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Texto I
Este texto é uma versão moderna de um mito grego, escrita especialmente para leitores jovens.
Prometeu e os primeiros homens
1 Em seguida, os deuses criaram do barro os seres vivos. Sem perceber, privilegiaram os animais em detrimento dos homens.
2 De fato, os primeiros receberam as qualidades físicas que lhes permitiam se adaptar perfeitamente ao meio natural. Alguns, como o urso, foram dotados de grande força; outros, menores, como os passarinhos, ganharam asas para fugir. A divisão parecia equitativa, e as qualidades distribuídas entre as diversas espécies se equilibravam. Mas uma das espécies foi esquecida: a humana. Com sua pele apenas, os homens não podiam suportar o frio, e seus braços nus não eram suficientemente robustos para combater os animais selvagens. A raça humana estava ameaçada de extinção…
3 Prometeu, filho do titã Jápeto, sentiu pena dos fracos mortais. Ele sabia que a inteligência deles possibilitaria que fabricassem armas e construíssem abrigos se eles tivessem meios para isso, mas lhes faltava um elemento essencial: o fogo. Com o fogo, poderiam endurecer a ponta de suas lanças, a fim de torná-las mais resistentes, e se aquecer em seu lar.
4 Ora, os deuses conservavam com o maior cuidado a preciosa chama só para si. Prometeu teve que penetrar discretamente na forja de Hefesto, o deus do fogo, para roubar a chama, que levou para os homens oculta no oco de uma raiz.
5 Zeus não ignorou por muito tempo esse furto. Assim que notou o brilho de uma chama entre os mortais, o poderoso soberano deu vazão à sua cólera. No mesmo instante jurou se vingar dos homens e do benfeitor deles, Prometeu.
6 Combatendo uma esperteza com outra, teve a ideia de produzir uma criatura irresistivelmente encantadora que causaria a desgraça dos homens. Assim, usando barro, criou a primeira mulher, que chamou de Pandora. Contou com a ajuda de Hefesto, que a enfeitou com as joias mais delicadas, e de Atena, que a vestiu com um tecido vaporoso, preso na cintura por um cinto trabalhado artisticamente.
7 Quando ela ficou pronta, Zeus a mandou à casa de Epimeteu, irmão de Prometeu. Conhecia a ingenuidade e a imprudência desse deus. Não podendo resistir aos atrativos de tão bela pessoa, Epimeteu esqueceu que o irmão o prevenira contra os presentes de Zeus. Recebeu Pandora e a instalou em sua casa.
8 P andora havia trazido consigo uma caixa que não deveria abrir em hipótese nenhuma. Isso lhe fora expressamente recomendado por Zeus ao lhe dar a caixa. Era mais uma esperteza, porque ele sabia muito bem que um dia a jovem iria querer descobrir o conteúdo dela.
9 Movida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa… de onde saiu precipitadamente um vento de desgraças. Apavorada, ela viu passar a fisionomia ameaçadora da crueldade e o sorriso malicioso do engano. Ouviu os gritos queixosos dos miseráveis e dos sofredores. Outras desgraças começavam a se propagar assim no vasto mundo. Quando Pandora descobriu seu trágico erro, tampou rapidamente a caixa. E então a Esperança e todas as promessas de felicidade para os homens ficaram para sempre trancadas ali.
10 Nada disso se devia ao acaso: a primeira etapa da temível vingança de Zeus se consumara.
11 O segundo castigo, mais cruel, iria atingir Prometeu. Zeus o acorrentou a um rochedo com cadeias que o prendiam dolorosamente pelos braços e pernas. Assim exposto, sem poder se defender, Prometeu sofria todos os dias o ataque de uma águia que vinha lhe devorar o fígado. E todos os dias, para seu suplício, seu fígado se recompunha. Em troca de um favor, Prometeu recebeu uma terrível punição.
12 Quanto aos homens, eles aprenderam com isso que um bem podia vir acompanhado de uma desgraça.
POUZADOUX, Claude. Contos e lendas da mitologia grega. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 35.
Texto II
As narrativas orais, passadas de geração em geração, permanecem vivas entre os mais de 800 mil indígenas brasileiros atuais (no Censo Demográfico de 2010, 817,9 mil pessoas se declararam indígenas). Muitas de suas lendas passaram a integrar o folclore brasileiro, misturadas a outras tradições e modificadas por elas. O texto a seguir é a versão literária de um mito de origem da etnia munduruku.
Origem dos Munduruku
1 Um dia, os homens apareceram sobre a terra. Os primeiros homens que os animais das florestas viram nas selvas e nas savanas foram aqueles que fundaram a maloca de Acupary.
2 Certo dia, entre os homens da maloca de Acupary, surgiu Karu Sakaibê, o Grande Ser. Não havia então sobre a terra outro tipo de caça a não ser o de pequeno porte, mas logo a caça grossa se multiplicou. E isso aconteceu por obra de Karu Sakaibê, que muito gostava daquele povo e não queria que ele passasse necessidade. Por isso ele ensinou a todos a arte da caça, a arte de unir-se aos animais a serem caçados de modo que aprendessem quais deles já estariam preparados para servir de alimento aos homens de Acupary.
3 Karu Sakaibê não tinha mãe nem pai, mas tinha um filho, que se chamava Karu Taru, e um ajudante a quem chamava Reru. Os três andavam pelo mundo sempre juntos procurando saber como se comportavam os homens.
4 De certa feita, tendo voltado da caçada de mãos vazias, disse Karu ao filho:
5 – Vá ver como estão os vizinhos. Parece que eles aprenderam bem as artes da caça que nós lhes ensinamos e abateram tanta caça que não sabem o que fazer com ela. É bom que eles repartam com os outros.
6 Foi o pequeno Karu ao encontro dos parentes. Chegando lá disse aos caçadores tudo o que seu pai havia falado, mas os homens de Acupary não quiseram ouvi-lo e fizeram-no voltar ao pai Karu apenas com as peles e as penas dos animais que tinham matado.
7 Karu Sakaibê havia previsto que isso iria acontecer, pois sabia que os homens não conseguem viver com fartura sem se tornarem egoístas, mesquinhos e maus. É assim que nasce a rejeição das outras pessoas. Porém, não se sentiu irritado nem magoado com a ingratidão daquelas pessoas. Para dar mais uma oportunidade para que os caçadores reconsiderassem sua atitude, enviou pela segunda vez o pequeno Karu, que os advertiu e ameaçou com palavras muito duras ditas pelo pai. Mesmo assim aqueles homens não quiseram ouvi-lo e ainda fizeram troças sobre o poder de Karu Sakaibê.
8 Quando o filho retornou e contou-lhe tudo o que havia se passado, Karu Sakaibê ficou muito irritado com a atitude egoísta e mesquinha dos caçadores. Ainda assim resolveu dar uma terceira oportunidade aos caçadores. Por isso convocou mais uma vez o jovem e incumbiu-o da missão de convencê-los a cederem carne a seu pai, mas ele não teve êxito novamente e acabou escorraçado pelos moradores de Acupary.
9 Percebendo que aqueles homens e mulheres não o honrariam, o pai Karu ficou furioso. Pegou, então, as penas que haviam-lhe enviado e fincou-as uma a uma, pacientemente, ao redor da maloca de Acupary. E com um gesto brusco, acompanhado de três palavras encantadas, Karu transformou em porcos bravos todos os habitantes de Acupary – não só os homens que se tinham mostrado cruéis, mas também as mulheres e as crianças.
10 Em seguida, olhando para as penas que havia fincado em redor da aldeia, ergueu a mão e moveu-a de um lado a outro do horizonte. A esse apelo inaudível ao ouvido humano, moveram-se as montanhas, e o terreno onde se localizava a maloca transformou-se numa enorme caverna.
11 Ainda hoje os Munduruku acreditam piamente que às vezes escutam, da entrada dessa gruta além da qual ninguém se arrisca penetrar, gemidos humanos que se confundem com grunhidos de porcos. É por isso que ninguém ousa entrar nessa caverna, pois ela esconde o mistério da nossa origem.
12 Desolado com os habitantes de Acupary, Karu Sakaibê resolveu partir daquela região, sempre acompanhado do fiel Reru, e enveredou pelos campos. Depois de dois dias de marcha, fatigado, parou num descampado. Nesse lugar, fez um gesto sagrado batendo o pé no chão, e uma longa fenda se abriu. O velho Karu dela tirou um casal de todas as raças: um de Munduruku, um de índios (porque os Munduruku não pertencem à mesma raça que os índios, mas são de uma essência superior), um de brancos e um de negros.
13 Foi ali que Karu criou a humanidade pela segunda vez. Era um lugar que tinha um nome predestinado, Decodemo: lugar onde há macacos em abundância.
14 Índios, brancos e negros dispersaram-se cada um para um lado e foram povoar a terra com sua descendência.
15 O quarto casal – o Munduruku – ficou em Decodemo. Os Munduruku de Decodemo não tardaram a tornar-se tão numerosos que, sempre que se punham a caminho para a guerra, a terra tremia, sacudida até as entranhas. Em virtude disso nossos antepassados receberam o nome Munduruku – que significa “formigas gigantes”. Por muitas e muitas luas nossos ancestrais foram os senhores absolutos de toda a região do rio Tapajós, onde desenvolveram um conjunto de práticas de sobrevivência e de guerra que amedrontava os inimigos.
MUNDURUKU, Daniel. As serpentes que roubaram a noite e outros mitos. São Paulo: Peirópolis, 2001. p. 11.
Número do grupo: _____
• Participe da resolução das questões relativas ao número de seu grupo, conforme ele seja par ou ímpar.
• Na plenária de correção,
• se você for escolhido relator de seu grupo, apresente as respostas com clareza; se não, auxilie o relator quando necessário;
• em seu caderno, faça as alterações das respostas, comparando-as com as dos outros grupos;
• anote as respostas de consenso às questões de cuja resolução seu grupo não participou.
Questão para os grupos pares
Segmentem o texto I, preenchendo os campos em branco do seguinte quadro:
Como você já sabe, os poemas tratam – de forma nova, criativa – de sentimentos, pessoas, lugares, etc. E, ao expor um deles em voz alta, precisamos cuidar para que nossa leitura seja expressiva, ou seja, precisamos cuidar para que a voz se aproxime o máximo possível do que o poeta quis transmitir.
Para obter esse resultado, siga estas etapas:
Planejamento
1º passo: Para uma boa leitura, é necessária a compreensão do texto. Só quando compreendemos o que lemos é que conseguimos dar às palavras a ênfase, a entonação e a altura adequadas.
Por isso, releia todo o poema e verifique se há algum termo que desconheça, ou algum verso ou estrofe que não tenha conseguido interpretar. Se houver, recorra a um dicionário ou peça ajuda a seu professor.
2º passo: Marque as palavras ou os versos que, a seu ver, merecerão mais ênfase durante a leitura em voz alta.
Preparação (ensaio)
1º passo: Releia o texto bem baixinho. Várias vezes. Ao fazê-lo:
• pronuncie corretamente as palavras;
• observe a pontuação, que lhe indicará onde realizar pausas (maiores ou menores);
• varie entonação e ritmo da leitura, de acordo com o sentido e a importância de cada palavra, verso ou estrofe do poema;
• analise as palavras ou os versos que grifou no Planejamento e verifique se sua leitura é adequada àquela marcação;
• verifique se algum movimento ou gesto poderá dar mais expressividade à sua leitura.
Mas evite os muito exagerados.
2º passo: Se possível, chame um colega para ouvir sua leitura e peça-lhe que aponte eventuais problemas e sugestões para resolvê-los.
Se houver tempo, decore o poema. Se não conseguir, evite ficar de olhos baixos, presos ao texto, durante toda a leitura.
Exposição (apresentação)
Você já aprendeu que a leitura expressiva para o público exige cuidados com a voz e também com a postura – posição do corpo. Por isso, durante sua leitura:
• evite apoiar-se demais em algum móvel ou na lousa. Mantenha seu corpo ereto.
• utilize um tom de voz que possa ser ouvido por toda a sala.
• faça gestos, desde que coerentes com o texto. E seja comedido.
• olhe para seus ouvintes. Se não conseguiu decorar o poema, alterne a leitura com rápidas trocas de olhares com a plateia.
E, atenção: quando for sua vez, não deixe a inibição ou o nervosismo atrapalhar seu desempenho. Lembre-se de que você se preparou para isso e tente fazer o melhor que puder.
Se o resultado não for o que esperava, paciência... Você e seus colegas ainda têm tempo para aprender!
A atitude da plateia é tão importante quanto a de quem declama. Por isso, ouça as apresentações de seus colegas com atenção e respeito.
Releia o fragmento do poema “Biografia de orvalho”.
Caracol é uma casa que se anda E a lesma* é um ser que se reside [...]
Nota do autor
*A fim de percorrer uma lesma desde o seu nascer até sua extinção, terei que aprender como é que ela recebe as manhãs, como é que ela anoitece. Terei de saber como é que ela reage ao sol, às chuvas, aos escuros, ao abismo, ao alarme dos papagaios. Vou ter que encostar meu ventre no chão para o devido rastejo. Terei que produzir em mim a gosma dela a fim de lubrificar os caminhos da terra. Para percorrer uma lesma terei de exercitar o esterco com lubricidade. Terei de aprender a marcar com a minha saliva o chão dos poemas. E terei que aprender por final a arte de ser invadido ao mesmo tempo pelo orvalho e pela espuma dos sapos.
A lesma sabe de cor o lugar da manhã que se abre primeiro.
BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010. p. 371.
a. Sublinhe os verbos que estão no infinitivo.
b. Circule o verbo no infinitivo usado no poema como substantivo.
c. Reescreva o trecho, substituindo o verbo substantivado pelo substantivo correspondente. Que mudança no efeito de sentido e/ou na sonoridade ocorreu?
a) e b)
c) A fim de percorrer uma lesma desde o seu nascimento até sua extinção, terei que aprender como é que ela recebe as manhãs, como é que ela anoitece.
O substantivo não permite a rima com a palavra “aprender”, comprometendo a sonoridade; além disso, o uso do substantivo é corriqueiro, ao contrário do verbo substantivado, que é um sintagma menos comum e, portanto, inesperado.
Texto I
Aquarela
Mar azul sol a maré lá ver de+ coral cores em coro.
Texto II
Cantigas por um passarinho à toa
Do alto de uma figueira onde pouso para dormir posso ver os vaga-lumes: são milhares de pingos de luz que tentam cobrir o escuro.
Ouvi de perto no final do dia a algazarra das cigarras. Elas fizeram farra até morrer. Elas estouram dentro dos sons.
[...]
O menino contou que morava nas margens de uma garça. Achei que o menino era descomparado. Porque as garças não têm margens. Mas ele queria ainda que os lírios o sonhassem.
Sentado sobre uma pedra no mais alto do rochedo aquele gavião se achava principal: mais principal do que todos. Tem gente assim.
[...]
Achava que os passarinhos são pessoas mais importantes do que aviões. Porque os passarinhos vêm dos inícios do mundo. E os aviões são acessórios.
[...]
Aquele Senhor um pouco louco brincava passarinhos amanhã. Ele disse que enxergava a fala de uma cor. E queria transcrever para flauta o canto dos vermes.
Esse Bernardo eu conheço de léguas. Ele é o único ser humano que alcançou de ser árvore. Por isso deve ser tombado a Patrimônio da Humanidade.
BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010. p. 481-483.
Texto III
A lesma
A lesma é sempre a mesma, deslizando majestática e alheia, côncava e retrátil, vai cobrindo de prata o caminho de areia.
A mesma lesma que vai meio a esmo, seguindo cegamente suas antenas como se nada nem ninguém pudesse detê-la, recolhe desatenta sua cauda de estrelas.
POLITO, Ronald. h’ e outros bichos inteligentes [poemas visuais de Guto Lacaz]. São Paulo: Ôzé Editora, 2017. p. 51
Texto IV
LACAZ, Guto. In: Ronald Polito. h’ e outros bichos inteligentes. 2. ed. São Paulo: Ôzé Editora, 2017. p. 50.
Texto V
Biografia do orvalho (fragmento)
Caracol é uma casa que se anda E a lesma* é um ser que se reside [...]
Nota do autor
*A fim de percorrer uma lesma desde o seu nascer até sua extinção, terei que aprender como é que ela recebe as manhãs, como é que ela anoitece. Terei de saber como é que ela reage ao sol, às chuvas, aos escuros, ao abismo, ao alarme dos papagaios. Vou ter que encostar meu ventre no chão para o devido rastejo. Terei que produzir em mim a gosma dela a fim de lubrificar os caminhos da terra. Para percorrer uma lesma terei de exercitar o esterco com lubricidade. Terei de aprender a marcar com a minha saliva o chão dos poemas. E terei que aprender por final a arte de ser invadido ao mesmo tempo pelo orvalho e pela espuma dos sapos.
A lesma sabe de cor o lugar da manhã que se abre primeiro.
lubricidade: qualidade de lúbrico, corrente, escorregadio; umidade, lisura.
BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010. p. 371.
Texto VI
O pulsar
CAMPOS, Augusto de. “O pulsar”. Disponível em: http://www.augustodecampos.com.br/poemas.htm. Acesso em: 5 mar. 2020.
Texto VII
Canção meio acordada
Laranja! grita o pregoeiro. Que alto no ar suspensa! Lua de ouro entre o nevoeiro Do sono que se esgarçou. Laranja! grita o pregoeiro. Laranja que salta e voa. Laranja que vais rolando Contra o cristal da manhã! Mas o cristal da manhã Fica além dos horizontes... Tantos montes... tantas pontes... (De frio soluçam as fontes...) Porém fiquei, não sei como, Sob os arcos da manhã. (Os gatos moles do sono Rolam laranjas de lã.)
pregoeiro: aquele que apregoa, que anuncia, que faz propaganda. esgarçar: desfiar, abrir-se, o tecido, separando os fios. cristal: vidro de muita pureza e transparência; em sentido figurado, transparência, liquidez. soluçar: emitir ruídos ritmados e tristes que lembram soluços.
QUINTANA, Mario. Canções. Rio de Janeiro: Objetiva (Alfaguara), 2012. p. 32.
Preparação
Reúna-se com seu grupo para combinar o ensaio dos poemas da seção Leitura, que será realizado como tarefa de casa (veja tarefa 1, seção Em casa, página 21).
Exposição
A leitura dos poemas será organizada como um pequeno sarau. Participe com desembaraço da leitura declamada preparada por seu grupo, obedecendo às marcações (tom de voz, velocidade, ritmo, gestualidade) e realizando expressivamente a parte que lhe couber na apresentação.
A atitude da plateia não é menos importante. Todos devem ouvir com atenção, manifestando interesse e respeito.
sarau: reunião, geralmente noturna, de caráter musical ou literário.
A sequência sugerida no roteiro (Caderno do Professor página 16) pode ser alterada, deslocando-se a apresentação da Prática oral para a última aula, após a realização da Atividade. Com isso, seria ampliado o prazo para a Preparação.
Assinale a alternativa em que o termo em destaque é um verbo.
Jogo bom é aquele em que não há brigas.
No almoço de domingo, todos comeram com prazer.
Eu coro quando me sinto envergonhado.
Olho aberto nesta rua do bairro, pois ela é perigosa.
OBSERVE ALGUMAS MANEIRAS DE REPRESENTAR AS QUANTIDADES DE 1 A 10.
ESCREVA A SUA IDADE DE TRÊS MODOS: USANDO O NÚMERO, A PALAVRA E A QUANTIDADE DE DEDOS QUE A REPRESENTAM.
COMPLETE OS QUADROS ESCREVENDO AS LETRAS QUE FALTAM NOS NOMES.
A TURMA DO LUAN TAMBÉM BRINCOU COM O JOGO TRILHA DAS LETRAS.
EM UMA DAS PARTIDAS, THERESA USOU O PEÃO VERMELHO, FELIPE FICOU COM O PEÃO AZUL, E LUAN ESCOLHEU O PEÃO VERDE.
O PEÃO VERMELHO DA THERESA ESTÁ NA CASA DA LETRA M.
ELA JOGOU O DADO E TIROU .
MARQUE NO TABULEIRO ONDE ELA COLOCARÁ O PEÃO.
ESCREVA A LETRA DESSA CASA.
NO TABULEIRO DO JOGO TRILHA DAS LETRAS, CADA CASA TINHA UMA LETRA. O CONJUNTO DE TODAS AS LETRAS CHAMA-SE ALFABETO. COM ELAS PODEMOS ESCREVER QUALQUER PALAVRA DA NOSSA LÍNGUA.
OBSERVE AS LETRAS ABAIXO E RELEMBRE O NOME DELAS.
FALE O NOME DAS LETRAS QUE FORMAM O SEU NOME. DEPOIS CONTORNE ESSAS LETRAS.
OBSERVE A CAPA DO LIVRO. VOCÊ JÁ CONHECE ESTA HISTÓRIA?
LEIA E CONTORNE O TÍTULO DA HISTÓRIA.
RECORTE AS ILUSTRAÇÕES DO ANEXO 2. DEPOIS ACOMPANHE A LEITURA DA HISTÓRIA E COLE AS CENAS NA ORDEM EM QUE ACONTECERAM.
NO QUINTAL, LÁ ESTAVA A NAVE. ERA REALMENTE MARAVILHOSA.
OS PEQUENINOS DAVI E HELENA JÁ ESTAVAM DENTRO DELA, OBSERVANDO TODOS OS DETALHES. MATHEUS E ENZO QUISERAM LOGO ENTRAR.
MAS GABRIEL PRECISAVA SABER MAIS DAQUELA INVENÇÃO.
TODOS ESTAVAM ENCANTADOS COM O PAINEL CHEIO DE BOTÕES COLORIDOS, AS TELAS, AS ALAVANCAS... A NAVE ERA COMPLETA!
SEM QUE NINGUÉM PERCEBESSE, LOLA, A GATINHA DA CAROLINA, TAMBÉM ENTROU NA NAVE. AFINAL, ELA QUERIA PARTICIPAR DAQUELA BRINCADEIRA!
NÃO DEMOROU MUITO, E LOLA PULOU SOBRE O PAINEL PARA VER O QUE AS CRIANÇAS ESTAVAM APRECIANDO. MAS A GATA ACABOU ESBARRANDO EM UMA DAS ALAVANCAS, E A PORTA DA NAVE COMEÇOU A SE FECHAR.
E NÃO DEMOROU PARA ELES AVISTAREM A LUA.
GABRIEL FOI O PRIMEIRO A COMENTAR:
— COMO A LUA É BELA!
TODOS FALAVAM TÃO ALTO, QUE LOLA ACORDOU ASSUSTADA E PULOU NO COLO DE CAROLINA, BEM EM CIMA DA MÁQUINA DE DESENHAR.
— NÃO, LOLA! AGORA NÃO! PRECISO DESENHAR O PROPULSOR! — DISSE CAROLINA TENTANDO TIRAR A GATINHA DO SEU COLO. MAS A GATA SE AGARROU COM FORÇA NA ROUPA DA MENINA.
OBSERVE DIFERENTES TIPOS DE MORADIA QUE EXISTEM NO BRASIL. SÃO CONSTRUÇÕES FEITAS DE VÁRIAS FORMAS E COM DIFERENTES MATERIAIS: BARRO, PALHA, MADEIRA, PEDRAS, TIJOLOS, CIMENTO, ETC.
VOCÊ CONHECE ALGUMA MORADIA PARECIDA COM AS MOSTRADAS NAS FOTOS?
( ) SIM. ( ) NÃO.
DESCUBRA QUAL É A LETRA QUE DEVE SER TROCADA NA PALAVRA BOLA PARA ESCREVER A PALAVRA QUE NOMEIA A IMAGEM. DEPOIS REESCREVA A PALAVRA.
VOCÊ SABIA QUE O TIPO DE TEXTO QUE VOCÊ CONHECEU SE CHAMA POEMA?
SABIA QUE CADA LINHA DE UM POEMA SE CHAMA VERSO?
CONTE E REGISTRE A QUANTIDADE DE VERSOS DO POEMA “VIAGEM ESPACIAL”.
VIAGEM ESPACIAL
O ASTRONAUTA É UM PERNALTA NUM SALTO FICA PERTO DA LUA.
OH! QUEM ME DERA SER ASSIM ALTO, NUM FOGUETÃO EM ASA OU CÁPSULA ENTRAR EM ÓRBITA DESCER NA LUA VOLTAR À NOITE PARA A MINHA CASA DORMIR À NOITE NA MINHA CAMA!
O ASTRONAUTA É UM PERNALTA QUE VOA E CHAMA.
MARIA ALBERTA MENÉRES. CONVERSAS COM VERSOS. SÃO PAULO: LEYA, 2013. P. 16.
Quais super-heróis de histórias em quadrinhos você conhece? Que superpoderes eles têm?
Releia o poema “A lesma”.
A lesma é sempre a mesma, deslizando majestática e alheia, côncava e retrátil, vai cobrindo de prata o caminho de areia.
A mesma lesma que vai meio a esmo, seguindo cegamente suas antenas como se nada nem ninguém pudesse detê-la, recolhe desatenta sua cauda de estrelas.
POLITO, Ronald. h’ e outros bichos inteligentes [poemas visuais de Guto Lacaz]. São Paulo: Ôzé Editora, 2017. p. 51.
a. Assinale as palavras que atribuem qualidades à lesma.
b. Justifique o uso dessa sequência de adjetivos.
c. Substitua as locuções adjetivas destes sintagmas por um adjetivo:
• caminho de areia =
• cauda de estrela =
d. Que alterações a substituição das locuções adjetivas por adjetivos traria ao poema? Essas alterações seriam positivas ou negativas para o ritmo e a sonoridade dos versos?
e. Identifique nos versos “A mesma lesma / que vai meio a esmo”:
• o pronome relativo:
• a oração subordinada adjetiva:
a) mesma / majestática / alheia côncava / retrátil / mesma / desatenta
b) A sequência de adjetivos tem a finalidade de descrever a lesma de um ponto de vista subjetivo e poético.
c) • caminho arenoso
• cauda estrelar (ou estelar)
d) A substituição da locução adjetiva “de areia” pelo adjetivo arenoso desfaria a rima alheia/areia, e a da locução “de estrelas” por estrelar/estelar anularia a sonoridade resultante do par “detê-la/estrelas”. Também o ritmo do poema se alteraria, devido à mudança do número de sílabas dos versos.
e) • que (= a qual)
• que vai meio a esmo.
Leia o texto a seguir e identifique o trecho que pode ser uma nota explicativa e o lugar em que ela deve ser inserida. Copie o texto, fazendo a inserção e marcando a nota com asterisco.
Desde pequena, Adetutu acompanhava a mãe ao mercado. Tinha de aprender a ser boa comerciante. Seria seu trabalho quando crescesse. Levavam ao mercado cestos de noz-de-cola, que na sua língua se chama obi, alimento indispensável à dieta de deuses e humanos. Na volta, traziam outras mercadorias de que a família precisava. De consumo diário para muitos povos africanos, o obi ou noz-de-cola (Cola acuminata) é o principal ingrediente, hoje mais usado na forma sintética, da Coca-Cola e refrigerantes similares.
PRANDI, Reginaldo. Contos e lendas afro-brasileiras: a criação do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 88-89.
Desde pequena, Adetutu acompanhava a mãe ao mercado. Tinha de aprender a ser boa comerciante. Seria seu trabalho quando crescesse. Levavam ao mercado cestos de noz-de-cola, que na sua língua se chama obi*, alimento indispensável à dieta de deuses e humanos. Na volta, traziam outras mercadorias de que a família precisava.
*De consumo diário para muitos povos africanos, o obi ou noz-de-cola (Cola acuminata) é o principal ingrediente, hoje mais usado na forma sintética, da Coca-Cola e de refrigerantes similares.
O pintor espanhol Joan Miró costumava criar os títulos de seus quadros apenas depois de pintá-los. Eram interpretações poéticas dos desenhos feitos livremente sobre a tela. Alguns são bastante enigmáticos e intrigantes, como o título deste quadro – Uma gota de orvalho caindo da asa de um pássaro acorda Rosalie adormecida à sombra de uma teia de aranha,1939 (óleo sobre tela de 65,4 cm × 91 cm). Museu de Arte da Universidade de Iowa, Estados Unidos.
Observando a imagem e a legenda, identifique os três elementos ou figuras mencionados no título: Rosalie, o pássaro, a teia de aranha.
Rosalie pode ser identificada como a figura ampla que ocupa a parte inferior do quadro e se expande verticalmente pelas laterais, com os dois braços erguidos. O pássaro pode ser a figura alada no centro da parte superior da tela, a teia de aranha localiza-se no canto inferior direito da tela, sobre o braço de Rosalie.
Estas imagens reproduzem obras de um mesmo artista brasileiro: Antonio Peticov. O que há de semelhante entre elas?
Esta questão tem como objetivos: a) fazer com que os alunos se aproximem das imagens, observando-as e analisando-as com atenção; b) utilizar as imagens como forma de reintroduzir a noção de que certas obras de arte, assim como a literatura, em especial a poesia, são fruto da imaginação e revelam novas formas de ver a realidade.
Ao responder, esperamos que os alunos percebam que, apesar de alguma relação com o real, todas as imagens são fruto da imaginação; revelam formas diferentes, originais, de observar e retratar a realidade.
REGISTRE A QUANTIDADE DE ALUNOS DA CLASSE.
OBSERVE A IMAGEM DE UMA OBRA DO ARTISTA MARCOS PEREIRA DE ALMEIDA.
VOCÊ IDENTIFICOU TRAÇOS, LETRAS E OUTROS SINAIS GRÁFICOS NESSA OBRA?
O QUE MAIS VOCÊ OBSERVOU NA IMAGEM? COMPARTILHE COM OS COLEGAS.
• O QUE A TURMA DO LUAN ESTÁ FAZENDO?
• O QUE PODEMOS VER NO TABULEIRO DO JOGO?
• POR QUE SERÁ QUE ESSE JOGO SE CHAMA TRILHA DAS LETRAS?
• QUAL PODE SER O OBJETIVO DO JOGO?
• QUEM SERÁ O PRÓXIMO A REALIZAR A JOGADA? COMO VOCÊ CHEGOU A ESSA RESPOSTA?
• VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE UM JOGO PARECIDO COM ESSE? CONTE AOS COLEGAS QUAIS ERAM AS REGRAS.
DECORE A PÁGINA E COLE A FOTOGRAFIA DA SUA TURMA.
ESCREVA O NOME DA TURMA.
• ONDE SERÁ QUE ESTÃO AS CRIANÇAS DA IMAGEM?
• VOCÊ JÁ VIU ESSA IMAGEM ANTES? ONDE?
• HÁ ALGUM ADULTO COM AS CRIANÇAS NESTA CENA?
• SERIA POSSÍVEL FAZER UMA VIAGEM COMO ESSA SEM A PRESENÇA DE UM ADULTO? POR QUÊ?
• VOCÊ ACHA QUE TODOS OS PERSONAGENS GOSTARAM DA AVENTURA? POR QUÊ?
• VOCÊ GOSTARIA DE PARTICIPAR DE UMA AVENTURA COMO ESSA? POR QUÊ?
• O QUE VOCÊ IMAGINA QUE EXISTA NA LUA?
QUE PARTE DA HISTÓRIA VOCÊ ACHOU MAIS EMOCIONANTE? POR QUÊ? FAÇA UM DESENHO QUE REPRESENTE SUA ESCOLHA.
VOCÊ E OS COLEGAS PESQUISARAM PALAVRAS EM QUE APARECE RR, COMO NA ESCRITA DO NOME TERRA.
COLE A LISTA QUE VOCÊS FIZERAM COM AS PALAVRAS QUE ENCONTRARAM.
VOCÊS ENCONTRARAM ALGUMA PALAVRA QUE COMECE COM RR?
SIM. ( ) NÃO. ( )
VOCÊ E OS COLEGAS APRENDERAM UMA CANÇÃO QUE PARECE UMA BRINCADEIRA DE PERGUNTAS E RESPOSTAS.
CANTE A CANÇÃO MAIS UMA VEZ, AGORA ACOMPANHANDO O TEXTO.
OI, OI, OI. OLHA AQUELA BOLA A BOLA PULA BEM NO PÉ, NO PÉ DO MENINO.
QUEM É ESSE MENINO? ESSE MENINO É MEU VIZINHO! ONDE ELE MORA? MORA LÁ NAQUELA CASA! ONDE ESTÁ A CASA? A CASA TÁ NA RUA! ONDE ESTÁ A RUA? TÁ DENTRO DA CIDADE. ONDE ESTÁ A CIDADE? TÁ DO LADO DA FLORESTA! ONDE É A FLORESTA? A FLORESTA É NO BRASIL! ONDE ESTÁ O BRASIL?
TÁ NA AMÉRICA DO SUL, NO CONTINENTE AMERICANO, CERCADO DE OCEANO E DAS TERRAS MAIS DISTANTES DE TODO O PLANETA.
E COMO É O PLANETA? O PLANETA É UMA BOLA, QUE REBOLA LÁ NO CÉU.
PAULO TATIT E EDITH DERDYK. ORA BOLAS. IN: CANÇÕES DE BRINCAR. PALAVRA CANTADA, 1996. CD.
VAMOS CONTINUAR A BRINCADEIRA? RESPONDA ÀS PERGUNTAS COMPLETANDO COM AS PALAVRAS QUE FALTAM.
ONDE O MENINO MORA?
O MENINO MORA NA
VOCÊ E OS COLEGAS EXPLORARAM O GLOBO TERRESTRE. ELE É UM INSTRUMENTO CRIADO PARA REPRESENTAR O PLANETA TERRA. COM ELE PODEMOS APRENDER MUITAS COISAS SOBRE NOSSO PLANETA.
DE QUE COR É A MAIOR PARTE DO GLOBO?
Azul.
FECHE OS OLHOS E IMAGINE QUE VOCÊ É UM ASTRONAUTA E ESTÁ NO ESPAÇO. O QUE VOCÊ ESTÁ VENDO LÁ?
DESENHE SUAS DESCOBERTAS NO ESPAÇO.
COMPARTILHE SUA PRODUÇÃO COM OS COLEGAS. VOCÊS IMAGINARAM AS MESMAS COISAS?
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