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Matemática Questão 06 - UNICAMP 2022 - 2ª Fase - 2º dia - Ciências Humanas / Artes

Márcia está fazendo um teste de condicionamento físico e corre numa pista circular de 200m de comprimento no sentido anti-horário. A distância, em metros, entre Márcia e um equipamento eletrônico, localizado na parte externa da pista, foi registrada nos primeiros 60 segundos e está representada na Figura 1 abaixo.

a) Determine a distância entre o ponto de largada e o equipamento eletrônico, bem como o tempo que Márcia demora para completar uma volta.

b) Durante o teste, qual a maior distância possível entre Márcia e o equipamento eletrônico?

Resposta:

a) Observando o gráfico da Figura 1, podemos concluir que:

Do ponto (0;20), a distância da largada ao equipamento eletrônico é de 20 metros. Admitindo que a velocidade da Márcia é constante, o gráfico representa uma função periódica cujo período é de 24 segundos.

Logo, Márcia demora 24 segundos para completar uma volta.

b) Sendo r metros a medida do raio da pista, temos:

Representando por A e B os pontos em que Márcia está mais próxima e mais distante do equipamento eletrônico, respectivamente, temos a figura a seguir.

Como a distância entre o ponto A e o equipamento eletrônico é dada pelo valor mínimo que a função assume (10 metros), a maior distância entre Márcia e o equipamento eletrônico é quando ela está no ponto B.

Como AB é um diâmetro, essa distância vale  metros.

Matemática Questão 06 - FUVEST 2023 - 2ª Fase - 2º dia

Um número complexo é da forma z = x + yi, onde x, y ∈ ℝ e i2 = −1.

a) Determine o valor de ∈ ℝ para que a parte real do número complexo seja igual a zero.

b) Determine a solução da equação |z| − z = 1 + 2i.

c) Determine o valor de a ∈ ℝ, a ≠ 0, para que a equação descreva uma circunferência no plano cartesiano.

Resposta:

a) Sendo , tem-se:

A parte real de z é  e é igual a zero, se, e somente se, b = –2.

b) Com z = x + yi, x e y reais, tem-se:

 (note que, com esse valor a igualdade em * é verificada)

Logo, .

c) Com z = x + yi, x e y reais, tem-se:

Essa equação descreve uma circunferência, se, e somente se, , ou seja, se a<2. Assim, qualquer valor não nulo de a, com a<2 é solução.

Matemática Questão 06 - FUVEST 2024 - 2ª Fase - 2º dia

Em matemática, define-se o piso de um número real x como sendo o maior número inteiro menor ou igual a x. O símbolo para o piso de x é ⌊x⌋. Por exemplo: ⌊0,8⌋ = 0 ; ⌊1,2⌋ = 1 ; ⌊10⌋ = 10 ; ⌊−3,4⌋ = −4.

a) Determine x tal que x⌊x⌋ = 10.

b) Determine todas as soluções reais da equação ⌊2x⌋ + ⌊x⌋ = 7.

c) Determine todas as soluções reais da equação⌊x2⌋ − 4⌊x⌋ + 3 = 0.

Resposta:

a)  

 

 

 

b) 

,

 

c) 

 

Matemática Questão 06 - FUVEST 2021 - 2ª Fase - 2º Dia

Considere a função f:  dada por f(x) = p + q cos(rx - s), em que p, q, r e s são números reais e o cosseno é calculado sobre valores em radianos.

a) Qual é o valor máximo de f para o caso em que p=q=r=s1?

b) Quais são os valores do período e da amplitude de f, para o caso em que p = −1, = 2, = π e = 0?

c) Determine valores de p, q, r e s no caso em que o gráfico de f é igual ao mostrado na figura a seguir. 

Note e adote: A amplitude de uma função é a diferença entre seus valores máximo e mínimo. O gráfico apresentado refere-se somente ao item (c).

Resposta:

a) Como o valor máximo de cos (x – 1) é 1, o valor máximo de f(x) é 2.

b) O período de f é dado por . O valor máximo de f(x) é dado por –1 + 2 · 1 = 1. O valor mínimo de f(x) é dado por –1 + 2 · (–1) = –3. A amplitude é dada por 1 – (–3) = 4. Logo, o período é 2 e a amplitude é 4.

c) O valor máximo de f(x) é 3 e seu valor mínimo é –2. O valor de p é dado por . Assim, tem-se que: Como os valores extremos de cos (rx – s) são 1 e –1 e considerando os valores máximo e mínimo de f(x), conclui-se que ou . Logo, ou . Em ambos os casos, sendo r ≠ 0, o período de f(x) é dado por . Pelo gráfico, pode-se concluir que o período é 4. De , tem-se , ou seja, ou . Vamos considerar, inicialmente, os casos com p, q e r positivos.

De , tem-se:

No caso mais simples, tem-se .  Nesse caso, tem-se , , e . Porém há muitos outros casos a serem considerados. Sendo h um número inteiro qualquer, tem-se a seguinte tabela de casos possíveis.

Matemática Questão 06 - UNICAMP 2021 - 2ª Fase - 2º dia - Ciências Biológicas / Saúde

Uma escola com 960 alunos decidiu renovar seu mobiliário. Para decidir quantas cadeiras de canhotos será necessário comprar, fez-se um levantamento do número de alunos canhotos em cada turma. A tabela abaixo indica, na segunda linha, o número de turmas com o total de canhotos indicado na primeira linha.

a) Qual a probabilidade de que uma turma escolhida ao acaso tenha pelo menos 3 alunos canhotos?

b) Qual a probabilidade de que um aluno escolhido ao acaso na escola seja canhoto?

Resposta:

a) Sendo p a probabilidade de que uma turma escolhida tenha pelo menos 3 alunos canhotos, temos:

 

b) O número total de canhotos é dado por .

A probabilidade de que um aluno escolhido ao acaso na escola seja canhoto é , ou seja, .

Módulo Objetivo Questão 06 - FGV-SP 2024 - Administração

Ana anotou os placares dos 100 primeiros jogos de um certo campeonato de futebol, correspondentes às 10 primeiras rodadas. Ela organizou os dados em uma tabela, mostrando a proporção de jogos nos quais não ocorreu nenhum gol (ou seja, placar 0x0), nos quais ocorreu apenas um gol (placares 1x0 ou 0x1), e nos quais ocorreram dois ou mais gols. Essa tabela exibe as frequências dos jogos de acordo com o número de gols marcados, conforme apresentado abaixo:

Posteriormente, Ana coletou novos dados correspondentes às rodadas 11 e 12, totalizando 20 jogos. Considerando apenas essas duas rodadas, a frequência dos jogos ficou assim:

Considerando agora todas as 12 rodadas, que incluem os dados antigos e os mais recentes, o percentual de jogos em que saíram 2 ou mais gols é de



( a )

38%

( b )

35%

( c )

45%

( d )

42%

( e )

40%

Resposta:

Até a 10ª rodada houve 28 jogos com 0 gol, 40 jogos com 1 gol e 32 jogos com 2 ou mais gols. 

Nas duas próximas rodadas, houve  jogos com 0 gol,  jogos com 1 gol e  jogos com 2 ou mais gols.

Logo, nas 12 primeiras rodadas, foram realizados 100 + 20 = 120 jogos e 32 + 10 = 42 jogos em que houve 2 ou mais gols. Assim, a porcentagem pedida vale .

Proposta de redação - Albert Einstein 2024 - Vestibular de Verão - Prova II

Texto 1

Palavra de origem latina, ars significa técnica ou habilidade. Segundo o dicionário Houaiss, arte é a “produção consciente de obras, formas ou objetos voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana”. Mas é difícil definir exatamente o que é arte. Não existe uma resposta acabada, já que são muitas as concepções. Para compreender uma obra de arte, é preciso considerar o contexto em que ela foi produzida. Ou seja, a arte é influenciada por um pensamento, uma ideologia, uma época ou um lugar.

(Valéria Peixoto de Alencar. “Arte — O que é?”. https://educacao.uol.com.br. Adaptado.)

Texto 2

O Museu Mauritshuis, localizado nos Países Baixos e considerado um dos mais importantes da Europa, está sofrendo com críticas do público após substituir temporariamente a obra de arte Girl with a Pearl Earring (Garota com Brinco de Pérola, em tradução literal), feita pelo artista Johannes Vermeer em 1665, por uma releitura criada através da inteligência artificial (IA).

Feita pelo artista Julian van Dieken, a releitura criada com auxílio da IA recebeu críticas assim que foi divulgada como uma das escolhidas no concurso My Girl with a Pearl (Minha Garota com Uma Pérola), promovido pelos diretores do Mauritshuis, para que artistas apresentassem suas próprias versões do quadro. Nas redes sociais do museu, usuários criticam a escolha, argumentando que a obra “não pode ser considerada uma arte, pois van Dieken substituiu alguém que dedicou tempo e esforço para desenhar” e que “imagens criadas por inteligência artificial são plágio”.

Em nota, o Museu Mauritshuis declarou: “não escolhemos os vencedores observando qual era a mais bonita ou melhor releitura. O ponto de partida sempre foi a inspiração dos artistas na pintura de Johannes Vermeer. A arte pode ser feita de diversas formas ou técnicas”.

(Natanael Oliveira. “Apreciadores de arte se revoltam após museu trocar quadro famoso por arte feita por IA”. www.cnnbrasil.com.br, 15.03.2023. Adaptado.)

Texto 3

O fotógrafo alemão Boris Eldagsen provocou uma polêmica ao vencer um prêmio de fotografia com uma imagem gerada por inteligência artificial. Ao ser anunciado o ganhador do concurso, Eldagsen revelou que o trabalho era uma cocriação com IA e recusou os benefícios do prêmio. O fotógrafo foi premiado no World Photography Organization’s Sony World Photography Awards na categoria “Criativo” com o trabalho intitulado The Electrician (O Eletricista), visto ao lado. A imagem apresenta duas mulheres em um retrato que simula uma fotografia antiga.

(Guilherme Haas. “Imagem criada por IA vence concurso de fotografia e provoca debate”. https://canaltech.com.br, 18.04.2023. Adaptado.)

Texto 4

No mês passado, Tim Flach, presidente de uma associação de fotógrafos americanos, relatou como ficou surpreso com a facilidade de gerar uma imagem de um tigre por meio da inteligência artificial. O resultado se parecia muito com uma foto que ele havia tirado, na qual precisou entrar em uma jaula.

Muitos artistas acusam os sistemas de IA de explorar injustamente as obras de centenas de milhares de criadores humanos — alguns até processaram empresas de IA por violação de direito autoral (ou seja, plágio). Mas outros simplesmente consideram a IA apenas mais uma ferramenta — talvez uma nova categoria de arte — mas não menos importante. A própria fotografia já foi considerada no passado uma invenção nova e, para alguns, ameaçadora.

(“A imagem feita por inteligência artificial que enganou jurados de um grande prêmio de fotografia”. www.bbc.com, 18.04.2023. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Imagens produzidas por inteligência artificial podem ser consideradas arte?

Resposta:

Neste ano, a proposta de redação do vestibular da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein solicitou que os candidatos elaborassem um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema bastante atual e, também, de grande relevância: Imagens produzidas por inteligência artificial podem ser consideradas arte?

A proposta traz quatro textos de apoio. O texto 1, como de praxe, é o texto de aterrissagem da prova: neste caso, começa trazendo uma importante contextualização sobre um dos elementos centrais da pergunta temática – o significado de “arte” –, situando um pouco melhor o candidato no debate sobre o uso da Inteligência Artificial como uma possível ferramenta para a produção de obras artísticas. As definições apresentadas aqui oferecem subsídios para que os alunos fundamentem argumentações pertinentes para qualquer posicionamento que venha a ser defendido; trata-se, portanto, de um texto que deve ser levado em consideração para pensar nas respostas e justificativas para a pergunta feita.

O texto 2, publicado da CNN Brasil, é uma notícia que apresenta uma polêmica envolvendo um artista que criou uma releitura da famosa obra Garota com brinco de pérola a partir do auxílio de Inteligência Artificial. Sua criação foi divulgada durante um concurso promovido pelo museu Mauritshuis, o qual defendeu o artista sob a alegação de que a arte pode ser feita a partir de formas e técnicas diversas. No entanto, muitas críticas foram feitas, as quais se baseiam em argumentos de que esse tipo de criação, na verdade, é plágio e desconsidera o esforço de artistas que dedicam tempo e criatividade na feitura de suas obras. Nota-se que este segundo excerto, assim como o primeiro, oferece sustentação tanto para uma resposta positiva quanto para uma resposta negativa à pergunta temática.

O texto 3, publicado pelo Canaltech, também uma notícia, divulga outra polêmica, agora envolvendo um fotógrafo que venceu um concurso de fotografia após gerar uma imagem por meio de Inteligência Artificial.

O texto 4, por fim, uma reportagem da BBC, explicita – da mesma forma que os textos anteriores desta coletânea – que artistas diversos têm se posicionado contra o uso de Inteligência Artificial como ferramenta de criação artística, e isso porque a consideram uma forma de violação de direito autoral. Também foram apresentadas opiniões de outras pessoas que se contrapõem a esse argumento, e que julgam a IA como uma nova e importante categoria de arte (neste ponto da reportagem foi feita, inclusive, uma comparação com a fotografia: no passado, uma novidade ameaçadora e que causou estranheza; hoje,  considerada como arte).

Encaminhamentos possíveis:

Não:

Pelo fato de, neste contexto, as imagens serem feitas a partir de algoritmos e modelos de treinamento, questiona-se se essas imagens, de fato, podem ser consideradas "criações" de artistas, já que a IA produz cópias de obras já existentes. Nesse sentido, muitos defendem que não se pode atribuir qualquer valor artístico a essas criações – sendo elas, portanto, plágio.

Para além do caráter autoral, a arte também é considerada como a reprodução de emoções e subjetividades humanas. Logo, se as imagens são criadas por uma máquina – ainda que programada por seres humanos –, não é possível que essas emoções sejam, de fato, reproduzidas por meio dessas “criações artísticas”.

Para a sustentação deste posicionamento, seria possível, também, considerar o âmbito jurídico, já que as imagens produzidas pela IA esbarram na propriedade artística de outras pessoas. Para que os programas funcionem, eles são “alimentados” por conteúdos presentes na internet; aqui, incluem-se aqueles que são protegidos por direitos autorais. No entanto, a IA não distingue quais obras são protegidas e quais são as de uso livre. Como consequência, existe a criação de imagens que são baseadas em outros projetos e, por isso, muitos artistas sofrem com a cópia de sua propriedade intelectual sem a devida compensação financeira.

Sim:

A produção das imagens pela IA ocorre a partir do “treinamento” dos programas – expostos a milhões de imagens, legendas e sons da internet – que reproduzem um tipo de arte digital baseada nesse conteúdo. Logo, a arte da Inteligência Artificial é feita a partir das “vontades” humanas, e por isso não deixa de ser autoral.

Muitos artistas consideram a IA como mais uma importante ferramenta que pode auxiliar em seu processo criativo, e não, necessariamente, instrumento de plágio de obras de outras pessoas. Isso significa que esses artistas não precisam deixar de ter autoria sobre suas imagens, já que poderiam utilizar as máquinas como uma ferramenta de ampliar o alcance e a eficiência do processo criativo.  Nesse sentido, a IA poderia ser uma nova categoria de arte, que poderia trazer contribuições importantes para a área.

Questão 06 - UNESP 2018 2ª Fase - Dia 1

Analise a representação cartográfica do estado de São Paulo.

a) Caracterize dois fatores naturais do Oeste Paulista que condicionam o seu grau de suscetibilidade à erosão.

b) Os processos erosivos podem ser minimizados ou controlados com a aplicação de práticas conservacionistas. Dentre as práticas, cite uma de caráter edáfico e outra de caráter mecânico.

Resposta:

a) O oeste paulista apresenta solos arenosos, profundos e altamente drenados, que estão submetidos às intensas chuvas tropicais de verão, que potencializam os processos erosivos na região.

b) As práticas conservacionistas de caráter edáfico envolvem mudanças nos sistemas de cultivo para controlar ou minimizar a erosão, como a eliminação ou controle de queimadas e o plantio direto na palhada. As práticas de caráter mecânico correspondem à construção de estruturas nos solos para contenção do escoamento superficial da água, como o terraceamento ou curvas de nível.

Questão 30 - UNESP 2018 2ª Fase - Dia 2

Do narrador a seus ouvintes:

– Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Com elas quem pode, porém? Foi Adão dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas muito tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, minuciosamente. Esperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

Até que – deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro… Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que de leve a ferira, leviano modo.

Jó Joaquim, derrubadamente surpreso, no absurdo desistia de crer, e foi para o decúbito dorsal, por dores, frios, calores, quiçá lágrimas, devolvido ao barro, entre o inefável e o infando. Imaginara-a jamais a ter o pé em três estribos; chegou a maldizer de seus próprios e gratos abusufrutos. Reteve-se de vê-la. Proibia-se de ser pseudopersonagem, em lance de tão vermelha e preta amplitude.

Ela – longe – sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

Soube-o logo Jó Joaquim, em seu franciscanato, dolorido mas já medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou – ela sutil como uma colher de chá, grude de engodos, o firme fascínio. Nela acreditou, num abrir e não fechar de ouvidos. Daí, de repente, casaram-se. Alegres, sim, para feliz escândalo popular, por que forma fosse.

(Tutameia, 1979.)

a) No contexto do conto, explique sucintamente o sentido do trecho “Imaginara-a jamais a ter o pé em três estribos” (7º parágrafo).

b) Transcreva dois pequenos trechos em que se verifica certa insegurança do narrador a respeito dos eventos narrados.

Resposta:

a) Tendo o marido encontrado a mulher com outro e matado este "terceiro", depreende-se que Jó Joaquim nunca imaginara que ela pudesse manter relacionamento amoroso com três homens: ele, o marido e com outro amante. Para figurativizar os três relacionamentos, o enunciador os compara com o pé em três estribos (peça que serve de apoio ao pé do cavaleiro).

b) Algumas possibilidades:

"Diz-se, também": para diminuir a certeza sobre a veracidade da informação de que a mulher também fora ferida, o enunciador apaga o agente do verbo dizer; "quiça lágrimas": para diminuir a certeza de que Jó Joaquim tivesse chorado, é empregado o termo quiçá, sinônimo de "talvez"; "afogado ou de tifo": com a alternância, dilui-se a certeza a respeito da razão da morte do marido.

 

Questão 006 - FGV-SP 2019 Economia - 1ª fase - Prova 001 - Caderno 1

Quando um cliente efetua uma compra com o cartão de crédito, o estabelecimento comercial que realizou a venda paga 5% do valor da compra para a operadora da máquina eletrônica. Se a mesma compra for feita com pagamento pelo cartão de débito, o comerciante paga 2% para a operadora da máquina. Se o preço de venda de um produto é igual a p reais, esse mesmo produto poderia ser vendido pelo comerciante por q reais se o pagamento fosse por cartão de débito, sem perda nem lucro para ele na comparação com o pagamento feito por cartão de crédito.

Na situação descrita, é correto afirmar que q é igual a:



( a )

p ÷ 1,03

( b )

2p ÷ 5

( c )

3p ÷ 5

( d )

0,97p

( e )

0,95p ÷ 0,98

Questão 04 - UNICAMP 2021 - 2ª Fase - 1º dia

Leia a definição abaixo e a transcrição de parte do vídeo feito por Regina Casé e a filha Benedita no dia do surdo.

Ca·pa·ci·tis·mo (s.m.)

termo usado para descrever a discriminação e a opressão contra pessoas com deficiência, que abrange desde a acessibilidade até a forma como a sociedade trata essas pessoas.

Essa aqui é a Benedita, minha filha. Ela tem uma perda auditiva severa. Ela teve essa perda quando era muito bebezinha. Desde então, eu vi que as pessoas têm muita dificuldade de se comunicar com ela. Ficam agoniadas quando percebem que ela não escuta ou que ela usa aparelho. Então, nós duas resolvemos ajudar um pouquinho, com nossa experiência, nessa comunicação com situações do dia a dia. Por exemplo: não dá para falar de costas para a pessoa, porque muitas vezes ela depende da leitura labial para entender. Outro exemplo: não precisa gritar porque volume (alto-baixo) é uma coisa completamente diferente de frequência (agudograve). Outra coisa que acontece direto: em vez de falarem com a pessoa surda, perguntam para a pessoa que está do lado. E para terminar, é uma loucura quando alguém fala: `Nossa, mas ela é tão linda! Ninguém diz que ela é surda´. Procure saber o que é capacitismo e daqui para frente seja anticapacitista! Ela é linda. E é surda!

(Adaptado de Regina Casé. Disponível em https://www.instagram.com/ tv/CFmrEqylXpI/?utm_source=ig_embed.)

a) Considerando as noções de capacitismo e anticapacitismo, explique o uso de “mas” e de “e” nas frases “Nossa, mas ela é tão linda!” “Ela é linda. E é surda!”.

b) Apontando as dificuldades de comunicação com uma pessoa surda, Regina Casé observa que uma situação frequente é o interlocutor dirigir-se a quem está ao lado da pessoa. Nesse caso, trata-se de uma atitude capacitista ou anticapacitista? Explique.

Resposta:

a) Em “Nossa, mas ela é tão linda!”, a conjunção “mas” estabelece relação de oposição entre ser bela e ser portadora de deficiência (no caso, auditiva), como se essas características não fossem compatíveis entre si, o que é uma manifestação de capacitismo, ou seja, de preconceito contra a pessoa com deficiência. A substituição da conjunção adversativa “mas” pela conjunção aditiva “e” elimina a relação de oposição entre as ideias e deixa claro que a beleza e a surdez são compatíveis. Ao propor essa substituição, a enunciadora manifesta uma postura anticapacitista por explicitar o preconceito existente na frase anterior e, assim, posicionar-se contra ele.

b) Trata-se de uma atitude capacitista, uma vez que assume, apriorística e preconceituosamente, que a pessoa portadora de deficiência é incapaz de se comunicar sozinha.

Questão 06 - FGV-SP 2015 Administração - 1º semestre - Módulo objetivo - Prova Tipo A

Salomão aplicou R$15 000,00 durante um ano, à taxa de 8% ao ano.

Em seguida, aplicou o montante obtido por mais um ano, à taxa de 9% ao ano, obtendo, no final, um montante de x reais.

A soma dos algarismos de x é:



( a )

27

( b )

25

( c )

23

( d )

26

( e )

24

Resposta:

O montante x é dado por 15 000 · 1,08 · 1,09 = 17658 reais, cuja soma dos algarismos é 1 + 7 + 6 + 5 + 8 = 27.

Resposta: A

Questão 06 - FGV-SP 2012 Economia - 1ª fase - Prova 001 - Caderno 1

Uma sala de aula é constituída por 10% de mulheres e 90% de homens. Em uma prova valendo de 0 a 100 pontos, todas as mulheres tiraram a mesma nota, a média aritmética das notas dos homens foi 83, e a média aritmética das notas de toda a classe foi 84. Nessas condições, cada mulher da sala fez um total de pontos igual a



( a )

90. 

( b )

91. 

( c )

92. 

( d )

93. 

( e )

94.

Resposta:

Sendo x a nota de cada mulher, a média da sala é dada por:

Como a média da sala é 84, temos:

10x = 84 ⋅ 100 – 83 ⋅ 90

10x = 930

    x = 93

Resposta: D

Questão 06 - Albert Einstein 2017 Vestibular de Inverno - Graduação em Medicina

Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2​

• densidade do ar: 1,2 kg/m3​

• calor específico do ar: 0,24 cal.g-1. ºC-1​

• 1cal = 4,2 J

• permeabilidade magnética do meio: μ=4.π.10-7 T.m/A

• valor de pi: π=3

• Definimos o intervalo (i) entre dois sons, como sendo o quociente entre suas frequências, i=f2/f1. Quando i=1, dizemos que os sons estão em uníssono; quando i=2, dizemos que o intervalo corresponde a uma oitava acima; quando i=0,5, temos um intervalo correspondente a uma oitava abaixo. Considere uma onda sonora de comprimento de onda igual a 5cm, propagando-se no ar com velocidade de 340m/s. Determine a frequência do som, em hertz, que corresponde a uma oitava abaixo da frequência dessa onda.



( a )

340 

( b )

3400 

( c )

6800 

( d )

13600

Resposta:

De acordo com a equação fundamental da ondulatória, tem-se:

Como a nota musical em uma oitava abaixo possui metade da frequência, ela possuirá frequência de 3400 Hz.

Questão 06 - FUVEST 2017 2ª fase - 2º dia

Uma determinada malformação óssea de mãos e pés tem herança autossômica dominante. Entretanto, o alelo mutante que causa essa alteração óssea não se manifesta em 30% das pessoas heterozigóticas, que, portanto, não apresentam os defeitos de mãos e pés.

Considere um casal em que a mulher é heterozigótica e apresenta essa alteração óssea, e o homem é homozigótico quanto ao alelo normal.

a) Que genótipos podem ter as crianças clinicamente normais desse casal? Justifique sua resposta.

b) Qual é a probabilidade de que uma criança que esse casal venha a ter não apresente as alterações de mãos e pés? Justifique sua resposta.

Resposta:

a) Considerando "A" o alelo dominante responsável pela patologia e "a" o alelo para a normalidade, as crianças normais do casal em questão podem apresentar genótipos "aa" ou "Aa", visto que 30% do heterozigotos não apresentam fenótipo afetado. b) Na prole do casal citado espera-se encontrar 65% de crianças normais. Metade das crianças é homozigota recessiva (aa) e entre estas todas são normais. A outra metade é formada por heterozigotos (Aa) e 30% destas são normais, o que corresponde a 15% do total das crianças. Somando-se os dois grupos, tem-se que 65% das crianças são normais.

 

 

Matemática Questão 06 - UNICAMP 2022 - 2ª Fase - 2º dia - Ciências Exatas / Tecnológicas

Márcia está fazendo um teste de condicionamento físico e corre numa pista circular de 200 m de comprimento, com velocidade angular constante, e no sentido anti-horário. A distância, em metros, entre Márcia e um equipamento eletrônico localizado na parte externa da pista foi registrada nos primeiros 60 segundos e está representada na Figura 1 abaixo.

a) Determine quanto tempo Márcia demora para completar uma volta e quantos metros ela percorreu nos primeiros 60 segundos.

b) A Figura 2 representa um determinado instante em que a distância entre Márcia e o centro da pista (ponto C) é igual à distância entre ela e o equipamento eletrônico. Calcule o cosseno do ângulo α indicado na Figura 2.

Resposta:

a) A velocidade angular é constante, o gráfico representa uma função periódica cujo período é de 24 segundos.

Desse modo, em 60 segundos, Márcia deu 2,5 voltas na pista.

Como a pista tem 200 metros de comprimento, em 60 segundos, a distância d, em metros, percorrida por Márcia foi:

d = 2,5∙200 = 500

ou seja, 500 metros.

 

b) Sendo r metros a medida do raio da pista, temos:

No instante em que a distância entre Márcia e o centro da pista (ponto C) é igual à distância entre ela e o equipamento eletrônico, temos a figura a seguir:     

Aplicando o teorema dos cossenos, vem:

Matemática Questão 06 - FUVEST 2019 2ª fase - 2º Dia

A multiplicação de matrizes permite codificar mensagens. Para tanto, crias-e uma numeração das letras do alfabeto, como na tabela abaixo. (O símbolo * corresponde a um espaço).

Como exemplo, suponha que a mensagem a ser transferida seja FUVEST, e que as matrizes codificadora e decodificadora sejam , respectivamente. A matriz em que se escreve a mensagem é , que, numericamente, corresponde a . Para fazer a codificação da mensagem, é feito o produto de matrizes

.

O destinatário, para decifrar a mensagem, deve fazer o produto da matriz decodificadora com a matriz codificada recebida:

.

a) Se a matriz codificadora , e a mensagem a ser transmitida é ESCOLA, qual é a mensagem codificada que o destinatário recebe?

b) Se a matriz codificadora é , e o destinatário recebe a matriz codificada , qual foi a mensagem enviada?

c) Nem toda matriz A é uma matriz eficaz para enviar mensagens. Por exemplo, se , encontre 4 sequências de 4 letras de forma que as respectivas matrizes codificadas sejam sempre iguais a .

Resposta:

a) 

Resposta: 

b) Sendo  a mensagem enviada, tem-se:

 Resolvendo os quatro sistemas obtidos, tem-se:  a = 19, b = 5, c = 7, d = 21, e = 14, f = 4, g = 1 e h = 27  Logo,  Resposta: A mensagem enviada foi SEGUNDA.

c) Considerando , tem-se A · M = N

Do qual se obtém o sistema indeterminado Sendo x, y, z e w números naturais de 1 a 27, então: De (1) tem-se que z é par, assim: z = 2  ⇔  x = 7 z = 4  ⇔  x = 14 z = 6  ⇔  x = 21 z = 8  ⇔  x = 28 (não convém) De (2) tem-se que w é par, assim: w = 2  ⇔  y = 7 w = 4  ⇔  y = 14 w = 6  ⇔  y = 21 w = 8  ⇔  y = 28 (não convém) Com isso, 4 possíveis matrizes M são: Resposta: GGBB, GNBD, NGDB, NNDD.

Matemática Questão 06 - FUVEST 2020 - 2ª fase - 2º Dia

Resolva os três itens abaixo:

a) Considere o conjunto formado pelos números complexos ݖ que cumprem a condição Re(z) = Im(z). Cada elemento desse conjunto será objeto da transformação que leva um número complexo em seu conjugado. Represente no plano complexo (ou plano de Argand‐Gauss) da folha de respostas o conjunto resultante após essa transformação.

b) Determine o lugar geométrico dos pontos z do plano complexo tais que z ≠ -1 e para os quais  é um número imaginário puro.

c) Determine as partes reais de todos os números complexos z tais que as representações de z, i e 1 no plano complexo sejam vértices de um triângulo equilátero.

Resposta:

Considere z = x + yi, com x e y reais.

a) De Re(z) = Im(z) vem: y = x. Fazendo-se a transformação pedida, a cada  é associado , ou seja . Os pontos que representam esse conjunto no plano de Argand-Gauss são da forma (x, –x) e estão sobre a reta suporte das bissetrizes dos quadrantes pares. Resposta:     

b)              Para que  seja imaginário puro, deve-se ter: De (1) e (2) vem  e  O lugar geométrico é uma circunferência com centro na origem e raio 1, menos os pontos (–1; 0) e (1; 0). Resposta: Circunferência com centro na origem e raio 1, menos os pontos (–1; 0) e (1; 0).

c) As representações de ,  e  no plano complexo são, respectivamente (x; y), (0; 1) e (1; 0) Como esses pontos são vértices de um triângulo equilátero, tem-se: Dessas igualdades tem-se: De (1) vem Substituindo-se em (2), tem-se: As partes reais dos números pedidos são  e . Resposta:  e . 

Matemática Questão 06 - FUVEST 2022 - 2ª Fase - 2º dia

Uma empresa distribuidora de alimentos tem latas de ervilha (E) e latas de milho (M), em dois pesos, 1 kg e 2kg, totalizando 4 (quatro) tipos de latas: E1 e E2 (ervilha, em pesos de 1kg e 2kg, respectivamente) e M1 e M2 (milho, em pesos de 1kg e 2kg, respectivamente). Essas latas são agrupadas em pacotes para envio aos comerciantes. Dois pacotes de latas são considerados iguais se contiverem a mesma quantidade de latas de cada tipo, independentemente da maneira como são organizadas no pacote.

a) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 200kg (duzentos quilos) podem ser montados usando-se apenas latas dos tipos E1 e E2? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1 tipo dessas latas.

b) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 200kg (duzentos quilos) podem ser montados usando-se apenas latas dos tipos E1, E2 e M1? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1 ou 2 tipos dessas latas.

c) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 20kg (vinte quilos) podem ser montados usando-se latas dos tipos E1, E2, M1 e M2? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1, 2 ou 3 tipos dessas latas.

Resposta:

a) Sendo e1 e e2 as quantidades de latas dos tipos E1 e E2, respectivamente, em cada pacote, então e1 + 2e2 = 200. Como e e1 ≥ 0, então 100 - e2 ≥ 0, o que implica e2 ≤ 100. 

Logo, 0 ≤ e2 ≤ 100 e, dado que e2 é um número inteiro, então existem 101 possibilidades para e2. Cada uma delas gera uma única possibilidade para e1, o que permite concluir que podem ser montados 101 pacotes diferentes.

 

b) Sendo e1, e2 e m1 as quantidades de latas dos tipos E1, E2 e M1, respectivamente, em cada pacote, então e1 + m1 + 2e2 = 200. Como e1 + m1 = 200 - 2e2 = 2(100 - e2), do item anterior, tem-se que e, portanto,   (respectivamente).

Agora, note que a equação e1 + m1 = k, com k ∈ * apresenta (k + 1) soluções inteiras e não negativas: (0, k), (1, k - 1), (2, k - 2), … , (k, 0). 

Assim, podem ser montados um total de 201 + 199 + 197 + 195 + ... + 1 pacotes diferentes. Essa soma representa a adição de 101 termos de uma P.A., dada por .

 

c) Sendo e1, e2, m1 e m2 as quantidades de latas dos tipos E1, E2, M1 e M2, respectivamente, em cada pacote, então e1 + m1 + 2e2 + 2m2 = 20. Como e1 + m1 = 20 - 2e2 - 2m2 = 2(10 - e2 - m2) e e1 + m1 ≥ 0, então 10 - e2 - m2 ≥ 0, o que implica e2 + m2 ≤ 10. Logo, e, então, (respectivamente).

Com isso, constrói-se a seguinte tabela:

Assim, o total de pacotes é 21 + 38 + 51 + 60 + 65 + 66 + 63 + 56 + 45 + 30 + 11 = 506.

Matemática Questão 06 - UNICAMP 2020 - 2ª Fase - 2º dia - Ciências Biológicas / Saúde

A figura abaixo exibe um triângulo isósceles com dois lados de comprimento α = 5 cm e um dos ângulos internos igual a θ, em que cosθ = 3/5.

a) Calcule a área desse triângulo.

b) Determine o comprimento do raio da circunferência circunscrita a esse triângulo.

Resposta:

a) Dado que , então  e o triângulo é acutângulo. Além disso, da terna pitagórica (3, 4, 5) tem-se que .

A área pedida é dada por

Resposta: 

b) Considere a figura a seguir onde o triângulo dado está inscrito em uma circunferência de raio R e centro O.

Pelo teorema dos cossenos tem-se que:

    (ângulo central)

No triângulo BOC representado a seguir tem-se:

Resposta: .

Módulo Objetivo Questão 06 - FGV-SP 2024 - Economia - 2º Dia

Em fevereiro deste ano, um inseto infectado com o protozoário Trypanosoma cruzi foi encontrado na cidade de São Paulo em um domicílio na zona sul da capital. O microrganismo é causador da doença de Chagas que, quando não tratada adequadamente, pode causar insuficiência cardíaca e problemas em órgãos do trato digestivo. Pesquisas recentes têm apontado que as espécies hospedeiras do protozoário têm migrado do ambiente silvestre para o urbano, aumentando assim o risco da exposição da população à doença. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) destacou que não há registro de transmissão de doença de Chagas na grande São Paulo. No entanto, como medida preventiva e que visa fortalecer a vigilância da doença, a Secretaria recomenda que, em caso de possível presença do vetor, a população capture e entregue o inseto na Unidade de Vigilância em Saúde mais próxima.

(Fonte: https://jornal.unesp.br/2023/02/03/vigilancia-sanitaria-encontra-na-zona-sul-de- sao-paulo-inseto-transmissor-da-doenca-de-chagas/. Adaptado)

Uma das formas de profilaxia para a doença de Chagas é o combate ao principal inseto vetor, que é o(a)



( a )

carrapato-estrela (Amblyomma cajennense). 

( b )

barbeiro (Triatoma infestans). 

( c )

fêmea do mosquito palha (birigui).

( d )

fêmea do mosquito Anopheles

( e )

fêmea do mosquito Aedes aegypti.

Resposta:

A principal forma de transmissão natural da doença de Chagas é pelas fezes do barbeiro, vetor da doença. A eliminação deste inseto é uma eficiente forma de profilaxia.

Questão 06 - UNESP 2017 2ª fase - 1º dia

Origem das peças do Boeing 787 – Empresa (país)

(www.businessinsider.com. Adaptado.)

Considerando o exemplo apresentado e a expansão das multinacionais no contexto da globalização, identifique e caracterize o que ocorre com o processo produtivo das multinacionais. Cite dois fatores que levam as empresas a adotar essa nova estratégia.

Resposta:

A evolução dos sistemas de transporte e comunicação intensificou na economia global o processo de descentralização da produção em busca de benefícios produtivos. A produção em rede aloca os diferentes segmentos, considerando as vantagens locacionais de cada etapa, a saber: mão de obra, matéria-prima, infraestrutura de escoamento, proximidade do mercado consumidor, etc. No caso da indústria aeronáutica, a alta intensidade tecnológica requer a busca de fornecedores capazes de garantir o elevado padrão de qualidade exigido nesse competitivo setor. Com isso, a formação da rede de fornecedores deve apresentar como vantagens locacionais a capacidade de inovação tecnológica e a redução dos custos, mantendo o padrão de qualidade. Dessa forma, os fornecedores de componentes para as aeronaves projetadas pela Boeing são formados, sobretudo, por empresas sediadas em países desenvolvidos, onde a especialização e a capacidade de inovação tecnológica em determinados ramos permitem a manutenção da qualidade dos produtos e a redução dos custos de produção.

Questão 06 - UNESP 2018 1ª Fase

Leia o excedo do "Sermão do bom ladrão', de António Vieira (1608-1697), para responder ás questões de 02 a 08 Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa ar-mada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau oficio; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: "Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?'. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com multo, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [..] Se o rei de Macedónia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome. Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma. reinando nela Neto; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos. ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma dou-trina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca. e que se não podem ofender: e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [..] 

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não val nem leva ao Infeno os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais afta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, Já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.  

(Essencial. 2011.)

Em um trecho do 'Sermão da Sexagésima, António Vieira critica o chamado estilo altista de alguns oradores sacros de sua época nos seguintes termos: ''Basta que não ha vemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com o seu contrário?''

Palavras sem ''fronteira com o seu contrário''. contudo. também foram empregadas por Vieira, conforme se verifica na expressão destacada em:



( a )

'Navegava Alexandre (Magno) em uma poderosa armada pelo Mar Entrou a conquistar a índia (1° parágrafo) 

( b )

"O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam. de que eu trato. são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera'' (32 parágrafo) 

( c )

Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem (22 parágrafo) 

( d )

'Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoiro se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero" (2° pará- grafo) 

( e )

 "Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos* (3° parágrafo) 

Resposta:

A expressão destacada "eloquentes mudos" constitui um paradoxo, figura de linguagem em que elementos opostos ocorrem de forma simultânea. O emprego de paradoxos é característico do chamado estilo cultista, o que, na crítica de Vieira, é caracterizado como palavras "em fronteira com seu contrário".

Questão 006 - FGV-SP 2013 Economia - 1ª fase - Prova 001 - Caderno 1

Uma mercadoria é vendida com entrada de R$ 500,00 mais 2 parcelas fixas mensais de R$ 576,00. Sabendo-se que as parcelas embutem uma taxa de juros compostos de 20% ao mês, o preço à vista dessa mercadoria, em reais, é igual a



( a )

1.380,00. 

( b )

1.390,00. 

( c )

1.420,00. 

( d )

1.440,00. 

( e )

1.460,00.

Resposta:

Sobre a entrada não se pagam juros.

Sendo P o preço à vista, a o valor que, aumentado em 20%, resulta na 1ª parcela e b o valor que, após dois aumentos de 20%, resultará na 2ª parcela, temos:

P = 500 + a + b

onde a ⋅ 1,2 = 576 ∴ a = 480

b ⋅ (1,2)2 = 576 ∴ b = 400

Logo, P = 500 + 480 + 400

P = 1380

Resposta: A

Questão 006 - FGV-SP 2014 Economia - 1ª fase - Prova 001 - Caderno 1

Uma impressora deveria imprimir todos os números inteiros de 1 até 225, em ordem crescente e um de cada vez. A tinta da impressora acabou antes que o serviço fosse completado, tendo deixado de imprimir um total de 452 algarismos.

Nas condições dadas, o último número impresso pela impressora antes do fim da tinta foi o



( a )

59.

( b )

61.

( c )

62.

( d )

69.

( e )

70.

Resposta:

Para imprimir todos os números de 1 a 225, são necessários:

• 1 algarismo por número, de 1 a 9, totalizando 9 ⋅ 1 = 9 algarismos;

• 2 algarismos por número, de 10 a 99, totalizando 90 ⋅ 2 = 180 algarismos;

• 3 algarismos por número, de 100 a 225, totalizando 126 ⋅ 3 = 378 algarismos.

Como faltaram 452 algarismos, nenhum número de 3 algarismos foi impresso e faltaram (452 – 378) = 74 algarismos para imprimir todos os números de 2 algarismos.

Assim, os últimos  números de 10 a 99 não foram impressos, ou seja, os números de 63 a 99. Logo, o último impresso foi 62.

Resposta: C

Questão 05 - UNICAMP 2011 1ª fase - Provas Q e Z

A teníase e a cisticercose são doenças parasitárias que ainda preocupam as entidades sanitaristas. São medidas que controlam a incidência de casos dessas parasitoses: lavar bem os alimentos e tomar água fervida ou filtrada, para evitar a



( a )

ingestão de ovos dos platelmintos causadores dessas doenças; e controlar as populações de caramujos, que são hospedeiros intermediários dos platelmintos.

( b )

ingestão de ovos dos nematelmintos, além de cozinhar bem as carnes de porco e de boi, ambos portadores desses nematelmintos.

( c )

ingestão de cisticercos; e controlar a população de insetos vetores, como o barbeiro, que transmite os ovos do parasita ao picar o homem.

( d )

ingestão de ovos do parasita; e cozinhar adequadamente as carnes de porco e de boi para evitar a ingestão de cisticercos.

Resposta:

Uma célula diploide com 2n = 24 cromossomos apresentará, na fase G2 da interfase (após a duplicação do material genético), 48 moléculas de DNA de fita dupla.

Questão 06 - FGV-SP 2015 Administração - 1º semestre - Módulo discursivo - Prova de Matemática Aplicada e Redação

Uma padaria entrega mensalmente certo tipo de pão, cobrando R$ 1,50 pelo pacote simples, que contém 1 unidade, e R$ 2,50 pelo pacote duplo, que contém 2 unidades.

Na primeira semana, ela entrega a um restaurante 100 pacotes simples e 40 pacotes duplos. Na segunda semana, 200 pacotes simples e 80 pacotes duplos. Na terceira semana, 200 pacotes simples e 60 pacotes duplos. Na quarta semana, 300 pacotes simples e 80 pacotes duplos.

A Escreva um produto de matrizes que expresse o total de pães entregues pela padaria mensalmente ao restaurante e o valor total, em reais, recebido mensalmente pela padaria.

A matriz produto deve ter esta forma: Número de pães - - - - Valor total em reais - - - - As colunas representam a primeira, segunda, terceira e quarta semanas, respectivamente.

B Usando a matriz produto do item A, calcule o total de pães entregues mensalmente ao restaurante e o valor total, em reais, recebido mensalmente pela padaria.

Resposta:

A) Sejam Amxn, Bpxq e P2x4 matrizes tais que A · B = P. Assim, temos A2xm e Bpx4, com m = p.

A 1ª linha da matriz A representa o número de pães por pacote e a 2ª linha, o valor em reais do pacote. Como existem 2 tipos de pacotes, a matriz A deverá ter 2 colunas. Portanto, A2x2 e B2x4. Cada coluna da matriz B representa os itens relativos de cada tipo de pacote para cada uma das 4 semanas. Assim, devemos ter:

Questão 06 - FGV-SP 2012 Economia - 2ª fase - Prova 004 - Caderno 2

(Destak, 06.10.2011)

a) Reescreva as falas do segundo quadrinho em discurso indireto e de acordo com a norma-padrão da língua escrita, chamando as personagens de “a mulher” e “o marido”.

b) Interprete a frase – Pois é, e continua limpa. – no contexto do terceiro quadrinho, esclarecendo o sentido que tem, nela, a conjunção “e”.

Resposta:

a) A mulher perguntou ao marido se ele colocara (ou “havia/tinha colocado”) a mesma roupa. Ele respondeu que a roupa estava limpa.

Note-se que, com essa resposta, o marido indiretamente afi rma que de fato colocara a mesma roupa.

b) O segmento “pois é” expressa concordância com a afi rmação da mulher de que ele não trocava de roupa fazia uma semana. No trecho “e continua limpa”, a conjunção “e” tem valor adversativo, estabelecendo uma oposição à reprimenda subentendida na frase da mulher: se fazia uma semana que ele não trocava de roupa, ela não poderia estar limpa.

Questão 06 - ENEM 2016 1° dia - Caderno 3 - Branco - 2ª Aplicação

“Precauções que aconselhamos à Sua Alteza, o Sr. Conde D’Eu, quando tiver de visitar escolas. Se Sua Alteza imitasse o seu augusto sogro, Dom Pedro II, não teria nunca ocasião de contestar fatos históricos”.

AGOSTINI, A. Revista Illustrada, n. 309, 29 jul. 1882 (adaptado).

Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por



( a )

debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real. 

( b )

atividades intensas realizadas pelo Conde D'Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico.

( c )

revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar o seu genro. 

( d )

críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime político. 

( e )

dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde D'Eu assumisse o governo.

Resposta:

A charge, publicada em um órgão da imprensa, critica o regime imperial. Na imagem, o imperador aparece sonolento, portanto desligado da realidade. Na legenda, é sugerida a ideia de que o Império foi ultrapassado pela evolução dos fatos históricos.

Questão 06 - UNIFESP 2018 1º Dia - Prova de Língua Portuguesa; Língua Inglesa e Redação

Do fundo de Pernambuco, o pai mandou-lhe um telegrama:

“Não saia casa 3 outubro abraços”.

O rapaz releu, sob emoção grave. Ainda bem que o velho avisara: em cima da hora, mas avisara. Olhou a data: 28 de setembro. Puxa vida, telegrama com a nota de urgente, levar cinco dias de Garanhuns a Belo Horizonte! Só mesmo com uma revolução esse telégrafo endireita. E passado às sete da manhã, veja só; o pai nem tomara o mingau com broa, precipitara-se na agência para expedir a mensagem.

Não havia tempo a perder. Marcara encontros para o dia seguinte, e precisava cancelar tudo, sem alarde, como se deve agir em tais ocasiões. Pegou o telefone, pediu linha, mas a voz de d. Anita não respondeu. Havia tempo que morava naquele hotel e jamais deixara de ouvir o “pois não” melodioso de d. Anita, durante o dia. A voz grossa, que resmungara qualquer coisa, não era de empregado da casa; insistira: “como é?”, e a ligação foi dificultosa, havia besouros na linha. Falou rapidamente a diversas pessoas, aludiu a uma ponte que talvez resistisse ainda uns dias, teve oportunidade de escandir as sílabas de arma virumque cano1 , disse que achava pouco cem mil unidades, em tal emergência, e arrematou: “Dia 4 nós conversamos.” Vestiu-se, desceu. Na portaria, um sujeito de panamá bege, chapéu de aba larga e sapato de duas cores levantou-se e seguiu-o. Tomou um carro, o outro fez o mesmo. Desceu na praça da Liberdade e pôs-se a contemplar um ponto qualquer. Tirou do bolso um caderninho e anotou qualquer coisa. Aí, já havia dois sujeitos de panamá, aba larga e sapato bicolor, confabulando a pequena distância. Foi saindo de mansinho, mas os dois lhe seguiram na cola. Estava calmo, com o telegrama do pai dobrado na carteira, placidez satisfeita na alma. O pai avisara a tempo, tudo correria bem. Ia tomar a calçada quando a baioneta em riste advertiu: “Passe de largo”; a Delegacia Fiscal estava cercada de praças, havia armas cruzadas nos cantos. Nos Correios, a mesma coisa, também na Telefônica. Bondes passavam escoltados. Caminhões conduziam tropa, jipes chispavam. As manchetes dos jornais eram sombrias; pouca gente na rua. Céu escuro, abafado, chuva próxima.

Pensando bem, o melhor era recolher-se ao hotel; não havia nada a fazer. Trancou-se no quarto, procurou ler, de vez em quando o telefone chamava: “Desculpe, é engano”, ou ficava mudo, sem desligar. Dizendo-se incomodado, jantou no quarto, e estranhou a camareira, que olhava para os móveis como se fossem bichos. Deliberou deitar-se, embora a noite apenas começasse. Releu o telegrama, apagou a luz.

Acordou assustado, com golpes na porta. Cinco da manhã. Alguém o convidava a ir à Delegacia de Ordem Política e Social. “Deve ser engano.” “Não é não, o chefe está à espera.” “Tão cedinho? Precisa ser hoje mesmo? Amanhã eu vou.” “É hoje e é já.” “Impossível.” Pegaram-lhe dos braços e levaram-no sem polêmica. A cidade era uma praça de guerra, toda a polícia a postos. “O senhor vai dizer a verdade bonitinho e logo” – disse-lhe o chefe. – “Que sabe a respeito do troço?” “Não se faça de bobo, o troço que vai estourar hoje.” “Vai estourar?” “Não sabia? E aquela ponte que o senhor ia dinamitar mas era difícil?” “Doutor, eu falei a meu dentista, é um trabalho de prótese que anda abalado. Quer ver? Eu tiro.” “Não, mas e aquela frase em código muito vagabundo, com palavras que todo mundo manja logo, como arma e cano?” “Sou professor de latim, e corrigi a epígrafe de um trabalho.” “Latim, hem? E a conversa sobre os cem mil homens que davam para vencer?” “São unidades de penicilina que um colega tomou para uma infecção no ouvido.” “E os cálculos que o senhor fazia diante do palácio?” Emudeceu. “Diga, vamos!” “Desculpe, eram uns versinhos, estão aqui no bolso.” “O senhor é esperto, mas saia desta. Vê este telegrama? É cópia do que o senhor recebeu de Pernambuco. Ainda tem coragem de negar que está alheio ao golpe?” “Ah, então é por isso que o telegrama custou tanto a chegar?” “Mais custou ao país, gritou o chefe. Sabe que por causa dele as Forças Armadas ficaram de prontidão, e que isso custa cinco mil contos? Diga depressa.” “Mas, doutor…” Foi levado para outra sala, onde ficou horas. O que aconteceu, Deus sabe. Afinal, exausto, confessou: “O senhor entende conversa de pai pra filho? Papai costuma ter sonhos premonitórios, e toda a família acredita neles. Sonhou que me aconteceria uma coisa no dia 3, se eu saísse de casa, e telegrafou prevenindo. Juro!”

Dia 4, sem golpe nenhum, foi mandado em paz. O sonho se confirmara: realmente, não devia ter saído de casa.

(70 historinhas, 2016.)

1arma virumque cano: “canto as armas e o varão” (palavras iniciais da epopeia Eneida, do escritor Vergílio, referentes ao herói Eneias).

Estão empregados em sentido figurado os termos destacados nos trechos: 



( a )

“[...] a ligação foi dificultosa, havia besouros na linha.” (3° parágrafo) e “E aquela ponte que o senhor ia dinamitar mas era difícil?” (5° parágrafo).

( b )

“Não se faça de bobo, o troço que vai estourar hoje.” (5° parágrafo) e “Acordou assustado, com golpes na porta.” (5° parágrafo).

( c )

“As manchetes dos jornais eram sombrias; pouca gente na rua.” (3° parágrafo) e “E aquela ponte que o senhor ia dinamitar mas era difícil?” (5° parágrafo).

( d )

“As manchetes dos jornais eram sombrias; pouca gente na rua.” (3° parágrafo) e “Não se faça de bobo, o troço que vai estourar hoje.” (5° parágrafo).

( e )

“E aquela ponte que o senhor ia dinamitar mas era difícil?” (5° parágrafo) e “Não se faça de bobo, o troço que vai estourar hoje.” (5° parágrafo).​

Resposta:

As palavras "sombrias" e "estourar" foram usadas em sentido figurado. "Sombria", literalmente, significa "em que há sombra"; mas, no contexto, esse termo tem o sentido de "lúgubre", "soturno". O verbo "estourar" que, literalmente, significa "rebentar, explodir", no contexto foi usado na acepção conotativa de "iniciar de forma repentina". 

Estes materiais são parte integrante das coleções da editora Saraiva. Eles poderão ser reproduzidos desde que o título das obras e suas respectivas autorias sejam sempre citadas