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Questão 05 - UNESP 2024 - 1ª Fase - Prova de Conhecimentos Gerais

Para responder à questão, leia a crônica “Despedida”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente no Jornal do Brasil em 05.06.1971, e a resposta de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), o Pelé, publicada no mesmo jornal em 29.06.1971.

Pelé despede-se em julho da Seleção Brasileira. Decidiu, está decidido. Querem que ele continue, mas sua educação esportiva se dilata em educação moral, e Pelé dá muito apreço à sua palavra. Se atender aos apelos, ficará bem com todo o mundo e mal consigo. Pelé não quer brigar com Pelé. Não abandonará de todo o futebol, pois continuará jogando pelo seu clube. Não vejo contradição nisto. Faz como um grande proprietário de terras, que trocasse a fazenda pela miniatura de um sítio: continua a ter águas, plantas, criação, a mesma luminosidade das horas — menos a imensidão, que acaba cansando. Ou como o leitor de muitos livros, que passasse a ler um só que contém o resumo de tudo. Pelé quer cultivar sua vida a seu gosto, ele que a vivia tanto ao gosto dos outros. Sua municipalização voluntária me encanta. Não é só pelo ato de sabedoria, que é sair antes que exijam a nossa saída. Uma atitude destas indica mais cautela do que desprendimento. É pelo ato de escolha — de escolher o mais simples, envolvendo renúncia e gentileza. As massas brasileiras e internacionais não poderão chamá-lo de ingrato, pois continuarão a vê-lo, aqui e no estrangeiro, em seu jogo de astúcia e arte. Mas ele passará a jogar como particular, um famoso incógnito, que não aspira às glórias de um quarto campeonato mundial. E com isso, dará lugar a outro, ou a outros, que por mais que caprichassem ficavam sempre um tanto encobertos pela sombra de Pelé — a sombra de que espontaneamente se desfaz. Bela jogada, a sua: a de não jogar como campeão, sendo campeoníssimo.

(Carlos Drummond de Andrade. Quando é dia de futebol, 2014.)

Estou comovido. Entre tantas coisas que dizem a meu respeito, generosas ou menos boas, suas palavras tiveram a rara virtude de se lembrarem do homem, da pessoa humana que quero ser, demonstrando compreensão e carinho por essa condição fundamental. Recortei sua crônica, não porque fala de mim, mas porque traduz, no primor de seu estilo, um apoio que me incentiva e me conforta.

(Pelé apud Carlos Drummond de Andrade. Quando é dia de futebol, 2014.)

• “Ou como o leitor de muitos livros, que passasse a ler um só que contém o resumo de tudo.” (Drummond)

• “E com isso, dará lugar a outro, ou a outros, que por mais que caprichassem ficavam sempre um tanto encobertos pela sombra de Pelé — a sombra de que espontaneamente se desfaz.” (Drummond)

Os termos sublinhados referem-se, respectivamente, a



( a )

“livros” e “Pelé”. 

( b )

“um” e “sombra”. 

( c )

“livros” e “sombra”. 

( d )

“um” e “Pelé”. 

( e )

“leitor” e “Pelé”.

Resposta:

Ambos os termos sublinhados são pronomes relativos, anafóricos. Na oração “que contém o resumo de tudo”, o pronome remete a “um [livro]”; na oração “de que espontaneamente se desfaz”, o termo retomado é “sombra”. Essa referenciação é mais bem observada quando parafraseamos tais orações em períodos simples, substituindo o pronome por seu referente:

• “um [livro] contém o resumo de tudo”;

• “espontaneamente se desfaz da sombra”.

Questão 05 - FGV-SP 2020 Economia - 1ª Fase - 001 - Prova de Matemática, Biologia, História e Geografia

Uma urna contém  de bolas brancas e  de bolas pretas, sendo que somente metade das bolas brancas e  das bolas pretas contêm um prêmio em seu interior. Uma bola dessa urna é sorteada aleatoriamente e, quando aberta, verifica-se que tem um prêmio no seu interior. Na situação descrita, a probabilidade de que essa bola seja branca é igual a



( a )

( b )

( c )

( d )

( e )

Questão 05 - FCMSCSP 2024 - 2º dia

O heredograma ilustra uma família com alguns indivíduos Rh positivo e Rh negativo. Sabe-se que Luciano e Vítor podem receber somente sangue que não contenha os aglutinogênios A e B. Murilo só pode receber sangue que contenha exclusivamente aglutinina anti-A no plasma ou que não contenha aglutinogênios nas hemácias. Mel só pode receber sangue que contenha exclusivamente aglutinina anti-B no plasma ou que não contenha aglutinogênios nas hemácias.

a) Quantas pessoas dessa família são certamente heterozigotas para o sistema ABO? Qual o genótipo de Murilo para o sistema ABO?

b) Sabendo que Mel não recebeu o soro anti-Rh após o nascimento de Laura, qual a probabilidade de ela gerar uma segunda criança sem nenhum aglutinogênio (A e B) e não desenvolver eritroblastose fetal? Demonstre os seus cálculos probabilísticos.

Resposta:

a) Duas pessoas. Murilo possui genótipo I    b) 1/8. Pelos dados do enunciado e pelo heredrograma, é possível concluir que Mel possui o genótipo  e rr e Murilo  e Rr. Portanto, a probabilidade de o casal ter uma criança sem aglutinogênios (tipo O, com genótipo ii) e que não desenvolva eritroblastose fetal (Rh-, com genótipo rr) é dada por:            Para se calcular a probabilidade de a criança nascer com ambas as características, como são eventos simultâneos e independentes, multiplicam-se as probabilidades. Com isso, a probabilidade será de ¼ x ½ =1/8.

Questão 05 - UNICAMP 2024 - 2ª Fase - 1º dia

Em sua página nas redes sociais, @sebastiao.salgados criou o “Festival Miojo Literário” (Instagram) em comemoração ao Dia do Escritor (#sebastiaoseriesescritores). O desafio era que seus seguidores assumissem a máscara discursiva de um(a) escritor(a) literário(a) para narrar o ato de comer um miojo. A primeira provocação se deu com a seguinte postagem: − Você é escritora? − Sou sim. − Então fala: “Comi um miojo”. Vários seguidores toparam o desafio, como, por exemplo, o internauta @aldanuzio, que assumiu ser o poeta Gonçalves Dias, e escreveu:

Texto 1

Minha terra tem miojo E não é de Sabiá É galinha caipira Tempero que aqui não há.

Em cismar sozinho à noite Não sabes prazer que me dá O fervor em três minutos Macarrão melhor não há.

Texto 2

Canção do exílio (Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá, As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. ... Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá...

a) Considerando as formas de intertextualidade entre o tema “comer um miojo” e o poema de Gonçalves Dias, pode-se dizer que a produção do internauta é uma paráfrase ou uma paródia? Justifique sua resposta, com base nos textos 1 e 2.

b) Para este Vestibular Unicamp 2024, você leu a obra literária Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll. Aceite o desafio de @sebastiao.salgados, entre no país das maravilhas e elabore um diálogo em discurso direto, entre o Coelho Branco e o Chapeleiro Maluco. O diálogo deve mostrar ao menos uma característica de cada um dos personagens, o Coelho e o Chapeleiro, com mínimo de 3 e máximo de 5 linhas.

Resposta:

a) O texto do internauta @aldanuzio parodia o poema de Gonçalves Dias (1823 – 1864). A relação intertextual pode ser identificada, no texto 1, tanto pela incorporação de figuras emblemáticas do poema original (“minha terra”, “Sabiá”), quanto pela menção saudosa à superioridade de sua terra (“Tempero que aqui não há”), tal como ocorre na “Canção do exílio” (“As aves que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá”). Tais referências, porém, são evocadas de forma jocosa, pois não se trata mais de uma eloquente valorização da terra natal (tema caro ao Romantismo e presente no poema original), mas sim de algo prosaico, no caso, o cozimento de um macarrão instantâneo (“miojo”). Dessa forma, constrói-se uma paródia.

b) Uma das principais características do Coelho Branco é a pressa com que procura cumprir seus compromissos. Já um traço relevante do Chapeleiro Maluco é o fato de que ele se orienta por um relógio que sempre marca 6h da tarde. Uma possibilidade de diálogo entre eles seria:

                — Pelos meus bigodes! A Rainha vai me matar! Estou atrasado! – disse o Coelho Branco.

                — Por que tanta pressa? – perguntou o Chapeleiro Maluco.

                — A Rainha está com fome! E eu não sei o que preparar para ela! O jantar vai começar em cinco minutos!

                — Um Miojo fica pronto em três minutos! É tão gostoso que até o Caxinguelê acorda para comê-lo! E olha que eu nunca me atraso, pois meu relógio está sempre parado às 6 horas!

Questão 05 - UNICAMP 2025 - 2ª Fase - 2º dia - Ciências Biológicas e Saúde

Helena tem um cadeado cuja abertura depende de uma senha composta por 3 dígitos que são números inteiros de 0 a 9. Após definir a senha do cadeado, ela cola um adesivo com certo código no cadeado. Este código, no entanto, não é a senha do cadeado: deixar a senha anotada no cadeado seria um equívoco. Para obter a senha correta, (x,y,z), a partir do código (a,b,c), Helena usa a seguinte relação entre os dígitos do código e os dígitos da senha:

a) Se o código anotado por Helena fosse (9,6,3), qual seria a senha do cadeado?

b) Passados alguns meses, Helena se esqueceu da senha. Para seu azar, o adesivo com o código se apagou parcialmente e só sobraram visíveis os dois primeiros dígitos: (6,2,?). Quais são todas as possíveis senhas? Justifique.

Resposta:

a) Considerando o sistema , temos:

Da 1ª e 2ª equações, pode-se concluir que y = 3; Da 1ª e 3ª equações, pode-se concluir que x = 6; Da 2ª equação e de x = 6, pode-se concluir que z = 0.

Logo, a solução do sistema é (6, 3, 0).

 

b) Consideremos o sistema . Dessas duas equações, conclui-se que  ou seja, 

Sendo x e z números inteiros de 0 a 9 e  conclui-se que   ou 

Tem-se a seguinte tabela de valores possíveis:

Portanto, as possíveis senhas são dadas por (0, 4, 2), (1, 4, 1) e (2, 4, 0).

 

Questão 080 - FGV-SP 2019 Economia - 1ª fase - Prova 002 - Caderno 2

How to fix inequality

Introduction

In an age of widening inequality, the Stanford professor Walter Scheidel believes he has cracked the code on how to overcome it in his book “The Great Leveler”. The Economist’s Open Future initiative asked Mr Scheidel to reply to a number of questions.

1. The Economist: Is society incapable of tackling income inequality peacefully?

Walter Scheidel: No, but history shows that there are limits. There is a big difference between maintaining existing arrangements that successfully check inequality — Scandinavia is a good example — and significantly reducing it. The latter requires real change and that is always much harder to do: think of America or Britain, not to mention Brazil, China or India. The modern welfare state does a reasonably good job of compensating for inequality before taxes and transfers. However, for more substantial levelling to occur, the established order needs to be shaken up: the greater the shock to the system, the easier it becomes to reduce privilege at the top.

2. The Economist: Are we really living in an implacable period of wealth inequality — or was the relatively equal society that followed the Second World War the real aberration?

Walter Scheidel: When we view history over the long run, we can see that this experience was certainly a novelty. We now know that modernisation as such does not reliably reduce inequality. Many things had to come together to make this happen, such as very high income and estate taxes, strong labour unions, and intrusive regulations and controls. Since the 1980s, liberalisation and globalisation have allowed inequality to rise again. Even so, wealth concentration in Europe is nowhere near as high as it was a century ago. Like Europe, America, meanwhile, is getting there — which shows that it all depends on where you look.

3. The Economist: How do artificial intelligence and automation fit in to your thinking? Will they be a calamity for employment and thus for equality? Or might they unleash extraordinary productivity and improvements in living standards that actually narrow inequality?

Walter Scheidel: Ideally, we would like education to keep up with technological change to make sure workers have the skills they need to face this challenge. But in practice, there will always be losers, and even basic-income schemes can take us only so far. At the end of the day, someone owns the robots. As long as the capitalist world system is in place, it is hard to see how even huge productivity gains from greater automation would benefit society evenly instead of funnelling even more income and wealth to those who are in the best position to pocket these gains.

(The Economist. http://bit.do/eysic. Adaptado)

In the excerpt from Walter Scheidel’s first answer “The latter requires real change”, the expression in bold refers to



( a )

limits.

( b )

maintaining existing arrangements.

( c )

Scandinavia.

( d )

reducing inequality.

( e )

real change.

Questão 080 - FGV-SP 2017 Economia - 1ª fase - Prova 002 - Caderno 2

Leia o texto para responder à questão.

Patience is needed for Brazil to come good again

Michael Hasenstab

Dr. Michael Hasenstab is executive vice-president, portfolio manager and chief investment officer of Templeton Global Macro

The Olympic Games in Rio drew global interest to Brazil, but the country and the rest of South America has been in sharp focus for investors all year. They have flocked to the region as part of a broader migration into emerging market debt, following record low valuations and the hunt for yield in a low interest rate environment. While investors have been presented with a rarely seen buying opportunity in emerging markets like South America, it is a mistake to regard these countries as a homogenous group.

That leaves the challenge of working out which are the most attractive opportunities – some of our best known investments were not obvious choices.

We have devised a formula to help us evaluate the fundamental strength of different emerging market countries. It scores a country’s current and projected strength on five factors: how well it has learnt the lessons from past crises; the quality of its policy mix; the structural reform being undertaken to boost productivity; the level of domestic demand; and its ability to resist external shocks. The aim is to pick nations that are fundamentally strong but, for one reason or another, are out of favour with investors. It can take time for the market to catch up to reality. But if you are a long-term investor – and we are certainly in that camp – you have the luxury of being able to wait.

Brazil, for example, is known as a vulnerable market due to the commodities downturn, the ongoing corruption crisis and ensuing political turmoil, but our work suggests to us that it is poised for a potentially significant rebound in the long term. Its current score is low, but its projected future score tells a different story.

We believe the country has learnt the lessons from the most recent crisis, which brought home the importance of having a sustainable fiscal policy. It has already adopted a flexible exchange rate, has strong foreign exchange reserves and has limited short-term debt. This is also reflected in the country’s improving resilience to external shocks, with a reliance on commodities, at 60 per cent of exports, being the largest remaining negative.

It is perhaps no surprise, given Brazil’s deep recession and political instability, that there is much work required in terms of improving policy mix, making structural reforms and boosting domestic demand. However, there are signs things are being turned around, with monetary policy already being tightened aggressively to bring inflation expectations back under control, and the previously excessive levels of governmentsubsidised lending being cut. Once political stability returns, the government will be empowered to do even more.

Work on structural reform should accelerate too, as Brazil’s middle class has made it clear it wants greater transparency and an economic policy framework that can both boost living standards and improve the environment for businesses.

(www.ft.com. 01.09.2016. Adaptado)

The formula mentioned in the third paragraph



( a )

should devise at least five items that have to predict the market future. 

( b )

is based on the existing strength of the emerging markets. 

( c )

establishes how domestic demand is able to resist external shocks. 

( d )

predicts future behaviour from past crises. 

( e )

helps to grade emerging market countries strength.

Questão 095 - ENEM 2020 - Digital - 2° dia - Amarelo

O elemento ferro é essencial em nossa alimentação, pois ajuda a prevenir doenças como a anemia. Normalmente, na alimentação é ingerido na forma de Fe3+, sendo necessário o uso de agentes auxiliares de absorção, como o ácido ascórbico (vitamina C), cuja ação pode ser representada pelo esquema reacional a seguir.

A ação do ácido ascórbico ocorre por meio de uma reação de



( a )

eliminação. 

( b )

substituição. 

( c )

oxirredução. 

( d )

neutralização. 

( e )

hidrogenação.

Resposta:

O ferro sofre redução de seu Nox de +3 para +2, e o carbono do ácido ascórbico sofre oxidação de +1 para +2, ou seja, temos uma reação de oxirredução.

Questão 095 - ENEM 2022 2º Dia - Rosa

O manual de uma ducha elétrica informa que seus três níveis de aquecimento (morno, quente e superquente) apresentam as seguintes variações de temperatura da água em função de sua vazão:

Utiliza-se um disjuntor para proteger o circuito dessa ducha contra sobrecargas elétricas em qualquer nível de aquecimento. Por padrão, o disjuntor é especificado pela corrente nominal igual ao múltiplo de 5 A imediatamente superior à corrente máxima do circuito. Considere que a ducha deve ser ligada em 220 V e que toda a energia é dissipada através da resistência do chuveiro e convertida em energia térmica transferida para a água, que apresenta calor específico de 4,2 e densidade de 1 000 .

O disjuntor adequado para a proteção dessa ducha é especificado por: 



( a )

60 A 

( b )

30 A 

( c )

20 A 

( d )

10 A 

( e )

5 A

Resposta:

A corrente elétrica máxima irá se estabelecer no circuito quando a ducha operar no modo superquente.

Da definição de potência média, da equação fundamental da calorimetria e dos dados do enunciado, tem-se:

 

 

Vamos analisar para o caso de a vazão ser 3 L/min = 3 L/60s e de a variação de temperatura correspondente ser Δθ = 30o C (Note que, se pegássemos o caso de a vazão ser 6 L/min = 6 L/60 s e a variação de temperatura correspondente ser Δθ = 15o C, a potência seria a mesma)

 

 

Considerando que toda energia elétrica dissipada na resistência do chuveiro seja transformada em energia térmica absorvida pela água, pode-se considerar a potência elétrica da ducha como 6300 W. Logo, da definição de potência elétrica, tem-se:

 

 

Segundo o enunciado, o valor do disjuntor adequado para a proteção da ducha deve ser o primeiro múltiplo de 5 após o valor da corrente elétrica máxima, o que corresponde a 30 A.

Questão 095 - ENEM 2017 2º dia - Prova Rosa

A terapia celular tem sido amplamente divulgada como revolucionário, por permitir a regeneração de tecidos a partir de células novas. Entretanto, a técnica de se introduzirem novas células em um tecido, para o tratamento de enfermidades em indivíduos, já era aplicada rotineiramente em hospitais.

A que técnica refere-se o texto?



( a )

Vacina. 

( b )

Biópsia.

( c )

Hemodiálise. 

( d )

Quimioterapia. 

( e )

Transfusão de sangue.

Resposta:

Dentre as técnicas apresentadas, a única em que ocorre a transferência de células vivas de uma pessoa para outra é pela transfusão de sangue.

Questão 21 - UEL 2021 UEL 2021 - Biologia

O Sistema Imunitário ou Imunológico pode ser entendido como uma fronteira, a qual tem por finalidade garantir a defesa dos diferentes sistemas orgânicos contra infecções de microrganismos patogênicos. Porém, a COVID-19 reforçou o quão problemática se tornou a concepção de fronteira imunológica, visto que a população humana, inicialmente, não apresentava imunidade em relação ao novo coronavírus.

Com base nos conhecimentos sobre o sistema imunológico, assinale a alternativa correta.



( a )

Os macrófagos denominados de CD 4 ou citotóxicos são especializados em reconhecer e matar células corporais infectadas por vírus. 

( b )

Os macrófagos T auxiliadores, também chamados CD 8, ao detectarem a presença de invasores do corpo, estimulam os macrófagos citotóxicos a combatê-los. 

( c )

A imunização ativa é feita pela inoculação de uma solução de anticorpos prontos, extraídos de sangue de animais de laboratório previamente imunizados. 

( d )

Os macrófagos são células que se movimentam continuamente entre os tecidos, com a função de fagocitar, por exemplo, microrganismos invasores. 

( e )

A imunização passiva consiste em, por meio da vacinação, injetar no corpo da pessoa anticorpos provenientes de microrganismos vivos previamente atenuados.

Resposta:

GABARITO COMENTADO 

a) Incorreta. As células denominadas como CD4/ T citotóxicos são os linfócitos, que são especializadas em identificar células infectadas com vírus, por exemplo, e realizar a eliminação dessa célula. 

b) Incorreta. Os linfócitos T auxiliadores, ou TCD4 recebem a informação da chegada de algum corpo estranho no organismo através dos macrófagos, e estimulam os linfócitos B a produzir anticorpos para realizar o combate desses antígenos. 

c) Incorreta. A imunização passiva é feita com o soro, uma substância produzida a partir do plasma sanguíneo do cavalo com anticorpos prontos. Essa solução é administrada em seres humanos em situações de acidentes com cobras venenosas e peçonhentas. Como o veneno possui ação rápida no organismo é necessário uma solução com anticorpos prontos para neutralizar a ação do veneno. A imunização ativa é realizada pelas vacinas, quando o sistema imunológico do indivíduo é estimulado a produzir seus próprios anticorpos. 

d) Correta. Os macrófagos uma das células apresentadoras de antígenos do sistema imunológico. Elas realizam a fagocitose de partículas estranhas e as apresenta aos linfócitos que realizam a produção de anticorpos. 

e) Incorreto. A imunização passiva ocorre por meio da administração de soros. A vacina é uma forma de imunização ativa, que estimula o organismo a produzir anticorpos. 

Questão 29 - UNESP 2019 2ª fase - 2º dia

Algum tempo atrás, fiz um passeio por uma rica paisagem num dia de verão, em companhia de um poeta jovem, mas já famoso. O poeta admirava a beleza do cenário que nos rodeava, porém não se alegrava com ela. Era incomodado pelo pensamento de que toda aquela beleza estava condenada à extinção, pois desapareceria no inverno, e assim também toda a beleza humana e tudo de belo e nobre que os homens criaram ou poderiam criar. Tudo o mais que, de outro modo, ele teria amado e admirado, lhe parecia despojado de valor pela transitoriedade que era o destino de tudo.

Sabemos que tal preocupação com a fragilidade do que é belo e perfeito pode dar origem a duas diferentes tendências na psique. Uma conduz ao doloroso cansaço do mundo mostrado pelo jovem poeta; a outra, à rebelião contra o fato constatado. Não, não é possível que todas essas maravilhas da natureza e da arte, do nosso mundo de sentimentos e do mundo lá fora, venham realmente a se desfazer. Seria uma insensatez e uma blasfêmia acreditar nisso. Essas coisas têm de poder subsistir de alguma forma, subtraídas às influências destruidoras.

Ocorre que essa exigência de imortalidade é tão claramente um produto de nossos desejos que não pode reivindicar valor de realidade. Também o que é doloroso pode ser verdadeiro. Eu não pude me decidir a refutar a transitoriedade universal, nem obter uma exceção para o belo e o perfeito. Mas contestei a visão do poeta pessimista, de que a transitoriedade do belo implica sua desvalorização.

Pelo contrário, significa maior valorização! Valor de transitoriedade é valor de raridade no tempo. A limitação da possibilidade da fruição aumenta a sua preciosidade. É incompreensível, afirmei, que a ideia da transitoriedade do belo deva perturbar a alegria que ele nos proporciona. Quanto à beleza da natureza, ela sempre volta depois que é destruída pelo inverno, e esse retorno bem pode ser considerado eterno, em relação ao nosso tempo de vida. Vemos desaparecer a beleza do rosto e do corpo humanos no curso de nossa vida, mas essa brevidade lhes acrescenta mais um encanto. Se existir uma flor que floresça apenas uma noite, ela não nos parecerá menos formosa por isso. Tampouco posso compreender por que a beleza e a perfeição de uma obra de arte ou de uma realização intelectual deveriam ser depreciadas por sua limitação no tempo. Talvez chegue o dia em que os quadros e estátuas que hoje admiramos se reduzam a pó, ou que nos suceda uma raça de homens que não mais entenda as obras de nossos poetas e pensadores, ou que sobrevenha uma era geológica em que os seres vivos deixem de existir sobre a Terra; mas se o valor de tudo quanto é belo e perfeito é determinado somente por seu significado para a nossa vida emocional, não precisa sobreviver a ela, e portanto independe da duração absoluta.

(Introdução ao narcisismo, 2010. Adaptado.)

a) Explique sucintamente a diferença entre a visão de Freud e a visão do jovem poeta sobre a transitoriedade do belo.

b) Transcreva do segundo parágrafo uma oração em que a ocorrência de vírgula indica a supressão de um verbo. Identifique o verbo suprimido nessa oração.

Resposta:

a) No terceiro parágrafo, o último período sintetiza o tema e, ao mesmo tempo, explicita a opinião de Freud sobre a que manifesta o jovem poeta: “Mas contestei a visão do poeta pessimista, de que a transitoriedade do belo implica sua desvalorização”. Para este, a fugacidade da beleza determina uma postura pessimista de desvalorização do belo. Já para o pai da psicanálise, a transitoriedade do belo é o maior argumento em favor de sua valorização, porque a brevidade o torna raro e, portanto, mais encantador.

b) A reação é: “a outra, à rebelião contra o fato constatado”. Nesta oração, a vírgula indica a supressão do verbo conduzir, expresso na oração anterior: “Uma conduz ao doloroso cansaço do mundo mostrado pelo jovem poeta”.

Questão 36 - UEL 2021 UEL 2021 - Química

Leia o texto a seguir.

De maneira similar à produção de grãos, o Brasil fechou 2019 batendo recorde nas exportações de frutas. Pela primeira vez, o país atingiu US$ 1 bilhão em negócios, segundo dados do Ministério da Agricultura. Em 2020, nos três primeiros meses, o Brasil apresentou uma queda de apenas 2% na exportação de frutas se comparado ao mesmo período de 2019.

Adaptado de://revistagloborural.globo.com e //abrafrutas.org/

O aumento da produtividade se deve ao aprimoramento da tecnologia empregada na agricultura, maior área de plantio e uso de defensivos agrícolas. Fungicidas cúpricos são bastante empregados no cultivo de frutas e grãos. Tais fungicidas podem ser comercializados em formulações contendo óxido cuproso [CuO], oxicloreto de cobre [Cu2(OH)3Cl] ou hidróxido de cobre [Cu(OH)2] na concentração de 500g Kg−1. Cada fungicida deve ser aplicado numa determinada cultura na dose de 2,0 Kg de cobre por hectare e o custo de aquisição do oxicloreto de cobre é o dobro dos demais fungicidas. Considerando a dose recomendada por hectare e o custo de aquisição, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o(s) fungicida(s) adequado(s) que deve(em) ser aplicado(s) na cultura.

Dados: Massa molar do Cu2(OH)3Cl = 213,56 g mol−1 Massa molar do Cu(OH)2 = 97,56 g mol−1 Massa molar do CuO = 79,54 g mol−1 Massa molar do cobre = 63,54 g mol−1



( a )

CuO 

( b )

Cu(OH)2 

( c )

Cu2(OH)3Cl 

( d )

Mistura de 50%/50% (m/m) de Cu(OH)2 e CuO 

( e )

Mistura de 50%/50% (m/m) de Cu2(OH)3Cl e CuO​

Resposta:

1 mol Cu2(OH)3Cl --- 2 mols Cu 

213 g------127 g 

500g------ x 

x = 297,5 g de Cu 

 

500g ----297,5 g Cu 

y--------2000g  

y = 3364,7 g em 500 g  

 

2000g de cobre necessitam de 6,7 formulações por hectare. 

 

1 mol Cu(OH)2 ---- 1 mol Cu 

97,5 g --------- w 

w= 325,4 g de Cu na formulação. 

 

500g ---- 325,4 g 

2000g ---- z 

z = 3072,7 g de Cu por 500g 

2000g de Cu necessitam de 6,1 formulações por hectare. 

 

1 mol CuO ---- 1 mol Cu 

79,5 g----- 63,5 g 

 

500g ---- k 

k = 399, 1 g Cu na formulação. 

 

500g----319,1g de Cu/hectare 

2000g---- t 

t = 2505,2 g de cobre/500g  

 

Então seria necessário 5 formulações por hectare para uma massa de 2000g de cobre. 

ALTERNATIVA CORRETA: a 

Questão 38 - UEL 2020 UEL 2020 - Química

Crime no Museu! Uma estatueta em bronze, constituída por 90% de cobre e 10% de alumínio, foi roubada. Depois de alguns dias, uma estatueta, com características semelhantes foi encontrada, aos pedaços, em uma lixeira. Foi realizada uma análise para confirmar sua autenticidade, pois a composição desta estatueta poderia ser de latão, constituída de 90% de cobre e 10% de zinco. Primeiramente, massas de 0,50 g retiradas dos pedaços encontrados foram dissolvidas em HNO3 5,0 mol L−1, formando íons em solução. Em seguida, alíquotas dessa solução ácida foram alcalinizadas com solução de NaOH para a formação de precipitados azul e branco visualmente distinguíveis e, na sequência, foram adicionadas soluções aquosas de NH4Cl. As equações químicas das reações que podem ocorrer com a adição dos reagentes são apresentadas a seguir:

Com base no texto e nas equações químicas, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o resultado experimental que comprova que a estatueta encontrada na lixeira é de bronze.



( a )

Presença de precipitado branco após a adição de solução de NaOH. 

( b )

Ausência de dissolução do precipitado azul após a adição de solução de NH4Cl. 

( c )

Presença de precipitado azul após a adição de solução NaOH. 

( d )

Dissolução do precipitado branco após a adição de solução de NH4Cl. 

( e )

Ausência de dissolução do precipitado branco após a adição de solução de NH4Cl.

Resposta:

a) Incorreta. A presença de precipitado branco não indica que a estatueta seja exclusivamente bronze, já que tanto o zinco quanto o alumínio formam precipitados brancos. 

b) Incorreta. A presença de precipitado azul na solução, mostra que há cobre. Porém o cobre é encontrado no latão e no bronze. 

c) Incorreta . A presença de precipitado azul na solução, mostra que há cobre. Poreḿ o cobre é encontrado no latão e no bronze. 

d) Incorreta. A dissolução de precipitado branco, indica a presença de zinco, presente na liga de latão. 

e) Correta. A ausência de precipitado branco, indica a presença de alumínio, comprovando que a estatueta é de bronze.   

Alternativa correta: e  

Questão 41 - UEL 2020 UEL 2020 - Matemática

Leia o texto e observe a imagem a seguir.

No Brasil, a preservação natural de um cadáver é rara devido ao clima tropical e ao solo ácido, que aceleram a sua decomposição. Por isso, a múmia encontrada em Goianá, Minas Gerais, no século XIX é tão incomum.

Adaptado de: www.museunacional.ufrj.br

Passados t anos após a morte deste ser humano, suponha que a massa m(t) de seu cadáver, medida em quilogramas, seja dada por m(t) = 40e−C·t, onde e>1 é uma constante e C é um parâmetro relacionado às características morfoclimáticas da região onde originalmente se encontrava. Admitindo que passados t = 600 anos a múmia possuía exatos 4 kg, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o valor do parâmetro C.



( a )

( b )

( c )

( d )

( e )

Resposta:

Resposta: E 

Temos que m(600) = 4. Assim, 4 = 40e-600. Dividindo a equação inteira por 4, obtemos que 1 = 10e-c600. Sendo e>1, o logaritmo log de base e. Fazendo logaritmo em ambos os lados, temos que loge1= loge10e-c600. Temos que, 0 = loge10 − 600C. Consequentemente, loge10 = 600C e, portanto, C = 1/600 x loge10 

Questão 05 - FGV-SP 2020 Economia - 1ª Fase - 002 - Prova de Língua Inglesa, Física, Química e Língua Portuguesa

Read the text to answer the question.

There’s something faintly embarrassing about the 50th anniversary of the first moonwalk. It was just so long ago. It’s no longer “we” who put a man on the moon, it’s “they” who put a man on the moon. So why can’t “we” do it? It’s hard not to feel that for all the technological advances of the last halfcentury, America has lost something — the ability to unite and overcome long odds to achieve greatness.

At one level, this is silly. The U.S. stopped going to the moon because Americans stopped seeing the point of it, not because they stopped being capable of it. Still, the historic Mercury, Gemini, and Apollo programs do have something to teach us. Months before the moon landing, the journal Science wrote that the space program’s “most valuable spin-off of all will be human rather than technological: better knowledge of how to plan, coordinate and monitor the multitudinous and varied activities of the organizations required to accomplish great social undertakings.” So, here, lessons the Apollo has left behind.

1._________ President John Kennedy simplified NASA’s job with his 1961 address to Congress committing to “the goal, before this decade is out, of landing a man on the moon and returning him safely to Earth.” From then on, any decision was made by whether it would aid or impede the agency in meeting that deadline. Experiments that were too heavy were shelved, however valuable they might have been. Technologies that were superior but not ready for deployment were set aside. Having a North Star to pursue was essential, because skeptics and critics abounded. Amid protests over the Vietnam war and race riots, NASA engineers kept their heads down and their slide rules busy.

2. Harness incongruence. In any large organization there is pressure to suppress dissent. That can be deadly, as it was for NASA in the two space shuttle failures — Challenger and Columbia — each of which killed all seven crew members. Leading up to both tragedies, the fact that engineers grew concerned about a technical problem they did not fully understand, but they could not make a quantitative case; and were consequently ignored.

After the bad years of the shuttle disasters, the practice of harnessing incongruence, and learning from mistakes, has staged something of a revival at NASA, which has since successfully sent unmanned craft to Mars, Jupiter and Saturn. Says Adam Stelzner, a NASA engineer, “Listen to all that the problem has to say, do not make assumptions or commit to a plan of action based on them until the deepest truth presents itself”.

3. Delegate but decide. NASA realized early on that it needed help. About 90% of Apollo’s budget was spent on contractors from the most varied places. NASA itself was, therefore, more of a confederation than a single agency. With so many players involved, turf wars were unavoidable. NASA Administrator James Webb coined the phrase Space Age Management to describe how he tried to manage conflicts and ensure final decisions were made by headquarters. Unfortunately, Webb’s mastery of the complex network was not as thorough as he believed. The death of three astronauts during a routine test in 1967 was traced to deficiencies Webb had been unaware of. Failure, in this case, was as instructive as success.

4. Effectiveness and elegance. Aesthetically, the Apollo mission was poor. The module that touched down on the moon looked like an oversize version of a kid’s cardboard science project, all right angles and skinny legs. Apollo’s return to Earth was equally unglamorous. The spaceship that left the launch pad was awesome; what was, by plan, to be rescued from the Pacific Ocean was a stubby cone weighing just 0.2% of the majestic original. But what looks clunky and awkward to an outsider may appear elegant to an engineer. Engineering inelegance, by contrast, would be redesigning a machine without fully anticipating the consequences.

Most of the people alive today had not yet arrived on the planet when Armstrong, Aldrin and Commander Michael Collins returned to it after their historic voyage. Never mind, though. The moon landing was a victory for all of the human race, past, present, and future.

(Peter Coy. Bloomberg Businessweek, 22.07.2019. Adapted.)

In the excerpt from the second paragraph “The U.S. stopped going to the moon because Americans stopped seeing the point of it, not because they stopped being capable of it. Still, the historic Mercury, Gemini, and Apollo programs do have something to teach us”, the underlined word establishes, between the two sentences, a relation of 



( a )

time. 

( b )

contrast. 

( c )

complementation. 

( d )

cause and effect. 

( e )

purpose.

Questão 05 - FCMSCSP 2024 - 1º dia

Para responder a questão, leia a crônica “Médicos e monstros”, de Moacyr Scliar, publicada originalmente no jornal Zero Hora, em 20.08.1997.

Sentenças judiciais nem sempre têm sido muito felizes no que diz respeito aos direitos humanos, mas este 20 de agosto marca o quinquagésimo aniversário de uma decisão jurídica que se tornaria um marco não apenas na história da justiça como na da ética médica. Naquela data o Tribunal de Nuremberg condenou 23 médicos nazistas por participação em atividades de genocídio.

O número não chega a ser impressionante. E os réus eram, na verdade, figuras secundárias. Ali não estava, por exemplo, Adolf Eichmann, que injetava corante nos olhos de crianças para torná-los arianamente azuis, ou que matou uma criança com suas próprias mãos para confirmar o diagnóstico de tuberculose, posto em dúvida por colegas. Como outros, ele tinha escapado — para ser alcançado depois pelo longo braço da justiça israelense.

Importante, contudo, foi a sentença. Porque, anexo a ela, estava um documento que depois se tornaria conhecido como o Código de Nuremberg. Em sua defesa, os médicos nazis haviam alegado que estavam agindo em nome da ciência; para evitar que essa afrontosa alegação servisse de desculpa em crimes posteriores, o Código de Nuremberg estabeleceu vários princípios. Que hoje nos parecem óbvios: um experimento médico só pode ser feito com o consentimento da pessoa; deve proporcionar resultados que beneficiem a humanidade; deve evitar qualquer sofrimento. Que os doutores nazistas tenham violado princípios tão básicos mostra a que ponto chegaram em sua degradação. Mas não só eles, obviamente; em Tuskegee, no Alabama, médicos deixaram de usar a penicilina em pacientes negros com sífilis para observar como evoluiria a doença não tratada (um conhecimento, diga-se de passagem, há muito registrado nos manuais clínicos).

Robert Louis Stevenson criou as figuras de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, o médico e o monstro, para simbolizar o antagonismo entre o bem e o mal. Nos doutores nazistas esse antagonismo desapareceu: eram médicos e eram monstros. Diante da enorme quantidade de pessoas indefesas, a medicina optou pela extrema crueldade das experiências sem sentido, da tortura impiedosa, das câmaras de gás. Uma experiência que os médicos da ditadura, por exemplo, herdaram e que praticaram — inclusive aqui no Brasil — até há muito pouco tempo.

Cinquenta anos depois da sentença do Tribunal de Nuremberg, é necessário lembrar, ainda uma vez, que a medicina surgiu, única e exclusivamente, para ajudar o ser humano. Qualquer ser humano.

(Moacyr Scliar. A nossa frágil condição humana, 2017.)

Em “Importante, contudo, foi a sentença.” (3º parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:



( a )

.não obstante. 

( b )

nesse caso. 

( c )

por isso. 

( d )

além disso. 

( e )

por conseguinte.

Resposta:

A conjunção “contudo” possui valor adversativo (de oposição), e “não obstante” é a única das locuções conjuntivas presentes nas alternativas que possui o mesmo significado.

Questão 05 - Albert Einstein 2024 - Vestibular de Verão - Prova II

In the middle of one of the busiest highways in Amsterdam is a new attraction: marked on the map is the Weesperknip (“Weesper cut”), with boxes of flowers, benches and a blackboard of social events. A few metres away a huge road sign warns drivers to “turn around here”. Not because of unavoidable roadworks: instead, the street is closed off to test driver tolerance for a low-traffic capital.

For six weeks, from 6am to 11pm, a road that carries 1,500 cars an hour in the rush hour is closed to motorised vehicles. While emergency vehicles, transport for children and vulnerable people are allowed past, one car driver after another explodes in rage after being told to reverse. There have been reports that an ambulance was held up for two hours in traffic, school buses were initially not allowed through “the cut” and the Kattenburg neighbourhood was swamped with traffic.

Stijn Nijssen, a city councillor, is critical of the measures. “Half of the city is now full of almost constant traffic jams, which means greenhouse gas emissions are increasing and the air quality for local residents is deteriorating.” But air quality is one of the reasons given by advocates of the experiment. Elise Moeskops, councillor on transport, says: “We need to try something, if you look at pollution rates. It is seriously affecting the health of people that live there.”

But Walther Ploos van Amstel, professor in city logistics at Amsterdam University of Applied Sciences, believes that a proper masterplan is lacking, including stimulating more pedestrian traffic. “It is picking up a stick and hitting cars, with no discussion of the why. We should take a step back and think about the story of the city, connected to the region.”

(Senay Boztas. www.theguardian.com, 09.07.2023. Adapted.)

Answer the following questions, in Portuguese. Be concise and direct, and do not repeat the question in your answer.

a) Read the first two paragraphs. Identify the experiment in Amsterdam which is the topic of the news item, and one unwelcome situation for the population resulting from the measures taken.

b) As to the experiment described, point out one side-effect that contradicts the environmental purpose of the experiment; and what university professor van Amstel means when he says the experiment has been like “picking up a stick and hitting cars”.

Resposta:

a) Durante seis semanas, das 6 às 23h, uma estrada onde circulam 1.500 carros por hora na hora do rush fica fechada para o tráfego de automóveis, forçando os motoristas a retornarem. Apesar da permissão de trânsito para alguns serviços essenciais, já houve caso de ambulância esperando por duas horas e o trânsito na região piorou, ocasionando congestionamentos.

b) O motivo para tal experimento é a preocupação com a qualidade do ar que, devido aos congestionamentos, piorou, com mais emissões de gases do efeito estufa, o que afeta a saúde das pessoas. Segundo van Amstel, é preciso um plano diretor que estimule o tráfego de pedestres e não simplesmente tentar abolir os carros da maneira proposta pelo experimento.

Questão 05 - UNESP 2024 - 2ª Fase - 1º dia

A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou, por meio de projeções, que a Índia ultrapassou a China em tamanho de população no mês de abril de 2023. Com isso, a Índia se tornou o país mais populoso do planeta e tirou a preeminência chinesa que durava desde 1950, quando começou a contagem pela ONU. A marca de se tornar o país mais populoso do mundo também coloca questões para o futuro indiano. A principal delas é se o país conseguirá repetir o sucesso econômico chinês nas últimas décadas, que, impulsionado por uma mão de obra abundante e barata, hoje, segundo analistas, coloca Pequim como uma superpotência em ascensão. Ainda assim, a Índia deve se beneficiar do que é chamado de “bônus demográfico”.

(www.estadao.com.br, 29.04.2023. Adaptado.)

a) Identifique os dois conceitos que tratam do crescimento de uma população.

b) Considerando o perfil demográfico indiano, explique o que é “bônus demográfico” e cite um desafio socioeconômico a ser administrado pela Índia diante dessa condição.

Resposta:

a) Os dois conceitos que tratam do crescimento de uma população são “crescimento vegetativo” e “saldo migratório”. O crescimento vegetativo, também chamado de crescimento natural das populações, corresponde à diferença entre o número de nascimentos e o número de óbitos anuais em cada grupo de 1.000 habitantes. Ressalta-se que a quantidade de nascimentos é denominada como taxa de natalidade e a de óbitos, como taxa de mortalidade. Já o saldo migratório corresponde ao número de imigrantes (população que chega em determinado território) menos o número de emigrantes (população que deixa este mesmo território). b) Bônus demográfico ocorre quando o número de crianças e idosos cai em relação ao de adultos em idade produtiva. Com uma fatia menor da população dependente, há mais recursos para investimentos e gastos sociais. No caso indiano, a população jovem e adulta é muito expressiva, fato que favorecerá seu desenvolvimento econômico nas próximas décadas, em decorrência da oferta de mão de obra e do amplo mercado consumidor, dentre outros aspectos. Como desafio socioeconômico a ser administrado pela Índia, destaca-se a necessidade de aproveitar este momento demográfico a fim de ampliar seu desenvolvimento, melhorando a infraestrutura social, dentre elas a previdenciária, a fim de atender plenamente sua população após o fim do bônus demográfico, momento que será marcado por uma elevada proporção de idosos.  

 

Questão 080 - FGV-SP 2018 Economia - 1ª fase - Prova 002 - Caderno 2

Leia o texto para responder à questão.

Why the world’s best footballers are cheaper than they seem

August 12, 2017

For football clubs, August is often the costliest month, when they make vast bids for each other’s players. This year has been particularly lavish. On August 3rd Paris SaintGermain (PSG), a French team, signed Neymar da Silva Santos Júnior, a Brazilian forward, from Barcelona for €222m ($264m), more than twice the prior record price for a footballer.

With three weeks of the transfer “window” left, teams in Europe’s “big five” leagues — the top divisions in England, Spain, Germany, Italy and France — have paid €3.2bn, just short of the record of €3.4bn set last year. The €179m splurged by Manchester City, an English club, on defenders outstrips 47 countries’ defence budgets. Arsène Wenger, a veteran manager of Arsenal, a London team, and an economics graduate, describes the modern transfer market as “beyond calculation and beyond rationality”.

Neymar, as he is known, will cost PSG’s owners, a branch of Qatar’s sovereign-wealth fund, about €500m over five years. In the betting markets, his arrival has boosted PSG’s implied chances of winning the Champions League, Europe’s most coveted club competition — but only from around 5.5% to about 9%. And prize money and ticket sales alone struggle to generate enough revenue to recoup such an outlay.

That does not make Neymar a bad investment. The goals he scores may matter less than the gloss he lends to the club’s brand and the sponsors he will lure. He earns more from endorsements than any footballer except Cristiano Ronaldo and Lionel Messi. Some 59% of PSG’s revenue of €520m last year was commercial (that is, other than ticket sales and broadcasting fees), more than any other club in the big five leagues. Neymar has more followers on Instagram, a social network, than does Nike, his main sponsor and the provider of PSG’s kit, for which privilege it pays €24m a year. Neymar’s popularity will help PSG when this deal is renegotiated. Nike has already agreed to pay Barcelona €155m a season from 2018.

PSG’s owners are confident of breaking even, though they could afford a loss. Qatar has been spending €420m a week preparing for the 2022 World Cup, and the signing of Neymar is a message that the otherwise embattled country remains strong and rich. The danger is to PSG, since under “financial fair play” rules, teams are punished if they fail to limit their losses. In 2014 the club was fined for violating these. Another failure to balance the books could mean a ban from the Champions League.

Such spending caps irk billionaire owners, but they have helped prevent the inflation of a transfer-fee bubble. The rapid rise is a result of European football’s expanding fan base. In the English Premier League, football’s richest, average net spending on players per club has stayed roughly constant, hovering at around 15% of revenue since the 1990s, according to the 21st Club, a football consultancy.

As long as clubs’ revenues keep growing, the transfer boom is likely to persist. Broadcasting revenue, the game’s first big injection of cash in the 1990s, has become, in the internet era, the weakest link. British television audiences for live games have dipped as some fans opt for illegal streaming sites or free highlights. Zach Fuller, a media analyst, reckons that signing a sponsorship magnet like Neymar is a hedge against volatility in that market.

Audiences are more robust elsewhere: around 100m Chinese viewers tune into the biggest games. Manchester United are the most popular team on Chinese social media, despite qualifying for the Champions League only twice in the past four seasons. They have overtaken Real Madrid, who have won the trophy three times in the same period, as the world’s most prosperous club. If Neymar unlocks new markets as well as defences, then PSG a _____________ winner.

(www.economist.com/news/finance-and-economics/21726098-share-clubs-revenues-highest-transferfees-have-been-fairly-constant. Adaptado)

According to the fourth paragraph, Neymar is not a bad investment to PSG because



( a )

he scores spectacular goals even if they are not so many.

( b )

he soon will overtake Cristiano Ronaldo and Lionel Messi in terms of endorsements.

( c )

ticket sales will skyrocket due to his superior performance.

( d )

his association to Nike creates a dynamic social networking.

( e )

more than half of PSG’s revenues are commercial and Neymar will add a lot to them.

Questão 080 - FGV-SP 2016 Economia - 1ª fase - Prova 002 - Caderno 2

Read the text and answer the question.

A Housing Meltdown Looms in Brazil as Builders Seek Debt Relief

by Julia Leite and Paula Sambo

August 26, 2015

Not long ago, Brazil’s real-estate market was one of the biggest symbols of the country’s burgeoning economic might. Now, it’s fallen victim to an ever-deepening recession.

PDG Realty SA, once the largest homebuilder by revenue, hired Rothschild last week to help restructure 5.8 billion reais ($1.6 billion) of debt after second-quarter net sales sank 88 percent. Earlier this month, Rossi Residencial SA, which has 2.5 billion reais in debt, also brought in advisers to “restructure operations and review strategies.” Since 2010, the builder has lost 99 percent of its stock-market value.

The real-estate industry, which is equal to about 10 percent of Brazil’s economy, is emerging as one of the latest casualties of a recession that analysts forecast will be its longest since the 1930s. To make matters worse, interest rates are the highest in almost a decade while inflation is soaring. “There is no real estate company that survives without sales,” Bruno Mendonça Lima de Carvalho, the head of fixed income at Guide Investimentos SA, said from Sao Paulo. “You can’t import or export apartments. You’re relying solely on domestic activity.”

PDG tried to boost revenue by lowering prices, financing up to 20 percent of some home purchases and even offering to buy back apartments if banks deny financing. Still, it sold just 217 units in the second quarter on a net basis, compared with 1,749 in 2014.

Negative Outlook

On Friday, Moody’s Investors Service cut PDG’s rating three levels to Caa3, citing the possibility of significant losses for bondholders and other lenders. Secured creditors may recover less than 80 percent in a default, according to Moody’s, which kept a negative outlook on the rating. “The company is facing additional liquidity pressures from a prolonged deterioration in industry dynamics, including weak sales speed, tight financing availability and declining real estate prices,” Moody’s said.

Sao Paulo-based Rossi said in an e-mailed response to questions that second quarter sales improved and that the company’s main focus is to reduce debt. Gross debt fell about 30 percent in the 12 months ended in June, Rossi said.

Home sales in Latin America’s biggest economy tumbled 14 percent in the first half of 2015, according to data from the national real estate institute. Builders cut new projects by 20 percent during that span, while available financing shrank by about a quarter.

Real’s Collapse

That’s a reversal from just two years ago, when realestate prices in places like Rio de Janeiro and Sao Paulo had surged as much as 230 percent as rising incomes, a soaring real and record-low borrowing costs ignited a wave of home buying.

Brazilians find themselves in drastically different circumstances today. The currency fell 0.4 percent Wednesday as of 3:25 p.m. in New York, extending its loss this year to 26 percent. The jobless rate climbed to a five-year high of 7.5 percent last month.

The central bank boosted its key rate to 14.25 percent in July, making it ever more expensive to finance the purchase of a home. “It’s a matter of demand, and demand is really weak,” Will Landers, who manages Latin American stocks at BlackRock, said from Princeton, New Jersey. “We may have reached a peak in interest rates, but they should continue to be at these levels for a while. Consumers will stay on the sidelines because debt levels are still high, and employment will get worse.”

(Business Week at www.bloomberg.com/news. Adapted)

Two years before the article was written, sales in real estate were high due to a few different reasons, among which was/were 



( a )

Brazilian currency devaluation. 

( b )

230% rise in most people’s income. 

( c )

boost of Central Bank key rate. 

( d )

low interest rates from banks. 

( e )

climbing number of jobless individuals.

Questão 080 - FGV-SP 2012 Economia - 1ª fase - Prova 002 - Caderno 2

Signs of Stress Grow at European Banks

By Peter Coy​

Europe’s debt mess has been festering for so long it sometimes feels more like a chronic condition than a life-or-death crisis. But as negotiations to prevent a Greek default drag on, investors and lenders increasingly are concerned that a banking crisis could break out, dragging down the Continental economy before Greece even has a chance to default. On Sept. 21 the International Monetary Fund estimated that Europe’s banks face more than $400 billion in losses and said that weak banks need to raise capital quickly.

The core of the problem? Some European banks are in peril of losing what they need most: cheap funding. Banks profit by borrowing money for short periods—rolling over some of their debt as often as nightly—to fund long-term loans at higher rates. As concern about their exposure to a sovereign default grows, European banks are paying more to borrow. Doubt about banks can quickly become self-fulfilling if worried depositors and lenders yank out their money. Remember: Lehman Brothers went from O.K. to dead in less than a week in 2008, when hedge funds and other banks concluded that the company couldn’t pay its bills.

Indicators of stress on European banks have risen sharply since midsummer. The eight largest U.S. money-market funds halved their lending to German, French, and U.K. banks over the past 12 months and stopped financing Italian and Spanish banks. Some Italian banks are so desperate for funds that they’re selling bonds to retail customers for five times the interest they offer on savings accounts.

Also, one arcane but critical sign of distress is the cost of a “basis swap”—a measure of how much European banks pay when they raise dollars by trading euro-denominated loans for dollar loans. The price of basis swaps has risen from 28 basis points (0.28 percentage points) of the deal value in mid-July to 98 basis points on Sept. 20. When the spread exceeds 150 basis points, “we are in large European bank failure zone,” says Conor Howell, head of exchange-traded funds trading at Christopher Street Capital in London.

The bottom line: Indicators of investor nervousness about the health of European banks are near or above their highest levels since 2008.

(www.businessweek.com/magazine/signs-of-stress-grow-at-europeanbanks-09222011.html. Adapted)

The fact that the “price of basis swaps has risen from 28 basis points (...) of the deal value in mid-July to 98 basis points on Sept. 20”, as mentioned in the fourth paragraph,



( a )

may have been caused by trading in places such as London.

( b )

is an important indication that European banks are in a dangerous situation.

( c )

will make European banks collapse soon enough.

( d )

indicates that the European money-market depends heavily on the dollar.

( e )

will cause dollar loans to be traded by loans made in European currency.

Resposta:

O fato de que “o preço de base de troca subiu de 28 pontos (...) do valor de mercado em meados de julho para 98 pontos em 20 de setembro”, como mencionado no quarto parágrafo,

B) é um importante indicativo de que os bancos europeus estão em situação perigosa.

Pode-se inferir a partir do seguinte trecho: “... one arcane but critical sign of distress is the cost of a ’basis swap’ (…)”.

Resposta: B

Questão 095 - ENEM 2019 - 2º dia - Rosa

Dois amigos se encontram em um posto de gasolina para calibrar os pneus de suas bicicletas. Uma das bicicletas é de corrida (bicicleta A) e a outra, de passeio (bicicleta B). Os pneus de ambas as bicicletas têm as mesmas características, exceto que a largura dos pneus de A é menor que a largura dos pneus de B. Ao calibrarem os pneus das bicicletas A e B, respectivamente com pressões de calibração pA e pB, os amigos observam que o pneu da bicicleta A deforma, sob mesmos esforços, muito menos que o pneu da bicicleta B. Pode-se considerar que as massas de ar comprimido no pneu da bicicleta A, mA, e no pneu da bicicleta B, mB, são diretamente proporcionais aos seus volumes.

Comparando as pressões e massas de ar comprimido nos pneus das bicicletas, temos:



( a )

PA<PB e mA<mB

( b )

PA>PB e mA<mB

( c )

PA>PB e mA = mB

( d )

PA<Pe mA = mB

( e )

PA>Pe mA>mB

Resposta:

 A partir do texto depreende-se que: I) sob os mesmos esforços, o pneu A deforma muito menos que o pneu B. Logo, PA > PB. II) as massas de ar comprimido são diretamente proporcionais aos volumes e os pneus apresentam mesmas características, exceto que a largura do pneu A é menor que a do pneu B. Sendo assim, VA<VB e consequentemente mA<mB.

Observação: No entanto, o trecho a seguir merece atenção: "Pode-se considerar que as massas de ar comprimido no pneu da bicicleta A, mA, e no pneu  da bicicleta B, mB, são diretamente proporcionais aos seus volumes." Essa afirmação é válida se considerarmos que as densidades do ar no interior dos pneus são iguais. Mas isso não corresponde a realidade da qual a física não pode se desconectar, principalmente aquela vivenciada pela imensa maioria dos estudantes do ensino médio. Suponha-se que esses amigos estivessem usando uma bomba manual e não um compressor do posto de gasolina. É razoável imaginar que: (i) sendo a pressão do ar no pneu A bem maior que a pressão do ar no pneu B, e que (ii) o volume do pneu A é um pouco menor que o volume do pneu B (pelo menos assim é na maioria das bicicletas), o número de vezes que uma pessoa deve impulsionar a bomba para calibrar o pneu A é bem maior que para o pneu B. Como a massa de ar comprimido no pneu é diretamente proporcional ao número de vezes que a bomba é acionada, conclui-se que mA>mB, o que nos levaria à alternativa E.

 

Questão 095 - ENEM 2023 2º Dia - Azul

As aves apresentam dois tipos de músculos em seus corpos: vermelhos e brancos. Aves migratórias como garças, gansos e patos selvagens têm os músculos vermelhos bem desenvolvidos, com ampla rede de vasos sanguíneos.

Nas viagens por grandes distâncias, tais músculos são fundamentais, pois favorecem o(a)



( a )

execução de manobras.

( b )

metabolismo corpóreo elevado.

( c )

manutenção da aerodinâmica.

( d )

deslocamento a grandes velocidades.

( e )

capacidade de voo em grandes altitudes.

Resposta:

Os músculos vermelhos apresentam alta vascularização, células com muitas mitocôndrias e bastante mioglobina. Essas características facilitam a obtenção de oxigênio e a ocorrência de respiração celular, processo que gera grande quantidade de ATP e a manutenção do metabolismo corpóreo elevado.

Questão 095 - ENEM 2020 - 2° dia - Azul

A fragmentação dos hábitats é caracterizada pela formação de ilhas da paisagem original, circundadas por áreas transformadas. Esse tipo de interferência no ambiente ameaça a biodiversidade. Imagine que uma população de onças foi isolada em uma mata pequena. Elas se extinguiriam mesmo sem terem sido abatidas. Diversos componentes da ilha de hábitat, como o tamanho, a heterogeneidade, o seu entorno, a sua conectividade e o efeito de borda são determinantes para a persistência ou não das espécies originais.

Uma medida que auxilia na conservação da biodiversidade nas ilhas mencionadas no texto compreende a



( a )

formação de micro-hábitats.

( b )

ampliação do efeito de borda.

( c )

construção de corredores ecológicos.

( d )

promoção da sucessão ecológica.

( e )

introdução de novas espécies de animais e vegetais.

Resposta:

A construção de corredores ecológicos permite a circulação de indivíduos, aumentando a conectividade entre as populações de cada ilha. A conservação da biodiversidade dessa forma é garantida, pois favorece o fluxo gênico entre as populações.

Questão 23 - UEL 2020 Biologia

As primeiras tentativas de classificar os organismos com base em suas similaridades estruturais começaram na Grécia Antiga e lançaram as bases da Sistemática atual.

Sobre a classificação biológica e as categorias taxonômicas, assinale a alternativa correta.



( a )

Entre os estudiosos da classificação natural, Aristóteles sugeriu que o nome científico de todo animal deveria ser composto de duas palavras. 

( b )

Uma característica derivada, compartilhada por dois ou mais táxons e por seu ancestral comum mais recente, é denominada plesiomorfia

( c )

Dois organismos classificados como pertencentes à categoria taxonômica de ordem pertencem também à mesma classe. 

( d )

O primeiro a desenvolver um método de classificação das espécies baseado na ancestralidade evolutiva foi o naturalista sueco Carl Linné. 

( e )

Anisocerus scopifer e Onychocerus scopifer são duas espécies que pertencem à mesma categoria taxonômica de gênero.

Resposta:

ALTERNATIVA CORRETA: C 

a) Incorreta. Carl Linné foi o responsável por sugerir que a nomenclatura animal fosse composta por dois nomes. 

b) Incorreta. A descrição observada na alternativa descreve a sinapomorfia, que é uma característica derivada, compartilhada por dois ou mais grupos e por seu ancestral comum mais recente. 

c) Correta.  

d) Incorreta. Willi Hennig foi o primeiro a desenvolver um método de classificação das espécies, utilizando como base a ancestralidade evolutiva. 

e) Incorreta. Na interpretação da nomenclatura de uma espécie, a primeira palavra se refere ao gênero, e a segunda se refere ao epíteto específico. Logo, se observarmos, as espécies citadas na alternativa possuem gêneros diferentes: Anisocerus (gênero) e Onychocerus (gênero). 

Questão 29 - UNESP 2024 - 2ª Fase - 2º dia

Para responder a questão, leia o conto cokwe* “A lebre e o camaleão” e o trecho de uma crônica da escritora angolana Ana Paula Tavares, escrita sobre esse conto.

*cokwe: relativo ao povo cokwe, uma etnia banta que se concentra sobretudo no nordeste de Angola.

“Dizem os antigos que a lebre e o camaleão resolveram ir pelos caminhos das caravanas levando borracha para permutar pelos belos tecidos vindos de oriente e ocidente.

Muitas vezes a acelerada lebre ultrapassou e cruzou o lento camaleão nos longos caminhos do mato, levando produtos e trazendo panos, gritando-lhe enquanto desaparecia: — Cá vou eu!

Ao desafio respondia o camaleão: — Chegarei a meu tempo.

Finalmente, a lebre, assim como adquiriu bonitos panos, também os perdeu, nos percalços da desordenada pressa, e anda para aí vestida dum cinzento escuro e sem cor.

O lento e pautado camaleão juntou farta fazenda, e tanta e tão diferente, que ainda hoje muda, a todo o instante, panos de variado colorido.”

(“A lebre e o camaleão”. Apud Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019.)

Este conto cokwe parece resolver com felicidade questões da história do continente africano e lidar com uma apreensão do real e do imaginário. A escolha das personagens da história é, em si, uma das apostas destes contadores e cultores da linguagem que, de uma vez por todas, poupam a tartaruga desta disputa vulgar e da tensão de uma corrida. À tartaruga estão reservados outros papéis, noutras histórias que lidam com os sentidos profundos da vida e da morte, do dia e da noite.

O jogo com a linguagem permite-nos perceber a história profunda das viagens que, em momentos diferentes, estiveram na origem da formação dos cokwe como grupo autônomo: origens, terras ancestrais, relação com outros grupos, adoção de novos costumes e ainda assim fidelização a um núcleo duro das origens. Sob sua superfície aparentemente simples, esta história esconde todos os mitos de fundação, rituais de passagem e a escrita da história. Tudo ali faz sentido: as personagens, a língua que falam e as vestes que as tornam atores de um complexo processo histórico. O resto é a lentidão e o desenho na areia que se faz só para ser apagado.

(Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019. Adaptado.)

a) Cite um provérbio que poderia servir como “moral da história” para o conto cokwe. Justifique sua resposta.

b) Reescreva em discurso indireto o seguinte trecho do conto cokwe: “Ao desafio respondia o camaleão: — Chegarei a meu tempo.”

Resposta:

a) Alguns provérbios poderiam ser citados.

“De grão em grão, a galinha enche o papo” - a ideia de que aos poucos se atingem grandes bens e riquezas.

“Devagar se vai ao longe” - sugere também a ideia de que as grandes coisas são alcançadas com paciência e perseverança.

“A pressa é inimiga da perfeição” - é uma desvalorização da pressa, que por contraste valoriza a paciência.

Outras possibilidades de resposta também poderiam ser aceitas.

b) Ao desafio respondia o Camaleão que chegaria a seu tempo (ou “ao tempo dele”).

Questão 37 - UEL 2020 Arte, Língua Portuguesa e Literatura

Escultura é a arte da tridimensionalidade, pois transforma a forma em volume e faz a relação entre o espaço físico e a forma com volume, altura e profundidade. 

Com base nos conhecimentos sobre as características gerais da escultura, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. 

( ) As esculturas gregas são estáticas e têm função decorativa; baseiam-se em cânones religiosos, na valorização da nobreza, despreocupadas com a beleza física e com o realismo em suas representações.  

( ) As esculturas renascentistas apresentam a beleza absoluta, características da escultura clássica, expressando o pensamento humanista e a tridimensionalidade profunda.  

( ) As esculturas impressionistas rompem com os padrões estabelecidos, desvalorizam o aspecto externo de acabamento e deixam as obras em estado bruto dando a impressão de figuras surgindo naquele momento.  

( ) As esculturas concretas rompem com as propostas das vanguardas artísticas, trazendo uma tridimensionalidade estática, sem movimento ou interferência do espectador.  

( ) As esculturas contemporâneas possibilitam o abandono de suportes tradicionais, liberdade e subjetividade na produção, efemeridade das obras e mesclam diferentes estilos e materiais.  

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.  



( a )

V, V, F, F, V.  

( b )

V, F, V, F, F. 

( c )

F, V, V, V, F. 

( d )

F, V, V, F, V.  

( e )

F, F, F, V, V.  

Resposta:

Alternativa correta: d  

Justificativa 

I. Alternativa falsa. Os valores da sociedade grega são relacionados às esferas da vida e do saber, com vertentes religiosas, políticas e científicas, além disso, valorizavam o esporte, a educação e a decoração de espaços e edifícios públicos. Ademais, contrariamente da escultura egípcia, a escultura grega procurava um ideal de beleza física, retratando os músculos do corpo humano e o movimento dos membros, evoluindo, assim, e ganhando movimentação por intermédio da técnica dos artistas.  

II. Alternativa verdadeira. A escultura renascentista desenvolve-se em uma época em que o homem é tido como centro do universo e seu retrato assume também um papel central, tendo como consequência o crescimento e evolução dos gêneros do nu e do retrato. Dessa forma, a escultura renascentista modifica sua temática e estética que, até então, eram expressivas e realistas, preocupando-se com a perfeição e tendo a finalidade de incorporar o contraste entre a observação da natureza e os conceitos estéticos desenvolvidos pelo humanismo.  

III. Alternativa verdadeira. A corrente artística impressionista procurava retratar efeitos novos que ainda não haviam sido retratados, como a impressão de velocidade ou passagem do tempo, e trouxe uma mudança de paradigma, mostrando a importância da expressão e da impressão da imagem. Com essas técnicas, o Impressionismo influenciou diretamente e acompanhou muitas vanguardas do século XX, como o cubismo, dadaísmo, o primitivismo e o abstracionismo. 

IV. Alternativa falsa. A escultura concreta está inserida no contexto da arte moderna com uma concepção inédita de dinâmica espacial, com a diferença de planos e a tensão da superfície; expressão vitalidade e dinamismo, preso dentro de si mesmos, induzindo-nos a entrar na obra. A arte concreta brasileira de Hélio Oiticica e Lygia Clarck, exclusivamente, explorava a combinação de formas geométricas, ritmos feitos pelos cortes e dobras, esculpidas em metal ou madeira e arranjadas em um cenário temático.  

V. Alternativa verdadeira. Arte Contemporânea ou arte pós-moderna surgiu na segunda metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial, por isso é também conhecida como arte do pós-guerra. Foi a responsável por abrir espaço para a diversidade de estilos, perspectivas, técnicas e linguagens artísticas. Assim, as principais características da escultura contemporânea são a subjetividade, a liberdade artística, a efemeridade da arte, o afastamento das estruturas tradicionais, a mistura de estilos artísticos, o uso de diferentes materiais, a junção da arte com a vida, a proximidade com a cultura popular, o questionamento sobre a definição de arte e a interação do espectador com a obra.  

Questão 38 - UEL 2021 UEL 2021 - Arte, Língua Portuguesa e Literatura

Leia o trecho retirado da obra Contos novos, de Mário de Andrade, e responda à questão.

Estou lutando desde o princípio destas explicações sobre a desagregação da nossa amizade, contra uma razão que me pareceu inventada enquanto escrevia, para sutilizar psicologicamente o conto. Mas agora não resisto mais. Está me parecendo que entre as causas mais insabidas, tinha também uma espécie de despeito desprezador de um pelo outro... Se no começo invejei a beleza física, a simpatia, a perfeição espiritual normalíssima de Frederico Paciência, e até agora sinto saudades de tudo isso, é certo que essa inveja abandonou muito cedo qualquer aspiração de ser exatamente igual ao meu amigo. Foi curtíssimo, uns três meses, o tempo em que tentei imitá-lo. Depois desisti, com muito propósito. E não era porque eu conseguisse me reconhecer na impossibilidade completa de imitá-lo, mas porque eu, sinceramente, sabei-me lá por quê! Não desejava mais ser um Frederico Paciência!

NDRADE, Mário de. Frederico Paciência. In: Contos novos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 111-112.

A morte ronda o conto “Frederico Paciência”, assim como o conto “O peru de Natal”, também incluído em Contos novos. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o modo como a morte é abordada nesses contos.



( a )

Tanto em “O peru de Natal” quanto em “Frederico Paciência” as mortes dos pais ocorrem no início das narrativas, sem causar grande comoção nas personagens que se tornaram órfãs. 

( b )

Em “O peru de Natal”, o pai já está morto no início da narrativa, enquanto que, em “Frederico Paciência”, a morte dos pais de Frederico ocorre na segunda metade do conto; em ambos os contos, o narrador-personagem discorre sobre essas mortes sem grande sentimentalismo.

( c )

Em “O peru de Natal”, o pai morto proporciona a possibilidade de transformar a vida familiar, ao passo que, em “Frederico Paciência”, a morte dos pais de Frederico suscita a liberdade de assumir o envolvimento amoroso e sexual, usufruído pelos amigos. 

( d )

Em “O peru de Natal”, o filho, que é também narrador, demonstra enormes dificuldades para superar o luto; já Frederico Paciência desvencilha-se da dor com mais facilidade e convida Juca para que ambos vivam a homossexualidade sem disfarces. 

( e )

Em “O peru de Natal”, a morte do pai é superada na ceia pelos familiares; em “Frederico Paciência”, a morte da mãe e do pai firma-se como obstáculo decisivo para a retomada do amor entre os amigos.

Resposta:

Alternativa correta: b  

Justificativa  

Os dois contos trabalhados na questão, “Frederico Paciência” e “O peru de Natal” são narrados pelo mesmo personagem, o Juca, mas em diferentes fases de sua vida. O primeiro se inicia na adolescência do personagem, enquanto o outro já se inicia em sua vida adulta. As mortes presentes no conto “Frederico Paciência” não ocorrem no início da narrativa, mas na sua 2ª metade. Além disso, a morte do pai do personagem não permite que ele assuma o envolvimento amoroso e sexual com Frederico, pelo contrário, Juca se mantém em um relacionamento com uma mulher, a Rose. No conto “O peru de Natal”, Juca não demonstra dificuldade para superar o luto, tanto que convence sua família a comemorar a festa natalina, enquanto na outra narrativa, Frederico Paciência encontra dificuldades para enfrentar o luto, entretanto, a perda dos pais em “Frederico Paciência” não é o obstáculo para a realização amorosa dos amigos, mas sim outros fatores retratados no conto. 

Questão 5 - Albert Einstein 2018 Vestibular de Verão - Graduação Medicina

Nas plantas de tabaco ocorre uma doença conhecida como mosaico do tabaco, provocada pelo vírus TMV. O TMV tem constituição simples: uma única molécula de RNA encapsulada em um revestimento de proteína. linhagens diferentes desses vírus são identificáveis pela composição do envoltório proteico. Em um experimento clássico da década de 1950, pesquisadores trabalharam com duas linhagens de TMV. Em cada uma das linhagens, separaram as proteínas do RNA. Em seguida, reuniram as proteínas da linhagem A com o RNA da linhagem B e vice-versa, reconstituindo, assim vírus completos capazes de infectar as folhas do tabaco. Se uma planta de tabaco fosse infectada com uma linhagem mista de TMV contendo proteínas da linhagem A e RNA da linhagem B, seria esperado encontrar, após algum tempo, nas folhas infectadas, 



( a )

apenas vinis mistos, contendo proteína da linhagem A e RNA da linhagem B. 

( b )

apenas vírus mistos, contendo proteína da linhagem B e RNA da linhagem A. 

( c )

apenas vírus da linhagem B. 

( d )

apenas vírus da linhagem A. 

Resposta:

No vírus TMV, a molécula responsável pela hereditariedade é o RNA. Portanto, um vírus misto com proteínas da linhagem A e RNA da linhagem B dará origem exclusivamente a vírus da linhagem B. 

Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas