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Os artrópodes apresentados nas imagens de 1 a 4 são os vetores da doença de Chagas, da peste bubônica, da leishmaniose e da febre maculosa, não necessariamente nessa ordem.
No cladograma, as letras A, B, C e D representam as relações filogenéticas entre os artrópodes das figuras, não necessariamente na mesma ordem em que aparecem nas imagens.
a) Quais imagens apresentam, respectivamente, os artrópodes vetores da doença de Chagas, da peste bubônica, da leishmaniose e da febre maculosa? Qual dessas doenças não é transmitida pela picada do respectivo vetor?
b) Sabendo que, no cladograma apresentado, a letra B corresponde ao artrópode representado na figura 3, a quais números correspondem, respectivamente, as letras A, C e D? Considerando as classes taxonômicas às quais pertencem as espécies de artrópodes apresentadas nas imagens, justifique a posição da espécie representada pela letra A no cladograma.
a) Os vetores dessas doenças estão representados, respectivamente, nas imagens 3, 2, 4 e 1. A doença de Chagas não é transmitida pela picada do vetor.
b) O animal 3 é um inseto, assim como os animais 2 e 4. Já o animal 1 é um aracnídeo. Pela posição filogenética de B, os táxons B, C e D possuem um ancestral em comum, o que permite concluir que C e D podem ser os animais 2 e 4, todos insetos. Dessa forma, o táxon A irá representar o animal 1.
A descoberta do processo celular de interferência por RNA (RNAi) rendeu aos cientistas Andrew Fire e Craig Mello o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2006. O RNAi intercepta e destrói as informações celulares conduzidas pelo RNA dentro da célula antes que sejam processadas em proteínas. Com os avanços da biotecnologia, foram desenvolvidas moléculas sintéticas de RNAi de aplicação tópica, que, pulverizadas nas lavouras, conferem proteção agrícola, reduzindo perdas.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas nas frases a seguir.
O (i) __________ entra em contato com o RNAi pulverizado, que atua em seu processo celular, impedindo que o (ii) __________ seja traduzido como proteína. Como o (iii) __________ está associado a uma função essencial, ao ser silenciado, ocasiona a morte do organismo.
(i) fungo; (ii) códon; (iii) RNAm.
(i) inseto; (ii) RNAt; (iii) DNA.
(i) inseto; (ii) RNAm; (iii) gene.
(i) fungo; (ii) RNAr; (iii) código genético.
O RNAi se associa ao RNAm, formando um RNA dupla fita. Essa associação de RNAs é reconhecida e destruída por enzimas citoplasmáticas. Com isso, há o impedimento da tradução e o silenciamento do gene.
Leia o texto para responder a questão.
“Culture is language”: why an indigenous tongue is thriving in Paraguay
On a hillside monument in Asunción, a statue of the mythologized indigenous chief Lambaré stands alongside other great leaders from Paraguayan history. The other historical heroes on display are of mixed ancestry, but the idea of a noble indigenous heritage is strong in Paraguay, and — uniquely in the Americas — can be expressed by most of the country’s people in an indigenous language: Paraguayan Guaraní. “Guaraní is our culture — it’s where our roots are,” said Tomasa Cabral, a market vendor in the city.
Elsewhere in the Americas, European colonial languages are pushing native languages towards extinction, but Paraguayan Guaraní — a language descended from several indigenous tongues — remains one of the main languages of 70% of the country’s population. And unlike other widely spoken native tongues — such as Quechua, Aymara or the Mayan languages — it is overwhelmingly spoken by non-indigenous people.
Miguel Verón, a linguist and member of the Academy of the Guaraní Language, said the language had survived partly because of the landlocked country’s geographic isolation and partly because of the “linguistic loyalty” of its people. “The indigenous people refused to learn Spanish,” he said. “The imperial governors had to learn to speak Guaraní.” But while it remains under pressure from Spanish, Paraguayan Guaraní is itself part of the threat looming over the country’s other indigenous languages. Paraguay’s 19 surviving indigenous groups each have their own tongue, but six of them are listed by Unesco as severely or critically endangered.
The benefits of speaking the country’s two official languages were clear. Spanish remains the language of government, and Paraguayan Guaraní is widely spoken in rural areas, where it is a key requisite for many jobs. But the value of maintaining other tongues was incalculable, said Alba Eiragi Duarte, a poet from the Ava Guaraní people. “Our culture is transmitted through our own language: culture is language. When we love our language, we love ourselves.”
(William Costa. www.theguardian.com, 03.09.2020. Adaptado.)
No trecho do segundo parágrafo “And unlike other widely spoken native tongues”, o termo sublinhado expressa
equivalência.
conclusão.
contraste.
motivação.
preferência.
O termo unlike equivale, em português, a “diferente de”, e traz a ideia de contraste.
Para responder a questão, leia o artigo “Pó de pirlimpimpim”, do neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro.
Alcançar o aprendizado instantâneo é um desejo poderoso, pois o cérebro sem informação é pouco mais que estofo de macela1. Emília, a sabida boneca de Monteiro Lobato, aprendeu a falar copiosamente após engolir uma pílula, adquirindo de supetão todo o vocabulário dos seres humanos ao seu redor. No filme Matrix (1999), a ingestão de uma pílula colorida faz o personagem Neo descobrir que todo o mundo em que sempre viveu não passa de uma simulação chamada Matriz, dentro da qual é possível programar qualquer coisa. Poucos instantes depois de se conectar a um computador, Neo desperta e profere estupefato: “I know kung fu”.
Entretanto, na matriz cerebral das pessoas de carne e osso, vale o dito popular: “Urubu, pra cantar, demora.” O aprendizado de comportamentos complexos é difícil e demorado, pois requer a alteração massiva de conexões neuronais. Há consenso hoje em dia de que o conteúdo dos nossos pensamentos deriva dos padrões de ativação de vastas redes neuronais, impossibilitando a aquisição instantânea de memórias intrincadas.
Mas nem sempre foi assim. Há meio século, experimentos realizados na Universidade de Michigan pareciam indicar que as planárias, vermes aquáticos passíveis de condicionamento clássico, eram capazes de adquirir, mesmo sem treinamento, associações estímulo-resposta por ingestão de um extrato de planárias já condicionadas. O resultado, aparentemente revolucionário, sugeria que os substratos materiais da memória são moléculas. Contudo, estudos posteriores demonstraram que a ingestão de planárias não condicionadas também acelerava o aprendizado, revelando um efeito hormonal genérico, independente do conteúdo das memórias presentes nas planárias ingeridas.
A ingestão de memórias é impossível porque elas são estados complexos de redes neuronais, não um quantum de significado como a pílula da Emília. Por outro lado, é sim possível acelerar a consolidação das memórias por meio da otimização de variáveis fisiológicas envolvidas no processo. Uma linha de pesquisa importante diz respeito ao sono, cujo benefício à consolidação de memórias já foi comprovado. Em 2006, pesquisadores alemães publicaram um estudo sobre os efeitos mnemônicos da estimulação cerebral com ondas lentas (0,75 Hz) aplicadas durante o sono por meio de um estimulador elétrico. Os resultados mostraram que a estimulação de baixa frequência é suficiente para melhorar o aprendizado de diferentes tarefas. Ao que parece, as oscilações lentas do sono são puro pó de pirlimpimpim.
(Sidarta Ribeiro. Limiar: ciência e vida contemporânea, 2020.)
1macela: planta herbácea cujas flores costumam ser usadas pela população como estofo de travesseiros.
De acordo com o autor,
o avanço das pesquisas científicas pode tornar a ingestão de memórias uma prática ultrapassada.
a ideia de aperfeiçoamento da memória a qualquer custo pode representar um risco para a humanidade.
a ideia do aprendizado instantâneo pode vir a se tornar realidade em um futuro muito próximo.
a consolidação de memórias pode ser acelerada mediante o emprego de técnicas científicas.
o emprego arbitrário de técnicas científicas pode vir a descaracterizar a própria natureza da memória.
O circuito da figura é composto por um gerador, um amperímetro e uma chave interruptora C, inicialmente aberta, todos ideais. Também compõem o circuito quatro lâmpadas: uma lâmpada L1, de resistência elétrica R1, e três lâmpadas idênticas L2, de resistência elétrica R2 cada uma.
O gráfico representa a intensidade da corrente elétrica indicada pelo amperímetro entre os instantes t = 0 e t = 60 s.
Desprezando a resistência de todos os fios de ligação e sabendo que a chave C é fechada no instante t = 20 s,
a) calcule, em coulombs, a carga elétrica fornecida pelo gerador ao circuito entre t = 0 e t = 60 s. Calcule o valor da resistência R1, em ohms.
b) calcule a potência dissipada pelo circuito, em watts, entre t = 20 s e t = 60 s. Calcule o valor da resistência R2, em ohms.
a) A intensidade da corrente elétrica média é definida pela razão entre a quantidade de carga e o intervalo de tempo:
Logo, temos:
Desse modo, pode-se determinar a quantidade de carga para os dois intervalos de tempo apresentados:
- De 0 a 20 s:
- De 20 s a 60 s:
Portanto, a carga elétrica total fornecida pelo gerador ao circuito é de:
Para o cálculo da resistência R1, note que quando a chave C está aberta, o circuito elétrico se resume a:
Assim,
b) No intervalo de tempo de 20 a 60s, a corrente total do circuito é de 2,5 A, e a ddp total é de 120 V. Assim, podemos calcular a potência total dissipada pelo circuito como:
No intervalo de tempo de 20s a 60 s:
A resistência equivalente do conjunto de lâmpadas de resistência R2 é dada por:
Logo,
A história dos registros cartográficos evidencia que a produção dos mapas varia conforme seus contextos históricos, podendo ser uma experiência socialmente partilhada. No Renascimento, a cartografia era um ponto de encontro entre arte e ciência e expunha o teatro do mundo aos olhos maravilhados dos europeus que tinham acesso direto aos mapas. A cada ano, as expedições vinham da Ásia, da África e do Novo Mundo com novidades. Em Lisboa e em Sevilha, como na maior parte do continente, as cartas marítimas incitavam as viagens e as conquistas. Na Índia, os cartógrafos não haviam produzido nenhum mapa detalhado do conjunto do subcontinente indiano nessa época. Porém, existiam mapas locais que respondiam a diferentes necessidades. Existiam mais de duzentos mapas antes do século XVIII, principalmente do Noroeste, do Centro e do Oeste do subcontinente. Eles davam conta da extensão e da propriedade das terras cultivadas e de uma tradição de medição desses espaços em escala local no subcontinente indiano.
(Adaptado de RAJ, Kapil. Conexões, cruzamentos, circulações. A passagem da cartografia britânica pela Índia, séculos XVII-XIX. Cultura. Revista de História e Teoria das Ideias. v. 24, 2007, p. 161.)
Considerando o excerto acima,
a) identifique e explique dois aspectos importantes dos registros cartográficos na Europa neste primeiro processo de mundialização.
b) destaque dois aspectos da produção e dos usos dos mapas no subcontinente indiano que eram diferentes dessa tradição cartográfica europeia.
Leia o texto para responder à questão.
Black authors shake up Brazil’s literary scene
Itamar Vieira Junior, whose day job working for the Brazilian government on land reform took him deep into the impoverished countryside, knew next to nothing about the mainstream publishing industry when he put the final touches on a novel he had been writing on and off for decades. On a whim, in April 2018, he sent the manuscript for Torto Arado, which means crooked plow, to a literary contest in Portugal, wondering what the jury would make of the hardscrabble tale of two sisters in a rural district in northeastern Brazil where the legacy of slavery remains palpable.
To his astonishment, Torto Arado won the 2018 LeYa award, a major Portuguese-language literary prize focused on discovering new voices. The recognition jump-started Mr. Vieira’s career, making him a leading voice among the Black authors who have jolted Brazil’s literary establishment in recent years with imaginative and searing works that have found commercial success and critical acclaim.
Torto Arado was the best-selling book in Brazil in 2021, with more than 300,000 copies sold to date. The previous year, that distinction went to Djamila Ribeiro’s A Little Anti-Racist Handbook (Pequeno Manual Antirracista), a succinct and plainly written dissection of systemic racism in Brazil.
Mr. Vieira, a geographer, and Ms. Ribeiro, who studied philosophy, are part of a generation of Black Brazilians who became the first in their families to get a college degree, taking advantage of Federal Government programs. Mr. Vieira managed to use his day job at Brazil’s land reform agency, where he has worked since 2006, to do field research. He studied the politics and power dynamics that shape the lives of rural workers, including some who toil in conditions analogous to modern-day slavery. That experience, he said, made the characters in his novel more layered and their fictional hometown, Água Negra, which means black water, feel authentic.
The two authors are among the highest profile figures of a literary boom that includes Black contemporary writers and authors who are experiencing a revival. The clearest example is Carolina Maria de Jesus, who died in 1977 and whose memoir, Child of the Dark (Quarto de Despejo), is now a literary sensation, as it was when it was published in 1960. The book, a compilation of diary entries by Ms. Jesus, a single mother of three, offers a raw account of daily life in a São Paulo slum where dwellers picked through garbage for food and slept in shacks patched together with slabs of cardboard.
(Ernesto Londoño. www.nytimes.com, 12.02.2022. Adaptado.)
De acordo com a legenda da imagem que retrata Djamila Ribeiro, a escritora
qualifica-se como privilegiada no cenário literário contemporâneo.
percebeu que deveria participar de programas de apoio e incentivo a novos escritores.
acabou por fazer parte das esferas de poder que antes rejeitava.
considera os autores generosos por compartilharem suas histórias com os leitores.
justifica sua escolha de escrever de uma forma acessível.
Na legenda da foto, a autora afirma que sentiu um chamado a ser generosa o suficiente para escrever da mesma maneira acessível que os autores generosos antes dela escreveram.
Para responder à questão, leia o trecho de um ensaio de Michel de Montaigne (1533-1592).
Há alguma razão em fazer o julgamento de um homem pelos aspectos mais comuns de sua vida; mas, tendo em vista a natural instabilidade de nossos costumes e opiniões, muitas vezes me pareceu que mesmo os bons autores estão errados em se obstinarem em formar de nós uma ideia constante e sólida. Escolhem um caráter universal e, seguindo essa imagem, vão arrumando e interpretando todas as ações de um personagem, e, se não conseguem torcê-las o suficiente, atribuem-nas à dissimulação. Creio mais dificilmente na constância dos homens do que em qualquer outra coisa, e em nada mais facilmente do que na inconstância. Quem os julgasse nos pormenores e separadamente, peça por peça, teria mais ocasiões de dizer a verdade.
Em toda a Antiguidade é difícil escolher uma dúzia de homens que tenham ordenado sua vida num projeto definido e seguro, que é o principal objetivo da sabedoria. Pois para resumi-la por inteiro numa só palavra e abranger em uma só todas as regras de nossa vida, “a sabedoria”, diz um antigo, “é sempre querer a mesma coisa, é sempre não querer a mesma coisa”, “eu não me dignaria”, diz ele, “a acrescentar ‘contanto que a tua vontade esteja certa’, pois se não está certa, é impossível que sempre seja uma só e a mesma.” Na verdade, aprendi outrora que o vício é apenas o desregramento e a falta de moderação; e, por conseguinte, é impossível o imaginarmos constante. É uma frase de Demóstenes, dizem, que “o começo de toda virtude são a reflexão e a deliberação, e seu fim e sua perfeição, a constância”. Se, guiados pela reflexão, pegássemos certa via, pegaríamos a mais bela, mas ninguém pensa antes de agir: “O que ele pediu, desdenha; exige o que acaba de abandonar; agita-se e sua vida não se dobra a nenhuma ordem.”
(Michel de Montaigne. Os ensaios: uma seleção, 2010. Adaptado.)
Do ponto de vista temático, o texto de Montaigne dialoga especialmente com a seguinte citação:
“Sou um homem; não considero alheio a mim nada do que é humano.” (Terêncio, 185-159 a.C.)
“Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas coisas permaneçam ocultas.” (Sófocles, 486-406 a.C.)
“Nunca acontece algo que, por natureza, não sejamos capazes de suportar.” (Marco Aurélio, 121-180 d.C.)
“O hábito é o melhor mestre em todas as coisas.” (Plínio, 23-79 d.C.)
“E amanhã não seremos o que fomos, nem o que somos.” (Ovídio, 43 a.C.-18 d.C.)
Para Montaigne, as ações humanas são caracterizadas pela volubilidade, pela inconstância. Dessa forma, a declaração de Ovídio se alinha tematicamente ao pensamento de Montaigne, ao afirmar que, ao longo do tempo, as pessoas se transformam.
O apótema de um hexágono regular (segmento de perpendicular que vai do centro do polígono até cada lado da mesma figura) mede 2.
O volume do prisma reto, de altura 10, e base no referido hexágono é
Ao ser colocado a 20 cm de uma vela acesa, um espelho côncavo projeta uma imagem nítida da chama da vela em uma parede situada a 80 cm da vela, como mostrado na figura.
a) Calcule a razão entre o tamanho da imagem da chama da vela e o tamanho dessa chama.
b) Sem deslocar a vela, retira-se o espelho e coloca-se uma lente delgada convergente entre a vela e a parede, de modo que nessa parede seja projetada uma imagem nítida da chama da vela com o triplo do tamanho da chama. Calcule a distância focal dessa lente, em centímetros.
a) A partir da figura, tem-se:
Distância do objeto ao espelho é 20 cm ⇒ p = 20 cm
Distância da imagem real (projetada) ao espelho é 100 cm ⇒ p’ = 100 cm
Usando a equação do aumento linear transversal (A), tomada em módulo, pode-se obter a razão entre o tamanho da imagem da chama da vela (y’) e o tamanho dessa chama (y).
Assim:
b) A figura a seguir ilustra a nova situação descrita.
A partir da figura: p + p’ = 80 cm (equação I)
Por semelhança de triângulos:
(equação II)
Resolvendo o sistema de equações I e II têm-se: p = 20 cm e p’ = 60 cm.
Substituindo-se esses valores na equação de Gauss:
Segue que f = 15 cm, ou seja, a lente é do tipo convergente e sua distância focal vale 15 cm.
Conhecidas no Brasil pelo nome de Thompson Seedless, as uvas brancas da variedade Sultanina são resultado de uma mutação natural que as deixou sem sementes. Pesquisadores brasileiros da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, investigaram o mecanismo molecular que leva essas uvas a não terem sementes. Eles compararam o padrão de ativação do gene VviAGL11 durante o desenvolvimento de frutos de uma uva com sementes, a branca Chardonnay, usada para fazer vinho, e da Sultanina, e constataram que, na Chardonnay, o gene VviAGL11 é expresso para a formação da casca que reveste as sementes. Na Sultanina, o gene simplesmente não é ativado nessa fase e isso resulta em sementes residuais — na prática, em uvas sem semente. Tal conhecimento poderá permitir que, antes mesmo de produzir o fruto, saiba-se, por meio de testes de DNA, se a uva terá ou não sementes.
a) Qual etapa inicial da expressão gênica não ocorre no núcleo das células da Sultanina em decorrência da inativação do gene VviAGL11? Que ácido nucleico não é imediatamente produzido devido à inativação desse gene?
b) Nas uvas Thompson Seedless, que estrutura do carpelo da flor não se desenvolve completamente e resulta em sementes residuais? A enxertia é uma das técnicas empregadas na propagação vegetativa de plantas que produzem frutos sem sementes. Explique em que consiste essa técnica.
a) A etapa que não ocorrerá é a transcrição. O ácido nucléico que não é produzido é o RNA, especificamente, o RNA mensageiro. b) O óvulo não se desenvolve. Na enxertia, uma planta mais resistente às condições ambientais adversas recebe uma porção do caule de outro vegetal (enxerto), de interesse comercial. Quando os tecidos vasculares das plantas se reorganizam, o enxerto cresce normalmente.
Em cursos relacionados à área da saúde, é comum a utilização de bonecos no estudo do comportamento eletrofisiológico do corpo humano. Considere que um desses bonecos seja feito de um material externo isolante e tenha, em seu interior, cinco cilindros constituídos de um mesmo material condutor representando os braços direito e esquerdo (BD e BE), o tórax (T) e as pernas direita e esquerda (PD e PE). Os cilindros são conectados entre si por fios de resistência desprezível e são conectados com o exterior por meio de eletrodos fixados na superfície do boneco. As características geométricas de cada cilindro estão indicadas na tabela.
Admita que a resistência elétrica de cada braço do boneco seja RB e que dois experimentos diferentes sejam realizados com esse boneco. Em cada experimento, é estabelecida uma mesma diferença de potencial U entre os pontos A e B, e uma corrente elétrica atravessa o boneco pelos caminhos indicados em destaque nas figuras 1 e 2.
Responda em função apenas de RB e de U:
a) Qual a resistência equivalente do boneco e a intensidade da corrente elétrica que o atravessa na montagem indicada na figura 1?
b) Qual a resistência equivalente do boneco na montagem indicada na figura 2?
a)
Na montagem ilustrada pela figura 1, os dois braços estão submetidos à mesma corrente e, portanto, estão associados em série. Como a resistência de casa braço é , temos: Na montagem ilustrada pela figura 1, a ddp entre os pontos A e B é U. Logo, a intensidade da corrente elétrica estabelecida o resistor equivalente pode ser determinada pela definição de resistência elétrica, como segue:b)
As resistências elétricas do braço (RB), do tronco (RT) e de cada perna (RP), podem ser determinadas pela a 2ª lei de Ohm, como segue: Utilizando as informações fornecidas pela tabela, podemos escrever as resistências do tronco e de cada perna em função de RB, da seguinte maneira: Na montagem ilustrada pela figura 2, podemos verificar que as pernas estão associadas em paralelo. Assim, como as resistências de ambas as pernas são iguais, a resistência equivalente dessa associação é:Além disso, também podemos verificar que o braço, o tronco e a associação em paralelo das pernas estão associados em série. Portanto, a resistência equivalente dessa associação é:
Substituindo-se os valores obtidos:
A lei de conservação da carga elétrica pode ser enunciada como segue:
A soma algébrica dos valores das cargas positivas e negativas em um sistema isolado é constante.
Um objeto eletrizado positivamente ganha elétrons ao ser aterrado.
A carga elétrica de um corpo eletrizado é igual a um número inteiro multiplicado pela carga do elétron.
O número de átomos existentes no universo é constante.
As cargas elétricas do próton e do elétron são, em módulo, iguais.
De fato, lei da conservação da carga: A soma algébrica dos valores das cargas positivas e negativas num sistema eletricamente isolado é constante.
O número áureo é uma constante real irracional, definida como a raiz positiva da equação quadrática obtida a partir de
a) Reescreva a equação acima como uma equação quadrática e determine o número áureo.
b) A sequência 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ... é conhecida como sequência de Fibonacci, cujo n-ésimo termo é definido recursivamente pela fórmula
Podemos aproximar o número áureo, dividindo um termo da sequência de Fibonacci pelo termo anterior. Calcule o 10º e o 11º termos dessa sequência e use-os para obter uma aproximação com uma casa decimal para o número áureo.
a) Reescrevendo a equação, obtemos x2 _ x _ 1 = 0.
Podemos resolver essa equação usando a fórmula de Báskara:
Portanto, a raiz positiva da equação é
Resposta: O número áureo é
b) Aplicando a fórmula recursiva de F(n), obtemos F(9) = 21 + 13 = 34, F(10) = 34 + 21 = 55 e F(11) = 55 + 34 = 89. Assim, a aproximação desejada para o número áureo é 89 / 55 ≈ 1,6 .
Resposta: O 10º termo da sequência é 55 e o 11º termo é 89. O valor aproximado do número áureo é 1,6.
A partir do século IX, aumentou a circulação da ciência e da filosofia vindas de Bagdá, o centro da cultura islâmica, em direção ao reino muçulmano instalado no Sul da Espanha. No século XII, apesar das divisões políticas e das guerras entre cristãos e mouros que marcavam a península ibérica, essa corrente de conhecimento virou um rio caudaloso, criando uma base que, mais tarde, constituiria as fundações do Renascimento no mundo cristão. Foi dessa maneira que o Ocidente adquiriu o conhecimento dos antigos. No quadro pintado pelo italiano Rafael, A escola de Atenas (1509), o pintor daria a Averróis, sábio muçulmano da Andaluzia, um lugar de honra, logo atrás do grego Aristóteles, cuja obra Averróis havia comentado e divulgado.
(Adaptado de David Levering Lewis, God’s Crucible: Islam and the Making of Europe, 570-1215. New York: W. W. Norton, 2008, p. 368-69, 376-77.)
a) Identifique no texto dois aspectos da relação entre cristãos e muçulmanos na Europa medieval.
b) Relacione as características do Renascimento cultural europeu à redescoberta dos valores da Antiguidade clássica.
a) Os dois aspectos a serem notados na relação entre cristãos e muçulmanos na Europa medieval são: por um lado, os muçulmanos transmitiram os conhecimentos da antiguidade clássica ao ocidente cristão; por outro, sua presença na península ibérica deu origem a guerras, como a da Reconquista.
b) O candidato poderia mencionar que tal relação se encontra, por exemplo, na valorização da razão, de um novo ideal de beleza baseado na arte antiga, no uso de novas técnicas artísticas como a perspectiva, no antropocentrismo, entre outras características.
Leia o texto para responder à questão
Breaking down barriers
Shuffling feet and the general buzz of conversation made lectures a trial for Gemma Long during her first degree. She suffers from sensory overload connected to her autism, which was only diagnosed after she graduated. But when she started a teacher-training course years later, she received access to software to help her cope with dyslexia and found it transformative.
“I struggled to understand the point of lectures until I got that software,” recalls Long. “I didn’t realise how much useful information was in them. As someone who is hypersensitive to noise I spend most of my time in lectures trying to filter out the background noise, which means I miss much of what the lecturer is saying. Being able to audio record the lectures and listen back to them in a silent room meant I was finally able to digest the content.”
Technology is breaking down barriers faced by students with disabilities. Online journal articles now mean that those with visual impairments can zoom in to read printed text or convert it to easier-to-read formats such as braille. Universities are also increasingly recording lectures which students can replay at their own pace, which benefits students with dyslexia or attention deficit disorder too.
According to Alistair McNaught, a digital learning consultant, universities are increasingly tracking how students learn, and then directing them to the accessible resources most suited to their personal needs. McNaught appreciates the way assistive technologies can help all students — whether they have a disability or not — but stresses that it’s important for universities to get the basics right first. “Many higher and further institutions have inaccessible websites or inaccessible digital content. If the content is inaccessible, investments in assistive technology can be undermined at a stroke.”
“Universities just need to get better at promoting the support that’s already there,” says Gemma Long. “Making specialist software and training generally available, rather than confining it to disabled students, makes it more widely known, as well as removes stigma.” For someone like her, who received her diagnoses late, it would have been particularly helpful. To this end, the assistive technology network she founded to represent staff who support their disabled students with tech, will hold its first awards ceremony next month.
Universities are slowly tackling the barriers for disabled students. There’s more yet to come: the prospect of virtual reality – particularly when it comes to fieldwork. “It can be incredibly difficult for a disabled student to get a wheelchair on to a salt marsh,” says Piers Wilkinson, a researcher in the area. “But if the learning aims are being immersed in an environment, and making discoveries, virtual reality can achieve that.”
(www.theguardian.com, 03.06.2019. Adaptado.)
According to the third and fourth paragraphs, in order to assist students facing learning difficulties universities are
.investigating students’ learning styles and offering the basics to those with greater difficulties.
following students on the way they learn and supplying learning resources accordingly.
creating special and easier-to-read material in braille for the visually impaired.
providing personalized lessons that students can follow at their own pace at home.
producing online articles which can be easily accessed by both the disabled and the non-disabled.
As universidades estão seguindo os alunos no modo como aprendem e fornecem recursos de aprendizagem em conformidade. Lê-se, principalmente, em: “universities are increasingly tracking how students learn, and then directing them to the accessible resources most suited to their personal needs.”
Para responder a questão, leia o trecho de uma fala do personagem Quincas Borba, extraída do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, publicado originalmente em 1891.
— […] O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho.
(Quincas Borba, 2016.)
Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:
“nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói”.
“a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra”.
“Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos”.
“Daí o caráter conservador e benéfico da guerra”.
“não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição”.
“Canonizar” significa, segundo o Dicionário Michaelis, “inscrever no cânone ou no rol dos santos”, isto é, seguindo as formalidades necessárias, considerar algo ou alguém oficialmente “santo”. No trecho, a expressão é utilizada em sentido figurado, pois o personagem refere-se ao ato de “enaltecer” ou “louvar em excesso” uma ação negativa ou destrutiva.
Tão variadas são as manifestações desse movimento que é impossível formular-lhe uma definição única; mesmo assim, pode-se dizer que sua tônica foi uma crença no valor supremo da experiência individual, configurando nesse sentido uma reação contra o racionalismo iluminista e a ordem do estilo neoclássico. Seus autores exploravam os valores da intuição e do instinto, trocando o discurso público do neoclassicismo, cujas formas compunham um repertório mais comum e inteligível, por um tipo de expressão mais particular.
(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.)
O movimento a que o texto se refere é o
Naturalismo.
Romantismo.
Barroco.
Arcadismo.
Realismo.
O texto do Dicionário Oxford de arte descreve um movimento que se opõe à racionalidade do Iluminismo e à ordem do estilo neoclássico. Um movimento que prioriza a expressão dos valores individuais aliados à intuição e ao instinto. Trata-se do Romantismo.
Um circuito elétrico é composto por uma bateria, de força eletromotriz ε e resistência interna Ri, e por três resistores, R1, R2 e R3, como ilustrado na figura.
A intensidade da corrente elétrica que se estabelece no resistor R1 é igual a 0,25 A.
a) Considerando a resistência elétrica dos resistores R2 e R3 respectivamente iguais a 200 Ω e 50 Ω, calcule a diferença de potencial, em volts, entre os terminais do resistor R3 e determine a intensidade da corrente elétrica, em amperes, que nele se estabelece.
b) Sabendo que a força eletromotriz da bateria é 12,0 V e que a diferença de potencial entre os pontos A e B, indicados na figura, é de 11,9 V, calcule o valor da resistência interna da bateria, em ohms, e determine a potência dissipada na forma de calor, em watts, pela bateria.
a) Inicialmente, pode-se determinar a resistência equivalente dos resistores R2 e R3, dado que eles se encontram associados em paralelo:
Em seguida, pode-se determinar a diferença de potencial no resistor equivalente calculado anteriormente:
Como os resistores R2 e R3 estão associados em paralelo, a diferença de potencial no resistor R3 é 10 V.
Além disso, pode-se determinar a corrente elétrica em R3 por meio da 1ª lei de Ohm:
b) A intensidade da corrente elétrica no gerador é a mesma que se estabelece no resistor R1, ou seja, 0,25 A. Aplicando-se a equação do gerador real:
A potência dissipada pela bateria é dada por:
Para responder à questão, leia a crônica “Descanso de garçom”, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em 20.11.1965.
A confeitaria esteve fechada bem uns seis meses, para obras. Passando pela calçada, os antigos frequentadores já não tinham esperança de voltar ao lanche costumeiro, pois qualquer casa que se fecha para remodelação, já sabe: vira banco ou companhia de investimentos muito sofisticada, com letras na porta de vidro dizendo assim: Kredytar, Finanlys, Ríkox...
Pois aquela, desmentindo a lei econômica, reabrira confeitaria mesmo, e tão moderna que muitos clientes se sentiram enleados ao entrar em local antes de conhecida modéstia; o estabelecimento exigiria talvez fregueses também remodelados, de gabarito mais alto. Pouco a pouco foram regressando, se abancando. Era tudo novo, menos o garçom, a louça e o talher. “Por sinal que talher e louça também estão pedindo reforma, hein, Belisário?”
Belisário, garçom boa-praça, admitiu que sim. Até já fizera ver isso ao gerente, ponderando-lhe que numa casa tão bacana aqueles elementos inferiores destoavam; o pessoal acabaria espalhando que a firma não aguentou o repuxo das obras, ficou sem grana para miudezas.
— E ficou mesmo — respondeu-lhe o gerente. — Belisário, vê se te manca, tá?
Belisário remeteu-se ao silêncio. Aos patrões não adianta ajudar; pois que se danem. E foi cuidar da vida, que não anda mole.
— Estou vendo pela sua cara, Belisário. Você encolheu, rapaz!
Aí, ele me confiou que passara seis meses comendo só uma vez por dia, e não era comida de banquete. Para variar, durante um mês, somente almoçava; no mês seguinte, jantava apenas. Dessa maneira, reeducou o estômago e pôde sobreviver. Mas o Otacílio, esse, “já reparou no Otacílio?”.
Otacílio, um baixote, gordo, servia no setor da esquerda. Passeei os olhos pelo salão, não o encontrei.
— Pois é aquele ali, no lugar de sempre. O senhor não reconheceu? Natural. Perdeu vinte quilos com as obras. Quase abotoa o paletó.
Luva-de-Pelica, um todo cheio de salamaleques, perdera quinze e teve de voltar para Miracema. João Velho, dez; João Novo, onze; outros ficaram entre dez e doze quilos. Toda a turma emagrecera. O salário fora pago pontualmente pela firma, porém sumiram as gorjetas, e é gorjeta que sustenta um homem.
— Mas, Belisário, vocês podiam se defender com biscates, servir em reuniões, casamentos.
— Não, doutor. Biscate é sagrado: fica para os colegas aposentados pelo Instituto.
Admirei a generosidade de Belisário e de seus pares da ativa, e ia louvá-la, mas ele não deixou:
— E daí, se a gente pega a xepa deles, eles vêm de sarrafo em cima da gente, morou? Tem muito aposentado bom de briga, e lá um dia a gente vai ser um velhinho igual a eles, tem de pensar no amanhã e no depois de amanhã... Não vale a pena chupar jabuticaba dos outros.
— E que é que você fez durante esse meio ano?
— Eu? Nada. Tempo havia de sobra, dava vontade de aproveitar, mas aproveitar como? o quê? Ficava de mãos abanando, esperando uma bandeja, um bule de chá que não aparecia. Até o barulho da louça, os gritos para a cozinha faziam falta. Então ia para a porta das confeitarias espiar os colegas de mais sorte, que trabalhavam, com uma inveja deles, do cansaço deles! Meu garoto mais moço, de quatro anos, veio me servir, de brincadeira, dizendo que agora eu é que era o freguês, queria com pão alemão ou pão de Petrópolis? Mineral com gás ou sem gás? Quis achar graça, mas foi me subindo um nervoso, empurrei a mão do garoto, a louça caiu no chão, se espatifou, ele saiu chorando... Sabe que mais? A patroa me dizendo sempre: “Belisário, some de minha presença que tu está me enchendo!”. Sumir pra onde? Gostei não, doutor. Descanso de garçom é fogo. Quer mais umas torradinhas?
(Carlos Drummond de Andrade. Caminhos de João Brandão, 2016.)
Expressão expletiva é aquela que, embora seja desnecessária ao sentido da frase, é empregada como realce ou ênfase. Ocorre expressão expletiva no seguinte trecho:
“Quer mais umas torradinhas?” (16º parágrafo)
“Você encolheu, rapaz!” (6º parágrafo)
“Passeei os olhos pelo salão, não o encontrei.” (8º parágrafo)
“Não vale a pena chupar jabuticaba dos outros.” (14º parágrafo)
“E que é que você fez durante esse meio ano?” (15º parágrafo)
Na frase em questão, a partícula “é que” realça o pronome interrogativo “que”. Pode-se notar que a supressão dessa partícula não altera o sentido da frase, o que é uma característica inerente desse recurso linguístico.
“E que você fez durante esse meio ano?” tem o mesmo sentido, apenas sem a ênfase no “que”.
O concreto tem alta tendência a formar fissuras que reduzem sua vida útil e elevam custos de reposição. A autocura do concreto convencional é o preenchimento de suas fissuras, o que ocorre a partir da hidratação do óxido de cálcio presente na composição do próprio concreto. A hidratação produz hidróxido de cálcio, que reage com o dióxido de carbono presente na atmosfera ambiente. O bioconcreto, um novo produto no mercado, é caracterizado pela presença de bactérias cujas cargas negativas em sua superfície atraem íons metálicos positivos que precipitam com ânions do ambiente do concreto; forma-se, com isso, um sólido pouco solúvel, responsável por fechar as fissuras (figura abaixo).
a) A partir do texto acima, equacione os processos químicos descritos na autocura do concreto convencional. Forneça o nome do produto que promove a reparação das fissuras e comente sobre sua solubilidade em água.
b) Em relação aos ânions do ambiente na autocura do bioconcreto, um texto científico relata: “Em pH mais alto, as espécies carbonatadas estão desprotonadas. Como resultado, mais carbonato (CO32-) está disponível para precipitação. Da mesma forma, o grupo fosfato (PO43-) estará sujeito a mudanças na protonação, dependendo do pH do meio. O grupo sulfato (SO42-) normalmente estará desprotonado devido aos seus baixos valores de pKa. Assim, a precipitação em pH baixo é possível, mas se aplica, no ambiente do concreto, principalmente ao fosfato e ao sulfato.” Equacione os equilíbrios ácido-base em que, necessariamente, apareçam esses ânions. Comente comparativamente os valores de pKa do ácido associado ao carbonato com os ácidos associados ao sulfato e ao fosfato.
a)
O produto que promove a reparação das fissuras é o carbonato de cálcio (CaCO3 (s)), um sal pouco solúvel em água.
b)
Ácido associado ao carbonato – ácido carbônico – H2CO3
Ácido associado ao sulfato – ácido sulfúrico – H2SO4
Ácido associado ao fosfato – ácido fosfórico – H3PO4
O ácido carbônico é um ácido fraco, logo possui baixo valor de Ka e alto valor de pKa.
O ácido sulfúrico é um ácido forte, logo possui alto valor de Ka e baixo de pKa e, por esse motivo, o ânion sulfato só estaria protonado em soluções muito ácidas.
O ácido fosfórico possui um comportamento intermediário entre o carbônico e sulfúrico.
Dessa forma, temos: pKa (H2SO4)<pKa (H3PO4)<pKa (H2CO3)
Leia os textos 1 e 2, a seguir, para responder a questão.
Texto 1
A Química Verde é uma área multidisciplinar que cria, desenvolve e aplica produtos e processos químicos que visam à redução ou eliminação do uso e da geração de substâncias nocivas ao meio ambiente e ao homem. Em 2019, para reunir várias ações relativas à Química Verde, os pesquisadores Paul T. Anastas e Julie B. Zimmerman propuseram a Tabela Periódica dos Elementos Figurativos da Química Verde e Sustentável – TPQVS (figura abaixo). Assim como na Tabela Periódica dos Elementos Químicos, a TPQVS apresenta “elementos”, os quais, porém, representam ações associadas aos preceitos da Química Verde, sendo que cada grupo (G) da TPQVS reúne ações com os mesmos preceitos.
Texto 2
“A Química é pura beleza; Os átomos e as moléculas são a realeza, reagindo no compasso da natureza para transformar o mundo com delicadeza.
Sou um simples menestrel da ciência que defende suas ideias com veemência. Como Químico, quero atuar com sapiência, desenvolvendo processos de alta eficiência.
A Química não é mais poluição; para o fóssil ela tem a substituição; renovando o verde como solução.
Vivemos num tempo de ambiguidade, onde a terra, a água e o ar estão em vulnerabilidade. Façamos da Química o caminho para a sustentabilidade”
(MOTA, Claudio J. A. Conferência de Abertura da 45ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2022.)
Dados de Massa Molar (g/mol): C57H104O6 = 884; C2H5OH = 46; C20H38O2 = 310; C3H8O3 = 92; C12H22O11 = 342; H2O = 18; CO2 = 44.
Considerando a proposta da Química Verde, as frases em negrito do poema (texto II) podem, em interpretação livre, ser associadas, respectivamente, aos seguintes grupos da TPQVS:
catálise (G8), economia atômica (G2), matérias-primas renováveis (G7), prevenção de resíduos (G1).
matérias-primas renováveis (G7), catálise (G8), economia atômica (G2), prevenção de resíduos (G1).
catálise (G8), matérias-primas renováveis (G7), economia atômica (G2), prevenção de resíduos (G1).
matérias-primas renováveis (G7), prevenção de resíduos (G1), catálise (G8), economia atômica (G2).
As frases em negrito do poema (texto II) estão associadas aos seguintes grupos da TPQVS:
Frase I: “para transformar o mundo com delicadeza” associada ao grupo G8 (catálise).
Reações que ocorrem na presença de catalisadores requerem menor energia para ocorrerem, transformando o mundo com delicadeza.
Frase II: “desenvolvendo processos de alta eficiência” associada ao grupo G2 (economia atômica).
A economia atômica consiste em desenvolver métodos que maximizem a incorporação de toda a massa dos reagentes no produto, ou seja, desenvolver processos de alta eficiência.
Frase III: “para o fóssil ela tem a substituição”, associada ao grupo G7 (matérias-primas renováveis).
Uma forma de diminuir a poluição gerada pela queima dos combustíveis fósseis é a substituição por fontes renováveis de matérias-primas.
Frase IV: “onde a terra, a água e o ar estão em vulnerabilidade”, associada ao grupo G1 (prevenção de resíduos).
Adotar medidas para reduzir a quantidade de resíduos produzidos são formas de minimizar a vulnerabilidade que se encontram a terra, a água e o ar.
Um prisma hexagonal tem duas faces hexagonais paralelas, as bases, e seis faces laterais retangulares. Quantas diagonais, não das faces, tem esse prisma?
18
19
20
21
22
Suponhamos que A1, A2, A3, A4, A5 e A6 sejam os vértices de uma das faces hexagonais e que B1, B2, B3, B4, B5 e B6 sejam os vértices da outra face hexagonal, de tal modo que sejam as 6 arestas que determinam as faces laterais (retangulares).
Com uma extremidade no vértice A1, existem apenas 3 diagonais que não são diagonais de uma face: . Note que é uma aresta, é uma diagonal de face e também é uma diagonal de face.
Desse modo, podemos concluir que, com cada um dos 6 vértices A1, A2, …, A6, existem exatamente 3 diagonais do sólido. E mais: qualquer diagonal, que não seja de uma face, pode ser obtida desse modo.
Logo, o número de diagonais, não das faces, é dado por 6 · 3 = 18.
Resposta: A
Texto para a pergunta
A POLAR AFFAIR
1 A report this past summer that two male penguins at the Berlin Zoo had adopted and were hatching an egg was no surprise to New Zealand naturalist Lloyd Spencer Davis. From his decades of field work, he knew penguin behavior included homosexuality, infidelity, divorce, rape, and even necrophilia. However, he had been surprised a few years earlier to learn that these behaviors had been discovered by the author of the very first book on penguins, George Murray Levick, a surgeon and naturalist on Robert Scott's 1911 Antarctic expedition.
2 Levick, in keeping with the public morality of Victorian England, found penguin sex reprehensible, confining his observations to logbook entries encrypted in Greek characters. His short paper on the subject as a chapter in his landmark Antarctic Penguins: A Study of their Social Habits, was suppressed by the publisher and remained unknown until 2012, when a copy was found in a file box at the British Museum. Antarctic Penguins, thoroughly bowdlerized [expurgado], "treats the mating behavior of the penguins as if they were married couples," writes Davis. As a result, "pretty much every book, documentary and scientific paper" up until the late 1990s, "collectively suggest that penguins are prim and proper [recatados e bem comportados], monogamous little creatures that mate for life.”
3 To correct the historical and biological record, and to give belated credit to the man who discovered a century earlier the sexual life of penguins, Davis consulted Levick’s original notes and visited important sites in the naturalist’s career. The result is the book A Polar Affair: Antarctica’s Forgotten Hero and the Secret Love Lives of Penguins, an expert journalistic retelling of the Antarctic expeditions of the early twentieth century, centered on Levick’s year of observing penguins. The climax of what otherwise would have been routine field work is a harrowing [horrível, traumático] trek by Levick and several companions to explore Antarctica’s north coast, where they were forced to spend the winter in a snow cave. Without Levick’s rationing of seal meat and his community-building readings from a book of stories, no one would have survived. Levick’s saga [narrativa épica] is interwoven with well-worn threads about the explorers Scott, Nansen, Amundsen, and Shackleton, occasionally interspersed [entremeada] with evolutionary insights Davis gleaned [colheu] from his own observations of penguins.
4 Ironically, the sex lives of the humans in this story are as tangled [embaraçadas, complicadas] as those of the penguins. Fridtjof Nansen was as famous for his romantic conquests as his "conquests of Arctic regions." Roald Amundsen dallied [namorava por divertimento] with married women. Robert Scott's wife, Kathleen Bruce, embodied raw sexual selection – she chose Scott, according to her own testimony, so she could bear [dar luz a] a hero's son – and she may have had liaisons with several of his friends. Murray Levick, notably, is one of the few figures in this book to have comported himself as a supposedly proper penguin. Davis's book is, thus, a welcome look behind the scenes, representing Levick as a brilliant explorer and a keen observer of nature.
Adapted from Natural History, October 2019.
The information in the article most supports which of the following statements?
Despite the wild, adventurous reputation of Antarctic penguins, violent, forced sex does not take place among them.
The public morality of Victorian England stipulated prison sentences for certain kinds of sexual behavior.
Because Antarctic penguins are wild animals, the public morality of Victorian England never had anything to do with them.
Apparently, the real sexual behavior of George Murray Levick was similar to the imagined sexual behavior of Antarctic penguins.
Kathleen Bruce admitted that she married Robert Scott only as a means to a sexual end.
Dadas as matrizes , quantas matrizes X satisfazem a equação matricial A.X = B?
duas
uma
nenhuma
três
infinitas
Leia o soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, para responder à questão.
Olha, Marília, as flautas dos pastores, Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes Os Zéfiros 1 brincar por entre as flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores Incitam nossos ósculos 2 ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores!
Naquele arbusto o rouxinol suspira; Ora nas folhas a abelhinha para. Ora nos ares, sussurrando, gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira, Mais tristeza que a noite me causara.
(Manuel Maria Barbosa du Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)
1Zéfiro: vento que sopra do ocidente. 2ósculo: beijo.
Ao longo do soneto, o eu lírico recorre reiteradamente ao seguinte recurso retórico:
metalinguagem.
ironia.
pleonasmo.
personificação.
antítese.
O Tejo que sorri, os Zéfiros que brincam, o rouxinol que suspira são exemplos de seres não humanos que adquirem características humanas, o que define o recurso retórico (ou seja, a figura de linguagem) conhecido como prosopopeia ou personificação.
A exposição do ser humano à radioatividade é possível desde que feita de forma segura e em ambiente controlado. Os radiofármacos, que são medicamentos radioativos, são utilizados, em medicina, tanto no diagnóstico quanto no tratamento de doenças. Atualmente, o 189F é um dos principais radionuclídeos utlizados, sob a forma do fármaco 2-desoxi-2-(18F) fluoro-D-glicose(18F-FDG), em exames de diagnóstico de doenças no cérebo, como tumores. Uma vez aplicado, esse radiofármaco entra na célula e, com isso, torna lesões, como tumores, mais visíveis ao exame de tomografia por emissão de pósitrons (partículas β+), gerando o núcleo estável 188O. Nesse processo de decaimento, o tempo de meia-vida do 189F é de aproximadamente 110 minutos.
a) A instrução para a realização desse exame informa que o paciente deve permanecer 1 hora em repouso depois de administração intravenosa do material radioativo 18F-FDG. Imediatamente após o período de repouso, o exame é realizado e finalizado em 30 minutos. Ao final do exame, o paciente é liberado sem restrições dietéticas ou de radioproteção. Considerando as informações dadas até então, construa, no espaço quadriculado em a) no campo de respostas, a curva de decaimento do radiofármaco. Determine a porcentagem restante de radiofármaco, em relação à quantidade inicial de 100%, 4 horas depois de o paciente ter finalizado o exame.
b) Considerando o que está no texto principal e nas informações do item a), faz-se a seguinte afirmação: um radiofármaco para diagnóstico por imagem deve emitir uma radiação "incapaz de atravessar o corpo humano e, ao contrário de um radiofármaco terapêutico (para tratamento), deve promover o mínimo possível de interações lesivas ao tecidos vivos". Assinale, no campo de resposta, se você concorda totalmente, se concorda parcialmente ou se discorda totalmente dessa afirmação. Justifique essa escolha.
a) O exame é finalizado após um tempo total de 90 minutos contados a partir da ingestão do material. Isso corresponde aos 60 minutos de repouso somado a 30 minutos de realização.
Passadas 4 horas do término do exame (240 min), teremos um tempo total após a ingestão de 90 + 240 = 330 minutos, ou seja, 3 meias-vidas. Dessa forma, temos: 100% - 50% - 25% - 12,5%.
Restará apenas 12,5% de material radioativo no corpo do paciente.
b) Concordo parcialmente com a afirmação.
Para que a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), seja eficaz, o radiofármaco utilizado deve emitir radiação que consegue atravessar o corpo humano. Essa radiação (como os pósitrons emitidos no processo de decaimento) interage com os detectores externos permitindo a criação de imagens detalhadas das estruturas internas analisadas. Além disso, um medicamento usado em diagnósticos não deve, obviamente, causar lesões em tecidos vivos.
“Em 1883, a violenta erupção do vulcão indonésio de Krakatoa riscou do mapa a ilha que o abrigava e deixou em seu rastro 36 mil mortos e uma cratera aberta no fundo do mar. Os efeitos da explosão foram sentidos até na França; barômetros em Bogotá e Washington enlouqueceram; corpos foram dar na costa da África; o estouro foi ouvido na Austrália e na Índia”.
(S. Winchester, Krakatoa – o dia em que o mundo explodiu. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003, contracapa.)
a) Por que no sudeste da Ásia, onde se localiza a Indonésia, há ocorrência de vulcões? Por que as encostas de vulcões normalmente são densamente povoadas?
b) Por que a atividade vulcânica deste tipo de vulcão pode causar o resfriamento nas temperaturas médias em toda a Terra?
a) A ocorrência de vulcões nessa área se deve ao fato de ela se localizar no limite de duas placas tectônicas (bordas convergentes), no denominado Círculo de Fogo. Geralmente, associados às encostas de vulcões, existem solos de elevada fertilidade química natural, o que favorece a atividade agrícola nessas áreas.
b) Esse vulcão é de tipo explosivo e lança grandes quantidades de cinzas vulcânicas e gases na atmosfera, que podem se espalhar por toda a Terra. Esses materiais, na atmosfera, podem refletir parte da energia solar antes que esta aqueça a superfície terrestre, provocando seu resfriamento.
Comentários
Típica questão de Geografia Física, que explorou a temática geológica e sua ação sobre o clima. Esses temas nem sempre são tratados de forma integrada nas escolas. A questão, entretanto, privilegiou a relação entre esses processos naturais. A mudança climática normalmente vem sendo trabalhada na escola com uma visão antropogênica, que considera as atividades humanas causadoras das alterações climáticas. Aqui se abordou outra situação, em que a atividade natural vulcânica, desde que intensa, pode provocar significativas alterações climáticas. Os candidatos encontraram certa dificuldade na questão, sendo a nota média 1,7. Apenas 5,5% obtiveram nota quatro. A maior dificuldade dos vestibulandos foi a de relacionar a atividade vulcânica à modificação climática.
O gráfico abaixo mostra o crescimento da população de uma determinada bactétia in vitro.
a) Compare as tendências de crescimento populacional nos períodos A e C. Em qual desses períodos a tendência de crescimento é maior? Dê uma explicação para o fato de essas tendências serem diferentes nesses períodos.
b) O crescimento da população de bactérias ocorre por reprodução assexuada, enquanto em eucariotos ocorre, principalmente, por reprodução sexuada, que permite maior variabilidade genética. Na meiose, além da separação independente dos cromossomos, um outro evento celular constitui importante fonte de variabilidadegenética em espécies com reprodução sexuada. Que evento é esse? Explique.
a) Em A a tendência de crescimento é mairo do que em C. Em A havia uma população pequena e bastante disponibilidade de alimento e espaço; já em C a população era maior e a quantidade de alimento e espaço era menor.
b) O evento celular que leva à variabilidade genética é a recombinação (ou crossing-over ou permuta) entre cromossomos homólogos. Esse evento ocorre na maiose e consiste na troca de partes entre cromossomos homólogos, resultando em cromossomos diferentes daqueles parentais.
Comentários
Foi uma questão de facilidade média (IF=0,51) e driscriminação moderada (ID=0,49). O candidato precisava responder sobre a tendência de crescimento de uma população de bactérias a partir das informações de um gráfico. A grande maioria interpretou o gráfico corretamente, respondendo que no período A a tendência de crescimento era maior do que no período C; porém, muitos justificaram de forma completamente errada, afirmando que a diminuição do crescimento em C se devia à fagocitose. Algumas respostas chegaram mesmo a surpreender, pois os candidatos justificaram as diferenças de crescimento pelo fato de em A haber bactérias unicelulares ou acelulares, e em C haver bactérias pluricelulares, demonstrando um completo desconhecimento sobre bactérias. No item b dessa questão, os candidatos deveriam identificar o evento celular da meiose responsável pela variabilidade genética. O item foi bem respondido, mas só parcialmente pela maioria. Embora os candidatos tenham identificado corretamente a recombinação como o evento em questão, erraram ao explicá-la como a troca de sequência de aminoácidos entre os cromossomos, demostrando uma vez mais completo desconhecimento sobre composição das estruturas celulares.
O excerto abaixo foi adaptado do conto “True Love” de Isaac Asimov.
(T. Kral (org.), Being People – An Anthology. Washington, D.C.: USIA, s/d, p. 183.)
a) Do que Milton Davidson está cansado?
b) Por que Milton Davidson não se casou e o que ele espera que Joe faça por ele?
Resposta Esperada
a) Milton está cansado de aprimorar Joe, seu computador,para que este resolva os problemas do mundo.
b) Milton não se casou porque nunca encontrou a mulher certa. Milton quer que Joe o ajude a encontrar um amor verdadeiro.
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