é o medo ou ódio por estrangeiros ou estranhos, e está vinculada a atitudes e comportamentos discriminatórios, frequentemente culminando em diversos tipos de violência.

Diferentes fatores devem ser levados em consideração ao analisar a xenofobia contra determinado grupo, já que características como origem geográfica, cultura, gênero, cor, etnia, classe social e religião afetam a recepção desses estrangeiros nos países de destino. Um exemplo é o estereótipo gerado a partir da confusão entre islamismo e terrorismo.

MORAIS, Pâmela. Por que existe xenofobia no Brasil? Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

TEXTO II

Fonte: Politize! Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

TEXTO III

Localizado no Bixiga, bairro do centro de São Paulo, o restaurante e centro cultural árabe Al Janiah foi alvo de um ataque na madrugada de domingo (1º). Por volta das 3h30, um grupo de homens atirou garrafas e spray de pimenta contra a porta principal. Segundo uma nota divulgada pela direção do local, eles também portavam uma faca, mas não houve feridos.

Um vídeo da câmera de segurança do estabelecimento registrou o ocorrido. Administrado pelo brasileiro filho de palestinos Hasan Zarif, o Al Janiah tem uma equipe composta por 35 refugiados, em sua maioria sírios e palestinos.

Até o momento, os agressores não foram identificados. Uma testemunha citada pelo portal UOL descreveu-os nas redes sociais como homens brancos, carecas, vestidos de preto e camiseta estampada com a bandeira do estado de São Paulo.

“Não podemos nos calar diante da motivação desse ato, num contexto de crescente discurso de intolerância e ódio que acomete este país”, declarou a direção do Al Janiah.

LIMA, Juliana Domingos de. O ataque a um restaurante palestino em São Paulo. Nexo Jornal. 02 set. 2019. Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

TEXTO IV

Vera Gers, uma advogada que trabalha com imigrantes, explica que a denúncia de xenofobia é como a de qualquer outro crime no Brasil. É necessário ir até a delegacia e fazer um boletim de ocorrência.

Gres enfatiza que, segundo a Constituição e a Lei de Migração, os estrangeiros, sejam imigrantes ou refugiados, possuem os mesmos direitos que os brasileiros, inclusive quanto ao acesso à justiça.

De acordo com a advogada, existem iniciativas públicas, como o Crai (Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes), que buscam agregar os estrangeiros, mas que nos serviços públicos no geral como hospitais, delegacias e escolas, o atendimento ainda é precário.

SANZ, Beatriz. Xenofobia ainda é difícil de ser denunciada no Brasil. Portal R7. 21 jul. 2018. Disponível em: . Acesso em: 09 set. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios do combate à xenofobia no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 14

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, apresentando proposta de intervenção, sobre o tema O investimento no SUS como saída para um sistema de saúde de qualidade no Brasil.

Texto I

Em defesa do SUS

O Brasil tem um sistema de saúde peculiar. É o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que oferece assistência universal a todos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sem ele, os cuidados médicos seriam um privilégio de poucos, não um direito da população. É, de fato, uma conquista fundamental dos brasileiros e devemos mantê-la.

Muitos entusiastas de nosso sistema público de saúde pregam sua expansão nos moldes do aclamado National Health System (NHS) britânico -- uma referência mundial --, inclusive defendendo o fim da saúde suplementar.

Esse desejo, no momento, não passa de uma utopia. O modelo suplementar é o duto por onde chegam ao Brasil as principais inovações de procedimentos, equipamentos, medicamentos e terapias.

Sem depender da máquina estatal, acaba por ser o agente que viabiliza financeiramente a constante modernização dos hospitais de referência do país.

Levando em conta que o SUS encontra-se subfinanciado, com repetidas declarações de que o governo não tem condições financeiras de prover ainda mais subsídios para a adequada manutenção do serviço, como é possível falar em eliminação do setor privado? Isso significaria delegar ao SUS cerca de 50 milhões de pessoas, pressionando de forma expressiva os cofres públicos.

Infelizmente, a questão vai muito além do mero aspecto financeiro. Recentemente denunciou-se um esquema de corrupção envolvendo a empresa norte-americana Zimmer Biomet, que admitiu à Justiça de seu país o pagamento de propinas a médicos do SUS em troca da facilitação na venda de produtos a hospitais públicos brasileiros.

É sabido que todo médico que atende em instituições públicas também trabalha no setor privado --da mesma forma, a maioria dos hospitais particulares no Brasil atende tanto o SUS quanto a saúde suplementar. Em suma, a corrupção é um problema sistêmico do setor de saúde. Como tal, deve ser combatida em conjunto.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) move na Justiça dos Estados Unidos uma ação contra a própria Zimmer e outras das maiores fabricantes de órteses, próteses e materiais especiais por supostamente adotarem condutas corruptas em suas operações no Brasil.

Nosso objetivo principal é exigir regras de compliance mais rígidas dessa indústria, com a adequada transparência nos negócios.

À luz disso, pergunto: quem defende o SUS? A Abramge, que fez a denúncia da admissão do pagamento de propina a médicos e hospitais brasileiros, ou os autoaclamados defensores da saúde, que propugnam o fim dos planos privados sem apresentar solução para o sistema público?

E mais: o que estão fazendo para proteger o beneficiário do SUS? Existe alguma entidade para a defesa desse cidadão?

O que vemos rotineiramente são alguns advogados travestidos de órgãos não governamentais procurando razões esdrúxulas para processar o serviço privado.

Enquanto não houver uma resposta satisfatória para tais perguntas, o setor de saúde suplementar não fugirá desta luta e continuará a defender a possibilidade de ampliar o acesso do cidadão à saúde de qualidade, pública ou privada.

RAMOS, Pedro. Em defesa do SUS. Folha de S.Paulo. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Texto II

Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil

Se você nunca precisou ficar na fila do SUS, no mínimo já ouviu falar dela. O sistema público de saúde deixa a desejar: um atendimento especializado leva em média três meses para ser marcado (muito mais, dependendo da especialização) e um diagnóstico, um ano para ficar pronto.

Mas, às vezes, essa é a única saída para os 75% de brasileiros que não podem custear consultas privadas ou planos de saúde. Thomaz Srougi via essa realidade de perto quando criança. Seu pai é urologista, trabalhava longas horas e ganhava pouco. Thomaz fez questão de passar longe da carreira de médico, mas a pulga ficava atrás da orelha: será que não tem um jeito melhor?

Tinha. Afinal, de todo grande problema, nascem oportunidades. Depois de anos em bancos de investimento, grandes empresas e depois como sócio de um grande fundo, Thomaz fez cursos na Universidade de Chicago e Harvard Business School, até voltar ao Brasil preparado para enfrentar o desafio da saúde no país. Sua solução era prover um serviço que fosse tão ou mais eficiente que o sistema privado, porém acessível à população de baixa renda. Em 2011, a primeira clínica do Dr. Consulta estava operante, validando seu modelo, na favela de Heliópois, em São Paulo.

É aí que entra Guilherme Azevedo, amigo de infância de Thomaz. Ele já tinha experiência empreendedora, mas nunca satisfez seu desejo de criar um negócio de impacto social. Quando os dois se reconectaram, Guilherme já vinha estudando o mercado de saúde e como replicar boas ideias de fora. Ingressou como COO do Dr. Consulta para, juntos, formarem uma rede que oferecesse serviços primários de saúde de alta qualidade e pudesse entregar diagnósticos 25 vezes mais rápido que o sistema público, cobrando 60% a 90% menos que o sistema privado.

1,3 bilhões é a demanda anual de consultas do SUS, mas 800 milhões deixam de ser realizadas pela ineficiência de gestão e monitoramento de seus pacientes.

Naturalmente, quando chega o momento de o paciente ser atendido, o custo de tratamento é mais alto do que se ele tivesse visto o médico quando começou a ter sintomas – isso com a esperança de que ele ainda possa ser curado. O Dr. Consulta aposta em uma tecnologia que torna esse processo mais inteligente, logo, menos custoso e com mais chances de eficácia para a saúde do paciente.

Enfermeira cria negócio de sucesso com venda de programas de saúde personalizados

O sistema de agendamento, resultados e acompanhamento é todo automatizado e online. A empresa tem uma quantidade significativa de dados de seus mais de 200 mil pacientes – informações que podem ser usadas para prevenir doenças, se comunicar com pacientes e facilitar consultas virtuais.

Thomaz e Guilherme também fizeram uma prioridade recrutar os melhores médicos e enfermeiros do Brasil. Oferecendo compensações competitivas (a compensação por hora se equipara à de um convênio), a possibilidade de conduzir pesquisas e um meio de devolver à sociedade, o Dr. Consulta criou uma marca forte também entre os profissionais de saúde.

Estão disponíveis atendimento de clínico-geral e em mais 35 especialidades, exames de sangue, ultrassom e procedimentos menos complexos, por preços que começam em torno de R$40. E o modelo se provou, afinal! Os sócios chegaram ao breakeven point em 2 anos e meio e as 7 clínicas Dr. Consulta atendem pelo menos 20 mil pessoas por mês.

O Dr. Consulta é a primeira rede médica de baixo custo e alta qualidade focada na base da pirâmide. É apaixonante o trabalho que todo o corpo de colaboradores realiza, principalmente se considerarmos o tamanho do “buraco” que eles podem tapar. Bom, a Endeavor também se apaixonou por essa jornada empreendedora.

No último dia 07/08, Thomaz Srougi e Guilherme Azevedo foram selecionados como os mais novos Empreendedores Endeavor, no 60º Painel Internacional de Seleção (ISP) em São Francisco, EUA. Os dois passaram por diversas etapas e foram avaliados por grandes especialistas em negócios do mundo todo, levando em conta critérios como capacidade de execução, potencial de escala e o diferencial do negócio.

O processo de seleção da Endeavor acontece continuamente e tem duração média de nove meses. Só em 2014, mais de duas mil empresas foram avaliadas no Brasil, 300 foram entrevistadas e apenas 8 conseguiram a aprovação final. O objetivo é selecionar os empreendedores e negócios de maior impacto do país e apoiá-los com conexões transformadoras, para que eles cresçam em geração de emprego e renda, se tornando exemplos ainda mais inspiradores para as futuras gerações.

Esse é o sonho grande de Thomaz e Guilherme. Sua história empreendedora é única e inspiradora, já que são poucos os que realmente se dispõem a tentar resolver os problemas sociais mias crônicos do país. São menos ainda os que se saem bem.

Assim, é fácil entrar nesse sonho com eles. Mas sonho sozinho não muda o Brasil: por isso, o plano de médio prazo é que o número de clínicas em São Paulo chegue a 100, com capacidade para atender 3 milhões de pacientes anualmente, até 2018.

A dinâmica do dr. Consulta tem o potencial de transformar as interações e operações médicas para pacientes brasileiros de baixa renda, mas, além disso, de influenciar a forma que consultas são conduzidas em muitos outros países.

E aí, quem sabe, aquele gargalo de 800 milhões não só chega a zero por aqui, como podemos impactar essa realidade com mais gente saudável em todo o mundo.

PEQUENAS EMPRESAS e GRANDES NEGÓCIOS. Como dois empreendedores pretendem tornar o sistema de saúde eficiente no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2018.

Proposta de Redação - Redação - pH - 16 - Frentes

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Possibilidades de ação da atual juventude para a transformação do mundo em um lugar melhor, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A estranha geração dos adultos mimados

Tudo começou com uma colega minha de estágio, há mais de 10 anos, que pediu demissão por acreditar que “não foi criada para ficar carregando papel”. Sim, carregar papel fazia parte das nossas tarefas, enquanto ajudávamos o juiz e os demais servidores públicos com os processos do Tribunal. Acompanhávamos audiências, ajudávamos com os despachos e, sim, carregávamos papéis entre o segundo e o quarto andar do edifício.

Os pais da menina convenceram-na de que ela era boa demais para aquilo. Não importava que nós fôssemos meninas de 19 anos, no segundo ano da faculdade, sem qualquer experiência, buscando aprender alguma coisa e ganhar uns poucos reais para comer hamburguer nos finais de semana. Ela, que tinha a certeza de ser uma joia rara, foi embora, deixando sua vaga vazia no meio do semestre e sobrecarregando todos os demais, inclusive eu, sem nem se constranger com isso.

O tempo passou e, quando eu já era advogada, tive um estagiário de vinte e poucos anos que, três meses depois de ser contratado, solicitou dois meses de férias. Eu nem sequer entendi o pedido. Perguntei se ele estava doente ou se havia algum outro problema grave. Ele me respondeu que não, que simplesmente tinha decidido ir para a Califórnia passar dezembro e janeiro, pois a irmã estava morando lá e ele tinha casa de graça. Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Deixei ele ir e pedi que não voltasse mais.

Alguns anos depois, ouvi um grande amigo me dizer que iria divorciar-se. Ele havia casado fazia menos de um ano, com direito a uma imensa festa, custeada pelos pais dos noivos. Mais uma vez perguntei se algo de grave tinha ocorrido. Ele me respondeu que “não estava dando certo”, discorrendo sobre problemas como “brigamos por causa da louça na pia”, “não tenho mais tempo para sair com meus amigos” e “acho que ainda tenho muito para curtir”. Me segurei para não dar um safanão na cabeça dele. Aos 34 anos ele falava como um garoto mimado de 16. Tentava explicar isso para ele, mas era como conversar com a parede.

Agora foi a vez de uma amiga minha, com seus quase 30 anos, que me disse que iria pedir demissão pois fora muito desrespeitada no trabalho. Como sou advogada trabalhista, logo me assustei, imaginando uma situação de assédio moral ou sexual. Foi quando ela explicou: meu chefe fez um comentário extremamente grosseiro no meu facebook. Suspirei e perguntei o que era, exatamente. Ela disse que postou uma foto na praia, num fim de tarde de quarta-feira, depois do expediente, e o chefe comentou “Espero que não esqueça que tem um prazo para me entregar amanhã cedo”. E isso foi suficiente para ela se sentir mal a ponto de querer pedir demissão de um bom emprego.

Eu não sei bem o que acontece com a minha geração. O fato de termos sido criados com cuidado e afeto pelos nossos pais começou a confundir-se com uma espécie de sensação de que todos devem nos tratar como eles nos trataram. O chefe, o colega, o marido, a mulher, os amigos, ninguém pode nos tratar de igual para igual e muito menos numa hierarquia descendente. Se não for tratado a pão de ló, este jovem adulto surta, se julga injustiçado e vai embora.

Acho que o mundo evoluiu e as situações nas quais se tratava alguém com desrespeito são cada vez menos toleráveis, o que é ótimo. Também é ótimo o fato de sermos uma geração que busca felicidade e não apenas estabilidade financeira. É bom termos a coragem de mudar de carreira, de recomeçar, de priorizar as viagens e não a casa própria.

Mas nada disso justifica que a minha geração tenha comportamentos tão egoístas, agindo como verdadeiras crianças mimadas. E o grande perigo é que essas crianças mimadas têm belos diplomas e começam a ocupar cargos importantes nas empresas e no setor público. Vamos nos tornar um perigoso jardim de infância, no qual quem manda não pode ser contrariado e quem obedece também não. Isso não será uma tarefa fácil.

Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2017.

 

Texto II

A geração smartphone não está preparada para a vida adulta

A chamada "geração smartphone", daqueles que nasceram após 1995, vem amadurecendo mais lentamente que as anteriores.

Eles são menos propensos a dirigir, trabalhar e sair, de acordo com Jean Twenge, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.

Suas conclusões estão no recém-publicado livro iGen: Why Today's Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy - and Completely Unprepared for Adulthood (iGen: Por que as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes - e completamente despreparadas para a vida adulta, em tradução livre), com os resultados de uma investigação baseada em pesquisas com 11 milhões de jovens americanos e entrevistas em profundidade.

Em entrevista à BBC Mundo, o serviço da BBC em espanhol, Twenge explicou que esses jovens cresceram em um ambiente mais seguro e se expõem menos a situações de risco.

Mas, por outro lado, chegam à universidade e ao mundo do trabalho com menos experiências, mais dependentes e com dificuldade de tomar decisões.

"Os de 18 anos agem como se tivessem 15 em gerações anteriores", comenta Twenge.

Ela diz que isto tem relação com a superconectividade típica desta geração, que passa em média seis horas por dia conectado à internet, enviando mensagens e jogando jogos online.

Por conta disto, acabam passando menos tempo com amigos, o que pode afetar o desenvolvimento de suas habilidades sociais.

O estudo mostrou ainda que quanto mais tempo o jovem passa na frente do computador, maiores os níveis de infelicidade.

"O que me impressionou na pesquisa foi que os adolescentes estavam bastante cientes dos efeitos negativos dos celulares", comentou a pesquisadora.

"E um estudo com 200 universitários que fizemos mostrou que quase todos prefeririam ver seus amigos pessoalmente", continua.

Essa consciência, no entanto, não se traduz em prática.

A Geração Smartphone, segundo a pesquisa com base no universo americano, sofre com altos níveis de ansiedade, depressão e solidão.

A taxa de suicídio, por exemplo, triplicou na última década entre meninas de 12 a 14 anos.

Mas, ao mesmo tempo, trata-se de uma geração mais realista com o mercado de trabalho e mais disposta a trabalhar duro, o que Twenge vê como "boa notícia para empresas".

"Eles não têm grandes expectativas como as que tinham os millennials (a geração anterior, dos nascidos após 1980)", compara. "Eles estão mais preocupados em estar física e emocionalmente seguros. Bebem menos e não gostam de riscos."

Segundo o livro, por terem uma infância mais protegida, têm um crescimento mais lento. Para Twenge, "não gostam de fazer coisas nas quais não se sintam seguras, o que fazem é adiar os prazeres e as responsabilidades".

Mas embora as principais conclusões pareçam acenar para um sinal de alerta, a pesquisadora comenta que a geração smartphone é tolerante com pessoas diferentes e ativa na defesa de direitos LGBT e da população.

"E mais ainda que as gerações anteriores, eles acreditam que as pessoas devem ser o que são", completa.

Disponível em . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado.

Proposta de Redação - Redação - pH - 18 - Frentes

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas e em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Maneiras de se resgatar a confiança do brasileiro em seu país, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

A crise das instituições e o republicanismo

O país vive hoje uma grave crise das instituições, que põe em questão tanto a credibilidade das pessoas que as representam quanto a sua eficácia em atender o que se denomina de republicanismo, a saber a medida em que elas servem ao interesse geral ou apenas se voltam a demandas fragmentadas. Sim, na sociedade em rede, não só as corporações se organizam para se apropriar do que deveria ser de todos, mas diferentes grupos de interesse, de forma que a "res" pública acaba desfigurada.

Essa privatização da coisa pública não é recente, há muito que grupos sociais veem no poder público uma maneira de gerar emprego e renda em benefício próprio. O que muda, em tempos de redes sociais, é a pulverização dos agrupamentos que querem participar da partilha. Com isso, a visão de que o papel do Estado é prestar serviços públicos a todos e, em especial, àqueles de que mais necessitam de uma estratégia de nivelamento de diferenças de origem socioeconômica no acesso a oportunidades, perde-se.

A constatação de que pode ocorrer uma pilhagem da máquina pública levou a controles cada vez mais cerrados que, se não coíbem a corrupção ou a captura por parte de interesses corporativistas, dificultam sobremaneira a boa gestão.

Ora, é justamente pela inadequação das regras que exceções acabam sendo toleradas (porém nem sempre reguladas), para não inviabilizar programas, especialmente em pesquisas, saúde ou cultura.

A verve normativa certamente não é o melhor caminho para assegurar o republicanismo limitado das nossas instituições democráticas. Há que se construir um processo de controle social, de transparência de procedimentos, inclusive por meio de simplificação, de punição mais rápida de malfeitos e de educação para a vida em coletividade.

Aliás, esta é uma das funções da educação: ensinar a viver em sociedade. Isso passa certamente por valorizar o que é público, já que é de todos. Há muitos anos Fernanda Montenegro clamava contra o vandalismo que atinge bens públicos, numa compreensão equivocada de alguns jovens de que o que é público não seria de ninguém; na verdade, trata-se exatamente do oposto.

A construção e o fortalecimento do republicanismo envolvem assim a valorização das nossas instituições adolescentes, a criação de um conjunto de regras mais adequadas ao século em que vivemos, a responsabilização dos que conspiram contra o que é de todos e uma educação que trabalhe não apenas competências cognitivas, mas valores e atitudes. Precisamos formar jovens autônomos, responsáveis com o coletivo e engajados na construção de um país mais justo, democrático e republicano. 

Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017. Adaptado.

Texto II

Instituições públicas perdem ainda mais a confiança dos brasileiros

As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança no país. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população.

Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas, que caem novamente neste ano.

Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado.

O Congresso Nacional continua com a penúltima colocação, posição agora compartilhada com a Presidente da República, que até 2012 oscilava entre a terceira e a quarta posição. Em 2015, ambos obtêm 22 pontos e atingem seu menor índice desde 2009. Enquanto o Congresso registra uma queda de 15 pontos em sua confiança em relação ao ano passado, a presidente, que tinha 44 pontos em 2014, apresenta a maior queda de confiança dentre todas as instituições medidas: 22 pontos. Em 2010, último ano do governo Lula, chegou a ter 69 pontos, o maior da série histórica, quando ocupou o posto de terceira instituição na qual os brasileiros mais confiavam. O Governo Federal também registra queda expressiva, indo de 43 para 30.

Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos.

Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2017.

Proposta de Redação - Redação - pH 17

TEXTO I

Cultura

7. Conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social.

8. Conjunto de conhecimentos adquiridos, como experiências e instrução, que levam ao desenvolvimento intelectual e ao aprimoramento espiritual; instrução, sabedoria.

9. Requinte de hábitos e conduta, bem como apreciação crítica apurada.

CULTURA. In: Dicionário Michaelis On-line. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/cultura/. Acesso em: 12 jul. 2019.

TEXTO II

Câmara aprova funk como manifestação da cultura popular

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira (23) o Projeto de Lei 4124/08 que reconhece o funk como manifestação cultural popular digna do cuidado e proteção do Poder Público. O texto assegura aos artistas do funk o respeito aos seus direitos, e ao movimento funk a livre realização de suas atividades e de manifestações como festas, bailes e reuniões.

O relator na CCJ ressaltou que “faz-se necessário que o Estado reconheça todas as formas de manifestações culturais e as incentive, para evitar o preconceito e para que valiosas formas de manifestações culturais, como o funk, deixem de ser criminalizadas e associadas à violência, tráfico e consumo de drogas, como comumente ocorre no Brasil”.

Disponível em: https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/557886-CAMARA-APROVA-FUNK-COMO-MANIFESTACAO- DA-CULTURA-POPULAR.html. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO III

“A cultura é ferramenta de combate ao preconceito”

No Dia Internacional Contra a Homofobia, neste 17 de maio, o coordenador-geral de institucionalização do Ministério da Cultura da Secretaria de Articulação e Desenvolvimento Institucional (SADI), Eliseu de Oliveira Neto, coordena o trabalho para reativar o Comitê Técnico de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) do MinC [Ministério da Cultura], parado há um ano. Ele enxerga um cenário de recrudescimento da intolerância no Brasil, e defende que a área cultural deve ser vanguardista na luta pela equidade de direitos.

“A cultura tem um papel fundamental, porque ela tem capacidade tanto de combater o preconceito quanto valorizar o público LGBT. Ela pode mudar o mundo, abrir olhares e pensamentos. A arte é uma maneira de quebrar preconceitos ou tabus”, define.

Disponível em: http://cultura.gov.br/a-cultura-e-ferramenta-de-combate-ao-preconceito/. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO IV

Entrei pelo seu rádio, tomei, cê nem viu: Racionais MC’s no vestibular da Unicamp

Não eram os Racionais que haviam chegado a algum lugar excepcional, mas sim a universidade que dava um passo rumo ao lugar que os Racionais já ocupam, há bastante tempo, na nossa cultura. No entanto, ao lado dos aplausos dos fãs dos Racionais, não demorou para começar a circular a ofensiva conservadora contra essa notícia, atacando os Racionais, a Unicamp e todos que aprovaram a inclusão de um disco de rap ao lado dos livros de poesia do vestibular.

É, sim, de um bloqueio que se trata, ou melhor, de uma tentativa de interdição que, no fim das contas, nunca funcionou, porque os Racionais e todo o movimento do rap nacional não se fizeram apesar dessa resistência violenta ao que querem dizer, mas por causa da resistência que os jovens negros enfrentam para se afirmar, em todos os campos da vida, não apenas na cultura.

Na verdade, nenhuma letra dos Racionais foi feita para cair no vestibular, mas sim para fazer com que os jovens negros pudessem, dali em diante, disputar o vestibular e tudo que dele decorre.

Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/racionais-unicamp/. Acesso em: 12 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Caminhos para a superação de preconceitos e estereótipos relacionados à cultura, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH - 17 - Frentes

TEXTO I

A sociedade na qual vivemos deixa claro um paradoxo: mesmo tendo a maioria excluída da classe consumidora global, uma forte ação de propaganda ideológica convence de que os consumidores têm seus direitos: o cliente é o rei, ele tem sempre razão, é necessário fazer tudo para satisfazer o cliente. Porém, os produtores e os assalariados têm seus direitos limitados ou ignorados. Essa teoria contraditória, elaborada por indivíduos egoístas e irresponsáveis, é aceita pela maioria de nós, sem que reflitamos sobre suas consequências no campo ambiental e social.

Eis o impasse representado pelo termo desenvolvimento sustentável! A busca por uma sociedade equilibrada, sustentável do ponto de vista social e ambiental, não pode ter como base a satisfação ilimitada das nossas necessidades. É necessário agir de acordo com as demandas individuais e coletivas em um amplo projeto de construção de um futuro sustentável.

O indivíduo responsável deve, assim, contribuir por meio das suas escolhas cotidianas – entre elas, as de consumo – ao respeito aos direitos dos outros, do meio natural do qual faz parte, sem esquecer as futuras gerações. Não podemos deixar que o consumo alienado continue a dominar as relações de trocas comerciais – somos e podemos fazer a diferença de forma comprometida com a qualidade de vida de todos e do próprio planeta. Devemos ser atores da nossa própria emancipação, simplesmente porque consumir não é um fim em si, mas apenas um meio de satisfazer as necessidades fundamentais de todos os habitantes do nosso planeta.

BADUE, Ana Flávia Borges. et al. Manual pedagógico: entender para intervir. Por uma educação para o consumo responsável e o comércio justo. São Paulo: Instituto Kairós; Paris: Artisans du Monde, 2005. (Fragmento adaptado) 

TEXTO II

Proibição de canudos e sacolas plásticas está na pauta do Plenário

De acordo com o texto, ficam proibidos a fabricação, a importação, a distribuição e a venda de sacolas plásticas para guardar e transportar de mercadorias, além de utensílios plásticos descartáveis para consumo de alimentos e bebidas, como é o caso dos canudos. A exceção é para as sacolas e utensílios descartáveis feitos com material integralmente biodegradável.

No caso dos cosméticos com micropartículas de plástico, valem as mesmas proibições das sacolas e utensílios plásticos, além da proibição de registro. Essas micropartículas são usadas em vários produtos, como maquiagens, protetores solares e esfoliantes e podem se acumular nas águas de oceanos e rios.

Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/05/06/proibicao-de-canudos-e-sacolas-plasticas-esta-na-pauta-do-plenario. Acesso em: 17 jul. 2019.

TEXTO III

As leis que pretendem combater o plástico de uso único no país Projetos vêm sendo debatidos e sancionados em instâncias estaduais e municipais. Para especialistas, a proibição de itens como canudos e copos é insuficiente para combater danos ao meio ambiente

“Esse tipo de legislação parece mais uma abordagem midiática, pirotécnica. Se opta por banir em vez de educar, em vez de trabalhar a questão da gestão dos resíduos, no sentido de uma economia mais circularizada e no sentido de combater a ocupação em áreas que são desprovidas de um sistema de coleta e destinação final de resíduos.

Como uma sacolinha chega no mar aqui no Brasil? Ela chega cheia de lixo com um nózinho em cima. Ela não chega voando. Se você usa uma sacolinha plástica ou um saco cinco vezes mais caro, a questão continua a mesma, o lixo vai continuar indo pro mar, havendo canudo ou não. O canudo que você usa no quiosque na praia do Rio ou na Vila Madalena não vai para o mar, vai para o aterro.

O lixo no mar é uma tragédia, mas é também um sintoma de uma sociedade desigual, insustentável. Isso se reflete no jeito que pessoas estão vivendo, de uma forma degradante, expostas não só ao lixo, mas à falta de comida, ao frio, de saneamento, de condições mínimas de vida. É outro aspecto que mostra que estamos falhando muito e que não é o banimento de um canudinho que vai resolver.” (Alexander Turra, Professor titular do Departamento de Oceanografia Biológica da USP)

ROCHA, CAMILO. Nexo Jornal. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/07/10/As-leis-que-pretendem-combater-o- pl%C3%A1stico-de-uso-%C3%BAnico-no-pa%C3%ADs. Acesso em: 17 jul. 2019. (Fragmento adaptado)

TEXTO IV

CUTTS, Steve. Disponível em: http://www.stevecutts.com/uploads/2/6/3/8/26381140/3785076_orig.jpg. Acesso em: 17 jul. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A proibição é o caminho para um desenvolvimento sustentável?, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH - 23 - Frentes

TEXTO I

A história da modernidade, no plano da subjetividade, confunde-se com a própria construção da noção de identidade. De uma subjetividade centrada nos clássicos princípios transcendentes, passamos pela construção de valores imanentes de conduta e chegamos à subjetividade calcada na valorização das experiências psicológicas que caracterizam o “Homem psicológico” do final do século dezenove. Segundo Figueiredo (1996), a modernidade conheceu um novo modelo de construção da identidade baseado na vida íntima, na valorização dos sentimentos, da espontaneidade e na busca do “verdadeiro eu”.

PEREIRA, Claudia Rodrigues. A construção da subjetividade contemporânea e sua relação com a depressão. Cadernos de Psicanálise, Rio de Janeiro, v. 32, n. 32, p.17-41, jan/jun. 2015. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO II

Pode-se supor que os indivíduos, ao lidarem com a complexidade do mundo social, com sua subjetividade fragmentada, se vêm submetidos em seu cotidiano à dificuldade de lidar com o mesmo, já que as sociedades complexas podem patentear para todos, ou para um grande número de indivíduos, exclusão à participação política efetiva e dificuldades para compreender como operam em seu cotidiano os processos de globalização e aumento da violência em escala planetária, por exemplo.

Sentindo-se à margem dos processos sociais e econômicos, e não conseguindo verbalizar suas carências individuais, podem iniciar um processo de somatização dessa sua dor da alma, de sua tristeza mais profunda, seus problemas econômicos e sociais, através de expressões corpóreas (metáforas corpóreas), ou da depressão, ao invés de assumi-las sobretudo como um discurso político - político no sentido de organização e da possível viabilidade de transformação social.

BARBOSA, Sônia Regina da Cal Seixas. Subjetividade e complexidade social: contribuições ao estudo da depressão. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [s.l.], v. 16, n. 2, p.317-350, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO III

Considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns, a depressão traz consigo o estigma que associa seus sintomas à inadequação social ou à falta de força de vontade. Por muito tempo, foi pouco discutida. Agora é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e raramente está longe das notícias.

A Classificação Internacional de Doenças, mantida pela OMS, define a depressão como um transtorno, e não como uma doença. Isso quer dizer que ela é mais associada a um desarranjo ou distúrbio que afeta a mente e o corpo, com causas intrínsecas à pessoa.

A OMS explica que a condição é diferente de oscilações usuais de humor. Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Sobretudo quando tem longa duração e intensidade moderada ou grave, pode se tornar uma condição de saúde crítica, gerando grande sofrimento e disfunções na vida cotidiana.

CAPELHUCHNIK, Laura. Depressão: do estigma ao transtorno de grandes proporções. Nexo Jornal. 03 ago. 2019. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO IV

Fonte: Global Burden of Disease Study, 2015 - OMS (Organização Mundial da Saúde). Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A depressão enquanto problema social do mundo contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Proposta de Redação - Redação - pH 23

TEXTO I

A história da modernidade, no plano da subjetividade, confunde-se com a própria construção da noção de identidade. De uma subjetividade centrada nos clássicos princípios transcendentes, passamos pela construção de valores imanentes de conduta e chegamos à subjetividade calcada na valorização das experiências psicológicas que caracterizam o “Homem psicológico” do final do século dezenove. Segundo Figueiredo (1996), a modernidade conheceu um novo modelo de construção da identidade baseado na vida íntima, na valorização dos sentimentos, da espontaneidade e na busca do “verdadeiro eu”.

PEREIRA, Claudia Rodrigues. A construção da subjetividade contemporânea e sua relação com a depressão. Cadernos de Psicanálise, Rio de Janeiro, v. 32, n. 32, p.17-41, jan/jun. 2015. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO II

Pode-se supor que os indivíduos, ao lidarem com a complexidade do mundo social, com sua subjetividade fragmentada, se vêm submetidos em seu cotidiano à dificuldade de lidar com o mesmo, já que as sociedades complexas podem patentear para todos, ou para um grande número de indivíduos, exclusão à participação política efetiva e dificuldades para compreender como operam em seu cotidiano os processos de globalização e aumento da violência em escala planetária, por exemplo.

Sentindo-se à margem dos processos sociais e econômicos, e não conseguindo verbalizar suas carências individuais, podem iniciar um processo de somatização dessa sua dor da alma, de sua tristeza mais profunda, seus problemas econômicos e sociais, através de expressões corpóreas (metáforas corpóreas), ou da depressão, ao invés de assumi-las sobretudo como um discurso político - político no sentido de organização e da possível viabilidade de transformação social.

BARBOSA, Sônia Regina da Cal Seixas. Subjetividade e complexidade social: contribuições ao estudo da depressão. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [s.l.], v. 16, n. 2, p.317-350, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO III

Considerado um dos problemas de saúde mental mais comuns, a depressão traz consigo o estigma que associa seus sintomas à inadequação social ou à falta de força de vontade. Por muito tempo, foi pouco discutida. Agora é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e raramente está longe das notícias.

A Classificação Internacional de Doenças, mantida pela OMS, define a depressão como um transtorno, e não como uma doença. Isso quer dizer que ela é mais associada a um desarranjo ou distúrbio que afeta a mente e o corpo, com causas intrínsecas à pessoa.

A OMS explica que a condição é diferente de oscilações usuais de humor. Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Sobretudo quando tem longa duração e intensidade moderada ou grave, pode se tornar uma condição de saúde crítica, gerando grande sofrimento e disfunções na vida cotidiana.

CAPELHUCHNIK, Laura. Depressão: do estigma ao transtorno de grandes proporções. Nexo Jornal. 03 ago. 2019. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

TEXTO IV

Fonte: Global Burden of Disease Study, 2015 - OMS (Organização Mundial da Saúde). Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2019.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 25 a 30 linhas, em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “A depressão enquanto problema social do mundo contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas