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Ao depositar x reais, ao final de cada ano, em uma aplicação que rende juros compostos à taxa de 20% ao ano, um investidor consegue obter, logo após o enésimo depósito, um montante M dado pela fórmula .
Se x = 40 000, qual o valor mínimo de n de modo que o montante seja superior a R$1 800 000,00?
Para resolver, utilize a tabela abaixo:
15
12
11
13
14
Quantos números inteiros satisfazem a inequação (3x − 25)(5 − 2x) ≥ 0?
3
4
5
6
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A produção mensal P, em toneladas, de um produto é diretamente proporcional à raiz quadrada do número x de homens empregados, isto é, P = k, em que k é uma constante.
Com 25 homens, a produção mensal é de 500 toneladas.
Qual o aumento percentual da produção mensal se forem empregados 36 homens?
18%
20%
22%
24%
26%
A média aritmética dos salários de 550 funcionários de uma empresa é R$4 000,00.
Em uma negociação salarial, duas propostas foram feitas:
Proposta A: dar um aumento de R$450,00 por funcionário.
Proposta B: dar um aumento de 12% para cada salário.
Sejam:
S1 a soma dos salários a serem pagos se for aceita a proposta A.
S2 soma dos salários a serem pagos se for aceita a proposta B.
A diferença em valor absoluto entre S1 e S2 é:
R$16 500,00
R$12 000,00
R$14 100,00
R$13 800,00
R$15 750,00
No anúncio, o segmento “won’t bestow mega-buck prices” indica
a tentativa de angariar fundos para patrocinar artistas iniciantes.
a falta de incentivo dos museus a pintores vanguardistas.
a possibilidade de redução dos valores financeiros de obras de arte consagradas.
a ausência de qualidade artística de quadros tradicionais.
a crise financeira vivida por galerias de arte famosas.
Para responder à questão, leia a crônica “Despedida”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente no Jornal do Brasil em 05.06.1971, e a resposta de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), o Pelé, publicada no mesmo jornal em 29.06.1971.
Pelé despede-se em julho da Seleção Brasileira. Decidiu, está decidido. Querem que ele continue, mas sua educação esportiva se dilata em educação moral, e Pelé dá muito apreço à sua palavra. Se atender aos apelos, ficará bem com todo o mundo e mal consigo. Pelé não quer brigar com Pelé. Não abandonará de todo o futebol, pois continuará jogando pelo seu clube. Não vejo contradição nisto. Faz como um grande proprietário de terras, que trocasse a fazenda pela miniatura de um sítio: continua a ter águas, plantas, criação, a mesma luminosidade das horas — menos a imensidão, que acaba cansando. Ou como o leitor de muitos livros, que passasse a ler um só que contém o resumo de tudo. Pelé quer cultivar sua vida a seu gosto, ele que a vivia tanto ao gosto dos outros. Sua municipalização voluntária me encanta. Não é só pelo ato de sabedoria, que é sair antes que exijam a nossa saída. Uma atitude destas indica mais cautela do que desprendimento. É pelo ato de escolha — de escolher o mais simples, envolvendo renúncia e gentileza. As massas brasileiras e internacionais não poderão chamá-lo de ingrato, pois continuarão a vê-lo, aqui e no estrangeiro, em seu jogo de astúcia e arte. Mas ele passará a jogar como particular, um famoso incógnito, que não aspira às glórias de um quarto campeonato mundial. E com isso, dará lugar a outro, ou a outros, que por mais que caprichassem ficavam sempre um tanto encobertos pela sombra de Pelé — a sombra de que espontaneamente se desfaz. Bela jogada, a sua: a de não jogar como campeão, sendo campeoníssimo.
(Carlos Drummond de Andrade. Quando é dia de futebol, 2014.)
Estou comovido. Entre tantas coisas que dizem a meu respeito, generosas ou menos boas, suas palavras tiveram a rara virtude de se lembrarem do homem, da pessoa humana que quero ser, demonstrando compreensão e carinho por essa condição fundamental. Recortei sua crônica, não porque fala de mim, mas porque traduz, no primor de seu estilo, um apoio que me incentiva e me conforta.
(Pelé apud Carlos Drummond de Andrade. Quando é dia de futebol, 2014.)
Do ponto de vista semântico, opõem-se os termos que compõem a seguinte expressão:
“famoso incógnito” (Drummond).
“pessoa humana” (Pelé).
“condição fundamental” (Pelé).
“rara virtude” (Pelé).
“educação moral” (Drummond).
Considerando que “incógnito” significa “desconhecido”, “anônimo”, a expressão “famoso incógnito” constitui um oximoro (expressão formada por termos opostos), utilizado por Drummond para referir-se à reclusão parcial de Pelé (que encerrava sua atuação na Seleção Brasileira, mas não no Santos Futebol Clube).
O gráfico a seguir exibe as temperaturas mínimas e máximas previstas para o período entre os dias 16 e 28 do mês de dezembro de 2023 numa determinada cidade.
a) Considerando registros históricos, a temperatura máxima média para o mês de dezembro nesta cidade é de 27 graus. A temperatura máxima média prevista no período apresentado no gráfico é maior ou menor do que a média histórica? Justifique.
b) Uma pessoa vai se mudar para esta cidade no período indicado no gráfico. Ela poderá escolher qualquer dia para fazer a sua mudança. Qual a probabilidade de que ela escolha se mudar em um dia em que a temperatura mínima prevista seja maior do que 17 graus? Justifique.
a) A temperatura máxima média prevista para o período, em graus, é dada por
Como a média histórica da temperatura máxima é de 27 graus, então a temperatura máxima média prevista é maior do que a média histórica.
b) Dos 13 dias do período, somente em 6 deles a temperatura mínima prevista é maior que 17 graus (os dias 19, 20, 23, 24, 25 e 26). Assim, a probabilidade pedida vale .
A maioria dos líquens são associações entre dois organismos: fungos ascomicetos e algas verdes. Eles vivem em associação mutualística, em que cada um acumula carboidratos típicos e apresenta metabolismo próprio, mas os dois seres vivos são beneficiados.
a) Cite os polissacarídeos de reserva encontrados em fungos e em algas verdes.
b) Explique por que um líquen pode ser drasticamente afetado se for mantido por um longo período no escuro.
a) Os polissacarídeos de reserva de fungos e algas verdes são, respectivamente, o glicogênio e o amido.
b) A principal fonte de matéria orgânica de um líquen é proveniente da fotossíntese realizada pelas algas verdes. Se forem mantidos por um longo período no escuro, a fotossíntese não ocorre. Isso resultaria em uma escassez das moléculas que seriam utilizadas no metabolismo energético e na constituição estrutural das células do líquen.
a) Nessa tira de Laerte a graça é produzida por um deslizamento de sentido. Qual é ele?
b) Descreva esse deslizamento quadro a quadro, mostrando a relação das imagens com o que é dito.
a) Espera-se que o candidato perceba que, a cada quadrinho, os sentidos de ‘afinação’, de ‘finura’ e de ‘grosseria’ se confundem e se fundem dentro de um processo de deslizamento de sentidos.
b) O candidato deverá demonstrar que, no primeiro quadrinho, temos apenas a presença da expressão ‘afinador de piano’ articulada a um diapasão, instrumento que auxilia na afinação dos instrumentos e das vozes. Trata-se, portanto, de uma relação de ‘afinação’ com o campo semântico da música. No segundo quadrinho, a presença de 'finura' é articulada a um gesto da personagem, cujos dedos mostram uma redução de espaço. Assim, ‘afinação’ desliza para ‘finura’, relacionada, nesse momento, ao campo semântico espacial em que ‘finura’ opõese a ‘grossura’. Finalmente, no terceiro quadrinho, em que vemos o piano partido ao meio sobre a cabeça da personagem, o deslizamento se completa, dessa vez para o campo semântico da polidez: ‘grosso’ aí se refere a um comportamento oposto à finura, delicadeza: grosseria.
A polinização geralmente ocorre entre flores da mesma planta ou entre flores de plantas diferentes da mesma espécie, caracterizando a polinização ou fecundação cruzada. Como a maioria das flores é hermafrodita (monóclina), há mecanismos que evitam a autopolinização (autofecundação).
a) Explique um dos mecanismos que dificultam ou evitam a autopolinização.
b) Qual a importância dos mecanismos que evitam a autopolinização?
a) − Amadurecimento de ovário e estames em épocas diferentes. (Dicogamia, que pode ser protoginia – pistilo, gineceu ou ovário amadurecem primeiro; ou protandria – estames amadurecem primeiro.) − Barreira física que impede a autofecundação (hercogamia). Um exemplo é a heterostilia, posição diferente entre estames e estigma. − Grãos de pólen de uma planta incompatíveis com pistilos de suas próprias flores (autoincompatibilidadegenética).
b) Evitando a autofecundação, a planta força a fecundação cruzada, mecanismo que aumenta a possibilidade de se formarem novas combinações gênicas nos descendentes.
Nessa propaganda, há uma interessante articulação entre palavras e imagens.
a) Explique como as imagens ajudam a estabelecer as relações metafóricas no enunciado “Mesmo que o globo fosse quadrado, O GLOBO seria avançado”.
b) Indique uma característica atribuída pela propaganda ao produto anunciado. Justifique.
a) Habitualmente, o mapa-múndi, também chamado de “globo”, é representado por uma esfera. O GLOBO é o nome de um jornal diário impresso. Na propaganda, o mapa-múndi está na forma de um cubo, enquanto a esfera, mesmo guardando algumas marcas de mapa-múndi (contornos dos continentes, por exemplo), ressalta a imagem do jornal O GLOBO. Nessa contraposição, articulada ao enunciado, temos o quadrado relacionado a conservador, retrógrado, e a esfera a avançado. Isso permite associar O GLOBO (jornal) com o mapa-múndi (globo), atribuindo sentidos para o jornal como, por exemplo, o de ser avançado, moderno, à frente do seu tempo, o de possuir uma cobertura internacional, estar inserido na globalização, etc. Deve-se acrescentar outra possibilidade de associação entre as imagens e o enunciado, qual seja, a de uma antiga representação da terra como plana (simbolizada pela forma cúbica) em oposição à concepção atual (simbolizada pela forma esférica).
b) O jornal é moderno, antenado, inovador. Essas características são construídas pela associação do nome próprio “O GLOBO” a “avançado”, em contraste com o substantivo comum “globo” associado a “quadrado” (conservador, tradicional, antiquado, retrógrado). As imagens (mapa-múndi quadrado e o globo terrestre com vestígios do jornal O GLOBO) reforçam essa associação. Essa associação também pode ser enfatizada pela referência à oposição entre a antiga e a atual representação da terra, conferindo ao jornal O GLOBO, pela metáfora da ciência, a característica do progresso, do moderno, do inovador, de estar além de seu tempo.
Comentários
A questão 4 colocava em tela a necessidade de estabelecer relações para se compreender fatos de linguagem. No caso específico, relações entre palavras e imagens. A maior dificuldade dos candidatos foi aliar a descrição das imagens aos sentidos, à interpretação. Ou bem o candidato as interpretava sem descrever e, portanto, sem mostrar a relação entre as imagens e as palavras, ou bem a descrição aparecia isolada como auto-explicativa. Nesse sentido, os candidatos foram melhor no item b, em que, para alcançar metade da nota, bastava apresentar uma característica atribuída ao jornal. É, então, na justificativa que vários esbarraram na dificuldade de formular as associações entre as imagens e as palavras para sustentar a qualidade atribuída ao jornal.
O texto a seguir, publicado junto com a charge abaixo, foi escrito em homenagem a Marielle Franco, mulher negra, da favela, socióloga, vereadora do Rio de Janeiro. Defensora dos Direitos Humanos, Marielle foi morta a tiros no dia 14 de março de 2018, no Estácio, região central da cidade.
O luto por Marielle me conduz ao poema A flor e a náusea de Carlos Drummond, cada dia mais atual, nos lembrando que “o tempo não chegou de completa justiça. O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera”. Ele pergunta: “Posso, sem armas, revoltar-me?”. O inimigo está com a faca, o queijo, os fuzis e as balas na mão, o que aumenta nosso sentimento de impotência. Drummond me mostra a flor furando “o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio” e, dessa forma, “me salvo e dou a poucos uma esperança mínima”. A poesia, território onde os assassinos não entram, tem esse poder milagroso de colocar ao nosso alcance a arma da razão com muita munição de esperança.
(Adaptado de José Ribamar Bessa Freire, “Uma toada para Marielle: a flor que fura o asfalto”. A charge de Quinho foi encontrada na internet pelo autor da crônica. Disponível em http://www.taquiprati.com.br/cronica/1387-uma-toada-para-marielle-a-flor-que-fura-o-asfalto. Acessado em 03/09/2018.)
a) Segundo o dicionário Michaelis, “estar com a faca e o queijo na mão” significa “ter poder amplo e irrestrito”. Como isso aparece no trecho da crônica e na charge?
b) Como a ideia de “munição de esperança” está expressa na charge e no poema citado?
a) O poder amplo e irrestrito é atribuído, na crônica, ao "inimigo", que, estando com "a faca, o queijo, os fuzis e as balas na mão", aumenta nossa sensação de impotência. Na charge, esse amplo poder aparece sobretudo no segundo quadrinho, quando a figura de Marielle Franco é destruída com facilidade por uma bala que chega abruptamente e sem origem certa. Porém, no final tanto da crônica quanto da charge, sugere-se que é preciso criar mecanismos para combater esse amplo poder do inimigo.
b) Na charge, a ideia de esperança aparece quando se sugere que a morte de Marielle (representada por uma planta) possibilitará a multiplicação dessa voz. Ou seja, há a esperança de que a morte da vereadora mobilize mais pessoas em nome da causa que ela defendia. No poema de Drummond, a "munição de esperança", junto à "arma da razão", é colocada ao nosso alcance por meio da poesia. É a poesia, portanto, que dá a esperança de combater os inimigos e a desumanidade que predomina no mundo.
Kim Jong-un atravessou o paralelo 38 que divide a Península Coreana às 9h28, hora local desta sexta-feira, e se tornou o primeiro governante do Norte a pisar no Sul desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Do outro lado da fronteira, ele foi recebido por Moon Jae-in, o presidente eleito em 2017 com uma plataforma que defende a coexistência pacífica e a cooperação entre os dois lados separados em zonas de influência comunista e capitalista depois da Segunda Guerra.
a) Descreva o contexto histórico em que ocorreu a Guerra da Coreia.
b) Caracterize a atual situação da Coreia do Norte e a da Coreia do Sul, indicando para cada uma delas: regime político, organização econômica e postura diplomática.
a) A Guerra da Coreia (1950-1953) foi um conflito que envolveu a porção Norte da Coreia (sob influência da URSS e China socialistas) e a porção Sul (sob influência dos EUA capitalista). Tal hostilidade está contextualizada no período da Guerra Fria, e pode ser entendida como um conflito generalizado: militar, político, econômico, diplomático e ideológico (socialismo x capitalismo) pela hegemonia mundial que envolveu as duas superpotências, EUA e URSS, durante a segunda metade do século XX (bipolarização). Das as características marcantes da Guerra Fria, o aluno poderia destacar a interferência das principais nações envolvidas em outros conflitos e tensões diplomáticas de outros países. Esse foi o caso da Guerra da Coreia. Os EUA pretendiam que a Coreia fosse um Estado unificado sob o sistema capitalista, enquanto a URSS e a China buscavam essa unidade nos moldes socialistas. A busca por países alinhados às suas respectivas ideologias foi outro ponto fundamental da Guerra Fria.
b) A Coreia do Norte e Coreia do Sul apresentam características bastante distintas em relação a aspectos econômicos, políticos e diplomáticos. Atualmente, a Coreia do Norte (ou República Popular Democrática da Coreia) corresponde a um país que segue um regime político de extrema esquerda, com um rígido sistema ditatorial, forte viés nacionalista e o culto à personalidade do Grande Líder, Kim Jong-un. Em relação à postura diplomática, a Coreia do Norte é considerada uma das nações mais isoladas do planeta, sendo a China, atualmente, a sua principal aliada. Já a Coreia do Sul (ou República da Coreia) é uma nação que adota o sistema capitalista de produção. Trata-se de um país conhecido como Tigre Asiático devido à sua abertura econômica para investimentos externos na segunda metade do século XX, o que impulsionou os desenvolvimentos econômico e social do país. O regime político é definido como uma democracia presidencialista, com a divisão entre os três poderes (executivo, legislativo e judiciário), e direito a voto popular para a eleição de seus representantes políticos. Em relação à postura diplomática, a Coreia do Sul é membro da Organização das Nações Unidas, assim como diversas outras instituições políticas e econômicas internacionais, como a Organização Mundial do Comércio e a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
When 24-year-old fashion blogger Scarlett Dixon posted a picture of herself having breakfast, the internet turned nasty. “The best of days start with a smile and positive thoughts. And pancakes. And strawberries”, Dixon wrote on her Instagram feed. The post was reposted on Twitter. “Instagram is a ridiculous lie factory made to make us all feel inadequate”, wrote Nathan from Cardiff. His post, which has garnered more than 111,000 likes (22 times as many as Dixon’s original) and almost 25,000 retweets, prompted a wave of criticism, with comments going like “Fakelife!”.
Instagram looks like the friendliest social network imaginable. But, for a growing number of users – and mental health experts – the very positivity of Instagram is precisely the problem. The site encourages its users to present an upbeat, attractive image that others may find at best misleading and at worse harmful. Instagram makes you worry that everyone is perfect – except you.
(Adaptado de https://www.theguardian.com/technology/2018/sep/17. Acessado em 19/04/2019).
O texto anterior apresenta uma crítica
a Scarlett Dixon, por propagar uma autoimagem excessivamente positiva e irreal.
ao Instagram, por propiciar postagens que veiculam uma autoimagem irreal das pessoas.
ao post de Scarlett Dixon, por gerar uma onda de comentários negativos em outras mídias sociais.
à exposição excessiva da vida íntima das pessoas no Instagram e em outras mídias sociais.
Lê-se no seguinte trecho do segundo parágrafo: “The site (Instagram) encourages its users to present an upbeat, attractive image that others may find at best misleading and at worse harmful.”
Determinar a massa dos animais é extremamente importante para a administração de medicamentos. Há circunstâncias em que é possível estimar a massa de alguns animais sem o uso de balanças. Por exemplo, é possível determinar a massa aproximada (m) de um potro, em kg, em função de seu perímetro torácico (s), em cm, por meio da fórmula
Para tratamentos anti-inflamatórios com Meloxican, a dosagem indicada para equinos é de 0,6 mg desse princípio ativo por kg de massa corporal. Esse medicamento é comercializado em frascos de 100 mL contendo 2 g de Meloxican.
a) Considere um potro, de perímetro torácico igual a 1,16 m, que será tratado com esse anti-inflamatório. Determine a massa aproximada desse potro, em kg, segundo a fórmula, e a dosagem de Meloxican, em mL, a ser administrada ao animal.
b) Em um outro potro, a quantidade Q(t), em mg, de Meloxican presente no organismo do animal, t horas após a aplicação, é descrita pelo gráfico e modelada pela função:
Determine o valor da constante k e a quantidade de Meloxican, em mg, presente no organismo desse animal 24 horas após a aplicação.
a) Substituindo s por 116 na expressão dada, tem-se: .
Como a dosagem é de 0,6 mg por kg, tem-se que, para esse potro, ela será de .
Dado que, a cada 100 ml, há 2 g = 2 000 mg do medicamento, então a dosagem, em ml, será de: .
b) Do enunciado, tem-se Q (18) = 5. Substituindo na expressão dada, tem-se:
Com isso, a quantidade Q pedida, após 24 horas da aplicação, é dada por
Responda:
A O departamento de Marketing da editora decidiu fazer cartazes de propaganda diferenciados para divulgar o livro “Fauna do Pantanal”, capa dura. Em cada cartaz estaria escrita uma permutação de todas as letras da palavra PANTANAL. Além disso, deveriam começar com a letra P, terminar por L e ter as vogais A sempre juntas. Quantos tipos de cartazes diferentes poderiam fazer?
B Suponha que foram feitas 20 capas diferentes para o livro “Fauna do Pantanal”, edição de bolso. Elas foram colocadas dentro de um envelope. Se procuramos uma capa determinada e retiramos 4 ao acaso, qual é a probabilidade de que a capa que está sendo procurada esteja entre elas?
A
Portanto: 4.3 = 12 capas
B Podemos fazer 5 montes com 4 capas cada um. Como a capa que buscamos estará em um desses montes a probabilidade é p = 1/5 = 0.2.
Uma escada de 4 metros de comprimento é apoiada na parede de uma casa até seu telhado. O ângulo que a escada forma com o chão é de 70º. Utilizando a tabela abaixo, calcule a altura da casa:
3,76m
3,60m
3,72m
3,64m
3,68m
A Na reta numérica dada abaixo, p,q,r ,s e t são cinco números inteiros pares e consecutivos e q + s = 24 . Qual é a média aritmética desses cinco inteiros?
B Se y é o menor número inteiro positivo tal que o produto dele por 3150 é o quadrado de um número inteiro, qual é o valor de y?
A A média aritmética dos 5 inteiros pode ser expressa por:
Como q + s =24 , temos que: (n+2) + (n+ 6) = 24 e n = 8
A média aritmética dos 5 inteiros é igual a: 8 + 4 = 12.
B 3150 =10.315
= (2,5). (3.105)
= 2.5.3.5.21
= 2.5.3.5.3.7
= 2.32.52.7
O menor valor de y é 2.7 = 14.
Para responder à questão, leia um trecho do livro A queda do céu: palavras de uma xamã yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert.
Hoje, os brancos acham que deveríamos imitá-los em tudo. Mas não é o que queremos. Eu aprendi a conhecer seus costumes desde a minha infância e falo um pouco a sua língua. Mas não quero de modo algum ser um deles. A meu ver, só poderemos nos tornar brancos no dia em que eles mesmos se transformarem em Yanomami. Sei também que se formos viver em suas cidades, seremos infelizes. Então, eles acabarão com a floresta e nunca mais deixarão nenhum lugar onde possamos viver longe deles. Não poderemos mais caçar, nem plantar nada. Nossos filhos vão passar fome. Quando penso em tudo isso, fico tomado de tristeza e de raiva.
Os brancos se dizem inteligentes. Não o somos menos. Nossos pensamentos se expandem em todas as direções e nossas palavras são antigas e muitas. Elas vêm de nossos antepassados. Porém, não precisamos, como os brancos, de peles de imagens para impedi-las de fugir da nossa mente. Não temos de desenhá-las, como eles fazem com as suas. Nem por isso elas irão desaparecer, pois ficam gravadas dentro de nós. Por isso nossa memória é longa e forte. O mesmo ocorre com as palavras dos espíritos xapiri, que também são muito antigas. Mas voltam a ser novas sempre que eles vêm de novo dançar para um jovem xamã, e assim tem sido há muito tempo, sem fim.
(Davi Kopenawa e Bruce Albert. A queda do céu, 2015.)
Verifica-se o emprego de palavra formada com prefixo que exprime ideia de negação em:
“não precisamos, como os brancos, de peles de imagens” (2º parágrafo).
“eles mesmos se transformarem em Yanomami” (1º parágrafo).
“Nem por isso elas irão desaparecer” (2º parágrafo).
“Elas vêm de nossos antepassados” (2º parágrafo).
“Mas não quero de modo algum ser um deles” (1º parágrafo).
Na palavra “desaparecer”, há o prefixo “des-”, que acrescenta à palavra “aparecer” a ideia de negação.
Leia a canção “Sala de Recepção”, de Cartola, para responder às questões formuladas na sequência.
Sala de Recepção
Habitada por gente simples e tão pobre Que só tem o sol que a todos cobre Como podes, Mangueira, cantar?
Pois então saiba que não desejamos mais nada À noite, a lua prateada Silenciosa, ouve as nossas canções Tem lá no alto um cruzeiro Onde fazemos nossas orações E temos orgulho de ser os primeiros campeões
Eu digo e afirmo que a felicidade aqui mora E as outras escolas até choram Invejando a tua posição Minha mangueira, és a sala de recepção Aqui se abraça inimigo Como se fosse irmão
E temos orgulho de ser os primeiros campeões
(Cartola, “Sala de recepção”. In: Cartola. Rio de Janeiro: Marcus Pereira Discos, 1976)
a) A letra da canção inicia-se com uma pergunta. Identifique e explique quem responde a essa pergunta na segunda estrofe. Na sequência, indique os elementos que justificam a resposta daquele sujeito.
b) A partir da leitura de todo o poema, identifique e explique dois traços da sociabilidade do povo mangueirense que exprimem estereótipos do povo brasileiro.
a) Na primeira estrofe, o eu lírico dirige à escola de samba, tratada em segunda pessoa e por meio de um vocativo, a seguinte pergunta: “Como podes, Mangueira, cantar?”. Supõe-se, então, que a resposta viria dela, e de fato isso ocorre. Encarnando o conjunto da escola, o eu lírico assume um caráter coletivo, que se pode identificar pelo uso da primeira pessoa do plural na conjugação verbal (“desejamos”, “fazemos”) e no uso dos pronomes (“nossas canções”, “nossas orações”). Desse modo, a Escola de Samba e o Morro da Mangueira são personificadas pelo eu lírico, que por sua vez reforça o pertencimento à escola (nas demais estrofes, ele passa a usar a primeira pessoa do singular: “Eu sigo e afirmo”) e aos valores que ela representa, integrando-se nela.
b) Os dois traços de sociabilidade mais evidentes na letra de “Sala de recepção” são a música, que funciona como representação da própria cultura popular (“À noite, a lua prateada / Silenciosa, ouve as nossas canções”), e a fé cristã (“Tem lá no alto um cruzeiro / Onde fazemos nossas orações”). Ambos contribuem para criar uma identidade coletiva para os mangueirenses e dialogam com elementos tomados como símbolos do povo brasileiro: o samba e a religiosidade. Talvez seja possível apontar também a questão da hospitalidade e da empatia, expressas em “Aqui se abraça inimigo / Como se fosse irmão”, embora a ideia de que as demais escolas invejam a posição da Mangueira tenha um traço de competitividade.
Analise a imagem e leia o excerto.
Há 40 anos, as primeiras Mães da Praça de Maio — como só ficariam conhecidas depois — saíram a reclamar a reaparição, com vida, de seus filhos sequestrados. Naquele já distante 30 de abril de 1977, elas compunham um grupo de apenas 14.
Depois de perguntar inutilmente pelos jovens em delegacias, repartições do Estado, igrejas, hospitais e de pedir ajuda, inutilmente, aos grandes jornais e meios televisivos, elas decidiram que marchariam todas as quintas-feiras, às 15h30, com panos brancos envolvendo a cabeça, diante da Casa Rosada — sede do governo argentino.
O fato de serem logo identificadas como “as Loucas da Praça de Maio” diz muito não apenas sobre o machismo da sociedade argentina daquele tempo, mas também sobre o alto teor de cumplicidade, medo ou covardia de grande parte dos argentinos diante de um problema que ia-se fazendo cada vez mais presente: dia após dia corriam boca a boca novas histórias de pessoas que iam sendo sequestradas pelos agentes da repressão da ditadura militar (1976-1983).
Neste aniversário de 40 anos da luta das Mães, vale lembrar esse detalhe que parece uma piada de mau gosto: o fato de terem sido chamadas de “loucas” por um bom tempo. Essa lúgubre anedota é sinal de que essas mulheres não sofreram apenas a perda dos filhos, mas também o preconceito e o menosprezo por parte de muitos. Nos dias de hoje, em que voltaram a surgir vozes que questionam o número de mortos e que tentam minimizar os horrores do regime, parece que esse adjetivo pejorativo de 40 anos atrás volta a ganhar vida.
(Sylvia Colombo. “No começo, eram as Loucas da Praça de Maio”, 30.04.2017. www.folha.uol.com.br.)
a) Identifique, no excerto, o objetivo do movimento das “Mães da Praça de Maio” e uma reação de parte da sociedade aos protestos por elas realizados.
b) Contextualize a situação política dominante no Cone Sul da América nos anos 1970 e indique um acontecimento essencial para a mudança política na Argentina no início dos anos 1980.
Imagine deparar-se com um morcego de um metro de altura, e entre 1,5 e 1,7 metro de comprimento com as asas abertas. Esse é o morcego-dourado-filipino (Acerodon jubatus), que pode voar a até 1100 metros de altura e percorrer 40 quilômetros. A espécie também é conhecida pelos filipinos como “raposa voadora”, por conta do tamanho e do formato do focinho, semelhante ao das raposas. Todos os morcegos são mamíferos eutérios.
(www.cnnbrasil.com.br. Adaptado.)
a) Que estrutura, derivada dos anexos embrionários e do endométrio, possibilita o desenvolvimento do embrião de um morcego? Qual gás se difunde da circulação fetal para a circulação materna por meio dessa estrutura?
b) As asas do morcego e as asas de um inseto são consideradas estruturas análogas. Cite uma estrutura anatômica presente nas asas do morcego que ilustra essa analogia adaptativa. Por que a semelhança entre o focinho de uma raposa e o focinho de um morcego-dourado-filipino exemplificaria o conceito de estruturas homólogas?
a) A estrutura é a placenta. O gás é o CO2.
b) A estrutura anatômica da asa do morcego é a membrana interdigital. Isso ocorre porque ambos os focinhos são de mesma origem embrionária e foram herdados de um ancestral em comum.
Uma das definições de desenvolvimento sustentável é: o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
(Adaptado de http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/)
a) O solo é um recurso fundamental para a subsistência da população mundial. Que práticas de conservação do solo podem garantir sua preservação para as gerações futuras?
b) Segundo o INPE, nos últimos meses de novembro, dezembro e janeiro, foram registrados, na Amazônia Legal, 754 km² de desmatamentos por corte raso ou degradação progressiva. Indique o principal objetivo desse desmatamento e as consequências ambientais dessa ação.
a) Rotação de culturas, plantio em curvas de nível, terraceamento, plantio direto, adubação orgânica, implementos agrícolas mais leves, redução das queimadas, redução de uso de agrotóxico.
b) O principal objetivo desse desmatamento é a abertura de clareiras para atividade agropecuária. As principais consequências são: redução da biodiversidade, degradação do solo, erosão, assoreamento dos rios, alteração de microclima, alteração do ciclo hidrológico, aquecimento global, emissão de gás carbônico.
Rocha é um agregado natural composto por um ou vários minerais e, em alguns casos, resulta da acumulação de materiais orgânicos. As rochas são classificadas como ígneas, metamórficas ou sedimentares.
a) Quais são os processos de formação das rochas metamórficas?
b) A Região Sul do Brasil destaca-se na produção de carvão mineral, que é extraído de rochas sedimentares do período Carbonífero. Que condições ambientais permitiram a acumulação desse material orgânico e que processos levaram à posterior formação do carvão mineral?
a) As rochas metamórficas podem ser formadas a partir de qualquer tipo de rocha, e resultam da ação dos denominados processos diagenéticos, fundamentalmente, elevadas pressões e temperaturas que ocorrem em grandes profundidades na crosta terrestre.
b) É necessária a acumulação dos restos orgânicos (florestas) em áreas rebaixadas, que permitem a lenta acumulação dos sedimentos, e presença de água, que retarda a decomposição da matéria orgânica. Os pântanos são os locais típicos de formação do carvão. Após a acumulação, o material orgânico precisa ser soterrado por sedimentos e passar por processos diagenéticos (temperatura e pressão).
Os verbetes apresentados em (II) a seguir trazem significados possíveis para algumas palavras que ocorrem no texto intitulado Bicho Gramático, apresentado em (I).
(Dicionário HOUAISS (versão digital on line), houaiss.uol.com.br)
a) Descreva o processo de formação das palavras invendável e imprestável e justifique a afirmação segundo a qual o uso que Vicente Matheus fazia da língua portuguesa “nem sempre era aquele reconhecido pelos livros”.
b) Explique por que o texto destaca que Vicente Matheus “criou uma pérola da linguística e da zoologia”.
Espera-se que o candidato descreva o processo de formação das palavras invendável e imprestável e faça referência ao significado assumido pela palavra imprestável na fala atribuída a Vicente Matheus. Tanto invendável quanto imprestável são formadas por derivação sufixal (por meio da afixação de -vel a um radical verbal) seguida de derivação prefixal (por meio da afixação de in(m)- ao resultado da sufixação). Para justificar a afirmação segunda a qual o uso que Vicente Matheus fazia da língua portuguesa “nem sempre era aquele reconhecido pelos livros”, o candidato deve observar que imprestável assume, na fala do ex-presidente do Corinthians, não o seu sentido esperado (o de ‘algo inútil ou que não presta’), mas o de ‘algo que não se pode emprestar’. Também se espera que o candidato comente a afirmação de que Vicente Matheus teria criado “uma pérola da linguística e da zoologia”. No tocante à linguística, o candidato deve reconhecer o sentido inusitado da palavra gramático, chamando a atenção para o fato de ela estar sendo empregada não para designar aquele que é especialista na gramática de uma língua, mas sim como um atributo que reporta ao significado de “que ou o que apresenta melhor rendimento nas corridas em pista de grama”. No que tange à zoologia, o candidato deve destacar uma característica inusitada conferida a pato (por exemplo, o de ser gramático, característica comumente atribuída a cavalos, ou de ser um bicho ao mesmo tempo aquático e gramático, condição que não costuma ser atribuída aos patos).
A área do triângulo OAB esboçado na figura abaixo é
21/4.
23/4.
25/4.
27/4.
Leia a crônica “Analfabetismo”, de Machado de Assis, para responder à questão
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
15 de agosto de 1876.
(Crônicas escolhidas de Machado de Assis, 1994.)
O texto é organizado com base em uma figura de linguagem. Trata-se
do pleonasmo.
da hipérbole.
da personificação.
da metonímia.
do eufemismo.
A figura de linguagem que organiza a construção do texto é a personificação, uma vez que são atribuídas características humanas a seres não humanos, mais especificamente, aos algarismos. Esse processo, presente ao longo de todo o texto, fica evidente na passagem em que o cronista afirma que os algarismos são “sinceros, francos, ingênuos”.
As classes A e B têm, juntas, 32 alunos. Esses alunos foram submetidos a um mesmo teste, com o seguinte resultado:
– exatamente dos alunos da classe A foram aprovados no teste;
– exatamente dos alunos da classe B foram aprovados no teste.
a) Nas condições conhecidas do problema, sorteando-se aleatoriamente um aluno dos 32 que fizeram o teste, a probabilidade de ele ser da classe A pode assumir dois valores diferentes. Calcule esses dois valores.
b) Neste item, assuma que a classe A tenha mais alunos do que a classe B. Sorteando-se aleatoriamente um aluno dentre os que foram aprovados no teste, calcule a probabilidade de que ele seja da classe A.
Aquele acreditava na lei. Funcionário do IAPC [Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários], sabia de cor a Lei Orgânica da Previdência. Chegava mesmo a ser consultado pelos colegas sempre que surgia alguma dúvida quanto à aplicação desse ou daquele princípio. Eis que um dia nasce-lhe um filho e ele, cônscio de seus direitos, requer da Previdência o auxílio-natalidade. Prepara o requerimento, junta uma cópia da certidão de nascimento da criança e dá entrada no processo. Estava dentro da lei, mas já na entrada a coisa enguiçou.
– Não podemos receber o requerimento sem o atestado do médico que assistiu a parturiente.
– A lei não exige isso – replicou ele.
– Mas o chefe exige. Tem havido abusos.
Estava montado o angu. O rapaz foi até o chefe, que se negou a receber o requerimento.
– Vou aos jornais – disse-me o crédulo. – Eles têm de receber o requerimento, como manda a lei.
Tentei aconselhá-lo: a justiça é cega e tarda, juntasse o tal atestado médico, era mais simples.
– Não junto. A lei não me obriga a isso. Vou aos jornais. Foi aos jornais. Aliás, foi a um só, que deu a notícia num canto de página, minúscula. Ninguém leu, mas ele fez a notícia chegar até o chefe que, enfurecido, resolveu processá-lo: a lei proíbe que os funcionários levem para os jornais assuntos internos da repartição.
– Agora a lei está contra você, não?
– Não. A lei está comigo.
Estava ou não estava, o certo é que o processo foi até a Procuradoria e saiu dali com o seguinte despacho: suspenda-se o indisciplinado.
Era de ver-se a cara de meu amigo em face dessa decisão. Estava pálido e abatido, comentando a sua perplexidade. Mas não desistiu:
– Vou recorrer
Deve ter recorrido. Ainda o vi várias vezes contando aos colegas o andamento do processo, meses depois. Parece que já nem se lembra do auxílio-natalidade – a origem de tudo – e brigará até o fim da vida, alheio a um aforismo que, por ser brasileiro, inventei: “Quem acredita na lei, esta lhe cai em cima.”
(O melhor da crônica brasileira, 2013.)
Ao se transpor para o discurso indireto o trecho “– A lei não exige isso – replicou ele” (3º parágrafo), o verbo sublinhado assume a forma:
exigia.
exigiu.
exigira.
exigiria.
exigisse.
Em “A lei não exige isso”, o protagonista utiliza o presente do indicativo para indicar um evento que, no momento da enunciação, é tratado como durativo. Caso se adotasse o discurso indireto, para manter essa mesma noção aspectual, deveria ser adotado o pretérito imperfeito: “Ele respondeu que a lei não exigia aquilo”.
Leia os textos.
Texto I
Devo acrescentar que Marx nunca poderia ter suposto que o capitalismo preparava o caminho para a libertação humana se tivesse olhado sua história do ponto de vista das mulheres. Essa história ensina que, mesmo quando os homens alcançaram certo grau de liberdade formal, as mulheres sempre foram tratadas como seres socialmente inferiores, exploradas de modo similar às formas de escravidão. “Mulheres”, então, no contexto deste livro, significa não somente uma história oculta que necessita se fazer visível, mas também uma forma particular de exploração e, portanto, uma perspectiva especial a partir da qual se deve reconsiderar a história das relações capitalistas.
FEDERICI, Silvia, Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. S.l.: Elefante, 2017.
Texto II
Em todas as épocas sociais, o tempo necessário para produzir os meios de subsistência interessou necessariamente aos homens, embora de modo desigual, de acordo com o estádio de desenvolvimento da civilização.
MARX, Karl, O capital. São Paulo: Boitempo, 2017.
a) Existe diferença de sentido no emprego da palavra “homens” em cada um dos textos? Justifique.
b) Explique o uso das aspas em “’Mulheres’”, no texto I
a) Sim. No Texto 1, “homens” designa seres humanos do gênero masculino, conforme se verifica na comparação estabelecida com as mulheres, quanto à conquista da liberdade ao longo da história. Já no Texto 2, “homens” é empregado no sentido de “seres humanos”, como se percebe pelo caráter geral das afirmações feitas pelo autor.
b) As aspas são usadas para marcar uma citação do termo “mulheres”, empregado no próprio título do livro: “Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva”. Além disso, os sinais de pontuação destacam o termo para indicar metalinguisticamente a forma particular como ele deve ser entendido na obra.
Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas